sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Season Finale: Misfitis – 2ª Temporada

Tá aí um dos fenômenos do ano.

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Misfits humilhou nessa segunda temporada.

A história eu já descrevi antes. Trata-se de um grupo de 5 jovens em serviço comunitário por cometerem delitos. Acontece que há algum tipo de tempestade de meteoros e todos eles ganham poderes muito bizarros.

A segunda temporada trouxe mais personagens fixos e esporádicos, com poderes mais bizarros ainda.

Destaco o tatuador que faz virar realidade o conteúdo de suas tatuagens, a grande sacada o “lactocinese”, a transferência dos poderes pelo transplante de órgãos, o homem macaco e o poder que um cara tinha de transferir os poderes alheios.

Genial o episódio final, onde um homem adquire os poderes alheios e se diz Jesus. A frase clássica “Precisamos matar Jesus”.

A irreverência impera nessa série, principalmente com o personagem Nathan, que é extremamente politicamente incorreto, imundo, nojento e inconveniente. Mas é aquele tipo de pessoa que vive o momento e sempre valoriza as amizades.

A cena em que ele faz uma graça passando creme no corpo no terraço é símbolo dessas macaquices e um exemplo de coragem de um ator ao fazer uma coisa daquelas.

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A história ficou mais complexa, com personagens transitando no tempo, mostrando a fama e unindo cada vez mais as pessoas.

Achei muito legal o novo romance que surgiu. Também fiquei muito triste com a breve passagem da personagem Nikki, que poderia ter ficado mais na série.

Aguardo ansiosamente a próxima temporada, que só deve voltar em setembro do ano que vem. Essas histórias em apenas 6 episódios realmente passam muito rápido, mas também não abrem margem para enxeção de linguiça nem de histórias meia boca.

Recomendo muito.

Dessa vez, deixo a letra da música chamada Echoes, da banda The Raptura e o vídeo de abertura da série.

 

Echoes

The city breathing

The people churning

The conversating

The price is what?

The conversating

This place is heaven

I put on lipstick

The price is what?

Life makes echoes

If you see them

Life makes echoes

Come together

Come together

Come together

Come together

Saint

Ecos

A cidade que respira

As pessoas agitam

A conversa

O preço é o quê?

A conversa

Este lugar é o céu

Eu coloquei o batom

O preço é o quê?

A vida faz ecos

Se você vê-los

A vida faz ecos

Vamos juntos

Vamos juntos

Vamos juntos

Vamos juntos

Santo.

Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado

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A autora é a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva.

Essa autora tem uma série de livros que tratam de relevantes aspectos da psicologia e da psiquiatria de forma simples, em linguagem acessível a quem não tem conhecimento técnico da área.

Outros temas da “moda” que ela trata são o Bullying, o TOC e mais.

As definições sobre o psicopata são claras. Além disso, ela fornece características de comportamento, de histórico e de consequências.

É falado sobre o fato de não haver tratamento.

Achei interessante a postura de que critica a postura do estado em suas políticas por não compreender essa situação de não haver tratamento, o que torna as penas inócuas.

São descritos casos reais onde as consequências do contato com um psicopata podem ser verificadas.

É feito um esforço grande em demonstrar que nem sempre estamos falando de assassinos perigosos ou de bandidos de alta periculosidade. Não por isso as consequências deixam de ser desastrosas.

São descritas condutas de pessoas famosas que podem ser psicopatas, como Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniela Perez.

Achei interessantíssima a descrição de psicopatas jovens, até crianças, já que os traços são revelados desde o começo.

Não dá pra negar que a linguagem é repetitiva, com frases escritas exaustivamente por diversas vezes de forma idêntica em diferentes passagens do livro.

Além disso, em algumas situações percebi um pouco de enxeção de linguiça.

Mesmo assim é um bom guia, uma boa lição para quem não atua diretamente com a psiquiatria ou a psicologia, já que é um assunto de utilidade pública. Afinal, quem está absolutamente seguro de que nunca encontrou ou vai encontrar com um psicopata durante a vida?

FDL

O Buraco 3D

the-hole-3d-poster1 Filme: O Buraco 3D (The Hole 3D)
Elenco: Não conheço ninguém.
Nota: 5,5
Direção: Joe Dante
Ano: 2009

 

 

 

 

 

Eu assisti a esse filme esperando que fosse uma versão americana do homônimo de 2001 produzido na Inglaterra, um dos meus suspenses preferidos.

Nada disso.

É a história de uma família que vai morar numa nova casa e descobre que há um buraco misterioso no chão do porão. Quando esse local é aberto, abre-se o caminho para uma força sobrenatural que os perturbará.

Sinceramente é um filme de terror bobo e sem muito sal. Dá uns sustos, tem umas cenas de agonia, mas não é nada de novidade.

Tem uma cena de “batalha final” em uma suposta dimensão onde se fundem o telúrico e o onírico que parece uma piada ou uma fase de um jogo qualquer do Playstation.

Claro que o drama se desenvolve numa família desfuncional, com um adolescente rebelde, com o irmão mais novo fofo e uma mãe que se esforça sem sucesso em conseguir o melhor para seus amados filhos.

Eu já desanimei com esse estilo. Quem quiser insistir, vai nessa.

FDL

O Sonho de Cassandra

cassandras-dream-poster Filme: O Sonho de Cassandra (Cassandra’s Dream)
Elenco: Ewan McGregor e Colin Farrell
Nota: 10
Direção: Woody Allen
Ano: 2007

 

 

 

 

 

 

Genial, é o que eu tenho a dizer.

Por circunstâncias imperdoáveis só vi esse filme agora. Talvez esse momento de descrença no cinema fosse perfeito para eu ver que nem tudo está perdido. Existe Woody Allen.

Conta a história de dois irmãos que se envolvem numa história de ambição, crime e culpa.

O enredo é completamente simples, mas como ele evolui nos deixa de um jeito que é inexplicável.

O suspense que deixa o expectador nervoso e ansioso são clássicos do Woody Allen nesse tipo de produção. Aqui eu já tava passando mal com o desenvolver da história.

A atuação do Ewan McGregor estava impecável, como sempre. Ele é um ator consolidado e disso ninguém duvida.

O Colin Farrell já é outro papo. A capacidade dele como ator vive sendo questionada por conta de algumas escolhas que ele já fez e por conta de escândalos em que se envolveu.

Eu sempre o achei um excelente ator. Em Por Um Fio ele deu um show.

Em O Sonho de Cassandra Collin Farrell foi o destaque. Ele fazia a gente sentir aquele drama de culpa pelo qual ele passava são poucos que ainda são capazes de fazer isso.

Como em todo filme do Woody Allen, cada fala, frase feita, diálogo entre os personagens, está uma aula sobre a vida. A filosofia niilista claro que está aqui e fica revelada num final trágico e genial, como não poderia ter sido diferente.

Eis Woody Allen, gênio na comédia e gênio no suspense.

FDL

A Rede Social

The-Social-Network-movie-poster Filme: A Rede Social (The Social Network)
Elenco: Jesse Eisenberg e Rashida Jones (são os que eu conheço).
Nota: 2,5 (aquele 6,5 tava errado, obviamente) 
Ano: 2010
Direção: David Fincher

 

 

 

 

 

Esse é o filme do momento. Favorito a todos os prêmios.

Para mim, é o caso de uma história interessante do mundo real que nas telas nem é tão interessante assim. Junta-se isso à credibilidade de um diretor famoso? Qualquer cocô que ele lance será respeitado.

