sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Medo e Delírio em Las Vegas – Hunter S. Thompson

“Ela não disse nada. Notei que não estava em perfeito controle de si mesma. Tinha ombros enormes e um queixo que lembrava Oscar Bonavena. Sentei na cama e, como quem não quer nada, enfiei a mão na sacola em busca do spray de pimenta... ao sentir o polegar encostando na válvula tive vontade de puxar a lata pra fora e dar um banho de pimenta na garota. Só para deixar as coisas claras. Eu precisava desesperadamente de paz, descanso, um refúgio. Um combate mortal no meu próprio quarto de hotel contra algum tipo de abominação hormonal alucinada por drogas era a última coisa que eu queria.”

Hunter S. Thompson

medo e delírio livroAcabei levando esse livro para a viagem das férias por motivos de ser pequeno. Já imaginava que não iria ser meu preferido. Só não achei que iria detestar tanto.

Eu digo que não iria gostar porque já tentei ler outros livros que mostravam a contracultura e essas pessoas que viajam o mundo fazendo merda e usando droga. Talvez essas histórias sejam datadas, porque minha geração foi livre e não precisou de abusos para passar uma imagem.

De todo modo, na segunda passagem que ele conta sobre as suas aventuras drogado para escrever histórias e simplesmente ir pra lá e pra cá, eu já percebi que tudo era repetido e cansativo.

Até entendo que chocou muita gente e blablabla. Mas não rola mais e esse tipo de leitura eu acho maçante, porque me parece uma forma sutil de dizer: “sou foda, não ligo pra nada”.

Quem sabe o filme seria melhor?

medo e delírio filmeFilme: Medo e Delírio em Las Vegas (Fear and Loathing in Las Vegas)
Nota: 6
Elenco: Johnny Depp, Benicio Del Toro, Tobey Maguire
Ano: 1998
Direção: Terry Gilliam

Mais do mesmo. Tão sem sentido quanto o livro, com mais recursos para ficar non sense.

Não tenho muito o que dizer, apenas que não é para mim. Se você gosta parabéns, nada a unânime nesse mundo.

FDL

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

O Exílio e o Reino – Albert Camus

o exílio e o reinoTrata-se de uma coletânea de contos do autor que tem me conquistado nos últimos anos. São eles: A mulher adúltera, O renegado ou um espírito confuso, Os mudos, O Hóspede, Jonas ou o artista trabalhando e A Pedra Que Cresce.

De longe não é o melhor livro do autor. Embora tenha histórias boas, com reflexões interessantes, alguns contos são confusos e acabei não entendendo qual era o ponto. Talvez eu precise de mais para me meter a besta.

O talvez sejam alguns contos herméticos mesmo, então fica a dúvida.

De todo modo, recomendo o conto Os Mudos, que fala sobre uma greve de trabalhadores.

Os outros não foram isso tudo.

FDL.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Ellen DeGeneres – Relatable

ellen-relatable

Saiu esses dias esse especial de stand up no Netflix e resolvi ver. Gosto da Ellen. Já vi sacadas boas com o humor dela em vídeos do programa dela no Youtube.

Lembro de um vídeo bem interessante e ácido que ela fez sobre uma “caneta feminina” que a Bic havia lançado anos atrás.

O especial é engraçado, mas não tem nada demais. Não foi daqueles que eu rolei de rir. Mas como ela mesma diz, tem fama de ser boa gente e é interessante você simplesmente parar e ouvir o que ela tem a dizer.

Não é marcante e com certeza não foi a comédia do ano, mas tá lá como opção.

FDL

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

O Diário de Anne Frank

“Estou ficando cada vez mais independente dos meus pais. Mesmo sendo jovem, enfrento a vida com mais coragem e tenho um sentimento de justiça melhor e mais verdadeiro do que o de mamãe. Sei o que quero, tenho um objetivo, tenho opiniões, uma religião e amor. Se ao menos eu pudesse ser eu mesma, ficaria satisfeita. Sei que sou uma mulher, uma mulher com força interior e muita coragem!

Se Deus me deixar viver, vou realizar mais do que mamãe jamais realizou, vou fazer com que minha voz seja ouvida, vou para o mundo e trabalharei em prol da humanidade.”

Anne Frank

odiário de anne frankVamos encerrar o desafio de livros de 2018 com esse que é um clássico. O desafio serve justamente para esse tipo de livro. Digo isso porque com a maioria das leituras funciona o meu estado de espírito para aquela obra. Com qual ânimo tenho que estar para ler esse livro que é tão deprimente, suga de forma tão sutil a nossa alegria pela vida e a crença no ser humano? Somente com um desafio mesmo.

E que bom ter sido assim. Esse livro, não sei por que não li antes, com certeza me mudou. É diferente do que eu esperava, aliás, é muito diverso do que costuma se ler e assistir sobre o Holocausto judeu.

Anne Frank foi uma menina judia que morreu aos 15 anos em um campo de concentração nos tempos do Holocausto. Só que antes de seu sequestro pelos alemães, ela e sua família ficaram alguns anos escondidos em um prédio em Amsterdã dependendo de ajuda dos outros e tráfico de comidas para sobreviverem.

Nesse período Anne manteve um diário em que relatava todas as suas angústias pela vida infeliz que ela e seus familiares levavam, mas também falava sobre todas as questões que uma adolescente passa.

“Não acredito que a guerra seja apenas obra de políticos e capitalistas. Ah, não, o homem comum é igualmente culpado; caso contrário, os povos e as nações teriam se rebelado há muito tempo! Há uma necessidade destrutiva nas pessoas, a necessidade de demonstrar fúria, de assassinar e matar. E até que toda a humanidade, sem exceção, passe por uma metamorfose, as guerras continuarão a ser declaradas, e tudo o que foi cuidadosamente construído, cultivado e criado, será cortado e destruído, só para começar outra vez!”

Ocorre que muito pouco antes do fim da guerra a família Frank foi descoberta, presa e enviada para diversos campos de concentração. O único sobrevivente, o pai da menina, acabou encontrando o diário da filha algum tempo depois e o publicou como forma de manter viva sua memória e de registrar os efeitos devastadores que o nazismo deixou.

Esse livro não é fácil. Porque em diversos momentos Anne relata seus sonhos, suas vontades, sua dedicação incessante aos estudos para ter um bom futuro e tudo isso para ser morta.

Recomendo muito essa leitura. Encerro o ano de forma impecável!

FDL

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A Sutil Arte de Ligar o Foda-se – Mark Manson

“Muitas vezes a única diferença entre um evento doloroso e um poderoso é a sensação que escolhemos passar por aquilo, de que somos responsáveis pelo nosso destino.

Se você está infeliz na situação atual, é provável que tenha a sensação de que o problema está, ao menos em parte, fora de controle – de que você não tem como resolvê-lo, de que aquilo lhe foi imposto, sem possibilidade de escolha.

Quando acreditamos ter escolhido nossos problemas, nos sentimos empoderados. O oposto acontece quando achamos que eles nos foram impostos: nos sentimos vitimados e infelizes.”

Mark Manson

a sutil arte de ligarE não é que eu me aventurei numa obra de autoajuda?

Esse livro é um dos mais vendidos do ano e muita gente indicou pela simplicidade e assertividade do texto.

Confesso que não fui me informar sobre quem é o autor, sua postura, o que ele faz, nada. Isso influencia minha percepção das ideias dele.

Acabei gostando do texto dele, como nesse trecho que escolhi para epigrafar esse post. Há muitas mensagens simples de como nós mesmos sabotamos nossa experiência de vida, sofremos de forma desnecessária e damos dimensões gigantes a fatos pequenos.

