quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Season Finale: The Newsroom – 2ª Temporada

Newsroom_S2_Poster.inddEssa série divide os críticos com gosto. Muitos a consideram exagerada nas liberdades criativas, algo que, segundo eles, não pode acontecer quando os temas são tão próximos da realidade. Já vi críticas também à certa inocência de como é a realidade nas redações americanas.

O fato é que muito embora alguns temas sejam tratados de forma com as quais eu não concorde, essa série veio para trazer discussões sobre ética, política, jornalismo, guerra e assuntos tabus de modo geral. Só de tratar disso sem ser superficial já vale.

Os textos têm aquele vício do Aaron Sorkin que eu já comentei não gostar e na segunda temporada não foi diferente.

Eu quero também destacar a personagem Sloan, que é acusada às vezes de ser caricata, mas eu acho muito mais real do que a própria Mackenzie. Ela é uma mulher completa, com várias nuances. Gostei muito do arco de episódios em que mostrou a história dela tendo fotos exibidas por um ex. O final dela na temporada também foi muito bom.

A segunda temporada tratou de dois temas complicados que se interligaram: o uso de armas químicas em guerra e a responsabilidade do jornalista no caso de fontes mentirosas.

Foram excelentes episódios e não sei se talvez uma grande coincidência, porque os temas são bem atuais, porque nos noticiários atualmente se fala sobre o uso do gás Sarin.

Houve uma participação especial da atriz Marcia Gay-Harden, aquela especialista em participações especiais. Era uma advogada e, claro, o Sorkin fez o elenco inteiro aloprar os advogados, tratados novamente como uma corja de sanguessugas, que não chegam aos pés do brilhantismo dos protagonistas de suas séries. É o que ele acha, fazer o que.

Há certas dúvidas sobre o retorno da série no ano que vem, ainda mais por conta de polêmicas em relação a furos no roteiro de Newsroom que fizeram um episódio ter de ser cortado na edição final. Mas a imprensa tem apontado como certo que a série volta no ano que vem. Espero que sim, porque é como eu digo: posso não concordar com alguns pontos de vista, mas são respeitáveis porque racionais e trazem o debate. É bom ter séries assim e no momento a HBO tem se tornado expert nesse assunto.

FDL

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Guerra Mundial Z

guerramundialzFilme: Guerra Mundial Z (World War Z)
Nota: 7,5
Elenco: Brad Pitt e o resto não conheço.
Ano: 2013
Direção: Marc Forster

 

 

 

 

 

Mais um filme que eu fui lá assistir sem me informar melhor sobre ele. Só tinha lido críticas favoráveis, mas sem observar sobre o enredo.

Quando eu percebi que se tratava de mais uma história de zumbis eu até desanimei. Está muito batido esse tipo de história, com os Walking Dead da vida (que eu não gosto).

No final, é uma boa história apocalíptica, sendo que os zumbis fazem parte dela. Até que foi divertido, não que vá mudar a minha vida nem marcar minha experiência com o cinema.

O Brad Pitt é um ator competente, embora muitos critiquem. Nessa história até que ele fez um bom personagem, com boas cenas junto da personagem de Israel.

Claro que tem aqueles elementos de Hollywood que sempre vemos: o mocinho implacável americano ao mesmo tempo que extermina os zumbis como se fossem meros obstáculos, viaja o mundo todo, dá esporro no povo do Exército, descobre a cura da moléstia e ainda é um excelente pai e marido.

Já estamos acostumados, isso não muda.

Mas no final das contas é isso: mais um filme de efeitos especiais que segue uma fórmula de uma indústria consagrada que não vai mexer em time que está ganhando.

Até que é agradável. Recomendo.

FDL

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Series Finale: Rules of Engagement–7ª Temporada

rules-t7

Foi a última temporada da série e só consegui ver agora, na época da estreia na nova Fall Season americana.

Assisti em maratona, porque a temporada é curta, apenas 13 episódios, além de ser mais fácil só para encerrar assistindo ao final que enrolaram tanto.

Foi uma série leve, despretensiosa e tradicional, com aquelas risadas de fundo e situações embaraçosas, como reflexo de um tipo de comédia que fez muito sucesso nos anos 90 e começo dos anos 2000.

No piloto o personagem do Adam pede a namorada Jen em casamento, indo morar no prédio de Jeff e Audrey, casados há alguns anos. A amizade dos casais, um no auge do casamento e outro no auge do noivado, mostra as comparações e as lições do que vira o relacionamento de casado.

Nesse sentido o personagem do Jeff é importante. O mais talentoso da série, ele é não tem bom humor e é um típico machão, sempre reclamando da vida de casado, muito embora não consiga viver sem a Audrey.

O Adam durante a série se transformou em um pateta caricato, perdendo um pouco a graça, porque no começo só tinha um ar meio hippie com a Jen.

Para fechar o arco de personagens tem o solteiro galinha, amigo dos protagonistas, tipo de personagem clássico e típico desse tipo de série: o Russel. Ele é misógino e amoral, sendo repreendido pelas mulheres do elenco o tempo todo. É o bobo da série.

No meio da série entrou o personagem Timmy, um jovem indiano inteligente que vira assistente do Russel e vira seu escravo pessoal. É recheado de piadas sobre o estilo de vida do chefe, o que foi cansativo. O personagem acabou tendo destaque e foi muito deslocado e repetitivo. Ficou até o final.

Nas últimas temporadas a série decaiu muito, porque enrolava demais. Podiam ter acontecimentos importantes que a série não perderia a essência.

O Jeff e a Audrey descobrem que não podem ter filhos e uma amiga lésbica do casal acaba se oferecendo para ser barriga de aluguel. Só isso durou umas 3 temporadas e em muitos episódios essa situação sequer existia.

Nem preciso falar de um noivado de Adam e Jen que durou 7 temporadas, com algumas tentativas de casamento que não deram certo.

Na temporada final o pessoal caprichou e melhorou o nível das piadas. Houve bons episódios. Entre eles destaco aquele em que vão ao restaurante indiano (com direito a dancinha de Bollywood no final), o da despedida de solteiro do Adam e o da competição de culinária, entre outros.

Embora a gente critique a série não avançar no desenvolvimento dos personagens, a verdade é que mesmo em 7 anos reclamando a gente não para de ver. A série é divertida, tem boas cenas de humor e o elenco é bem competente, com destaque ao Patrick Warburton.

O episódio final foi muito legal, embora bem previsível. Nasce o bebê de Audrey e Jeff, no mesmo dia do casamento de Adam e Jen. Eles resolvem se casar no próprio hospital. Russel após prejudicar Timmy e fazê-lo perder seu visto de trabalho no país resolve casar com ele também para que ele possa continuar.

A série poderia ter explorado a vida de casados de Adam e Jen e a vida de filhos de Audrey e Jeff, mas preferiu encerrar aí, no episódio de número 100, mantendo a essência do enredo inicial.

Até que fez bem, mas vai deixar sua marca e sua saudade, pelo menos para mim.

Vale a música que toca na cena final: Closing Time, do Semisonic (mesma música que toca em American Reunion).

sábado, 28 de setembro de 2013

Busca Implacável 2

taken2Filme: Busca Implacável 2 (Taken 2)
Nota: 7
Elenco: Liam Neeson, Maggie Grace, Famke Janssen
Ano: 2012
Direção: Olivier Megaton

 

 

 

 

 

Eu assisti ao primeiro no cinema, mas nem lembrava direito. Depois teve aquela série Missing, que era uma cópia, só que numa versão de protagonista feminina.

Eis que esse tipo de filme, que não anda lá muito na moda, acabou saindo.

