Filme: Toy Story 3
Nota: 9,5
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack
Direção: Lee Unkrich
Ano: 2010
Eu demorei pra postar sobre esse filme, porque, sendo bem sincero, precisava estar inspirado para escrever algo à altura. Mas isso vai ser impossível, então vai o que estava em mente mesmo.
Depois de muitos anos da última versão, saiu a derradeira. Estava muito esperada e eu me surpreendi no cinema ao ver mais adultos que crianças. Isso é o marco que o filme Toy Story deixou na vida de tantas pessoas.
No meio dos anos 90, no auge do video cassete, quando nós comprávamos fitas no Carrefour, a maior parte das crianças assistiu a Toy Story milhões de vezes, chegando a decorar falas. (eu sou um desses)
Por isso, logo no começo desse filme, quando a música “Amigo Estou Aqui” começa a tocar mostrando melhores momentos dos brinquedos com o Andy, o flashback passou na cabeça de todo mundo que estava no cinema.
E, claro, não pára por aí. A proposta do filme final é a de encerrar a história dos brinquedos e de seu dono. Mas como fazer isso sem ser uma despedida triste? Teria que ser. Além disso, todas as histórias de Toy Story são extremamente tristes, cheias de lições sobre a vida, que são excelentes para as crianças.
O terceiro aproveitou bem a tecnologia 3D (eu lá com os meus óculos, comendo pipoca e geleinha yummi), e o filme evoluiu de uma forma deliciosa, como poucos fazem atualmente.
A personagem Barbie e o Ken roubaram a cena, ela com algum tipo de “girl power” e ele mostrando o metrossexual moderno, que chega a encher o saco até das patricinhas. Os vilões também são ótimos.
Faltou uma explicação melhor sobre a boneca Betty, ficou com cara de continuação esse sumiço sem sentido.
A grande sacada foi a menininha-fofa-tímida-de-perna-grossa Bonnie, que sabe cuidar dos brinquedos e sabe usar a imaginação criando um mundo só pra ela e para os bonecos.
Na cena final, muita gente no cinema chorou (minha mãe se acabou de chorar) e para muitos esse filme foi uma despedida total da infância. Pra mim, foi lembrar de um tempo que já acabou há muito tempo, mas que sempre dá uma saudadezinha.
O Andy dá os brinquedos para a fofa Bonnie. E é assim que a gente se sente também quando vê as crianças do cinema rindo com as cenas, achando o Buzz “muito louco”, torcendo pro “Woody”.
Ele fala para a menininha: “Cuida bem dele. Ele é muito importante pra mim”. E assim a nossa geração faz com esse filme, ao passar para as novas crianças.
A Disney-Pixar está de parabéns, trouxe uma continuação de um clássico com extrema competência e sensibilidade, o que é raro e louvável. A fase deles é boa, porque no ano passado o “UP, Altas Aventuras” emocionou e encantou muita gente.
Ao infinito e além.
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