Não é uma ideia hippie do tipo “largue o escritório e vá vender miçanga na praia”. Ao contrário, é sobre a consciência de escolhas que tomamos, a ciência da inevitabilidade da dor, a aceitação da rejeição e criação de limites.

Vai mudar a minha vida? Talvez não diretamente, porque não vou adotar esse livro como guia. Mas quem sabe essas ideias não tenham ficado grudadas em mim sem eu ter tanta consciência? Fato é que a leitura foi boa e concordei com tudo que ele disse.

Recomendo essa leitura, que é bem curtinha.

FDL

domingo, 9 de dezembro de 2018

Eleanor & Park – Rainbow Rowell

“Arrependera-se do que dissera. Não por não ser verdade. Ele a amava. Claro que sim. Não havia mais palavras para explicar... tudo o que Park sentia.

Mas ele não pretendia dizer-lhe daquele jeito. E pelo telefone. Principalmente sabendo o que ela pensava sobre Romeu e Julieta.”

Rainbow Rowell

eleanor e parkPor que não um romance young adult agora para o final do ano, né? Esse livro já foi publicado há alguns anos e é muito falado por quem curte esse tipo de literatura. Já vi várias pessoas indicando, principalmente no Youtube.

Como ele estava aqui perdido na estante, vi que a leitura seria leve e rápida, com potencial de dar alguma alegria. Então essa foi a chance.

Eleanor é uma menina nova na escola, é muito ruiva, veste-se de forma bizarra, é pobre e não está nem aí para ninguém. Obviamente torna-se vítima de bullying logo que chega.

Park é tem descendência oriental e é um legítimo nerd. Adora quadrinhos e é obcecado por rock’n’roll. Só que por algum motivo ele se enturma, tem amigos, é popular e não sofre de inseguranças, mesmo sendo quieto.

Dos encontros diários no ônibus que vai à escola, Eleanor e Park passam do estranhamento para a curiosidade e, por fim, se apaixonam, tendo vários tipos de obstáculos com a escola e a família.

Esse livro segue a tradição de alguns da mesma época de trazer histórias adolescentes com problemas reais. Nesse caso há no fundo a violência doméstica, que é a protagonista latente desse livro.

É uma boa história, com um final agridoce. Há boatos de uma possível continuação. Não sei se é interessante isso.

Mais um livro bem escrito e com boa mensagem que a atual geração tem a sorte de encontrar tão facilmente em mãos.

FDL

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

The X Factor – 15ª Temporada

x factor 2018 s15

Depois de abandonar esse reality no ano passado por estar insuportável, nesse ano resolvi dar mais uma chance depois que vi algumas mudanças.

Para jurados tivemos Robbie Williams como novidade. Sua esposa Ayda Field também veio no combo. Completaram o painel de jurados Simon Cowell e Louis Tomlinson, que era do One Direction.

Acabei vendo até o fim sem compromisso algum, porque programei as gravações conforme passavam na tv a cabo.

Falta inspiração no X Factor. É previsível, as músicas sempre as mesmas, os dramas iguais, a puxação de saco, enfim, tudo igual.

Não vale mencionar participantes que marcaram porque, sinceramente, na semana que vem já terei esquecido de todos eles.

Acho bem difícil continuar vendo esse programa.

FDL

sábado, 1 de dezembro de 2018

Discovery ID: Novembro

Fiquei um tempo sem ver os documentários do Id, mas agora no final do mês eu voltei e acabei vendo 02.

People Magazine: Por Dentro das Seitas (People Magazine Investigates: Cults)

people magazine cultos

Esse realmente me impressionou. São seis episódios com os jornalistas retratando casos de assassinatos e torturas ocorridas em igrejas com líderes tirânicos e manipuladores.

Sem dúvida nenhuma o mais impressionante foi o caso de Jonestown, no qual mais de 900 pessoas acabaram se matando por medo e lavagem cerebral feita pelo líder Jim Jones.

Que caso mais escabroso!

Os outros não ficam muito atrás não. São líderes que acabam tomando gosto pelo poder e enlouquecem, se achando divinos e fazendo as maiores atrocidades possíveis.

O pior de tudo é que há casos bem recentes, com seitas ainda em funcionamento.

Gostei muito de ver isso.

Na Cena do Crime Com Tony Harris (Scene of The Crime With Tony Harris)

cena do crime - tony harris

Nem parece que já passou um ano. Agora saiu a segunda temporada.

Destaco o episódio do violento assassinato de uma senhora de 78 anos, chamada Lucille Johnson. O caso virou um cold case e anos mais tarde a tecnologia do DNA fez com que o assassino aparecesse.

Pior, o homem se aproveitou da bondade e inocência da velhinha e acabou utilizando seu filho como isca para assalta-la e mata-la, na frente dele.

O episódio ainda mostra Harris conversando com o assassino, que descreve o que fez de forma fria e ainda tenta dar desculplas para se eximir da reação das pessoas que o acham doente.

Talvez agora nas próximas semanas eu me empolgue com os docs do ID, porque tenho vários gravados aqui. Só destaco mais alguns que nos últimos meses tentei ver e neles o canal acabou errando o tom: De Trás Para Frente, Horror à primeira Vista, Cidade dos Malditos e Crimes da Escuridão.

Que venha dezembro!

domingo, 25 de novembro de 2018

Quem Era Ela – JP Delaney

quem era ela“É mesmo, querida? Eu não lembrava.

Ele está brincando, claro. Simon sempre exagera em datas como Dia dos Namorados e meu aniversário.

Por que não convidamos algumas pessoas para virem aqui?

Uma festa, você quer dizer?

Assinto.

No sábado.

Simon parece preocupado.

Será que podemos dar festas aqui?

Não vamos fazer bagunça, digo. Não como da última vez.

Digo isso porque da última vez que demos uma festa, três vizinhos diferentes chamaram a polícia.

Certo, tudo bem, diz ele. Sábado então”.

JP Delaney

A sinopse desse livro me interessou na livraria:

“É preciso responder a uma série de perguntas, passar por um criterioso processo de seleção e se comprometer a seguir inúmeras regras para morar no nº 1 da Folgate Street, uma casa linda e minimalista, obra-prima da arquitetura em Londres. Mas há um preço a se pagar para viver no lugar perfeito. Mesmo em condições tão peculiares, a casa atrai inúmeros interessados, entre eles Jane, uma mulher que, depois de uma terrível perda, busca um ponto de recomeço.

Jane é incapaz de resistir aos encantos da casa, mas pouco depois de se mudar descobre a morte trágica da inquilina anterior. Há muitos segredos por trás daquelas paredes claras e imaculadas. Com tantas regras a cumprir, tantos fatos estranhos acontecendo ao seu redor e uma sensação constante de estar sendo observada, o que parecia um ambiente tranquilo na verdade se mostra ameaçador.

Enquanto tenta descobrir quem era aquela mulher que habitou o mesmo espaço que o seu, Jane vê sua vida se entrelaçar à da outra garota e sente que precisa se apressar para descobrir a verdade ou corre o risco de ter o mesmo destino.”

Ele, para ser sincero, é mais um thriller bem genérico. Mas não é ruim.

Tem aquela técnica bem batida de evoluir as histórias trocando de narrador. Nesse caso, as duas protagonistas, Jane e Emma.

O final não é óbvio, mas você fica sem ter muitas opções porque o caminho evidente seguido, que sem dúvida seria falso para criar a surpresa, ao ser excluído, não deixa muitas opções.