Afinal, o diretor de Banjamin Button, Clube da Luta, Zodíaco, O Quarto do Pânico e Seven faria um filme ruim depois de tudo? Claro, ué. Nem sempre a gente acerta.

Começou pela escolha do ator. Esse Jesse Eisenberg é um mala. Meu Deus, como é insuportável passar duas horas ouvindo esse chato falar. E outra: falar coisas com cara de que são geniais não fazem delas geniais… só nos fazem ser pretensiosos.

O filme conta a história da criação do Facebook em 2003 no campus da Universidade de Harvard pelo estudante Mark Zucherberg, atualmente o bilionário mais novo do mundo.

Revela claramente essa paixão dos americanos pelo acúmulo de dinheiro. Essas listas da Forbes ilustram esse mantra. O símbolo do bem sucedido é aquele que vence as listas de quem tem mais dinheiro.

A trama corre junto de acusações de Mark ter se aproveitado de uma ideia alheia para construir o site. Não obstante, acumulou sua fortuna apunhalando seu colega e sócio. Tudo isso em um filme cansativo, com falas ditas como metralhadora, com um universo de cheiro fake e com uma “brilhante” participação de Justin Timberlake.

Não posso deixar de falar de duas ironias com isso que eu percebi.

Mark Zucherberg foi eleito o homem do ano pela revista Time. Não sei se eles estão atrasados, mas o site foi criado há 7 anos. Não houve nada demais feito por esse homem nesse ano, a não ser ter inspirado esse filme bobo.

No final do filme, a advogada vivida pela Rashida Jones fala para ele uma frase com esse sentido: “Mark, você não é um imbecil, só se esforça demais para ser”. Ela ainda diz que toda criação histórica precisa de um vilão, ou algo do tipo, como se essa figura de vilão não fosse dele, mas do contexto.

Aí é a comédia. Ele não precisou de esforço para se aproveitar da ideia nem para apunhalar seu parceiro.

Ainda assim? Homem do ano! Essa é a dica: vamos fazendo o que for porque o que importa é vencer.

A vilania não está na criação nem no contexto, mas sim na sua falta de caráter.

Mas já digo: caráter visto pelo filme, já que a história real é meio conturbada e nós não sabemos como ocorreu.

E ainda tem brasileiro tendo orgulho do Eike Batista.

Deixando um pouco de lado as minhas opiniões sobre a celebração dessas figuras, o filme critica Mark, mas eu juro que não compreendo essa qualidade toda que vêem aqui.

Não chega a ser uma absoluta merda, mas estão chegando ao ponto de dizer que o Justin Timberlake vai ganhar o Oscar de melhor ator coadjuvante!

A narração é complexa, o que não significa ser boa. O filme é contado de trás pra frente, sob as óticas de todos os envolvidos. Daí nós poderíamos encarar o perfil de Mark Zucherberg, que seria um tipo de vilão quando analisado sob a sua própria genialidade.

Apesar da celebração de sua figura, o filme dá a ele um final amargo, o da solidão. Não que ele parecesse se importar, já que durante toda a história ele só usou sua genialidade para oprimir quem estava próximo, já que niguém era tão bom quanto ele ou compreendia as coisas como ele.

Depois me perguntam por que eu desanimo com o cinema e acabo valorizando mais os seriados. O cinema não está sério, essa é a verdade. Não dão chance para o que presta.

Encerro o ano torcendo para que A Rede Social não vença os prêmios a que concorre.

Um Parto de Viagem

due-date-movie-poster-robert-downey-jr-zach-galifianakis Filme: Um Parto de Viagem (Due Date)
Elenco: Robert Downey Jr. e Zach Galifianakis. Participação de Jamie Foxx e Juliette Lewis.
Nota: 9,0
Ano: 2010
Direção: Todd Phillips

 

 

 

 

Essa produção pareceu um aperitivo do diretor enquanto não sai o Hangover 2. Mas deu certo.

Primeiro preciso prestar elogios ao talento do Zach Galifianakis, que eu já tinha visto em uma participação em The Sarah Silverman Program e em The Hangover. Esse cara tem um humor impressionante e uma capacidade de se degradar que deixa a comédia imperdível.

O personagem dele aqui é muito parecido com o do supracitado filme. Dessa vez, com as mesmas características, meio retardado, infantil, carente e sem espelho, ele interpreta Ethan, um ator que fez permanente no cabelo e sonha em atuar em Two And A Half Men, por isso viaja a Hollywood.

O caminho dele se cruza com o de Peter (Downey Jr.), um homem com problemas de raiva que viaja para encontrar sua esposa, que está prestes a dar à luz.

Como não pode escapar das comédias, uma sequência de eventos impensáveis e malucos fazem com que os dois viajem juntos de carro acontecendo tudo de absurdo.

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Esse diretor e esse filme representam muito bem o tipo de comédia politicamente incorreta que eu gosto. O diretor que já fez The Hangover, fez Dias Incríveis e Escola de Idiotas, filmes com o mesmo estilo.

Não bastasse a cena de Two and a Half Men, comédia símbolo do politicamente incorreto, com Charlie Sheen.

Eu dou o destaque do filme à cena em que o Robert Downey Jr. dá um socão na boca do estômago do molequinho de uns 10 anos. Quer mais politicamente incorreto que isso? Eu passei mal de rir nessa cena e em várias outras.

São de comédias irreverentes, criativas e talentosas que nós precisamos. Aqui piada às vezes está entregue, às vezes não. O que vale é passar a mensagem.

Recomendadíssimo. E aguardando a continuação de The Hangover.

FDL

O Último Exorcismo

LastExorcism_poster-535x792 Filme: O Último Exorcismo (The Last Exorcism)
Elenco: Não conheço ninguém.
Nota: 5
Ano: 2010
Direção: Daniel Stamm

 

 

 


Conta a história de um clérigo com questionamentos sobre a fé. É um verdadeiro showman que passou a vida realizando falsos exorcismos e iludindo pessoas com algum tipo de perturbação por meio de pulo charlatanismo.

Diante disso, ele realiza um documentário acompanhado de uma produtora e de um câmera e vão realizar o que seria seu último exorcismo, em uma fazenda afastada, onde o pai de família, extremamente religioso e fanático, diz que sua filha está possuída.

O filme ondula entre o mistério entre não haver possessão alguma e entre haver uma força misteriosa com a qual o religioso mexeu e pode se arrepender.

Enquanto estamos nessa dúvida se a adolescente tem problemas psiquiátricos ou há demônio, o filme é interessante, porque mexe com essa confusão que religiosos fazem, procurando fugir das respostas mais óbvias.

Independente da resposta, se isso fosse explorado assim, o filme seria bom.

Agora, as atuais produções de terror acham que precisam criar finais muito surpreendentes para serem boas. O resultado acaba sendo uma cena tosca completamente sem integração com o resto do filme.

Foi o que aconteceu aqui. A vergonha alheia no final de O Último Exorcismo foi alta.

Não recomendo

FDL

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

harry-potter-deathly-hallows-poster Filme: Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1)
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Helena Bonham Carter e muitos outros.
Nota: 8,5
Ano: 2010
Direção: David Yates

 

 

 

 

Os filmes do miolo de Harry Potter foram bem modestos, até sem sal. Esse foi bem melhor, parece que a decisão puramente comercial de dividir o livro final em dois filmes foi acertada para a história.

