Finalmente terminei de assistir a essa série impressionante, de apenas 10 episódios em sua primeira temporada. É um thriller de adivinha qual país? Exatamente, Suécia, mas em parceria com a Dinamarca.
Fui vendo aos poucos, talvez com pena de acabar logo e eu ficar órfão dessa produção. Além disso, mesmo tendo sido renovada para a segunda temporada, a velocidade de produção das séries europeias é consideravelmente mais lenta.
A série trata de um corpo encontrado na ponte Øresundsbron, que liga os dois países. O corpo está cortado ao meio, com cada metade localizada no território de um dos países. Isso faz com que as duas polícias se juntem para investigar o caso.
O assassino se torna serial e passa a passar lições de moral na sociedade a cada sequência de mortes que ele pratica.
A polícia sueca é representada pela detetive Saga Noren, extremamente competente, concentrada e técnica, mas com péssimas interações sociais e capacidade de empatia zero. A polícia dinamarquesa é representada pelo detetive Martin Rohde, também competente, mas com o lado humano mais exposto, muito embora colecione diversos problemas pessoais e profissionais por conta de suas escolhas impulsivas e equivocadas ao longo da vida.
A série se desenvolve no jogo de gato e rato dos detetives com o assassino, que ainda manipula a imprensa por meio de um jornalista ambicioso e também explora a relação entre os policiais, que são de personalidades diferentes, até antagônicas. Essa união entre eles faz com a que a investigação seja feita sob diversas óticas e também muda a personalidade de cada um, que se deixa influenciar pelo outro.
Como é comum nessas produções suecas, as cores são frias e as paisagens e recursos visuais extremamente bonitos. Os atores são excelentes, muito embora a Saga Noren caia em caricaturas algumas vezes.
O enredo se encerrou com muitas reviravoltas, mas todas explicadas, de modo que não nos sentimos enganados e tudo faz sentido.
É um tipo de suspense diferenciado, que não caiu em fórmulas. É até por isso que recorremos a produções de lá da Suécia/Dinamarca para termos alguma novidade. As produções comerciais mais tradicionais estão em franca crise criativa.
Gosto bastante da música de abertura. Chama-se Hollow Talk, de uma banda chamada Choir of Young Believers (dinamarquesa). Segue o vídeo dela.
As emissoras nacionais exibiram essa série. Está disponível no Net Now com o nome The Bridge. Péssima ideia, porque agora em julho estreia nos EUA a série The Bridge, a versão deles, claro. Será com nada menos que a Diane Kruger. Nem vou assistir, imagina.
Muito recomendado.
FDL
1 comentários:
Assisti a primeira temporada inteirinha e agora estou no segundo episódio da segunda temporada, e amando!!
Cheguei aqui quando fui pesquisar no google sobre a música de abertura.
Obrigada por ter postado, amei o vídeo.
Beijos.
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