Mesmo assim a narrativa é interessante e gostei da história. Deve dar um bom filme no futuro, sobretudo com essa questão da vigilância e da investigação se revelando aos poucos, com passado e presente se conectando.

Recomendo.

FDL

sábado, 24 de novembro de 2018

O Cliente – John Grisham

“Crianças podiam ser péssimos clientes. O advogado passa a ser mais que um advogado. Com adultos, você simplesmente apresenta os prós e os contras. Aconselha deste ou dquele modo. Faz algumas previsões, mas não muitas. Então você diz ao aduldo que está na hora de se decidir e sai da sala por algum tempo. Quando você volta, a decisão está tomada e você age de acordo com ela. Não é assim com crianças. Elas não compreendem o aconselhamento legal. Querem um abarço e alguém para tomar as decisões. Elas estão assistuadas e à procura de amigos.”

John Grisham

o cliente john grishamEsse é o livro de agosto do desafio de 12 livros para 2018. Acontece que acabei esperando para publicar o posto só quando conseguisse rever o filme e só tive tempo de fazer isso agora.

O Cliente é um dos livros do auge de John Grisham. Virou filme premiado, vendeu que nem água. É uma história muito boa e lembro de ter visto esse filme no começo dos anos 2000.

John Grisham conta a história do menino Mark Sway, que acaba testemunhando um suicídio de um advogado da máfia, que antes do derradeiro ato acabou confessando o crime de seu cliente, a morte de um senador.

Por conta dessa confissão feita pelo advogado, Mark Sway acaba virando um alvo tanto da polícia quanto da máfia, porque sua informação é valiosa. Com apenas 11 anos ele tem um lar desfeito, um irmão traumatizado pelo crime e acaba procurando por acidente pela advogada Reggie Love.

Reggie também tem seus problemas pessoais, mas dedica sua modesta carreira a defender os interesses dos menores. Acaba entrando de cabeça no problema de Mark e na ajuda para solucionar seu problema.

A relação entre Reggie e Mark foi muito bem construída. Gostei muito disso.

O final do livro, como em vários do Grisham, é bem amarrado e encerra adequadamente a história.

Para fazer um paralelo, essa história é uma versão um pouco alterada de O Dossiê Pelicano. Também tem fuga, desconfiança, alvo marcado, mortes, enfim, um bom livro.

Claro que revi o filme.

o cfliente filmeFilme: O Cliente (The Client)
Nota: 9
Elenco: Susan Sarandon, Tommy Lee Jones, Mary-Louise Parker, Anthony LaPaglia, Brad Renfro
Ano: 1994
Direção: Joel Schumacher

É o mesmo diretor que alguns anos depois fez um dos melhores filmes inspirados em uma das melhores obras de Grisham: Tempo de Matar.

O filme é parcialmente fiel à obra escrita e tem várias cenas que foram incluídas para dar ação. Compreensível, é um blockbuster.

Senti falta de ver melhor o pequeno Mark peitando os policiais quando é levado preso pelo hospital. Essa parte no livro ficou perfeita.

Destaco o então jovem ator Brad Renfro, que trabalhou muito bem nesse filme, mas infelizmente morreu jovem.

Susan Sarandon nem precisa dizer. Não consigo imaginar outra atriz interpretando Reggie.

O filme é muito bom.

Às vezes tenho medo de rever filmes que no passado me marcaram demais. Afinal, envelhecemos e amadurecemos. Com isso, alguns olhares críticos desenvolvidos agora podem estragar as impressões que tínhamos com filmes do passado.

Por sorte com esse não aconteceu isso.

Fiquei feliz em ler o livro e rever o filme.

É Grisham. Claro que recomendo.

FDL

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Homecoming

Homecoming-

Quando até a Julia Roberts está fazendo séries para streaming, temos que reconhecer que tanto o cinema quanto a televisão não são mais os mesmos.

A série da Amazon foi bem anunciada e foi uma das apostas do ano.

Julia Roberts é Heidi, que trabalha em um projeto chamado Homecoming, que tem a função de dar condições psicológicas a soldados da guerra que acabaram voltando depois de situações traumáticas.

O local é fechado, cheio de pesquisas e com muitos segredos, sobretudo se os membros de fato estão lá de forma voluntária e quais os efeitos que o local pode causar.

A série foi muito boa e Julia Roberts fez uma excelente personagem, que vive um dilema de trabalho e ética.

Gostei muito dessa série e torço para que continue no futuro.

FDL

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Caixa de Pássaros – Josh Malerman

“Malorie acorda de olhos fechados. Não é mais tão difícil quanto antes. Sua consciência retorna. Os sons, as sensações e os aromas de vida. Visões também. Malorie sabe que, apesar de estar com os olhos fechados, a visão existe. Ela vê tons de laranja, amarelho e cores do sol distante penetrando sua pele. Os cantos da sua visão estão cinzentos.”

Josh Malerman

O filme estreia ainda esse mês na Netflix, mas a leitura antes sempre ajuda.

Excelente suspense. Era disso que eu estava falando!

caixa de pássaros

“Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler.Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.”

Não é a invenção da roda, mas tem vários fatores interessantes e que não cansam pela repetição descarada e sem inspiração.

Claro que tem a mesma técnica de todos os thrillers do momento. Há uma alternância de tempo entre os capítulos. Isso gera suspense e aguça nossa curiosidade. Mas até aí, tudo bem.

Só que os personagens são bons, os paralelos com a vida são interessantes e é, acima de tudo, um livro muito bem escrito. Gostei muito dessa leitura e não vejo a hora de assistir ao filme!

Recomendo!

FDL

sábado, 17 de novembro de 2018

O Processo – Franz Kafka

“K finalmente tomara a decisão de retirar sua defesa das mãos do advogado. Foi impossível sanar as suas dúvidas quanto a se tomar a decisão certa, mas isso não foi sobrepujado pela crença tinha na necessidade. Essa decisão, no dia em que pretendia ir ver o advogado, tomou-lhe muito da força de que precisava para o trabalho.”

Franz Kafka

o processo kafkaEssa obra é um pouco mais complexa que A Metamorfose.

A história é de K, um homem com trabalho comum e de repente é acordado por agentes do governo lhe dizendo que estava sendo processado. O livro inteiro mostra K defendendo-se em um processo que é confuso, longo e sem o menor sentido. Não sabemos de que ele é acusado, nem por quem. Mas observamos o efeito que o processo causa em sua vida.

Consegui dele tirar algumas interpretações e recorri a textos na internet para ver se deixei passar alguma coisa. Mas muito se fala mesmo da falta de sentido dos sistemas processuais e por isso Kafka o pintou com tintas fortes, para ressaltar o absurdo.

Recomendo a leitura sim, porque tem passagens muito boas sobre questionamentos que K faz sobre ele mesmo quando se pergunta se é inocente, mesmo sem saber da acusação. Será que podemos nos dizer inocentes de uma acusação que desconhecemos?

FDL

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

A Metamorfose – Franz Kafka

“Ao ouvir as palavras da mãe, Gregor percebeu que a falta de qualquer contato humano imediato, junto com a vida monótona cercada pela família ao longo daqueles dois meses, devia ter confundido seu entendimento, porque de outro modo ele não poderia explicar a si mesmo como, com toda a seriedade, ele pudera ficar tão entusiasmado com a ideia de ter seu quarto esvaziado.”

Franz Kafka

a metamorfoseVamos ao livro de novembro no desafio de 2018?