O livro final que não é dos melhores, perde muito da essência de Harry Potter e tenta atingir um estilo que nunca foi abordado anteriormente. Não chega a ser ruim, mas não corresponde a expectativas de quem leu vários livros e assistiu a vários filmes ao longo da adolescência.

O elenco continua afiadíssimo e torço muito para que não fiquem marcados, porque são muito talentosos.

Ainda sinto falta de uma trilha sonora com música contemporânea cantada. Um bom filme sempre tem isso e não sei porque a saga Harry Potter abre mão.

Agora só nos resta aguardar o filme final que sairá no ano que vem e aí sim nos despediremos de vez.

FDL

400 Contra 1 – Uma História do Crime Organizado

400contra1 Filme: 400 Contra 1 – Uma História do Crime Organizado
Elenco: Daniel de Oliveira, Daniela Escobar, Negra Li (?)
Nota: 7
Ano: 2010
Direção: Caco Souza

 

 

 

 

O filme trata da história do surgimento do Comando Vermelho, organização criminosa que deu origem a várias outras e acaba mostrando o que causou o atual status da criminalidade brasileira.

O contexto é a mistura de presos políticos e a de criminosos sob situação deplorável nos presídios. Isso criou uma união deles em torno de interesses comuns, o que atualmente é real ameaça ao poder público.

Deixando as ideologias de lado, o filme mostra bem essa situação, essa figura, porque fala dela. Como filme, as atuações às vezes são fracas e a direção peca um pouco no desenrolar.

Há atuações boas e cenas interessantes também, como os dois primeiros que eu descrevi no cabeçalho, que são sempre ótimos.

Acho que esse filme entrou pela janela e saiu pela porta dos fundos no cinema nacional, sobretudo porque o tema da criminalidade está muito batido nas produções do Brasil.

Faltou um algo a mais para chamar a atenção tanto do público quanto de quem já está assistindo.

Todavia, acho interessante ver porque a história da criminalidade está muito bem exposta.

FDL

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Jogos Mortais – O Final

saw3D Filme: Jogos Mortais – O Final (SAW 3D)
Elenco: Tobin Bell e o restante do elenco dos outros filmes.
Nota: 8,0
Direção: Kevin Greutert
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Pois é, acabou. Será? Sei não.

O requinte da crueldade e da agonia se superou no filme final. Também superou a inverossimilhança. Mas se eu estivesse atrás de realidade iria ver um documentário ou um reality show. Se nesses há fantasia, quem diria numa obra de ficção?

Eu sei também que muitos desistiram da franquia no decorrer das histórias. Mas eu continuei firme e forte porque ainda prefiro as qualidades às falhas.

A maior qualidade de Jogos Mortais é a capacidade de nos surpreender no final do filme (quando toca aquela musiquinha clássica).

Com o filme final não foi diferente, que nos uniu ao primeiro, lá naquele banheiro nojento e fedido de 2004.

Confesso que sentirei falta de Jogos Mortais no Halloween de 2011, mas tudo se renova e com certeza uma nova franquia de terror vai chegar.

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Comer, Rezar, Amar

eat_pray_love_poster Filme: Comer, Rezar, Amar (Eat Prey Love)
Elenco: Julia Roberts, Viola Davis, James Franco, Javier Bardem (eterno Beiçola)
Nota: 7,5
Direção: Ryan Murphy
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Esse é o clássico filme de mulherzinha, o que pode ser bom, dependendo de como está seu dia e da companhia.

É um bom filme, que mostra uma Julia Roberts meio atrapalhada em busca de algo que ela mesma não descobre, sabendo só que falta.

Para isso, ela larga a sua vida agitada e passa um bom tempo numa maratona mundial, comendo na Itália, rezando na Índia e amando em Bali.

É um clássico das livrarias e um típico guia de viagem.

Confesso que a parte da Itália encanta. Aquelas comidas, aquele visual são realmente atraentes.

Eu continuo cético no poder da reza, embora ache válido quando possui efeitos em quem acredita.

O problema tá na parte do amor. Javier Bardem? Jura? Não sei o que tá acontecendo para os diretores terem a mania chata de colocar o Beiçola nos filmes bons. Ele tá sempre com aquela cara de nada e, pior, uma cara de nada se achando sedutor! Prefiro fingir que ele não participou do filme, ainda mais sendo brasileiro.

Comer, Rezar, Amar não é o filme da vida de ninguém, mas aborda uma mulher em crise com criatividade e sensibilidade.

Assisti o filme mais pela música que tocava no trailer. Dog Days Are Over, de Florence + The Machine. Como sempre, a música não toca lá. Mas eu imaginava que quem teve a ideia de colocar essa música genial no trailer tinha um filme bom para suportar. Não fiquei desapontado, embora não tenha pulado do sofá.

Eu recomendo, embora reconheça que é uma escolha mais pessoal e é muito ligada ao estilo de cada um para poder gostar.

FDL

Atividade Paranormal 2

poster-atividade-paranormal-2 Filme: Atividade Paranormal 2 (Paranormal Activity 2)
Elenco: Não são conhecidos, mas os atores do primeiro aparecem.
Nota: 8,5
Ano: 2010
Direção: Tod Williams

 

 

 

 

Eu estava aguardando ansiosamente por este filme. O primeiro me agradou bastante.

Antes de falar sobre esse filme, preciso opinar sobre o que falam os críticos negativos dessa sequência. Atividade Paranormal é acusado de não ter criatividade, porque utiliza o recurso de câmera amadora que foi resgatada, para conferir realidade ao terror. Isso começou com a Bruxa de Blair nos anos 90 e daí vem a reclamação.

Não acho que seja imitação, tampouco um recurso batido. A reinvenção é sempre válida quando feita com competência. A relação entre os dois filmes é somente essa porque tudo nas histórias muda, absolutamente tudo. O que não é igual é genial.

Daí nós prosseguimos com a pergunta que o filme nos induz a fazer: será que se nós filmássemos nossa casa durante o nosso sono tudo permaneceria como estava?

O primeiro filme foi realmente assustador e explicou pouco. Isso é clássico dos filmes de terror, funciona assim, sei lá por quê.

Já o segundo, eu imaginava ser apenas aquelas continuações do tema e não da história. Felizmente, me enganei e esse trouxe explicações, continuou a história e ela ocorreu concomitante à outra, tratando dos fatos para a irmã da protagonista do 1, revelando o problema familiar.

Aqui o pessoal teve tempo de pensar melhor. Todos esses fenômenos numa casa que agora tem um bebê, um cachorro e um limpador de piscina bem bizarro.

Talvez aqui a gente não entenda todos os conflitos da humanidade, mas um bom filme de terror tem que mexer com a imaginação das pessoas e esse com certeza foi extremamente competente em fazer isso. É tenso do começo do filme ao final. Você sai da sala do cinema com dores musculares.