É uma continuação da história, com o mesmo elenco, inclusive. Dessa vez, em vez da filha do Neeson ser sequestrada, papai e mamãe são levados e a filhinha agora precisa ajudar a salvar o dia.

Esse tipo de história é cheia de furos, principalmente nas motivações e na facilidade de acontecer tudo. Porém, é filme, serve para divertir. Nisso estamos bem, porque tem bons momentos de ação, mesmo com o Liam Neeson meio velhinho.

Só acho um desperdício não aproveitar melhor a Famke Janssen nas cenas de ação. Ela é fera nisso!

Mas recomendo para um dia despretensioso.

FDL

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Spring Breakers: Garotas Perigosas

spring breakersFilme: Spring Breakers: Garotas Perigosas (Spring Breakers)
Nota: 5
Elenco: James Franco, Selena Gomez, Vanessa Hudgens, Ashley Benson
Ano: 2012
Direção: Harmony Korine

 

 

 

 

É nisso que dá assistir a um filme sem se informar sobre ele antes. Eu esperava que fosse algo na linha de American Pie. Ledo engano.

Quando vi que tinha Selena Gomez e Vanessa Hudgens já achei que seria alguma versão de High School Musical do Spring Break. Deu medo de novo.

No entanto, a gente fica velho e desatualizado. O que acontece com todas as estrelas da Disney quando crescem? Surtam e fazem putaria para mostrarem ao mundo que não são mais crianças, isso antes de caírem nas drogas, claro.

Foi isso que aconteceu aqui.

O filme conta a história de quatro amigas que estão na faculdade, mas em vez de ver a aula, ficam desenhando pirocas no caderno. Como elas não têm grana para a viagem do Spring Break, resolvem assaltar uma lanchonete, porque elas simplesmente precisam ir!!!

A história que se passa nas putarias comuns dessas festas acabam indo para outro caminho, pois as meninas tomam gosto pela vida de assaltantes e unem o útil ao agradável quando conhecem o personagem do James Franco.

O que esse filme quis dizer? Não sei. Se foi divertido? Não. Algumas cenas são intermináveis e tem uma cena de muita vergonha alheia, na qual o James Franco e as meninas cantam Britney Spears desafinadamente segurando armas. É a metáfora: geração Disney cometendo violência banal por conta da vida monótona.

Aliás, muito se vê com isso atualmente assim, com a banalização da violência por parte de jovens entediados.

O filme não tem mais nada além disso, até porque não tem grandes atores e enrola muito. Não achei bom e me frustrei por esperar outra coisa, muito embora merecesse por não me informar antes.

Não acho que esse filme vá marcar alguém, mas é reflexo de uma época.

FDL

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Deus da Carnificina

carnageFilme: Deus da Carnificina (Carnage)
Nota: 10
Elenco: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz, John C. Reilly (Amos)
Ano: 2011
Direção: Roman Polanski

 

 

 

Não soube desse filme na época de seu lançamento, senão já o teria visto.

No geral eu gosto muito dos filmes do Polanski, dos poucos que eu vi nessa vida de tempo limitado.

O que gerou minha curiosidade foi a peculiaridade desse filme, que é uma comédia de comportamento humano, sem deixar de ter seu lado trágico.

Deus da Carnificina é inteiramente feito em um cenário, o apartamento do casal interpretado pela Jodie Foster e o Amos. Eles recebem Kate Winslet e Christoph Waltz porque o filho destes agrediu o filho daqueles com um pau e quebrou seus dentes.

A reunião começa com muita educação e troca de gentilezas sobre educação familiar, só que as alfinetadas são sempre presentes e vão crescendo e ficando maiores. A máscara da inicial polidez cai e o ser humano mostra as garras quando se vê exposto.

Diante disso, os casais discutem uns com os outros e também entre si, porque a situação familiar acaba desenterrando os próprios problemas pessoais.

Daí, para o tragicômico é um passo, com choro, riso, barraco, vômito, agressão. Isso mostra o lado verdadeiro do ser humano, ainda mais quando aparece uma bebida para catalisar.

Gostei muito desse filme, tanto nas cenas de risos, quanto nas vergonhas alheias, quanto nas reflexões feitas.

Os atores são todos geniais e o filme não é cansativo. Tem apenas 80 minutos. Polanski é um gênio.

Recomendo.

FDL

terça-feira, 10 de setembro de 2013

A Última Casa da Rua

housendofstreetFilme: A Última Casa da Rua (House at The End Of The Street)
Nota: 8
Elenco: Jennifer Lawrence
Ano: 2012
Direção: Mark Tonderai

 

 

 

 

 

Eu não estava esperando muita coisa desse filme, mas me surpreendeu. Tendo em vista a qualidade dos thrillers do momento, esse foi ótimo.

A Jennifer Lawrence ainda não estava esse fenômeno todo, muito embora já fosse bem respeitada. Nem precisa dizer como ela tá linda nesse filme.

Sinopse do Adoro Cinema:

“Dispostas a conquistar uma nova vida, a jovem Elissa (Jennifer Lawrence) e sua mãe Sarah (Elisabeth Shue), que se separou recentemente, se mudam para uma grande casa em uma nova cidade. O negócio só foi possível porque o imóvel vizinho ao delas foi palco de um duplo assassinato e assim o aluguel ficou mais baixo. Mas tudo na vida tem um preço e quando Elissa começa a se relacionar com Ryan (Max Thieriot), o único sobrevivente da família assassinada, as coisas começam a mudar radicalmente, trazendo à tona problemas entre mãe e filha, além de conflitos com os vizinhos da região, que acabam envolvendo também a polícia local.”

O final não é dos mais surpreendentes do mundo, há apenas um aspecto dele que eu não esperava. O ator que faz cenas com a Jennifer trabalhou bem.

É interessante notar também que essa obra foi adaptação de um livro, dos autores Lilly Blake, David Loucka e Jonathan Mostow. Não li, mas deu vontade, porque na leitura a história deve ficar bem mais interessante.

Recomendo esse filme, que não deixa a desejar nas atuações e nas cenas de suspense.

FDL

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Inatividade Paranormal

inatividadeFilme: Inatividade Paranormal (A Haunted House)
Nota: 2
Elenco: Marlon Wayans
Ano: 2013
Direção: Michael Tiddes

 

 

 

 

 

Não sei se estou ficando velho e sem saco, mas eu era sempre ria muito com esses filmes de tiração de sarro das obras de suspense do momento. Eu passava mal de gargalhar com Todo Mundo em Pânico.

Talvez a fórmula tenha se esgotado, eu tenha ficado velho, os irmãos Wayans tenham ficado velhos, não sei. Só sei que esse filme é uma merda.

Desde o começo a gente fica frustrado com tentativas sem sucesso de piadas, além de serem completamente desconexas, com cenas de putaria, escatologia, careta e non sense tão atravessados que você fica procurando a graça.

Pra piorar, o pior dos irmãos Wayans é o protagonista, fazendo comédia de um filme que teria tudo para ser engraçado, mas não deu nada certo.

Nem terminei de ver, porque comecei a me irritar com as bobagens e a falta de graça. E olha que meu nível de exigência com um humor é bem baixo, aliás, quanto mais bobo, mais me faz rir. Mas precisa pensar um pouquinho e esse filme me pareceu muito preguiçoso.

Não recomendo.