É o mais curto de todos, mas não necessariamente o mais raso. Só que como a leitura foi rápida, acabei lendo também O Processo, que vem no próximo post.

“Nesta obra, Kafka descreve um caixeiro viajante de nome de Gregor Samsa que abandona as suas vontades e desejos para sustentar a família e pagar a dívida dos pais. Numa certa manhã, Gregor acorda metamorfoseado num inseto monstruoso. Kafka descreve este inseto como algo parecido com uma barata gigante. Nos primeiros momentos, o livro descreve as dificuldades iniciais de Gregor na nova forma. Uma ironia presente neste trecho do livro é que Gregor não se preocupa com sua transformação, mas sim como o facto de estar atrasado para o trabalho.

Quando Gregor, após muitas dificuldades, consegue abrir a porta, todos se assustam, inclusive o gerente, que sai a correr. Samsa avança contra ele, forçando-o a entrar de volta no quarto. Após esse episódio, Gregor é demitido, sua família o rejeita e sua única companhia é ele mesmo. Apenas em alguns momentos a irmã mostra certa compaixão por ele.

No decorrer da história, o autor narra as angústias de Gregor, que sem conseguir fazer nada, ouve sua família discutindo entre si como se sustentar, já que a sua única renda havia ido embora. Nisso, Gregor sente uma forte angústia por não poder fazer nada, nem opinar sobre o que fazer. Nesses tempos, Grete vê os rastros de Gregor nas paredes e no teto do seu quarto, então percebe que Grégor tem falta de espaço, assim, ela e sua mãe vão tirar os móveis do quarto dele. O problema é que o inseto foge do quarto, mas ao sair, depara-se com seu pai que o ataca com maçãs, e uma delas penetra as suas costas, causando tanta dor que o faz desmaiar.

No final das contas os Samsa, (sem contar com a opinião de Gregor, claro) decidem alugar um quarto para ter alguma fonte de renda. O quarto é alugado por três inquilinos, que vivem na casa por um tempo. Num certo dia, Ana esquece uma fresta da porta, que ligava a sala ao quarto de Gregor, aberta. Na hora da jantar, Grete tocava o seu violino para os inquilinos. Gregor, do seu quarto, ouve e fica tão encantado com o som que segue em direção à sala de jantar. Nos primeiros momentos, ninguém o percebe, mas após alguns segundos um dos inquilinos o vê e grita. Sr. Samsa tenta afastar os inquilinos de modo que não vejam o inseto e ao mesmo tempo fazer com que a criatura volte para o seu quarto. Depois desse incidente, Grete, a única que ainda via Gregor como seu irmão e não como um monstro horroroso que atormentava a sua família, perde toda a compaixão e chega à conclusão que eles devem se livrar dele.

No passar do tempo, o autor fala várias vezes sobre a maçã apodrecendo em suas costas, o que é retratado com um sentido simbólico como o ódio de sua família por ele. Depois de certo período, a maçã causa a morte de Gregor. Logo depois de Ana acabar de limpar o quarto do falecido, a família sai da casa feliz. Já não pensavam na morte de Gregor e viam uma certa esperança num futuro próximo, em que poderiam comprar uma casa mais confortável.

Também se mostra interessante que, durante a história, Kafka mostra três períodos da relação da família perante Gregor. No primeiro, ela sente medo; no segundo aceita-o, mas esconde-o do mundo; já no terceiro, odeia-o, vê ele como um peso desnecessário e quer livrar-se dele.”

Esse livro é de um incômodo indescritível. Conforme a história vai passando e a família de Gregor vai sentindo cada vez mais repugnância pelo seu estado, nós vamos percebendo como o ser humano pode ser ruim e abjeto. Não os animais.

A Metamorfose já é considerado um clássico e a leitura, apesar de breve, é bem intensa e densa. Não podemos ler esse livro quando estamos em qualquer estado de espírito não.

Tenho certeza que vai para a lista de releituras. Me parece ser daquele tipo de livro que cada vez que lemos conseguimos tirar algo a mais dele.

Recomendo muito.

FDL

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Series Finale: House of Cards – 6ª Temporada

hoc s6

Quem diria que a série responsável por todo esse sucesso das produções originais da Netflix teria esse final agridoce?

Já era sabido que a 6ª temporada encerraria a série, mas não estava combinado com ninguém que o ator Kevin Spacey seria demitido da série após explodir um escândalo de assédio sexual no nome dele.

Como fica a série sem o protagonista?

Gosto muito da personagem Claire e acho a Robin Wright uma excelente atriz. Mas ela nunca foi a protagonista da série. Sempre foi ele. Ela era importante e até talvez uma antagonista, já mesmo ele sendo ruim, de alguma forma essa série colocava nosso lado maldoso para fora e nós torcíamos pelo Frank.

De todo modo, a série que já mostrava sinais de excesso de plot twists antes, agora precisou se reinventar com a ausência de Frank.

Não foi ruim, já que tudo é bem feito. Mas certamente aquele brilho da série se apagou. Fazer o que? O cara pode ter cometido crimes, mas é um excelente ator.

O final da série ficou meio aberto, meio com duplo sentido, mas exatamente como o ar misterioso da Claire sempre fez, já que nunca sabíamos o que ela estava pensando.

Essa série certamente marcou e recentemente, nessa nova era de assistir televisão House Of Cards protagonizou com toda a certeza.

FDL

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Um Pequeno Favor – Darcey Bell

“Estou comendo carne vermelha pela primeira vez desde a morte de Chris e Davis. Fiquei surpresa (e meio desapontada comigo mesma) ao notar o quanto ainda adoro esse gosto intenso, salgado, suculento e sangrento. E comecei a associar esse sabor delicioso a estar com Sean. Sinto quase como se fôssemos vampiros numa dessas séries sensuais de televisão, em que esses zumbis com presas e corpos perfeitos correm de um lado a outro da tela em busca de sexo.”

Darcey Bell

um pequeno favor - darcey bellSabendo que eu acabo comprando todos os suspenses que são lançados e têm uma sinopse minimamente aceitável, obviamente que Um Pequeno Favor estava na prateleira quando vi o trailer do filme que está correndo por aí. Não sei datas de estreia.

“Um pequeno favor inclui traições e reviravoltas, uma pessoa morta e a questão recorrente: quem está enganando quem? Quando sua melhor amiga, Emily, pede a Stephanie para buscar seu filho Nicky na escola, ela alegremente concorda. Nicky e seu filho, Miles são melhores amigos ― exatamente como ela e Emily. Mas Emily não volta. Ela não atende ao telefone ou responde às mensagens. Stephanie sabe que algo está terrivelmente errado. Aterrorizada, ela busca ajuda nos leitores do seu blog. Até que ela e Sean, marido de Emily, recebem notícias chocantes: Emily está morta. O pesadelo de seu desaparecimento finalmente chegou ao fim. Ou será que não?”

As propagandas desse livro mencionam A Garota Exemplar. E não é por outro motivo: esse livro é muito semelhante à obra de Gillian Flynn.

Vou dizer que não me conquistou muito não. Não chega a ser ruim, longe disso. Mas é previsível.

Tanto o que aconteceria, quanto à explicação sem inspiração e, por fim, o encerramento.

Acho que faltou inspiração e ficou notório que essa obra foi lançada para explorar um nicho comercial que está lucrativo no momento.

Espero que o filme seja mehor. O trailer foi bem promissor.