Recomendo muito.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Kings Of Leon - Radioactive

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Radioactive

When the road is carved of yonder

I hope you see me there

It's in the water, it's where you came from

It's in the water, it's where you came from

When the crowd begin to wonder

And they cry to see your face

It's in the water, it's in the story

Of where you came from

Your sons and daughters in all their glory

It's gonna shape up

And when they clash and come together

And start rising

Just drink the water where you came from

Where you came from

Your road, it was cold from yonder

Never sold yourself away

It's in the water, it's in the story

Of where you came from

Your sons and daughters in all their glory

It's gonna shape up

And when they clash and come together

And start rising

Just drink the water where you came from

Where you came from

It's in the water, it's where you came from

It's in the water, it's where you came from

And when they clash and come together

And start rising

Just drink the water where you came from

Where you came from

Radioativo

Quando a estrada estiver entalhada ao longe

Espero que você me veja lá

Está na água, está no lugar de onde você veio

Está na água, está no lugar de onde você veio

Quando a multidão começar a se perguntar

E chorarem para ver o seu rosto

Está na água, está na história

De onde você veio

Seus filhos e filhas, em toda a sua glória

Vão tomar forma

E quando eles colidirem e se unirem

E começarem a se erguer

Apenas beba a água de onde você veio

De onde você veio

A sua estrada, era fria desde outrora

Nunca se vendeu por completo

Está na água, está na história

De onde você veio

Seus filhos e filhas, em toda a sua glória

Vão tomar forma

E quando eles colidirem e se unirem

E começarem a se erguer

Apenas beba a água de onde você veio

De onde você veio

Está na água, está no lugar de onde você veio

Está na água, está no lugar de onde você veio

E quando eles colidirem e se unirem

E começarem a se erguer

Apenas beba a água de onde você veio

De onde você veio

FDL

Tropa de Elite 2

Tropa de Elite 2 Filme: Tropa de Elite 2
Elenco: Wagner Moura, André Matos, Maria Ribeiro e outros.
Nota: 9,0
Ano: 2010
Direção: José Padilha

 

 

 

 

 

Estou de volta aos comentários. Mesmo comentando filmes que eu vi há algumas semanas, mas não posso deixar passar.

Esse filme foi um dos grandes destaques do ano. O filme Tropa de Elite já tinha deixado sua marca no cinema nacional ao mostrar a dinâmica da polícia carioca nos morros e o status de guerra que as ações tomam.

Com as polêmicas envolvendo a repressão e uma discussão completamente atual, mesmo quem não gostou do filme passou a discutir o assunto, motivo pelo qual eu considero um grande sucesso e de utilidade pública. É para filmes assim que as verbas públicas devem ser direcionadas nos subsídios.

O segundo filme ampliou a discussão. Não consigo não falar que é cheio de coincidências. Eu estava estudando assuntos tratados nesse filme na faculdade, em criminologia, sobretudo sobre o encarceramento e a repressão criminal que é falada pelo “cara dos direitos humanos”.

Deixando o mérito da discussão de lado, senão escreveria o dia todo aqui, é um tema que vai além da superfície tratada no primeiro filme. O próprio Capitão Nascimento questiona que guerra é essa em que ele batalha? Ou para quem ele arrisca a própria vida?

Isso é tão atual que por mais uma coincidência a vida colocou em realidade o que a ficção apenas ilustrou. O Rio de Janeiro teve uma onda de violência grande e resultou na tomada de morros para tentar conter o tráfico, resultando em mortes, prisões, apreensões e um espetáculo para a mídia.

Antes fosse só um cinema de denúncia, coisa que nós sabemos ser ponto forte do Brasil. Mas o tema da malandragem é bem explorado, sendo um filme engraçado em alguns momentos, sobretudo com as gírias dos personagens ou com as ironias na narração do Capitão Nascimento.

A trama do filme, embora meio novelesca (ex-mulher casando com seu maior inimigo), foi bem interessante e o final, uma denúncia na política, onde alguém finalmente cria coragem e joga merda do ventilador, foi realmente interessante.

Por enquanto, temos muitos justiceiros que têm coragem apenas para subir no morro e atirar em quem usa chinelo, quero ver quem tem a fúria de enfrentar os engravatados da política… só assim há alguma mudança nesse país.

FDL

domingo, 21 de novembro de 2010

Livro: A Prova é a Testemunha - Ilana Casoy

A_PROVA_e_A_TESTEMUNHADesde o julgamento dos Nardoni eu soube que a Ilana Casoy estava acompanhando e que haveria um novo livro sobre isso.

Saiu relativamente rápido e por Ilana prescindir de detalhes inúteis, é uma obra compacta.

Todavia, cada letra do livro é uma análise do caso que parou o país. Ilana analisa todo o caso. Primeiro fala sobre a eleição do caso à "opinião pública". Depois fala de seu contato com o caso e com o processo. Analisa as pessoas no julgamento e narra o verdadeiro show de entretenimento que foi feito com esse caso de grande comoção pública.

Confesso que nunca achei que esse livro me inspiraria a nada. Mas inspirou e me fez até mudar a linha da minha tese de conclusão de curso, dada a riqueza de detalhes que esse caso trouxe.

O livro em si é excelente, leitura flui em um dia só e conhecemos a triste história dessa pobre menina que foi assassinada pelo pai e pela madrasta. O rigor da lei foi pesado com eles, mas nada se compara com o julgamento das pessoas, da imprensa e até das famílias, que demonstraram ser uma forte e merecida pena.

É rica também a análise do comportamento de todos os envolvidos nesse júri, algo que Ilana Casoy é especialista em fazer e demonstra cada vez mais um impressionante conhecimento da natureza humana.

Me sinto contente em ser um estudante de direito, em especial criminal e ter uma obra dessa disponível para ler.

FDL

Livro: Estação Carandiru – Drauzio Varella

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Quem é vivo sempre aparece. Estou de volta.

Já li esse excelente livro tem mais de 4 meses, mas não esqueci dos comentários. Isso tem que ficar na memória.

É uma obra em que o médico Drauzio Varela narra sobre o tempo em que atendeu os presos na Casa de Detenção do Carandiru.

Diante disso, nós temos uma visão relativamente neutra daquele mundo à parte. Drauzio Varela conhece as chagas, as personalidades, o lado humano, o lado demônio, o lado cômico e o lado trágico de um dos lugares que ficou marcado na nossa história como o inferno na Terra.

Há relatos sobre presos e sobre o funcionamento do presídio, de modo que de boa parte de tudo que acontecia lá nós sequer fazíamos ideia. Por isso, é uma realidade que deve ser conhecida por todos, sobretudo porque pode parecer que não, mas uma hora ou outra somos influenciados pelo mundo do crime, que precisa urgentemente de um novo tratamento.

A linguagem é leve, despretensiosa e extremamente respeitosa, tanto com o leitor como com as pessoas cujas histórias são retratadas. Acho que isso é o melhor do livro, a imagem desprovida de valores que o médico oferece, o que certamente não aconteceria se fosse um relato de um jurista.

Acredito ser livro obrigatório.

FDL

domingo, 19 de setembro de 2010

Season Finale: Rizzoli and Isles – 1ª Temporada

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Tá aí um dos destaques da summer season. Talvez a melhor estreia do período.

Eu sei que o nome da série não ajuda e muitos chamam de “Risole e Coxinha”, mas apesar disso, há muitas qualidades aqui.

A detetive Jane Rizzoli é durona e tem um faro invejável para solucionar crimes. Possui uma família grande e amável, com um irmão mais novo policial também.

A médica legista Maura Isles é extremamente inteligente e tem problemas de se encaixar socialmente, embora seja sempre amável e prestativa, acabando sempre sendo atrapalhada. É solitária e não conheceu seus verdadeiros pais.

Ambas são grandes amigas e juntas solucionam os crimes mais bizarros possíveis, que muitas vezes envolvem perigos a elas mesmas.