FDL

domingo, 8 de setembro de 2013

A Entidade

entidadeFilme: A Entidade (Sinister)
Nota: 6
Elenco: Ethan Hawke (não conheço o resto)
Ano: 2012
Direção: Scott Derrickson

 

 

 

 

 

Sinopse do Adoro Cinema:

“Ellison (Ethan Hawke) é um escritor de romances policias que acaba de se mudar com a família. No sótão da nova casa ele descobre antigos rolos de filme, que trazem imagens de pessoas sendo mortas. Intrigado com o que elas representam e com um estranho símbolo presente nas imagens, ele e sua família logo passam a correr sério risco de morte.”

Dá dó ver atores como o Ethan Hawke precisando fazer filmes assim. Mas resolvi dar uma chance depois de ver o trailer e achar que seria interessante a história, um thriller com um bom ator pode ser algo promissor.

A história é muito fraca, não tem jeito. O clima de suspense é até bom, dá um pouco de tensão, mas nada demais.

A pior coisa é ver o filme que tenta ser algo e ver obviamente sua falha.

Não recomendo, porque não marca ninguém.

FDL

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Pesadelo – Lars Kepler

O pesadelo - Lars Kepler“A ilha de Kymmendö é uma praia do outro lado. Penelope bate pernas exaustas, lutando para continuar boiando. Os primeiros raios de sol sobre a copa das árvores são ofuscantes. Machucam seus olhos e ela deixa de nadar. Não sente cãibras, mas seus braços não aguentam mais; estão desistindo. Em poucos segundos suas roupas molhadas começam a arrastá-la para baixo antes que seus braços obedeçam aos comandos novamente. Quando volta à superfície e arfa em busca de ar, está aterrorizada. A adrenalina corre por seu corpo e ela suga mais ar, mas perdeu a noção de direção. Vê apenas oceano. Para num ponto e gira apenas para se impedir de gritar. Finalmente vê a cabeça em movimento de Björn pouco acima da superfície da água, cerca de cinquenta metros à frente. Penelope recomeça a nadar, mas não está certa de que conseguirá chegar à outra ilha.”

Lars Kepler – O Pesadelo

 

Não aguentei e acabei lendo de uma vez o segundo livro da dupla Lars Kepler. O primeiro foi “O Hipnotista”, que comentei recentemente.

Na segunda obra, o detetive Joona Linna precisa investigar a morte de uma jovem em um barco, junto do desaparecimento de sua irmã, uma ativista que luta pelo desarmamento.

“O Pesadelo” tem um assunto mais complexo do que “O Hipnotista”. Nessa obra são discutidos os limites éticos que os países ricos precisam respeitar ao vender armas para países em conflitos civis. É um assunto bem atual.

Além disso, vemos até onde os milionários vão para manter suas fortunas e como funciona o arrependimento de quem vende sua alma por dinheiro e poder.

De resto, esse livro já demonstra que Lars Kepler tem um estilo próprio: começo e fim frenéticos, com meio mais calmo e explicativo, além de cenas de elevado grau de violência e um bom dinamismo nas passagens.

Não bateu o seu antecessor, é menos interessante. Acredito que seja pelo tema, que não é tão instigante quanto o outro. Mesmo assim é um ótimo livro e não duvido que em breve vejamos mais um filme sueco com o detetive Joona Linna.

Recomendo bastante.

FDL

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mama

mamaFilme: Mama
Nota: 6
Elenco: Jessica Chastain e Nikolaj Coster-Waldau
Ano: 2013
Direção: Andrés Muschietti

 

 

 

 

 

Pelo trailer esse filme parecia ser bem promissor, com algumas cenas boas de susto.

Não deu susto nenhum, mas fez rir em algumas cenas, principalmente com a caçulazinha animalizada. O protagonista é um bobão, tanto na versão pai das meninas quanto na gêmeo dedicado.

A Jessica Chastain é uma ótima atriz e as cenas dela são as melhores, porque passam a desconfiança que ela sente.

A história em si não é tão ruim, afinal, não dá pra esperar um enredo complexo em um filme de medo, mas o final é de cagar, sobretudo com aqueles efeitos especiais.

No final das contas acaba sendo mais um terror mediano, com muitos melhores e outros piores. Péssimo mesmo é não marcar. Não marcou.

FDL

O Inocente

o-inocente-scott-turow-1-edico_MLB-F-4580291245_072013“A pior parte, porém, é o que se passa dentro de mim, porque a cada momento não faço ideia de como me sinto ou como deveria me sentir no que diz respeito a isso. Creio que pais são sempre objetos moventes. Nós crescemos, e nossas perspectivas evoluem constantemente. Neste tribunal existe apenas uma pergunta — ele matou ou não matou? Mas, para mim, há meses, a questão tem sido mais complicada, tentando imaginar o que a maioria das crianças leva uma existência para avaliar — quem é, na verdade, o meu velho. Não quem eu pensava. Isso eu já deduzi.”

Scott Turow em “O Inocente”.

 

 

 

 

Antes de mais nada é melhor resolver a história dos homônimos. Esse é o livro do Scott Turow, publicado em 2011. Tem a mesma tradução do livro The Innocent Men, do John Grisham.

O título desse livro é The Innocent e faz paralelo com seu antecessor, Presumed Innocent, traduzido no Brasil como Acima de Qualquer Suspeita, que eu já li no ano passado e comentei aqui, junto com o filme.

O intervalo das publicações é de 24 anos. Esse é o mesmo tempo que passa na história, que traz de volta todos os elementos da anterior.

No primeiro livro é contada a história de Rusty Sabich, um promotor de justiça casado e com filho, que acaba no banco dos réus sob a acusação de matar uma outra promotora, supostamente sua amante. Ficamos o livro inteiro sem saber se Rusty é inocente ou não. Os jurados entendem que é inocente e sofreu uma armação de outro promotor, e ele sai livre, com o caminho livre para ser juiz.

Em O Inocente Rusty já passou dos 60 anos e é um experiente juiz, já a caminho da Suprema Corte, até que sua esposa tem uma morte suspeita. O promotor do caso antigo não supera a derrota e investiga o caso, encontrando detalhes suficientes para um novo processo.

Nesse livro temos um Rusty mais exposto às próprias fraquezas, sem dúvida. A idade é implacável com ele. O temperamento da esposa também piora, fazendo ser um casal de personagens bem rico, com uma dinâmica única.

O enredo é narrado, tal qual Acima de Qualquer Suspeita, em primeira pessoa. Todavia aqui há vários narradores. A história é contada simultaneamente por alguns pontos de vista. É um jeito diferente e interessante de contar a história.

A história é mais lenta que a primeira e explora temas já batidos anteriormente, mas até entendo – as obras são independentes. Interessante é que apesar de revelar o assassino no primeiro livro, Scott Turow não faz referência a quem é nesse livro o assassino passado, para não influenciar nada.

É um bom livro, mas não supera o primeiro. Recomendo para os fãs desse tipo de literatura, porque o Scott Turow é um mestre.

No post anterior eu aproveitei e vi o filme, feito pelo Harrison Ford. A TNT não perdeu a chance e já exibiu no ano passado a versão para a tv de O Inocente. Li pela internet que esse tipo de filme está fora de moda no cinema, não seria aprovado, então já aproveitaram o livro ser recente e adaptaram na TNT, que tem tradição em dramas de suspense.

O Rusty foi interpretado pelo Bill Pullman, a Barbara pela Marcia Gay Harden e o Sandy Stern pelo Alfred Molina. Com esse elenco até parecia que teria uma chance, certo? Errado. Muito errado!

Não consegui sequer terminar de ver. É um telefilme muito mal dirigido, com diálogos forçados e atuações no mesmo estilo do exagero.