FDL

sábado, 3 de novembro de 2018

Eichmann em Jerusalém – Hannah Arendt

“O próprio Estado de Israel, pelas declarações pré-julgamento do primeiro-ministro Ben-Gurion e pela maneira como a acusação foi formulada pelo promotor, confundiu ainda mais as coisas, arrolando um grande número de objetivos que o julgamento deveria atingir, os quais eram todos objetivos secundários quanto À lei e ao comportamento numa sala de tribunal. O objetivo de um julgamento é fazer justiça, e nada mais”

Hannah Arendt

eichmann em jerusalém

Por vários motivos óbvios senti a necessidade de ler esse livro inteiro.

Na época da faculdade eu acabei lendo vários trechos e discutindo vários tópicos que são tratados nele, mas inteiro eu nunca tinha lido. Passou da hora.

Foi interessante ler esse livro esse ano como outro qualquer, sem a visão estritamente jurídica para uma discussão acadêmica ou algo do tipo. A escrita da Hannah Arendt além de genial, é muito clara.

Para qualquer pessoa que não sabe o que é a chamada banalidade do mal e não tem medo do que pode vir quando sentimos ser tão legítimo o uso da força contra supostos inimigos, esse livro é esclarecedor sob vários aspectos.

Além do mais, a autora discute a questão moral desse julgamento, que foi simbólico após o fim do Holocausto, também com uma visão de propriedade jurídica.

“Importante entre as grandes questões que estavam em jogo no julgamento de Eichmann era a ideia corrente em todos os modernos sistemas legais de que tem de haver intenção de causar dano para haver crime. A jurisprudência civilizada não conhece razões de orgulho maior que essa consideração pelo fato subjetivo. Quando essa intenção está ausente, quando, por qualquer razão, até mesmo por razões de insanidade mental, a capacidade de distinguir entre o certo e o errado fica comprometida, sentimos que não foi cometido nenhum crime.”

Não é à toa que esse é um dos livros mais clássicos do século XX. Uma aula obrigatória para qualquer humano, porque já vimos que não precisa de muito e não percebemos quando perdemos nossa humanidade.

FDL

domingo, 28 de outubro de 2018

Do Inferno – Alan Moore e Eddie Campbell

do inferno allan moorePara encerrar o mês do horror vamos de mais uma HQ. Do Inferno é trata da história de Jack, o Estripador, o famoso serial killer que nunca foi preso ou descoberto no século XIX em Londres.

A HQ é enorme, tanto no tamanho das folhas quanto e quantidade de páginas. Achei que seria rapidinho e levei um tempão para ler tudo.

Os desenhos em alguns momentos são confusos e cansativos de entender, do mesmo modo a narrativa não me chamou muito a atenção, com idas e vindas no tempo, personagens demais, enfim, faltou algo e essa história não me cativou.

Há um filme que eu já assisti há muito tempo que é sobre essa história. É com o Johnny Depp. Minha ideia era rever, mas depois da leitura da HQ eu acabei não me empolgando muito.

Aviso que ela é bastante forte em cenas de sangue e sexo, então quem for mais sensível vai ficar de mimimi.

Achei que todo o clima e esse tipo de história que eu gosto fosse me conquistar, mas dessa vez acabou não rolando.

FDL

sábado, 27 de outubro de 2018

Edgar Allan Poe Medo Clássico–B

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Li a primeira parte dessa edição do Medo Clássico no ano passado. Acabei conhecendo os contos aos poucos, de forma esporádica. Agora no mês do terror de 2018 eu resolvi dar cabo na obra.

Seguimos com os contos que realmente importaram, porque os outros ou são muito curtos e não valem muita explicação, ou realmente não achei nada demais.

Berenice

Já recomeçamos esse livro com um conto com bastante cara de terror.

O conto tem como protagonista Egeu, que conta sua história com a prima Berenice. Ela era muito bela, mas ficou doente com alguma espécie de catalepsia. Acabou ficando feia.

Acontece que Egeu também é doente, diz sofrer de monomania. Algo parecido com obsessão.

Berenice acaba por assustar o autor com a feiura que vai adquirindo, principalmente seus dentes. Até que morre.

O que acontece depois da morte, envolvendo a monomania, os dentes e a catalepsia, deixo para quem quer ler.

Um dos melhores contos de Poe até agora.

Ligeia

É um conto parecido com o anterior. Nessse, o protagonista é apaixonado por ligeia e a descreve também como muito bela. Ocorre que ela fica doente e morre, deixando-lhe um poema para ler em seu leito de morte.

Depois disso o protagonista casa-se novamente, mas sua nova esposa não tem uma saúde muito forte e acaba falecendo.

O problema é que nos preparativos do velório, enquanto está sozinho com a esposa, o narrador começa a desconfiar que “se apressou”, que ela estaria viva ainda. Porém, sempre que se aproximava, notava sinais claros de que ela estava morta.

No final, o corpo se levanta e caminha em direção a ele, com uma grande surpresa.

Achei parecido com a Berenice, mas o primeiro é melhor.

Tem bem o estilo de gótico romântico, com a musa pálida envolvida na morte e o amor como sofrimento pela saudade e as dores da vida cruel.

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Os outros contos são Eleonora, Manuscrito Encontrado Numa Garrafa e O escaravelho de ouro, que não me marcaram muito ou eu não entendi a pegada.

O livro encerra com o conto O Corvo, famoso do autor, também com a tradução feita pelo Machado de Assis.

Gostei de terminar esse livro e ter contato com a obra de Poe, que mesmo não sendo meu autor preferido, é um clássico e tem muitas coisas que eu acabei gostando.

Agora, já foi lançado o volume 2. Quando será que eu leio?

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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

A Hora do Pesadelo

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Para esse final de mês do horror eu resolvi ler esse livro que a DarkSide lançou sobre o filme de Freddy Krueger.

Ele segue o mesmo esquema do Sexta-Feira 13 e do Massacre da Serra Elétrica, que eu li no mês do terror do ano passado.

São histórias dos bastidores, desde a criação do roteiro, contratação, escolha de elenco, gravação, pós-produção, lançamento e entrevistas mais atuais com o elenco.

De toda forma, mesmo sendo cheio de detalhes que não são lá tão interessantes, é bom conhecer os registros dos bastidores de um filme tão icônico do terror.

Como eu só tinha visto esse filme na pré-adolescência, era a chance de revê-lo. Será que envelheceu bem?

hora do pesadelo - filmeFilme: A Hora do Pesadelo ( A Nightmare on Elm Street)
Elenco: Heather Langenkamp, Robert Englund, Johnny Depp
Nota: 9
Ano: 1984
Direção: Wes Craven

Fiquei surpreso como os efeitos ainda estão bons, mesmo sendo um filme com mais de 30 anos.

A história é bobinha, do mesmo modo a atuação da protagonista, que dá senhores gritos.

É filme de terror do estilo clássico, com o suspense da presença, o grito, a perseguição e a morte.

Interessante ter sido esse filme que lançou a carreira de Johnny Depp como ator, enquanto era um adolescente ainda.

Esse filme influenciou muitas histórias de terror que viriam no futuro e até gerou trocentas continuações. Mas é uma diversão boa. Saudades do tempo em que ver um filme desses era uma grande ousadia.

É nostálgico e muito bom.

Recomendo que revejam.

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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Forever – 1ª Temporada

forevers1Bem que dizem que comédia ultimamente não passa de um drama de 30 minutos.

Quando eu vi na Amazon essa sinopse com o Fred Armisen e a Maya Rudolph, certamente achei que daria risadas.

Não foi o caso.

A série mostra o casal que tem uma vida monótona, sem coragem de dar uma guinada, morrendo e vivendo o tal paraíso perfeito. Mas a perfeição também é monótona.