A série já começa acertando em seu piloto: traz um grande inimigo tanto para Rizzoli quanto para Isles, emboa o foco dele seja mais a primeira. Trata-se de Hoyt, um perigoso serial killer, genial e demoníaco, que depois de assassinar e estuprar várias mulheres direcionou seu foco a Rizzoli, por não ter conseguido matá-la.

Esse personagem chega a voltar em um episódio na temporada e mostrou que ainda aparecerá mais.

Essa tática de ter um inimigo que aparece em alguns episódios da temporada é genial. Séries policiais de sucesso utilizam isso, como Cold Case, Without a Trace, Criminal Minds e Bones.

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Aliás, falando de Bones, não dá para negar que a Dra. Isles é muito parecida com a Bones, embora seja bobo dizer que não chega aos pés dela. Isso chega a perturbar um pouco, mas nada demais.

Um grande defeito das policiais é que os desfechos são óbvios e acabou o episódio, você já esqueceu o que aconteceu. Em Rizzoli and Isles há vários episódios tensos em que não funciona assim, embora alguns tenham sim caído nesse erro.

O episódio final foi excelente, ágil, inteligente e surpreendente, deixando um excelente gancho para a já confirmada segunda temporada: Rizzoli leva um tiro.

As duas atrizes são excelentes e a química mostrada deixou que há muitas histórias a contar. E eu vou assistir.

Recomendadíssima.

FDL.

sábado, 18 de setembro de 2010

The Disappearance of Alice Creed

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Filme: The Disappearance of Alice Creed
Nota: 8,5
Elenco: Gemma Arterton (tem chamado a atenção no cinema). Vale ressaltar que além dela só há mais duas pessoas no elenco.
Direção: J Blakeson
Ano: 2009

 

 

 

 

Sinopse:

“No longa, os ex-presidiários Danny (Martin Compston, Juízo Final) e Vic (Eddie Marsan, Sherlock Holmes) sequestram a jovem Alice (Gemma Artenton, Fúria de Titãs) para faturar com o resgate. A filha de um rico empresário se recusa a deixar que seus sequestradores faturem a suas custas e, determinada a escapar, acaba fragilizando a já instável relação entre os homens. Conforme o prazo para a transação se aproxima, os três são levados ao limite, e o plano de Vic e Danny se transforma em uma busca desesperada pela sobrevivência.”

Agora sim estamos falando de cinema.

Essa história é eletrizante. 3 atores, basicamente um cenário e você não pisca o olho nesse filme.

É uma batalha para saber quem é mais esperto, quem vai se sair melhor e quem mente, ou mente mais.

Não é só isso. O filme tem um final genial. E isso falta muito atualmente, porque eu tenho percebido filmes razoáveis terminando de cagar por concluirem tudo de uma forma terrível.

Chamou muito a minha atenção e tem o estilo de um suspense que nós não temos mais visto por aí. O elenco ótimo, a trama que tem tensão e vai se revelando aos poucos e sem insultar nossa inteligência ou deixar espaços em branco para fingir que é intelectual.

É simples, direto e inteligente. Recomendo mesmo.

FDL

How To Make Love To a Woman

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Filme: How To Make Love To a Woman
Nota: 3,0
Elenco: Krysten Ritter ( Lilly de Gravity) e Ian Somerhalder
Ano: 2010
Direção: Scott Culver







Outra frustração. Confesso que nem terminei de ver.

Quando eu vi a sinopse e a Krysten Ritter me chamou a atenção. Eu já disse e repito que ela tem muito talento e tem cara de quem ainda vai ficar muito famosa. Porém, esse filme não foi a tentativa certa.

Vou colar uma sinopse encontrada no google:

“Uma comédia de erros de comunicação entre os lençois, “How to Make Love to a Woman” explora a viagem de um homem para salvar o seu relacionamento, tentando melhorar as suas habilidades sexuais em vez de comunicar o que realmente sente… e as respostas certas não são nada do que ele esperava!”

É bem isso mesmo. Mas não avança e é muito chato. O protagonista dá raiva quando fala e é ruim de doer. O pior é a falta de novidade e de algum fator que pelo menos deixe interessante.

Não é comédia, porque o cara sofre o tempo inteiro por todo canto e tratam o sexo de forma ridícula nesse filme. Terrível. Acho que por isso ninguém ouviu falar dele.

Não recomendo.

FDL

Saint John of Las Vegas

cinema-saint-john-of-las-vegasFilme: Saint John of Las Vegas
Nota: 4,0
Elenco: Steve Buscemi e Sarah Silverman 
Direção: Hue Rhodes
Ano: 2009

 

 

 

 

 

Esse me frustrou mais. Quando eu vi o anúncio de uma comédia alternativa com a Sarah Silverman meu olho cresceu. Acompanhei direto para ver a estreia.

No entanto, quando saiu, foi decepção. É uma comédia maçante, se é que podemos chamar de comédia. É aquelas histórias de loser que não sabe gritar, mas se envolve numa sequência de situações absurdas.

Aqui ele é viciado em jogos de loteria e acaba recebendo uma oferta do chefe para melhorar seu emprego e poder conquistar de vez a Jill (Sarah Silverman).

Não rolou química, não rolou nada. Simplesmente detestei. Não mostraram a Sarah direito e o filme demorou umas 10 horas pra passar.

Mas eu não desisto.

Não recomendo.

FDL

Clash of Titans

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Filme: Fúria de Titãs (Clash of Titans)
Nota: 5,0
Elenco: Sam Worthington, Liam Neeson, Ralph Fiennes e Alexa Davalos
Direção: Louis Leterrier
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Bem sem sal, na minha opinião. A mitologia voltou à moda e tentaram fazer uma superprodução recheada de efeitos especiais e atores ruins, prato cheio para o sucesso.

Mas acho que o tiro saiu pela culatra, porque esse aqui não ousou em nada e não trouxe nada de novo. A história demora pra se desenvolver e dá sono. Além disso, tem uns diálogos terríveis de aguentar, que dão um pouco de raiva.

Quem gosta só dos efeitos até pode gostar, embora eu já tenha visto melhores. A parte boa é trazer a mitologia, que sempre rende algo interessante.

Gostei da cena da Medusa.

Mas o pior da vida é ser insosso. Esse filme fez. E me disseram que Percy Jackson é bem melhor, embora esse eu ainda não tenha visto.

Recomendo pra quem não tem grandes expectativas.

FDL

Season Finale: Entourage – 7ª Temporada

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Essa série já foi uma unanimidade. Mas com o final dela anunciado e com o fator tempo pressionando, Entourage decaiu muito nessa sétima temporada.

O carisma dos dois personagens que seguravam a série despencou. São eles o Ari e o Drama. Ainda tendo o Drama os momentos dele.

De resto, o enredo não se desenvolveu, era sempre parecendo que toda a história se preparava para algo acontecer e óbvio foi o season finale, com situações corridas, participações especiais de um segundo e uma história que não fez muito sentido.

É subjetivo discutir qualidade em arte, mas aqui pareceu que houve preguiça de bolar uma história que durasse a temporada toda. E, pior, jogaram toda a responsabilidade da série para o carisma dos atores, erro fatal, porque isso não sustenta nada.

Vai haver uma 8ª temporada no ano que vem, mais curta ainda, com seis episódios e depois um filme. Só queria ver a HBO terminar a série no auge, como fez com outras séries que são até hoje marcos. Ainda mais para poder divulgar um filme, onde a história tem outros quinhentos.