Acaba sendo um festival de falatórios e situações inverossímeis. Tanto é por isso que ninguém nem soube direito que isso passou. Eu descobri muito por acidente e tive muito trabalho em achar – nem preciso dizer que não existe legenda nenhuma para isso. É uma vergonha para a carreira desses atores.

FDL

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Season Finale: Parks and Recreation – 5ª Temporada

parkss5

Nesse ano acabei elegendo a série para assistir no hiato das temporadas. Nem é por ser inferior, mas é porque acaba sendo mais agradável de assistir em maratonas.

A temporada foi marcada pela conciliação do trabalho de Leslie no departamento com o cargo de vereadora. Além disso, o episódio do casamento dela com o Bem foi importante.

Não houve nenhum episódio ruim, muito embora a série tenha ficado apegada a um padrão em que a Leslie tem boas intenções, é contrariada pelos costumes malucos da cidade e acaba tomando alguma atitude maluca e vergonhosa por impulso, se arrependendo depois. Precisa melhorar um pouco esse hábito.

De resto, os personagens continuam excelentes, sobretudo Ron e April.

April ficou com um gancho de começar a faculdade na próxima temporada. Já Ron vai ser pai.

Houve a notícia dias desses de que a Ann e o Chris sairiam da série. É uma pena, vai fazer falta a presença desses dois personagens.

A série continua ótima. Recomendo a todos.

FDL

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Invasão À Casa Branca

olympusFilme: Invasão À Casa Branca (Olympus Has Fallen)
Nota: 8
Elenco: Gerard Butler, Aaron Eckhart, Dylan McDermott, Morgan Freeman e Ashley Judd (aparece pouco e quem assistiu a Missing sabe que o filme perdeu a chance de ter a Ashley quebrando tudo)
Direção: Antoine Fuqua
Ano: 2013

 

 

 

Nem sabia da existência desse filme e acabei vendo um trailer outra vez. Já baixei e assisti naquele dia mesmo.

Trata-se de um excelente filme de ação e o próprio título explica o que acontece. Dessa vez os vilões são radicais da Coreia do Norte, bem violentos e sanguinários, que conseguem com surpreendente facilidade invadir a Casa Branca, descer o cacete no presidente e nos outros poderosos e ainda quase promover uma catástrofe nuclear.

É exagerado? Obviamente, mas a tensão é divertida, sobretudo naqueles momentos em que o Gerard Butler consegue detonar sozinho uma puta galera de quem a própria polícia não deu conta.

O vilão é vivido pelo ator Rick Yune, já conhecido nosso como o Zao de 007 – Die Another Day. Claro que ele jamais será capaz de interpretar um oriental bonzinho – ele sempre é o terrorista perigoso-assassino-sangue-frio.

Não há dúvidas de que esse filme não vai marcar a vida de ninguém, mas é uma opção divertida para os momentos de descontração e baixa exigência.

Recomendo.

FDL

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Imagine Dragons–It’s Time

So this is what you meant?

When you said that you were spent?

And now it’s time to build from the

Bottom of the pit

Right to the top

Don’t hold back

Packing my bags and giving the

Academy a rain-check

I don’t ever want to let you down

I don’t ever want to leave this town

‘Cause after all

This city never sleeps at night

It’s time to begin, isn’t it, I get a little bit

Bigger, but then, I’ll admit

I’m just the same as I was

Now don’t you understand

That I’m never changing who I am

So this is where you fell

And I am left to sell

The path to heaven runs through miles

Of clouded hell

Right to the top

Don’t look back

Turning to rags and giving the commodities

A rain-check

I don’t ever want to let you down

I don’t ever want to leave this town

‘Cause after all

This city never sleeps at night

It’s time to begin, isn’t it, I get a little bit

Bigger, but then, I’ll admit, I’m just the

Same as I was

Now don’t you understand

That I’m never changing who I am

This road never looked so lonely

This house doesn’t burn down slowly

To ashes, To ashes

It’s time to begin, isn’t it, I get a little bit

Bigger, but then, I’ll admit, I’m just the

Same as i was

Now don’t you understand

That I’m never changing who I am

Então foi isso que você quis dizer?

Quando você disse que estava cansado?

E agora é hora de construir a partir

Do fundo do poço até o topo

Direto ao topo

Não olhe pra trás

Fazendo minhas malas,

A faculdade fica para uma próxima

Não quero nunca te decepcionar

Não quero nunca deixar essa cidade

Porque, no final das contas,

Esta cidade nunca dorme à noite

É a hora de começar, não é? Fico um pouco

Maior, mas depois, admitirei

Sou o mesmo que eu era

Agora, você não entende

Que eu nunca vou mudar quem eu sou

Então, este é o lugar onde você caiu

E eu estou para vender

Para chegar ao Paraíso, tem que passar

Pelo Inferno

Direto ao topo

Não olhe pra trás

Voltando aos trapos e as comodidades

Ficam para uma próxima

Não quero nunca te decepcionar

Não quero nunca deixar essa cidade

Porque, no final das contas,

Esta cidade nunca dorme à noite

É a hora de começar, não é? Fico um pouco

Maior, mas depois, admitirei, sou o

Mesmo que eu era

Agora, você não entende

Que eu nunca vou mudar quem eu sou

Esta estrada nunca pareceu tão solitária

Esta casa não queima lentamente

Em cinzas, em cinzas

É a hora de começar, não é? Fico um pouco

Maior, mas depois, admitirei

Sou o mesmo que eu era

Agora, você não entende

Que eu nunca vou mudar quem eu sou

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Minha Mãe É Uma Peça

Minha-Mãe-é-Uma-Peça-O-FilmeFilme: Minha Mãe É Uma Peça
Nota: 9
Elenco: Paulo Gustavo, Ingrid Guimarães, Samantha Schmütz, Herson Capri (O Roy da Família Dinossauros) e outros.
Ano: 2013
Direção: Andre Pellenz

 

 

 

Esse filme estava despercebido pelas salas, até eu ver pela internet a enxurrada de comentários positivos, com muitos elogios ao trabalho do comediante Paulo Gustavo.

Já tinha ouvido falar dessa peça e também do programa de tv dele no Multishou, o 220 Volts, mas nunca tinha visto nada dele. Nunca é tarde para começar.

Em Minha Mãe É Uma Peça ele interpreta uma versão inspirada em sua própria mãe, uma mulher escandalosa, barraqueira, autoritária e com bobes no cabelo que vive pelos filhos, mesmo sofrendo pelo fato de ter se separado do marido, que está com uma piriguete agora.

Acima de qualquer coisa, esse filme é muito engraçado. Eu perdi o ar de rir em algumas cenas, sobretudo no caixa do supermercado e na reunião de condomínio. Todo mundo tem uma tia/vizinha/conhecida assim.

O texto é muito rápido e criativo, não cai nas enrolações. Isso vem do teatro, com certeza.

Só me resta recomendar esse filme e fazer o possível para assistir a essa peça e ao programa de tv do Paulo Gustavo.

FDL

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Maniac

maniacFilme: Maniac
Nota: 6
Elenco: Elijah Wood
Ano: 2012
Direção: Franck Khalfoun

 

 

 

 

 

A maior crítica que eu costumo fazer aos filmes de terror e suspense costuma ser a falta de ousadia. Embora a violência seja empregada nas produções, elas não se reinventam, acaba tudo sendo igual.

Desse mal não posso culpar o filme Maniac.

Todavia...

As inovações desse filme são pelas formas. Tudo é exibido em primeira pessoa.

O serial killer Frank, interpretado pelo Elijah Wood, sai matando e escalpelando a mulherada a torto e direito. Só que a câmera coloca o telespectador sob os olhos do vilão. Só vemos a cara dele quando há um espelho ou qualquer outro tipo de reflexo.