Pior de tudo que essa série não foi ruim. Mas também foi longe de ser excelente. Agora, não tenho a menor dúvida de que isso não é uma comédia. Não é pra rir.

De todo modo, por ser curtinha, vou ver a segunda temporada, se tiver.

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domingo, 21 de outubro de 2018

Frankenstein – Mary Shelley

“Quando descobri um poder tão assombroso posto em minhas mãos, hesitei por um bom tempo no tocante ao modo pelo qual deveria emprega-lo. Embora possuísse a capacidade de animar, mesmo que tivesse de preparar uma compleição para recepcionar tal animação com todos os meandres de fibras, músculos e veias, ainda restava uma obra de inconcebível dificuldade e labor. No princípio duvidei se deveria tentar a criação de um ser como uma organização mais simples, mas minha imaginação estava demasiado exaltada com meu primeiro sucesso para permitir-me duvidar da capacidade de dar vida a um animal tão complexo e maravilhoso como o homem.”

Mary Shelley

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Para o desafio dos 12 livros para 2018, no mês do horror eu escolhi essa obra clássica da literatura de terror. Esse ar sombrio do século XIX é muito interessante de ler.

A obra de Mary Shelley é famosa: o Dr. Victor Frankenstein acaba criando uma forma de vida em laboratório, uma criatura semelhante ao ser humano. O problema é que a relação entre criador e criatura se mostra tensa e cheia de sutilezas, que são exteriorizadas com mortes e muito horror.

Eu achei que a leitura seria complicada por conta do tempo da escrita e pelo tipo de texto que eu tenho lido ultimamente, mas me enganei. Mary Shelley escreve de forma simples e o texto é bem compreensível, muito embora seja cheio de explorações de dilemas e sentimentos, situação recorrente do período literário a que essa obra pertence.

Gostei muito desse livro e nem preciso dizer que essa edição comemorativa em capa dura lançada é obrigatória para qualquer leitor de suspenses e terror.

Recomendo.

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domingo, 14 de outubro de 2018

Elite – 1ª Temporada

elites1Na eterna busca de um bom suspense, acabei vendo essa estreia da Netflix. É uma produção espanhola, que mostra a relação de tensão entre alunos ricos e bolsistas em uma escola privilegiada.

Há diversos estereótipos e com certeza há muita cópia daquilo que já cansamos de ver.

Mas o assassinato não é que foi interessante?

A protagonista da série é uma personagem boa, tem várias nuances e abriu muitas possibilidades de uma boa história, que foram aproveitadas.

Para quem for ver, prepare-se para muita putaria e várias cenas de nudez, porque isso chama a atenção, né? Em tempos de que precisamos de uma isca para podermos ao menos ter uma oportunidade, é por aí que andam apostando.

Parece que terá segunda temporada. Verei.

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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Outsider – Stephen King

stpehen king outsider“Até 2015, o fórum do condado de Flint City ficava ao lado da cadeia do condado de Flint, o que era conveniente. Os prisioneiros que tinham que ir a uma denúncia só eram levados de uma pilha de pedras góticas para a outra, como crianças crescidas saindo em uma excursão escolar (só que, claro, crianças em uma excursão escolar quase nunca eram algemadas). Agora, havia um Centro Cívico em construção ao lado, e os prisioneiros tinham que ser transportados por seis quarteirões até o novo fórum, uma caixa de vidro de nove andares que os engraçadinhos batizaram de Galinheiro.

No meio-fio em frente à cadeia, esperando para fazer o trajeto, havia duas viaturas da polícia com as luzes piscando, um micro-ônibus azul e o SUV brilhante de Howie. De pé na calçada ao lado deste último veículo e parecendo um motorista com o terno escuro e os óculos ainda mais escuros, estava Alec Pelley. Do outro lado da rua, atrás de cavaletes do departamento de polícia, estavam os repórteres, os câmeras, o pequeno aglomerado de curiosos. Vários carregavam cartazes. Um dizia EXECUTEM O ASSASSINO DE CRIANÇA. Outro dizia MAITLAND VOCÊ VAI ARDER NO INFERNO. Marcy parou no degrau do alto e olhou para aquilo com consternação.”

Stephen King

Não existe mês do horror em Stephen King.

Esse livro foi lançado nesse ano e já aviso que é bem grande. Demanda de um bom tempo para concluir a leitura.

A sinopse que está em todos os lugares:

“O corpo de um menino de onze anos é encontrado abandonado no parque de Flint City, brutalmente assassinado. Testemunhas e impressões digitais apontam o criminoso como uma das figuras mais conhecidas da cidade ― Terry Maitland, treinador da Liga Infantil de beisebol, professor de inglês, casado e pai de duas filhas.

O detetive Ralph Anderson não hesita em ordenar uma prisão rápida e bastante pública, fazendo com que em pouco tempo toda a cidade saiba que o Treinador T é o principal suspeito do crime. Maitland tem um álibi, mas Anderson e o promotor público logo têm amostras de DNA para corroborar a acusação. O caso parece resolvido.

Mas conforme a investigação se desenrola, a história se transforma em uma montanha-russa, cheia de tensão e suspense. Terry Maitland parece ser uma boa pessoa, mas será que isso não passa de uma máscara? A aterrorizante resposta é o que faz desta uma das histórias mais perturbadoras de Stephen King.”

O começo desse livro é sensacional, de fato. O problema é que ele tem uma barriga do começo ao meio, que realmente é insuportável.

Além disso, eu não sabia que a resolução da história se encaminharia para esse lado sobrenatural. Acabei tendo expectativas por um outro tipo de obra.

Ainda assim, o final é bom, bem tenso e nos prende muito. A leitura flui.

Soube depois que essa história é derivada de uma trilogia, chamada Mr. Mercedes, que até tem uma série no ar.

Já rolou um interesse em conhecer mais essas origens. Mas como o tempo é curto, vamos esperar um pouco.

De todo modo, mesmo não sendo aquela coisa toda que prometem e eu esperava, é um bom livro.

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sábado, 6 de outubro de 2018

O Corvo – James O’Barr

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Para o mês do horror resolvi incluir algumas HQs porque é uma forma de literatura bem fértil a esse tipo de tema.

A Editora Darkside lançou recentemente essa obra que está esteticamente perfeita. É em capa dura, tamanho grande, papel nobre, uma qualidade gráfica impecável.

A história é famosa. O Corvo teve a história adaptada aos cinemas no começo dos anos 90 e é marcado pelo acidente de gravação que levou o ator Brandon Lee à morte.

A história mostra um homem que foi assassinado e torturado, junto com o amor da sua vida, mas a dor e o sofrimento o fizeram voltar de alguma forma para se vingar dos criminosos de forma bem violenta.

Os desenhos são bonitos e a história, embora arrastada em alguns momentos, é bem interessante.

Eu até ia ver o filme novamente, mas acabou não dando tempo.

Com certeza é um livro que vale a pena ter.

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terça-feira, 2 de outubro de 2018

Alerta Negro – Patricia Cornwell

alerta negro patricia cornwell“Uma outra sala dos domínios de Vander abrigava o sistema conhecido como Sistema de Identificação Automática de Digitais, além de sala escura para edição e recuperação de imagens e sons, digitais ou não. Ele supervisionava também o laboratório fotográfico, onde mais de cento e cinqüenta rolos de filme processado saíam diariamente do equipamento automático. Levei algum tempo para localizar Vander, e finalmente o encontrei no laboratório de marcas e pegadas, onde havia embalagens de pizza ordeiramente empilhadas num canto. Policiais criativos as usavam para transportar moldes de marcas de pneus e pegadas. Na parede do fundo estava apoiada a porta que alguém derrubara a pontapés.