Do jeito que acabou? Não sei se o povo vai querer ver os seis episódios finais, quem dera um filme…

Mas o crédito de quem fez seis temporadas de competência antes devem ser valorizados e eu realmente torço para que dêem a volta por cima, porque é perfeitamente possível.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Summer Finales: Várias Séries

Algumas séries se dividem de forma igual durante o ano, de modo que houve agora apenas uma pausa de alguns meses e a partir de janeiro elas voltam. Vou comentá-las a atacado, por serem diferentes.

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Leverage: 3ª Temporada

Leverage é uma série imperdível. Tá entre as minhas favoritas. Essa temporada foi marcada pela saída do Nate do presídio e pelo retorno da Sophie, fazendo a série ter um pouco mais da cara tradicional.

A criatividade continua imbatível. Eu não sei como conseguem umas histórias tão imbatíveis e imprevisíveis e a série ainda sendo engraçada.

Isso sim merece ser sucesso mundial.

Destaco na temporada o episódio em que eles voltam ao High School e o episódio que tem o pai da Parker, que continua sendo a maior preciosidade da série, que volta em janeiro para mais episódios e já tem uma nova temporada garantida.

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Make It Or Break It: 2ª Temporada

Aí estão as menininhas ginastas. Com certeza essa série é um guilty pleasure. Não sei por q ue ainda assisto, pra ser bem sincero.

Conta a história de quatro meninas ginastas de elite e seus dramas entre os anseios de irem para as Olimpíadas.

A primeira temporada foi bem melhor. Apesar das tramas bobas de teennagers, a parte da competição evoluiu bem e contou muitas histórias interessantes, realidades no mundo dos esportes.

Já essa decaiu um pouco. As quatro estiveram bem chatas e a série caiu naqueles lugares-comuns de sempre. No entanto, eu acho que eles perceberam a ficou um gancho bom para o retorno de janeiro. Acho que melhora. Se não melhorar, eu largo.

Mas ainda assim eu acho um passa-tempo bem legal e divertido.

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Pretty Little Liars: 1ª Temporada

Mais quatro meninas retardadas. Essas agora se envolvem em mistérios e assassinatos. Confesso que é outro guilty pleasure, que me prende sobretudo para saber quem é a A e quem matou a Alysson, se é que está morta mesmo.

É inspirada numa coleção de livros e as atrizes são um pouco melhores. É bobinha, mas prende.

Quem gosta de séries teens tem um prato cheio.

____

Foi esse o summer, mas tem mais série que acabou por aí.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Season Finale: Rev. – 1ª Temporada

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Mais uma que acabou foi a curta temporada de Rev., apenas 6 episódios.

Série britânica, comédia estranha, sobre uma paróquia londrina e seu vigário, Adam, que enfrenta a vida moderna e o sacerdócio, além de ter que conviver com seus dramas pessoais e ter de ser um bom marido.

A série explora muito o lado humano do padre, que costuma ser colocado num pedestal, como se humano não fosse.

Confesso que engraçada mesmo foi só a cena final, com ele bebão dançando numa festinha. Mas o perfil da série é mais intelectual, de piadas sutis com críticas à frivolidade ou à hipocrisia.

Confesso também que assisti a essa série e até adotei na Dark pensando que seria uma crítica inglesa (pesada) à Igreja. Não foi nada disso. Foi mais um retrato de como são os religiosos atuais e como convivem na sociedade britânica. Na verdade eu acho que até incentiva a religiosidade.

Mas ainda espero uma série com críticas à igreja, vamos lá, meu povo.

É uma série que entrou e saiu pela porta lateral sem ser notada, mas não deixa de ter suas qualidades e por isso eu recomendo.

Season Finale: Hot In Cleveland – 1ª Temporada

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Quando eu vi o anúncio dessa série me interessei simplesmente pelo fato de que estaríamos de volta com Betty White, a velhinha politicamente incorreta com quem eu me acabei de rir em Boston Legal.

Aqui ela é pior, com toda a possibilidade de piadas agressivas que a tv a cabo oferece, Betty White deu um banho.

Pior, é acompanhada por um elenco de três atrizes extremamente talentosas, em especial Wendie Malick, que interpreta a egocêntrica atriz Victoria Chase.

A série conta a história de três amigas que por acidente fazem uma parada em Cleveland e se encantam com aquele mundo simples, oposto do glamour da cidade delas, Los Angeles ou São Francisco, não me lembro qual das duas.

É um seriado com um toque feminista e mostra muito o conflito da mulher moderna, que não pode comer, não pode demonstrar fraqueza, tem de ser bem sucedida, ter família, filhos e não pode envelhecer.

É uma comédia deliciosa de assistir. Recomendo. A segunda temporada já foi confirmada para o ano que vem.

domingo, 5 de setembro de 2010

Season Finale: The Hard Times of RJ Berger

RJ-Berger

Se engana quem pensa só haver séries ruins nesse período de baixa.

The Hard Times of RJ Berger foi uma excelente surpresa proporcionada pela MTV nesse ano.

RJ Berger é um menino nerd loser no colégio. Ninguém percebe ele ou seu amigo gordo Miles. A não ser que seja para fazer bullying.

Entretanto, durante um jogo de basquete toda a escola descobre um segredo de RJ: ele tem pinto de jegue.

Mesmo assim, apaixonado pela menina mais linda do colégio, que namora com o jogador de futebol valentão, RJ tenta de todo modo perder a virgindade nessa temporada, mas sempre lutando com um conflito moral de ser o cara que faz “o que é certo”.

Completa o elenco Lilly, uma amiga de infância de RJ que é completamente apaixonada por ele e deixa isso claro com todas as palavras em todas as cenas em que aparece. Só que o menino só tem olhos para a Jenny mesmo.

Essa dinâmica dura a temporada toda, até no episódio final, em que Jenny finalmente aceita ir ao baile com RJ, aliás, ela que o convida, mas o menino já tinha convidado Lilly e até tinham combinado perder a virgindade juntos.

O melhor da série com certeza é o texto, que não fala palavrões e não remete à pornografia diretamente, mas usa metáforas e piadas que acabam ficando mais engraçadas do que se ditas diretamente.

Há umas animaçõezinhas no decorrer do episódio que são muito boas também, bem com cara de MTV e que deixam mais criativas as passagens.

O season finale foi extremamente engraçado, inteligente e triste. Deixou muita vontade de assistir à próxima temporada, confirmada para o ano que vem.

Recomendadíssima essa série que com criatividade traz agradáveis momentos de diversão.

FDL

domingo, 8 de agosto de 2010

Os Vampiros Que Se Mordam

Vampires Suck Filme: Os Vampiros Que Se Mordam (Vampires Suck)
Nota: 4
Elenco: Ninguém de útil
Direção: Jason Friedberg e Aaron Seltzer
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Se vocês clicarem no nome do diretor vão ser redirecionados ao bando de dados dele do IMDB e lá verão que é o responsável por Espartalhões, Todo Mundo Em Pânico 3 e 4, A Liga da Injustiça e Deu A Louca em Hollywood.

Esses filmes ou são muito engraçados ou são o ápice da vergonha alheia. Não tem erro, né? Tem.

Os Vampiros Que Se Mordam é apático, ensosso.

É uma tiração de sarro da saga Crepúsculo (que eu não assisti, aliás). Há também piadas com situações da atualidade, como fazem em todos os filmes. Nesse há uma Alice caindo no buraco, uma Lady Gaga e outras bobeiras.