Acho que isso foi feito primeiro para dar originalidade a Maniac, segundo para que a violência ficasse mais convincente. E ficou. Não fomos poupados de sangue e brutalidade.

Claro que em alguns momentos o sacolejo da câmera fica incômodo, mas nada mais do que a história em si.

Com a licença dos spoilers, acabamos descobrindo que Frank mata as mulheres como forma de ritual de substituição pela relação de amor/ódio que tinha com a mãe, uma espécie de prostituta, que fazia sexo com os caras na frente dele quando era criança.

No meio disso, o ofício de Frank é restaurar manequins de lojas, sobretudo os antigos. Acaba conhecendo Anna, uma fotógrafa que se interessa pelo seu trabalho e se torna seu alvo.

Tudo isso é lento, cansativo e sem propósito. No final você pensa: tá, e daí?

O filme acaba falhando em assustar, em impressionar e em prender com a história.

É apreciado o esforço do diretor em fazer uma produção diferente, mas a história não ajuda em nada.

Não recomendo.

FDL

Meu Malvado Favorito 2

meumalvado2Filme: Meu Malvado Favorito 2 (Despicable Me 2)
Nota: 7,5
Elenco: vozes de Steve Carell, Kristen Wiig, Miranda Cosgrove, Russell Brand, Nasim Pedrad.
Ano: 2013
Direção: Pierre Coffin, Chris Renaud

 

 

 

 

As animações costumam ser uma boa pedida para ir ao cinema, ainda que essa prática, pelo menos para mim, tenha se tornado bem menos frequente nos últimos anos.

Eu até gostei da versão anterior e vi nesse ano mesmo.

O segundo filme foi melhor que o primeiro. Nessa história Gru cuida das meninas e acaba aparecendo um desafio que ele precisa resolver no mundo dos vilões.

O foco na continuação é a relação amorosa do Gru com a personagem nova, Lucy. Claro que é presente a situação do sentimento de inadequação, quase que obrigatório em histórias de animação infantil do momento. É uma boa.

A graça continua sendo os minions, ainda mais usados nesse filme.

Não é o melhor filme de animação do mundo, mas tem seus bons momentos. Se acabar assistindo à versão dublada, como eu fiz, se prepare emocionalmente para ter que ouvir a voz de Sidney Magal. Vai entender as produtoras brasileiras?

Recomendo.

FDL

sábado, 27 de julho de 2013

Season Finale: Bob’s Burgers 3 ª Temporada

Bob's_Burgers_Season_2Assisti também nos últimos dias à Terceira temporada de Bob’s Burgers.

Foi excelente novamente. Como comédia de animação, ainda perde para Os Simpsons, obviamente. Mas ainda assim é excelente e rende vários momentos de risada.

A comédia é um pouco mais sutil e voltada ao âmbito familiar mesmo, com menores pitadas de humor politicamente incorreto, que muitas vezes aparece nas cenas com a Louise.

Destaco nessa temporada o episódio em que a Louise se apaixona por um menino de boy band e demonstra seu carinho com um tapa na cara. O episódio dos avós que moram em uma comunidade que pratica suingue também foi ótimo. Gostei também do dia em que a família foi toda a um programa de televisão disputar contra outras para ganhar uma Kombi – claro que perderam.

São vários, mas não dá pra mencionar tudo aqui.

Ano que vem está de volta. Esperemos.

FDL

Season Finale: Veep – 2ª Temporada

veeps2No ano passado elogiei essa série nova da Julia Louis-Dreyfus, mesmo sendo da HBO. Fiz isso por realmente se tratar de uma comédia.

A segunda temporada foi ainda melhor que a primeira. Consegui manter meu interesse em assistir mesmo em dias de tempo curto para ver séries.

Os personagens já estavam apresentados e desenvolvidos, por isso, a série pode brincar com as situações incomuns, o ponto principal.

Essa temporada correu com base em uma música supostamente preconceituosa cantada pela Vice e pela sua participação em um evento importante, mas tendo seu nome ligado a um escândalo. Claro que o enredo brincou com o fato de ela ser um papel inútil e não saber de nada nunca, cabendo sempre se ferrar quando fosse necessário um bode expiatório.

Mais para o final começou a corrida eleitoral das próximas eleições. Provavelmente será esse o foco da próxima temporada.

A atriz rouba a cena. É impressionante como essa mulher tem o dom e ninguém pode discutir. O resultado disso foi mais uma indicação ao Emmy e sendo recordista, tendo em vista sua história de comédias de sucesso.

Continuo recomendando essa série. Até o ano que vem.

FDL

terça-feira, 16 de julho de 2013

Corpo de Delito – Patricia Cornwell

Scarpetta #2 - Corpo de Delito

“A polícia estava por toda a parte. Seus rostos desfilaram fantasmagóricos, sob as luzes artificiais. Os motores roncavam, e as frases fragmentadas vindas dos rádios, ininteligíveis por causa da estática, pairavam no ar úmido e frio. A fita de isolamento da cena do crime, presa ao corrimão da escada dos fundos, selava a área, num retângulo amarelo de horror.
Um policial à paisana, usando casaco de couro marrom, aproximou-se de nós. “Doutora Scarpetta?”

Às vezes eu sinto que conheço pessoalmente os autores dos livros que eu leio. Até que sou amigo deles. Se fosse verdade, Patricia Cornwell seria aquela amiga brava comigo, por conta dos anos de abandono, muito embora tivesse prometido manter contato. É bem verdade que acompanhar os livros da autora é complicado, porque quando não estão esgotados, são muito caros, mas mesmo assim fica o sentimento de culpa.

Por isso mesmo que, lendo o primeiro livro da sequência Scarpetta, em 2007, só agora li o segundo, 6 anos depois. Pelo menos não esqueci deles.

Acontece que esse livro é difícil de encontrar e eu queria ler na ordem cronológica, mesmo que as histórias sejam independentes. Isso complicou a vida, porque Patricia já publicou mais de 15 obras com a médica-legista Kay Scarpetta.

Eu tentei nesses tempos ler o pdf na tela do computador. Já li vários livros assim, mas é incômodo, além de judiar da nossa vista. Com a chegada dos leitores digitais (principalmente o Kobo Glo, com iluminação para os madrugadores) foi possível conseguir uma versão ePUB para Corpo de Delito e terminar de lê-lo em uma madrugada só.

Post Mortem é um pouco melhor. Isso fica claro, porque se Corpo de Delito fosse imperdível e excelente eu terminaria as leituras no pdf mesmo, o que não aconteceu.

corpo de delitoA história resumidamente trata do assassinato de Beryl Madison, uma escritora discreta, com vários segredos e conexões no mundo editorial. Junto a isso, um fantasma do passado de Kay Scarpetta ressurge durante as investigações para deixa-la ainda mais confusa e exposta a perigos por se envolver demais na investigação.

A sobrinha Lucy não aparece nesse livro, mas eu sei que nos próximos ela se torna bem importante.

A narrativa de Patricia Cornwell é impecável. O suspense e a descrição minuciosa se equilibram, deixando a gente muito ciente do cenário que ela deseja nos inserir, mas sem perder uma linha que aguce nossa curiosidade, culminando com um desfecho que responde as perguntas levantadas.

O próximo livro é Restos Mortais, bem complicado de encontrar também, mas espero não demorar mais tanto tempo para acompanhar as histórias de Kay, porque o ritmo da autora é frenético e a qualidade imperdível.

Recomendado.