Vander, sentado na frente do computador, comparava pegadas na tela repartida. Deixei a maca do lado de fora.

“É muita gentileza sua fazer isso”, falei.

Seus olhos azuis aguados pareciam estar sempre focalizados em outro lugar, e como de costume o avental estava manchado de roxo por causa do Ninhydrin. Uma caneta hidrográfica vazara, manchando um bolso.

“Uma beleza, esse aqui”, ele disse, apontando para a tela ao se levantar. “O sujeito compra sapato novo de sola de couro, você sabe que eles escorregam muito no início, certo? Por isso o espertinho pega uma faca e faz cortes transversais. Vai se casar e não quer correr o risco de escorregar na igreja.”

Segui-o para fora do laboratório, sem a menor disposição para curiosidades.

“Um dia, ele tem a casa roubada. Levaram sapatos, roupas, um monte de coisas. Dois dias depois uma mulher é estuprada no bairro. A polícia encontrou essas pegadas estranhas na cena do crime. E ocorreram muitos arrombamentos de casas na região.”

Entramos no laboratório de luz alternada.

“Pegaram um rapaz. Treze anos.” Vander balançou a cabeça, ao acender a luz. “Não entendo mais essa juventude. Quando eu tinha treze anos, a pior coisa que eu fiz foi atirar num passarinho com espingarda de chumbo.”

Ele montou o Luma-Lite no tripé.

“Isso para mim é péssimo”, falei.”

Patricia Cornwell

Primeiro livro da Cornwell que eu leio em forma de audiobook e só os capítulos finais por escrito. Foi uma boa pedida.

Como as obras da Dra. Scarpetta são cheias de diálogos, fica interessante o formato de audiobook, até parece um podcast ou algo do tipo.

A história mostra Kay recolhendo os caquinhos após a morte de Benton e tendo sua capacidade colocada à prova por conta de seus problemas pessoais. Junto a isso, parece haver alguém sabotando o seu departamento enquanto há um crime de difícil descoberta sendo investigado.

Fora isso, Cornwell segue o mesmo formato, o temperamento explosivo e auto-destrutivo de Marino, a pirralha chata e agressiva da sobrinha genial e Kay misturando seus momentos de insegurança pessoal com excesso de confiança profissional.

Não tem o mesmo viço dos primeiros livros, mas ainda são boas obras. Esse foi o décimo livro da série.

O próximo já quero ler logo, mas me propus a ler pelo menos dois por ano. Nisso estou em dia.

Até o próximo.

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domingo, 30 de setembro de 2018

Serial Killers – Danilo Cezar Cabral

“ O assassino colocava grupos de pessoas na sala com a tubulação de gás, matando todos de uma vez. Ele gostava de escutar os gritos e a agonia por trás da porta do quarto.“

Danilo Cezar Cabral

serial killers mPouco antes da Editora Abril fechar a revista Mundo Estranho, eles lançaram esse livro especial contando o caso de 08 serial killers famosos no mundo.

Acabei comprando na banca de jornal mesmo e achei perfeito para o mês do true crime.

Como o livro é derivado de uma revista que já tinha um capricho gráfico grande, a obra é bem bonita, com ilustrações e jacket diferentes. Só é pequeno.

São contados os casos de: O Açougueiro de Rostov, O Estrangulador de Wichita, Jeffrey Dahmer, John Wayne Gacy, Ted Bundy, H.H. Holmes e Ed Gein.

Alguns desses são clássicos e estão em qualquer texto que menciona serial killers. Mas o livro é bem escrito, de um jeito diferente e com algumas informações que eu não conhecia.

É um bom livro e a Revista Mundo Estranho vai fazer falta, porque todo mês falava de algum crime violento que marcou a história.

Recomendo.

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sábado, 29 de setembro de 2018

O Pior dos Crimes – Rogério Pagnan

“Esse relatório secreto não diz, mas estre os próprios peritos de São Paulo existe a suspeita de que os reagentes do caso Nardoni estavam vencidos. Se muitos outros usados estavam, por que aqueles não estariam?”

Rogério Pagnan

o pior dos crimesApesar de achar que esse assunto já deu e que o povo deveria deixar essa família em paz e os criminosos condenados pagarem por seus crimes, não pude deixar de encaixar essa obra no mês do true crime. Isso fiz porque esse livro foi muito criticado em todos os locais que eu vi.

Ficou evidente que o autor está de alguma forma ligado à família Nardoni, porque o livro é inteiro pseudo isento e se volta totalmente a defender os condenados pela morte da menina Isabela.

O autor lança dúvidas sobre o trabalho pericial (na breve epígrafe), sobre os promotores, policiais, até faz comentários maldosos sobre a mãe da menina. Isso é feito ao passo de ter comentários bem benevolentes e compreensivos perante o casal e sua família.

Me pareceu mais um livro oportunista a respeito de casos trágicos, mas nesse caso não foi só pela vontade de fazer dinheiro, mas de talvez mitigar a péssima impressão que todos têm dos condenados.

Agora, difícil de acreditar nessas teorias conspiratórias, mesmo eu sendo muito cético com relação a diversas instituições. Não há motivos, não há provas e não há uma explicação melhor.

Li bem rapidinho para a perda de tempo não ser grande.

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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Sharp Objects

shar objectsEu li esse livro da Gillian Flynn há alguns anos e lembro de não ter me impressionado tanto quanto a Garota Exemplar. Achei lento e meio forçado.

Quando vi que haveria uma série da HBO sobre a obra eu fiquei confuso, porque jamais haveria história para preencher uma temporada inteira. E foi o que aconteceu.

A história já não é das mais interessantes e para ser dissolvida em várias horas de episódios, o conteúdo ficou bem ralo.

Por mais que o elenco tenha entregue boas atuações e o tema tenha algumas discussões interessantes, essa série foi um sonífero completo que a HBO trouxe.

Com certeza não fez minha cabeça e não sei até agora como foi que eu consegui terminar. Acho que ando com paciência.

Não recomendo não.

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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Mulheres ao Ataque

mulheres ao ataqueFilme: Mulheres ao Ataque (The Other Woman)
Nota: 8
Elenco: Cameron Diaz, Leslie Mann, Nikolaj Coster-Waldau e participação da Nicki Minaj
Ano: 2014
Direção: Nick Cassavetes

Estava circulando esses dias pelo Telecine Play, ou qualquer outro streaming da vida e achei essa comédia despretensiosa.

Cameron Diaz é Carly, uma advogada bem sucedida que encontra um cara apaixonante e começa um relacionamento, até descobrir que foi enganada na cara de pau e ele é casado. Ela se junta com a esposa dele e mais uma terceira amante descoberta pelo caminho e fazem um belo plano de vingança.

O enredo é simples, tal qual o filme. Mas às vezes a simplicidade funciona.

Gosto da Cameron Diaz em papeis de comédia, porque acho ela meio loucona e segura de si.

Tem várias passagens batidas e final previsível, mas diverte. Dei risada com algumas cenas, sobretudo quando a vingança começa a acontecer de fato e o cara se fode muito na mão das mulheres enganadas.

Recomendo.

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domingo, 23 de setembro de 2018

Rafinha Bastos: Ultimato

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Alguém ainda assiste a stand up? Rafinha Bastos ainda está vivo? A resposta é sim e sim.

