sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A Rede Social

The-Social-Network-movie-poster Filme: A Rede Social (The Social Network)
Elenco: Jesse Eisenberg e Rashida Jones (são os que eu conheço).
Nota: 2,5 (aquele 6,5 tava errado, obviamente) 
Ano: 2010
Direção: David Fincher

 

 

 

 

 

Esse é o filme do momento. Favorito a todos os prêmios.

Para mim, é o caso de uma história interessante do mundo real que nas telas nem é tão interessante assim. Junta-se isso à credibilidade de um diretor famoso? Qualquer cocô que ele lance será respeitado.

Afinal, o diretor de Banjamin Button, Clube da Luta, Zodíaco, O Quarto do Pânico e Seven faria um filme ruim depois de tudo? Claro, ué. Nem sempre a gente acerta.

Começou pela escolha do ator. Esse Jesse Eisenberg é um mala. Meu Deus, como é insuportável passar duas horas ouvindo esse chato falar. E outra: falar coisas com cara de que são geniais não fazem delas geniais… só nos fazem ser pretensiosos.

O filme conta a história da criação do Facebook em 2003 no campus da Universidade de Harvard pelo estudante Mark Zucherberg, atualmente o bilionário mais novo do mundo.

Revela claramente essa paixão dos americanos pelo acúmulo de dinheiro. Essas listas da Forbes ilustram esse mantra. O símbolo do bem sucedido é aquele que vence as listas de quem tem mais dinheiro.

A trama corre junto de acusações de Mark ter se aproveitado de uma ideia alheia para construir o site. Não obstante, acumulou sua fortuna apunhalando seu colega e sócio. Tudo isso em um filme cansativo, com falas ditas como metralhadora, com um universo de cheiro fake e com uma “brilhante” participação de Justin Timberlake.

Não posso deixar de falar de duas ironias com isso que eu percebi.

Mark Zucherberg foi eleito o homem do ano pela revista Time. Não sei se eles estão atrasados, mas o site foi criado há 7 anos. Não houve nada demais feito por esse homem nesse ano, a não ser ter inspirado esse filme bobo.

No final do filme, a advogada vivida pela Rashida Jones fala para ele uma frase com esse sentido: “Mark, você não é um imbecil, só se esforça demais para ser”. Ela ainda diz que toda criação histórica precisa de um vilão, ou algo do tipo, como se essa figura de vilão não fosse dele, mas do contexto.

Aí é a comédia. Ele não precisou de esforço para se aproveitar da ideia nem para apunhalar seu parceiro.

Ainda assim? Homem do ano! Essa é a dica: vamos fazendo o que for porque o que importa é vencer.

A vilania não está na criação nem no contexto, mas sim na sua falta de caráter.

Mas já digo: caráter visto pelo filme, já que a história real é meio conturbada e nós não sabemos como ocorreu.

E ainda tem brasileiro tendo orgulho do Eike Batista.

Deixando um pouco de lado as minhas opiniões sobre a celebração dessas figuras, o filme critica Mark, mas eu juro que não compreendo essa qualidade toda que vêem aqui.

Não chega a ser uma absoluta merda, mas estão chegando ao ponto de dizer que o Justin Timberlake vai ganhar o Oscar de melhor ator coadjuvante!

A narração é complexa, o que não significa ser boa. O filme é contado de trás pra frente, sob as óticas de todos os envolvidos. Daí nós poderíamos encarar o perfil de Mark Zucherberg, que seria um tipo de vilão quando analisado sob a sua própria genialidade.

Apesar da celebração de sua figura, o filme dá a ele um final amargo, o da solidão. Não que ele parecesse se importar, já que durante toda a história ele só usou sua genialidade para oprimir quem estava próximo, já que niguém era tão bom quanto ele ou compreendia as coisas como ele.

Depois me perguntam por que eu desanimo com o cinema e acabo valorizando mais os seriados. O cinema não está sério, essa é a verdade. Não dão chance para o que presta.

Encerro o ano torcendo para que A Rede Social não vença os prêmios a que concorre.

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