FDL

sábado, 13 de julho de 2013

Poirot – Os Elefantes Não Esquecem

poirot - elephantsA BBC começou a exibir os telefilmes finais para completar a adaptação inteira da obra de Agatha Christie no que se refere ao seu mais famoso detetive.

Como serão histórias longas, espaçadas e que se referem a livros inteiros, nada mais justo que um post completo a cada um.

Os Elefantes Não Esquecem eu já conhecia, porque li o livro em 2009, até fiz post aqui. É um excelente livro, porque mudou em alguns aspectos a fórmula que Agatha Christie utilizava em suas tramas. É um romance contado de trás para a frente em que Poirot utiliza as impressões como fundamento na sua investigação.

Poirot é chamado para investigar o assassinato misterioso de um psiquiatra e sua amiga Ariadne Oliver tem como missão pessoal a pedido de sua afilhada descobrir a verdade sobre a misteriosa morte de seus pais 12 anos antes. Poirot não dá muita atenção ao caso de sua amiga, que pede sua ajuda, até descobrir a relação entre as mortes.

Falo das impressões porque o livro utiliza elefantes, animais com boa memória, para repassar os fatos ocorridos 12 anos antes. Assim, as nuances e os detalhes revelam a verdade sobre o passado, ainda que as testemunhas não se deem conta disso.

Mais uma vez a BBC humilhou na adaptação, com alguns detalhes da história alterados, evidentemente. O trabalho de David Suchet é impressionante, ainda mais depois de 24 anos no ar com o mesmo personagem.

Não sabemos a data do próximo telefilme, só sei que é Os Quatro Grandes, cujo livro ainda não li. Talvez leia para acompanhar melhor. Vi também que essa adaptação vai trazer de volta personagens queridos da série que não vemos desde 2001: Hastings, Japp e Miss Lemon.

Recomendado, como sempre e em clima de despedida, com uma literal contagem regressiva.

5, ...

FDL

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Season Finale: Bron/Broen – 1ª Temporada

bron broen

Finalmente terminei de assistir a essa série impressionante, de apenas 10 episódios em sua primeira temporada. É um thriller de adivinha qual país? Exatamente, Suécia, mas em parceria com a Dinamarca.

Fui vendo aos poucos, talvez com pena de acabar logo e eu ficar órfão dessa produção. Além disso, mesmo tendo sido renovada para a segunda temporada, a velocidade de produção das séries europeias é consideravelmente mais lenta.

A série trata de um corpo encontrado na ponte Øresundsbron, que liga os dois países. O corpo está cortado ao meio, com cada metade localizada no território de um dos países. Isso faz com que as duas polícias se juntem para investigar o caso.

O assassino se torna serial e passa a passar lições de moral na sociedade a cada sequência de mortes que ele pratica.

A polícia sueca é representada pela detetive Saga Noren, extremamente competente, concentrada e técnica, mas com péssimas interações sociais e capacidade de empatia zero. A polícia dinamarquesa é representada pelo detetive Martin Rohde, também competente, mas com o lado humano mais exposto, muito embora colecione diversos problemas pessoais e profissionais por conta de suas escolhas impulsivas e equivocadas ao longo da vida.

bron broen posterA série se desenvolve no jogo de gato e rato dos detetives com o assassino, que ainda manipula a imprensa por meio de um jornalista ambicioso e também explora a relação entre os policiais, que são de personalidades diferentes, até antagônicas. Essa união entre eles faz com a que a investigação seja feita sob diversas óticas e também muda a personalidade de cada um, que se deixa influenciar pelo outro.

Como é comum nessas produções suecas, as cores são frias e as paisagens e recursos visuais extremamente bonitos. Os atores são excelentes, muito embora a Saga Noren caia em caricaturas algumas vezes.

O enredo se encerrou com muitas reviravoltas, mas todas explicadas, de modo que não nos sentimos enganados e tudo faz sentido.

É um tipo de suspense diferenciado, que não caiu em fórmulas. É até por isso que recorremos a produções de lá da Suécia/Dinamarca para termos alguma novidade. As produções comerciais mais tradicionais estão em franca crise criativa.

Gosto bastante da música de abertura. Chama-se Hollow Talk, de uma banda chamada Choir of Young Believers (dinamarquesa). Segue o vídeo dela.

As emissoras nacionais exibiram essa série. Está disponível no Net Now com o nome The Bridge. Péssima ideia, porque agora em julho estreia nos EUA a série The Bridge, a versão deles, claro. Será com nada menos que a Diane Kruger. Nem vou assistir, imagina.

Muito recomendado.

FDL

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Carcereiros – Drauzio Varella

carcereirosEstação Carandiru foi lançado em 1999. Foi um grande sucesso. Ganhou filme do Hector Babenco, prêmio Jabuti e ficou marcado como uma leitura obrigatória da nossa geração.

Eis que em 2012 Drauzio Varella apareceu e mostrou que ainda tinha mais a dizer.

Dessa vez o médico revelou detalhes não só de quando esteve no Carandiru, mas em outros presídios paulistas ao longo de sua carreira. Só que agora o ponto de vista é dos carcereiros, personagens meio esquecidos no outro livro.

Desde o começo Drauzio Varella diz que se aproximou dos funcionários do sistema penitenciário e muitos deles são seus bons amigos. Isso nos dá a falsa impressão de que ele faria uma narração pegando leve com seus colegas, querendo dar uma boa imagem.

Não achei.

Do mesmo modo que ele humanizou os presos, mostrou diversos lados que os seres humanos imersos profissionalmente nesse mundo acabam desenvolvendo.

Há muitas histórias de violência, revolta, injustiça e denúncia. O lado mais cômico que Estação Carandiru tinha ficou diminuído, embora o tragicômico apareça algumas vezes.

Gosto muito da passagem em que o autor comenta ter assistido do alto de um edifício à demolição da Casa de Detenção junto com seus colegas carcereiros. Me ficou uma impressão de que para vários deles o mundo em que viviam foi implodido junto, já que aquele local era um universo em si mesmo.

Como fez antes, o médico analisa a situação dos presos, da situação carcerária, de toda a contradição autodestrutiva que o nosso sistema carcerário e penal coloca em prática. Isso tem muito valor, pois leva informações ao leitor comum que não tem acesso a dados assim.

Achei esse livro excelente. Há várias coisas mais a se dizer sobre ele, mas escreveria por demais aqui. Li em dois dias porque é um livro curto e com as mesmas características anteriores de Drauzio Varella: é direto, conciso e sem muitas digressões. Sua função é fazer um retrato. E muito bem feito.

Reforço que as informações sendo contadas por um médico voluntário fazem a descrição ter mais credibilidade, já que ele não tem necessariamente um lado a defender. E olha que ele fala em partes do livro como esse trabalho influenciou sua vida e seu comportamento.

Recomendo a todos.

FDL

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Season Finale: American Idol – 12ª Temporada

american-idol-2013-poster-promoDe longe, mas muito de longe, foi a pior temporada de American Idol da história. Aliás, a pior de qualquer reality show que eu já tenha visto.

Os programas de competição musicais estão em crise, isso é evidente. O The Voice veio com uma proposta diferente e parece ter cativado mais a audiência, embora não seja muito o meu estilo.

O American Idol então, o mais antigo deles, já demonstrava há anos a necessidade de uma reformulada. Foi o que fizeram, mas mal esperavam que fosse ser essa bagunça toda.

Os jurados da temporada passada mudaram, com exceção de Randy Jackson, que ficou mantido. Vieram, no lugar de Steven Tyler e Jennifer Lopez, Keith Urban, Mariah Carey e Nicki Minaj.