Eu não ri nada. Quem viu comigo disse que as imitações dos galãzinhos do filme original é idêntica. Mas não sai disso e dá uma agonia também. Faltou criatividade.

Não achei graça não.

Passo.

sábado, 7 de agosto de 2010

Toy Story 3

toy-story3-poster-eua-2Filme: Toy Story 3
Nota: 9,5
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack
Direção: Lee Unkrich
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Eu demorei pra postar sobre esse filme, porque, sendo bem sincero, precisava estar inspirado para escrever algo à altura. Mas isso vai ser impossível, então vai o que estava em mente mesmo.

Depois de muitos anos da última versão, saiu a derradeira. Estava muito esperada e eu me surpreendi no cinema ao ver mais adultos que crianças. Isso é o marco que o filme Toy Story deixou na vida de tantas pessoas.

No meio dos anos 90, no auge do video cassete, quando nós comprávamos fitas no Carrefour, a maior parte das crianças assistiu a Toy Story milhões de vezes, chegando a decorar falas. (eu sou um desses)

Por isso, logo no começo desse filme, quando a música “Amigo Estou Aqui” começa a tocar mostrando melhores momentos dos brinquedos com o Andy, o flashback passou na cabeça de todo mundo que estava no cinema.

E, claro, não pára por aí. A proposta do filme final é a de encerrar a história dos brinquedos e de seu dono. Mas como fazer isso sem ser uma despedida triste? Teria que ser. Além disso, todas as histórias de Toy Story são extremamente tristes, cheias de lições sobre a vida, que são excelentes para as crianças.

O terceiro aproveitou bem a tecnologia 3D (eu lá com os meus óculos, comendo pipoca e geleinha yummi), e o filme evoluiu de uma forma deliciosa, como poucos fazem atualmente.

A personagem Barbie e o Ken roubaram a cena, ela com algum tipo de “girl power” e ele mostrando o metrossexual moderno, que chega a encher o saco até das patricinhas. Os vilões também são ótimos.

Faltou uma explicação melhor sobre a boneca Betty, ficou com cara de continuação esse sumiço sem sentido.

A grande sacada foi a menininha-fofa-tímida-de-perna-grossa Bonnie, que sabe cuidar dos brinquedos e sabe usar a imaginação criando um mundo só pra ela e para os bonecos.

Na cena final, muita gente no cinema chorou (minha mãe se acabou de chorar) e para muitos esse filme foi uma despedida total da infância. Pra mim, foi lembrar de um tempo que já acabou há muito tempo, mas que sempre dá uma saudadezinha.

O Andy dá os brinquedos para a fofa Bonnie. E é assim que a gente se sente também quando vê as crianças do cinema rindo com as cenas, achando o Buzz “muito louco”, torcendo pro “Woody”.

Ele fala para a menininha: “Cuida bem dele. Ele é muito importante pra mim”. E assim a nossa geração faz com esse filme, ao passar para as novas crianças.

A Disney-Pixar está de parabéns, trouxe uma continuação de um clássico com extrema competência e sensibilidade, o que é raro e louvável. A fase deles é boa, porque no ano passado o “UP, Altas Aventuras” emocionou e encantou muita gente.

Ao infinito e além.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Series Finale: Raising The Bar – 2ª Temporada

Raising the Bar S02 Continuando com os posts atrasados, chegou a vez de falar dessa simpática série de tribunal.

De simpática só a vontade de assistir mais, porque o clima era tenso. Os tribunais encarados de forma bem sisuda.

Raising The Bar conta a história de um grupo de amigos, todos trabalhando com o direito, mas em áreas diferentes de atuação, ainda mais, se enfrentam nos tribunais.

Há dois defensores públicos, dois promotores de justiça e um assistente de uma juíza, o que nos EUA funciona como uma preparação para o cargo de juiz.

O foco é com certeza a defensoria pública, vista como o “mocinho” da história. Isso é uma questão de foco mesmo. Os promotores em Raising costumam ser vilões com sede de sangue, mas em outras séries, como Shark e Close To Home, onde o foco é outro, os promotores são os mocinhos.

O interessante de Raising justamente é o foco, porque é diferente. Os defensores muitas vezes se deparam em situações em que o sistema oprime os seus assistidos porque são pobres, porque são negros, porque são imigrantes… e eles não têm ninguém que cuide de seus interesses.

Por outro lado, esses defensores atuam em casos em que lutam pela liberdade de pessoas capazes de cometer atos horríveis. Essa situação, além da relação desses amigos que possuem pensamento divergente são realmente muito interessantes.

No final do dia, todos se reunem no bar e conversam, nunca esquecendo de debater e sempre brigar sobre os casos do dia.

O protagonista é Jerry Kellerman (Mark Paul Gosselar) um defensor público que rompeu com a família, pois estes esperavam uma profissão mais glamurosa para o filho. Defende os clientes a ferro e fogo, fazendo qualquer coisa, inclusive sendo preso várias vezes por desacato na série.

Ele é perseguido por uma juíza linha dura, Trudy Kessler, que é a mentora de seu amigo Charlie. A juíza e seu assistente têm um caso, mas ela não desconfia que ele é gay e ele luta para esconder esse segredo.

Jerry tem um “cacho” com Michelle, uma promotora em crise entre ser justa e agradar seu chefe com sede de sangue. É muito conservadora e seu relacionamento com Jerry corre riscos por conta das visões tão diferentes.

Na série ainda há Richard, um milionário filho de um dos maiores advogados do país que não seguiu a linha corporativa, preferiu defender pobre mesmo. Marcus, um promotor que sofre por tentar ser justo. E por fim, há Bobbie, a nova defensora, que enfrenta problemas com seu marido e terá Jerry para confortá-la.

A série estreou com uma grande audiência. Aliás, a TNT não teve estreia melhor até hoje. Mas na segunda temporada a audiência caiu. A série sofreu comentários negativos da crítica também, mas não me pergunte em quê.

Eu achei o cancelamento injusto, pois a série era extremamente bem escrita e atuada. Realmente era um prazer assistir. De fato era um tema muito específico, de modo que, do jeito que era mostrada, dificilmente quem não fosse do direito se interessaria. Porém, o direito domina o mundo, logo, não faltou gente para assistir.

Foi uma agradável maratona no frio das férias de julho. Marcou e vai deixar saudade.

Recomendada

FDL

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Series Finale: Boston Legal

bostonlgealdelia

Finalmente me rendi e vou fazer o post da série drama que eu mais gostei na história. Curiosamente, só fui assistir depois de ter sido cancelada. E não sabia nada sobre ela, somente que era de tribunal.

No entanto, Boston Legal acabou se revelando a melhor dramédia já exibida e um elenco com a melhor química que eu já vi.

A história é simples. Crane Pool and Schimdt é um escritório de advocacia e a cada episódio temos os advogados batalhando nos casos e nas suas vidas pessoais. Tá, o que tem demais nisso? A forma.

Boston Legal tem uma narrativa irônica e crítica. Há um forte senso de humor e conteúdo político. Além disso, sempre há casos tabus ou incomuns em pauta.

O elenco sempre muda quase que completo a cada temporada. Dizem que foi um dos pontos negativos da série. Por mais que eu sinta falta de quem sai, acho isso legal, porque sempre há um clima de novidade. A gente não cansa de olhar pra cara das mesmas pessoas.