Os jurados afundaram o programa. Randy já mostrava não se importar tanto, um certo desprezo e comentários repetitivos. Mariah Carey e Nicki Minaj colocaram as garras de fora ainda na fase de testes e quebraram o pau no meio das gravações. Resultado: climão até o fim da temporada com as duas alternando desprezo uma pela outra com alfinetadas e caretas. Keith Urban ainda foi aceitável, mas faltou carisma pra ele.

Como se não bastasse, Mariah Carey não conseguia formular uma frase completa sem se interromper, com uma prolixidade absurda. Faltava espontaneidade. Já Nicki, queria mostrar conforto demais, sendo muitas vezes grosseira, mal educada e com comentários que não faziam sentido algum. Ela queria causar e causou.

O reflexo de jurados querendo aparecer mais que os talentos se mostrou quando chegou a fase dos shows ao vivo. A temporada mais entediante da história. Tanto é que já acabou tem mais de um mês e só agora tive ânimo de terminar de ver.

Na minha opinião foram dois os problemas. O primeiro a clara intenção de fazer uma mulher ganhar, tendo em vista os últimos 5 campeões serem homens. Para isso acharam que daria certo colocar homens sem talento e masculinidade (afinal, as meninas votam nos bonitinhos) e mulheres com vozes poderosas. Esse tipo de interferência acaba prejudicando o programa, que tem graça pela competição além das músicas que acabamos gostando de ouvir.

Aliás, esse foi o segundo problema. American Idol de repente virou um programa para quem tem 60 anos de idade. Somente músicas velhas, além da tradicional lista de músicas repetidas, que todo mundo canta nas competições. Teve de novo uma semana Motown Records... dá sono só de lembrar desse dia.

No final o top 5 tinha só mulheres, porque todos os homens foram eliminados. Elas cantavam músicas com estilos muito similares e nenhuma me marcou. Não tive uma torcida por ninguém nessa temporada porque o gosto musical se mostrou bem duvidoso.

De todas elas, Candice Glover de fato foi a melhorzinha e mereceu ter ganho, dadas as circunstâncias.

Mantenho meus comentários do ano passado sobre o Jimmy Iovine: falava mal de todo mundo, sempre se contradizendo com aquelas falas ensaiadas e com cara de Cazuza na capa da Veja... até quando?

Pelo visto, essa opinião sobre o desempenho do reality não foi só minha. A audiência caiu com bastante intensidade. Os críticos foram unânimes em dizer que não deu certo essa tentativa. Randy Jackson já anunciou que não volta mais (teve até uma homenagem bem legal feita pra ele no episódio final). Mariah Carey e Nicki Minaj também anunciaram que não voltam mais. Keith Urban disse que gostaria de voltar, mas até o momento não se sabe do que vai ser American Idol no ano que vem.

Espero que isso tenha sido apenas uma fase ruim e que se recuperem no ano que vem. Esse programa já revelou excelentes artistas e não vejo problema nenhum que muitos deles tenham sido parecidos nos últimos anos.

Até o ano que vem.

FDL

sábado, 22 de junho de 2013

O Canto da Sereia

ocantodasereia-serie

Com o final das séries que eu assisto sem deixar pra depois, começa a época em que eu vejo mais filmes ou qualquer programação que eu resolvi postergar.

O Canto da Sereia me chamou a atenção com a minissérie que a Globo exibiu em janeiro. Mas eu soube que era inspirada em um livro de Nelson Motta. Desse modo, deixei pra ver depois, quando conseguisse ler o livro. Para isso faltou tempo e também a possibilidade de encontrar aquele epub esperto pelas internets da vida.

Comecemos pelo livro:

O Canto da Sereia: Um Noir Baiano – Nelson Motta.

“Sim, Sereia era o seu nome verdadeiro, ela foi batizada como Sereia Maria de Oliveira, uma promessa de sua mãe para Iemanjá, que lhe apareceu em um sonho dizendo que a menina que esperava teria cabelos de ouro e olhos de mel, seria bonita, rica e famosa, e se chamaria Sereia. Quando a menina nasceu, ela consultou sua mãe-de-santo, que jogou os búzios várias vezes e confirmou que Sereia conquistaria a fama e a fortuna, mas não seria feliz por muito tempo”

ocantodasereia-livroO título já tem essa característica, de se tratar de um noir baiano. Isso é bem interessante porque já sugere uma mistura incompatível. No entanto, tem coisa mais brasileira do que isso? Essas misturas improváveis que dão ao nosso país essa cara própria ficam claras nisso.

Esse livro de um lado mostra o mistério de um assassinato que parou a Bahia e o país e de outro revela a importância do Carnaval para o povo baiano, com toda a sua cultura rica e própria.

Sereia é uma cantora famosa na Bahia, que conquistou fama em pouco tempo em todo o país. No Carnaval, durante uma música no trio elétrico, é atingida por um tiro fatal, no meio de todos. Segundo o próprio autor, somente um fato assim para parar o Carnaval baiano.

O livro é narrado por Augustão, que é chefe de segurança de Sereia e também investigador e jornalista. Investiga o caso por conta própria por saber que muitos segredos do ramo seriam ocultados da Polícia e por não conseguir dizer não à empresária de Sereia, Mara.

Durante toda a narrativa, que não é longa, Augustão vive narrando o meio artístico com seus luxos e excentricidades e toda a cultura própria dos baianos que envolvem Sereia: o candomblé, a cidade, os poderes políticos e a linguagem universal: morte e dinheiro.

Gostei muito desse livro. Talvez Augustão seja um dos melhores personagens brasileiros que vejo em muito tempo. Ele investiga durante o dia e no seu escritório fuma um beck pra relaxar na sua rede, que fica no seu escritório.

O mundo do candomblé é retratado com muita atenção, revelando sua importância para o povo e o seu poder tanto entre os pobres quanto entre os ricos. A personagem Mãe Marina é muito interessante, prestei muita atenção nela.

O final também é muito bom, colocando em panorama todas as fragilidades dos personagens e um desfecho incomum, mas muito bonito.

Esse livro me marcou, gostei muito dele.

O Canto da Sereia.

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É um dos raros casos em que a obra audiovisual supera a literatura. Embora Nelson Motta tenha criado uma história impecável, sua narração foi aprimorada na televisão, não tenho a menor dúvida.

O final do seriado é diferente, com um personagem que não existe no livro, mas que veio para engrandecer a história e deixa-la ainda melhor, sem perder a essência.

Nunca achei a Isis Valverde uma grande atriz, sendo muitas vezes caricata. Mas não posso negar que ela ficou perfeita interpretando Sereia. Parece que o papel foi feito para ela – até mesmo porque uma musa do axé tem seus exageros de fato. A mulher até cantou direitinho!

Marcos Palmeira como Augustão, Camila Morgado como Mara e Fabiula Nascimento como Mãe Marina completam o time afiado de atores perfeitos para seus personagens.

Os temas fortes, como ladroagem política, violência com sangue e homossexualidade não foram poupados. Aliás, o livro nem dá tanto destaque assim à política como a minissérie fez.

O clima da Bahia, todas as suas especificidades e uma festa que a faz famosa foram retratados no ambiente de uma investigação criminal. Foi uma ideia de gênio. Fez ainda ser produzida uma das melhores minisséries que a Globo já fez.

Recomendo tudo: livro, série e qualquer outra coisa que sair.

FDL

quinta-feira, 20 de junho de 2013

As Palavras

thewordsFilme: As Palavras (The Words)
Nota: 9
Elenco: Bradley Cooper, Dennis Quaid, Jeremy Irons, Zoe Saldana, Olivia Wilde, Ben Barnes
Ano: 2012
Direção: Brian Klugman, Lee Sternthal

 

 

 

 

 

As palavras é aquele tipo de filme que mesmo você se informando sobre ele acaba sem saber exatamente do que se trata antes de assistir. Mesmo assim, em alguns momentos você acaba se deparando com a previsibilidade.

Isso não é ruim, porque o importante não é a surpresa, mas o modo como são abordados os temas, mesmo que já explorados anteriormente.

Sinopse do Adoro Cinema:

“Rory Jansen (Bradley Cooper) é casado com Dora (Zoe Saldana) e trabalha em uma editora de livros. Ele sonha em publicar seu próprio livro, mas a cada nova tentativa se convence mais de que não é capaz de escrever algo realmente bom. Um dia, em uma pequena loja de antiguidades, ele encontra uma pasta com várias folhas amareladas. Rory começa a ler e logo não consegue tirar a história da cabeça. Logo ele resolve transcrevê-la para o computador, palavra por palavra, e a apresenta como se fosse seu livro. O texto é publicado e Rory se torna um sucesso de vendas. Entretanto, tudo muda quando ele conhece um senhor (Jeremy Irons) que lhe conta a verdade por trás do texto encontrado.”

O tema principal é o dilema moral. Quem nunca cometeu um erro?

A resposta do filme é interessante. Muitas vezes o nosso castigo não é exterior, mas interior, como no finalzinho a personagem da Olivia Wilde acaba supondo.

O trabalho do Bradley Cooper é apenas bom, nada sensacional. Por outro lado, a atuação de Jeremy Irons é impressionante, carregando toda a dor de um homem que veio ao mundo para sofrer – ainda pelo seu talento, porque quando escreve sofre.

É interessante a forma que o filme é contado, seguindo diversos planos e tempos. Há passado e presente, além de realidade e ficção. Além disso, o próprio filme expressa o dilema do escritor, que é justamente separar a realidade da ficção.

Muito bom o filme, que trata de moral e de literatura com uma narrativa criativa e bom trabalho de elenco.

Recomendo.

FDL

terça-feira, 18 de junho de 2013

Chamada de Emergência

thecallFilme: Chamada de Emergência (The Call)
Nota: 8
Elenco: Halle Berry e Abigail Breslin (sim, até a Miss Sunshine cresceu)
Ano: 2013
Direção: Brad Anderson

 

 

 

 

Fiquei curioso quando assisti ao trailer desse filme. Tinha todo o jeitão daqueles thrillers inquietos, do tipo que nós ficamos tensos do começo ao fim. Existem vários assim, nem vou dar exemplos. O enredo é focado em uma situação limítrofe entre vida e morte e os personagens lutam pela sobrevivência.

Realmente Chamada de Emergência é tenso. O excelente trabalho das duas atrizes faz com que a gente se sinta convencido de todo aquele medo e tensão.

Halle Berry interpreta Jordan, uma atendente do serviço de emergência, o famoso 911. É extremamente calma e competente na ajuda aos que precisam, mas um dia falha ao atender uma menina que é assassinada, sem que se descubram o culpado. Após ficar traumatizada com seu erro, Jordan acaba tendo que atender uma nova menina, Casey, interpretada pela Abigail Breslin, que é sequestrada no estacionamento de um shopping e tem um celular escondido, telefonando para a emergência do porta-malas de um carro. O filme se desenrola na tentativa de Casey em sobreviver e do apoio de Joran.

Vale destacar também o bom trabalho do vilão, que é feito por um ator que eu não conheço, chamado Michael Eklund. Realmente ele passa toda aquela sensação de terror e instabilidade que tinha de passar.

O final do filme é meio abrupto e não fecha todas as histórias bem bonitinho. Mas isso é uma característica recorrente nos thrillers atualmente. O filme acaba abruptamente como forma de fazer a gente de repente acordar e perceber como nós estávamos presos pela história. Não sei se é meu estilo preferido de final de filme.

Recomendo, porque tem uma história interessante, com boas atrizes e uma evolução coerente. Há uns clichés, claro, sempre há, mas faz parte da vida.

FDL

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Meu Malvado Favorito

meu malvado favoritoFilme: Meu Malvado Favorito (Despicable Me)
Nota: 7
Elenco: vozes de Steve Carell, Jason Segel, Russell Brand, Julie Andrews, Will Arnett, Kristen Wiig e uma aparição rápida da Mindy Kaling.
Ano: 2010
Direção: Pierre Coffin, Chris Renaud

 

 

 

 

Eu tinha certa curiosidade por essa animação por conta da história, que tem um protagonista vilão, e por conta do time de dubladores, que tem os melhores comediantes do momento, além do Russell Brand.

O trailer não tinha me animado muito, porque tem aquelas manias irritantes de animações de focar em cenas fofas ou piadas retardadas demais, como se as crianças de agora fossem as mesmas das outras gerações.

Acabei vendo o filme agora porque vai ter continuação e também porque alguns amigos diziam que eu não iria me arrepender.

Não me arrependi, mas não é de longe um filme marcante. E olha que eu gosto muito desse gênero.

O destaque fica mesmo para o personagem principal, Gru, muito bem construído e com boas cenas de humor e draminha. Achei diferente essa história de ser um vilão o protagonista.

Mas o principal mesmo são os bichinhos assistentes dele. Aí sim a obra vale a pena. As criaturinhas são engraçadas e rapidinhas.

Recomendo, mas as criancinhas são bem irritantes, sobretudo no final, na hora que dançam aquele balé estranho.

FDL

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Terapia de Risco

side effectFilme: Terapia de Risco (Side Effects)
Nota: 9,5
Elenco: Rooney Mara, Channing Tatum, Jude Law, Catherine Zeta-Jones e Mamie Gummer (numa participação rápida)
Ano: 2013
Direção: Steven Soderbergh

 

 

 

 

Esse é daqueles filmes que prometem já desde que são anunciados. O diretor é o mesmo de Contágio, 11 Homens e Um Segredo, Sexo, Mentiras e Videotape e outros. O elenco tem todo mundo que tá em alta no momento, além da Zeta-Jones.

A sinopse trata de uma mulher perturbada, interpretada pela fodona Rooney Mara, que enfrenta pensamentos suicidas após a saída de seu marido, Channing Tatum, da cadeia. Para melhorar de seus impulsos, recebe ajuda de Jude Law, um psiquiatra que recebe apoio de empresas farmacêuticas para realizar testes legais de novas drogas para pacientes com depressões.

Um fato trágico faz com que se questione a indústria dos remédios e a responsabilidade do médico no tratamento e até onde ele pode responder pelo livre-arbítrio de seus pacientes.

Ao explorar isso o filme já está excelente, porém, a trama bem escrita e elaborada acaba mostrando outra face, a de um filme em thriller com uma história muito bem amarrada. Nessa fase é bem importante o papel da Catherine Zeta-Jones, para quem, tenho certeza, o tempo não passa – mulher linda da porra!

As interpretações estão excelentes. Elenco de primeira, mas tenho que destacar a Rooney Mara, que demonstra com perfeição os diversos momentos por que sua personagem passa.

O filme no começo tem extremo cuidado nas imagens que nos mostra para ficar verossímil o desfecho. É aquele clássico exemplo de filme em que você não pode confiar 100% nas imagens, porque elas não estão dizendo absolutamente tudo. Isso é genial!

Suspenses assim são o meu estilo de filme preferido, nunca escondo isso. Mas ultimamente o pessoal anda seguindo fórmulas, o que cansa. Terapia de Risco mostra um trabalho inspirado e competente de todo mundo.

Recomendo muito! Um dos melhores filmes do ano!

FDL