A estrela do programa é o advogado Allan Shore (James Spader). Allan é o mais talentoso advogado e tem fama de fazer qualquer coisa pra ganhar. Sempre insulta juízes, desafia os chefes, ironiza a política do país e faz você ficar ou boquiaberto ou emocionado nas alegações finais. Só que é um homem com um coração gigante, que sofre em ter a dura tarefa de por várias vezes defender interesses que não são os seus.

Allan tem um melhor amigo, o Denny Crane (William Shatner), sócio fundador do escritório. Denny é uma lenda. Só que está ficando velho e gagá, mas sem perder a personalidade excêntrica. É conservador, tarado, adora armas e luta durante toda a série contra a inexorável força corrosiva do destino.

Os dois amigos no final de cada episódio fumam um charuto e bebem um scotch na sacada da sala principal do escritório refletindo sobre a vida, sobre o direito, sobre política e, por algumas vezes, sobre a própria série. Isso mesmo, há muitos efeitos de metalinguagem, por exemplo o Allan falar: “Por favor, excelência, vamos logo, o episódio está acabando e eu ainda nem fui pra sacada” ou “Não discuta comigo, você é só um figurante”, ou “Nossa, não te vejo desde a temporada passada, quando você nos abandonou pra tentar carreira no cinema”.

Há outros personagens incríveis. Shriley Schimidt (Candice Bergen), outra sócia, que representa a beleza da mulher moderna quando atinge a idade madura. Todos são apaixonados por ela, que demonstra sempre ser um ser superior a eles, que a colocam num pedestal. Jerry Esperson, um advogado brilhante, mas com uma doença que o impede de ter relações sociais sadias.

Katie Loyd, Denise Bauer, Brad Chase, Bethany (a advogada anã) são outros.

Os juízes também são personagens importantes, já que estão em todos os episódios e são muito explorados pelo seu lado humano.

Você assiste a apenas um episódio e já sai cantarolando a música de abertura (é o ringtone do meu celular, claro). Depois de um tempo, a gente sente que é daquele escritório e que o Allan, a Kate, o Denny, são amigos nossos.

A capacidade de criar histórias instigantes e personagens complexos é imbatível. O senso de humor com que se trataram temas sérios e cheios de preocupações é genial. A capacidade de influencias as pessoas é inesquecível. Por isso que Boston Legal deixa saudade.

Acabou porque exige maturidade, coisa que a tv aberta americana não está pronta para aceitar (no final da série, obviamente, há um episódio que critica séries com audiência entre os mais velhos sendo canceladas). Todavia, aqui houve respeito. A série foi devidamente finalizada e teve um series finale memorável.

Que a esperança de mais programas assim não morra.

domingo, 25 de julho de 2010

Series Finale: Gravity – 1ª Temporada

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Tá aí, mais um finale e mais um cancelamento.

Dessa vez é uma comédia cult, de humor negro e de humor melancólico. Ainda assim, excelente.

Faz parte de uma emissora que investiu em comédias de qualidade, recebendo apoio da crítica, mas não da audiência. Resultado? Cancelou tudo.

Gravity trata da vida de um grupo de pessoas que tentaram o suicídio sem sucesso. Depois disso, todas fazem parte de um grupo de terapia, que os leva a um processo de empatia, que com certeza os muda.

Minha personagem preferida, com certeza, é a Lilly Champagne. Uma mulher com problemas paternos, problemas existenciais e problemas com homens. Mas, ao mesmo tempo, possui uma grande bondade e sensibilidade. A atriz Krysten Ritter, que eu não conhecia, deu um show nessa série. Tenho certeza de que ela terá um excelente futuro.

O Detetive Miller também chama a atenção, como um clássico stalker, cujos motivos só entendemos no final do episódio derradeiro. Excelente personagem também.

Eu confesso que me interesso muito por ficções que exploram bastante a profundidade dos personagens. Não acho isso obrigatório, já que pode haver fundamento em outras características. Mas esse, em especial, eu gosto muito. Aqui foi feito com muita competência.

A trilha sonora também não fica atrás. Se prestamos atenção, sempre temos alguma música com tema relacionado ao suicídio, à gravidade, que nessa série tem o sentido de ser aquela força que nos prende à realidade.

Infelizmente, foi cancelada e tivemos um final com gancho. Um gancho incrível que nunca será respondido. Ao fazer isso, a Starz somente se iguala a emissoras como CBS, ABC e FOX, que desrespeitam os fãs das séries, comprando histórias boas e as mutilando por conta da audiência.

É uma série com um toque artístico. Realmente única. Realmente fará falta.

FDL

Season Finale: 100 Questions – 1ª Temporada

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Mais um período de ostracismo e mais um monte de coisa pra falar. Como eu queria ter mais tempo.

A série da vez foi uma comédia romântica, de nome 100 Questions. Teve apenas 06 episódios e um cancelamento certo. Faz parte daquele bloco de séries que são canceladas antes da estreia, mas colocam no ar para não perder o investimento e tapar os buracos na programação.

É muito parecida com Romantically Challenged, que eu comentei há algumas semanas. Todavia, é um pouco melhor.

Aqui nós temos como protagonista a inglesa confusa Charlotte Payne, uma mulher que sofre em encontrar o homem ideal e procura uma agência de encontros para ter um pouco de sorte.

Para isso, ela passa por uma entrevista com um atendente do tipo “gay mal-humorado”, que faz perguntas pessoais, para montar o perfil dela. Cada pergunta gera uma história que dura um episódio (sim, o seriado deveria ter se chamado 06 questions).

O que Romantically Challenged tinha de bom, o elenco, 100 Questions não tem. O ator que faz o personagem Wayne (o mulherengo obrigatório) é ruim de doer. O resto não esbanja carisma também.

Confesso que era uma série bem divertida. As sitcoms de enfoque jovem-adulto não estão conseguindo emplacar. Isso é uma pena, porque Friends deixou um  buraco na vida dos seriados que ninguém consegue tapar. Eu vou assistindo a todas, como um viúvo procurando a mulher que já morreu.

Mas, mesmo assim, recomendo pra quem gosta de ser feliz.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cadáveres

unrest Filme: Cadáveres (Unrest)
Nota: 3
Elenco: Oi?
Direção: Jason Todd Ipson
Ano: 2006

 

 

 

 

 

Pode falar que eu não aprendo. Eu mereço.
Sei lá como eu acabei encontrando com esse lixo de filme nas minhas pesquisas.
A história é de um grupo de estudantes de medicina que passam a lidar com um corpo muito bizarro na aula de anatomia.

Claro que tem aquela nerd chata que não para quieta e resolve investigar o que aconteceu.
Descobre-se uma magia/feitiço/maldição com essa mulher morta. Isso ela teria pego/encontrado/deparado de espíritos astecas brasileiros (???).

Calma, não acabou.

As pessoas passam a morrer de um jeito bizarríssimo e algumas ficam loucas (em atuações dignas de Oscar).

Por fim, só se livrando do corpo no Brasil, né? Alooou, e se o espírito ficou preso no hospital? (cara de dúvida).

Ah, isso a gente só sabe no filme 2, né?

Piadinhas infames à parte, esse treco ganhou prêmios em festivais de filmes de terror. Isso mostra mesmo a que ponto chegamos. Não há o mínimo critério nem o mínimo esforço para fazer algo que preste. Bastam as imagens perturbadoras e as clássicas cenas no armarinho do banheiro.

Uma pena.

Para quem já viu algum filme de terror na vida não recomendo mesmo.

FDL