Tanto ainda vejo stand up que assim soube do lançamento eu já corri e vi esse show que é tão engraçado que eu engasguei com a Coca Cola enquanto ria.

O comediante faz uma apresentação em que ri das suas desgraças, desafia aquilo que aparentemente é assunto tabu para ele e claramente faz um texto para chocar, seja por ser escroto e folgado, seja por não estar nem aí com o impacto das piadas, só quer risada mesmo.

Recomendo muito, porque Rafinha é um cara genuinamente engraçado e não faz média. O tempo do programa passa rapidinho e quando você vê, já acabou.

Corre pra Netflix!

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Grandes Crimes – Pierre Moreau (org.)

grandes crimes

Vi esse livro nas seções de lançamentos recentes e gostei muito da proposta. É uma obra coletiva, muito comum na área do direito. Só que foram selecionados nomes relevantes do meio jurídico para escreverem artigos de forma livre sobre crimes relevantes ocorridos no Brasil.

Nomes como Celso Lafer, Eros Roberto Grau e Luiza Nagib Eluf, entre outros, contaram de formas próprias sobre casos relevantes.

Entre as histórias contadas estão: PC Farias e Suzana Marcolino, Daniella Perez, Euclides da Cunha, enfim, vários deles.

Destaco o texto de Eduardo Muylaert sobre o atentado ao Riocentro. Em tempos de discussão sobre liberdades e democracia em risco, esse caso não deveria ser tão pouco comentado.

É um excelente livro e como tem histórias curtas, você termina rapidinho.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Ilusão de Justiça – Jerome F. Buting

ilusão de justiça

“Quis o destino que essas gravações fossem muito mais importantes para contar a história de Steven Avery em Making a Murderer do que no fórum. Talvez o que não pode ser ouvido seja mais revelador. Há frustração e irritação de sobra, mas nos 16 meses em que ficou sob custódia antes do julgamento, Steven Avery teve incontáveis oportunidades de cometer um lapso e dizer algo verdadeiramente ou aparentemente incriminatório. Porém, isso nunca aconteceu. Tudo o que conseguimos descobrir ouvindo mais de cem horas das ligações feitas da cadeira era que ele desejava sair de lá e acreditava que as autoridades estavsm armando contra ele. Analisando as gravações dos telefonemas feits pelas autoridades policiais, era possível concluir que ele talvez estivesse certo.”

Jerome F. Buting

Esse livro foi lançado há muito pouco tempo e ele tinha que estar nesse mês de true crime. O seriado Making A Murderer eu vi no ano passado e fiquei muito impressionado.

O livro é escrito por um dos advogados de Avery, que faz um belo resumo do caso e conta bastidores de todo o trabalho e, como foi escrito após a exibição da primeira temporada da série, traz informações sobre a repercussão que o sucesso trouxe.

Acima de tudo o texto mostra a difícil tarefa de um advogado de defesa em um país em que tudo é construído para a justiça ser um escape para o ódio, em que a população pode despejar sua violência contida e cozida. Fica legítimo.

Agora, presunção de inocência acaba caindo pelo ralo, porque parece que a vontade de punir se sobrepõe à necessidade de saber a verdade e quem sabe, de alguma forma, buscar alguma justiça, mesmo após um assassinado.

Aliás, esse caso me impressiona porque é uma das primeiras vezes que uma história de conspiração me convence. É muito verossímil, ainda e Avery nem de longe não seja um santo.

Junto a isso saiu a segunda temporada da série na Netflix, que eu queria ter visto para esse mês, mas infelizmente ficará para uma próxima, porque não deu tempo ainda.

Recomendo muito esse livro.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Sexy Por Acidente

i fell pretty - sexy por acidenteFilme: Sexy Por Acidente (I Feel Pretty)
Nota: 7
Elenco: Amy Schumer, Michelle Williams, Aidy Bryant, Busy Philipps
Ano: 2018
Direção: Abby Kohn, Marc Silverstein

O trailer me pareceu engraçado e gosto muito da Amy. Então assim que apareceu uma versão assistível eu venci a preguiça e recorri aos métodos tradicionais de vídeos pela internet.

Amy Schumer interpreta Renee, uma mulher insatisfeita com seu corpo, muito insegura e com um emprego em uma loja de moda, mas pela sua aparência, fica num portãozinho responsável pelas vendas online.

Em um dia de desespero fazendo aula de spinning, Renee cai de cabeça no chão e acorda acreditando que é linda, magra e poderosa. Nada mudou, somente a forma como ela se vê.

Por conta da sua segurança, ela tem mudanças na vida amorosa, profissional e até mesmo com as amigas, porque começa a ficar arrogante.

O filme é o mais fraco da Amy que eu já vi. Tem algumas cenas engraçadas até, mas é bem raso e previsível.

Não foi a melhor opção de comédia do ano.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Além da Ilha

além da ilha

Além da Ilha foi um seriado da Rede Globo que foi lançado esses dias diretamente na plataforma on demand deles, o Globo Play. É a tentativa da emissora de brigar por esse nicho e não é capaz de fazer isso com a sua programação tradicional.

Deste modo, tendo Paulo Gustavo e misturando o clima sombrio com a comédia, achei que seria um excelente começo.

O fato é que essa série foi bem maomena. Não chamou demais minha atenção, porque tem passagens fracas e bem esquecíveis.

Não é ruim, mas faltou empolgação. Assisti tudo, mas confesso que foi só para não deixar o TOC perturbar meu psicológico depois, porque além de já imaginar o final, a vontade desapareceu logo no começo.

Foi fora da curva para esse ator e para o elenco, que é muito bom.

Acho que são testes da Globo, que logo deve acertar com uma série original boa.

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domingo, 16 de setembro de 2018

A Sangue Frio – Truman Capote

“O que eu posso dizer sobre a pena de morte? Não sou contra. Não passa de vingança, mas não vejo problema nenhum na vingança. É uma coisa muito importante. Se eu fosse parente do senhor Clutter, ou de qualquer das pessoas que York e Latham mataram, eu só ia sossegar depois que os responsáveis tivessem dançado pendurados naquela corda.”

Truman Capote

a sangue frio - capoteFoi esse livro que eu escolhi para o mês de setembro no desafio de 12 livros para 2018.

Como dedico esse mês ao true crime, não poderia deixar de reservar o livro pai nessa categoria. Só que tem alguns detalhes importantes sobre a obra de Capote.

O livro não tem formato de não-ficção. Ele é narrado, com diálogos e descrições que foram romantizados pelo escritor após conhecer o caso real.

Por isso esse livro é chamando de um romance jornalístico, ou algo do tipo, porque Capote misturou as duas coisas.

Não fosse suficiente, A Sangue Frio conta a história terrível do assassinato de todos os membros da família Clutter pelos criminosos Richard Hickock e Perry Smith.

Capote mergulha na vida da cidade, das vítimas e, de forma sombria e inovadora, na mente dos criminosos, até suas execuções.

É um clássico do jornalismo, da literatura e do crime. Recomendo muito esse livro, que acabei detonando em poucos dias.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Charles Manson: A Mente de um Louco

id charles manson

O AE& passou há algumas semanas esse especial e eu guardei para o mês do true crime. Do mesmo modo fez o ID.

Ambos especiais seguem a mesma ideia: revisitar o caso de Manson para investigar se ele estaria envolvido em mais crimes do que os descobertos, além de descobrir o que tinha de verdade na teoria do Helter Skelter.

Foram feitas várias entrevistas e foi utilizado um material de gravações da própria voz do assassino, gravada em entrevistas na cadeia.

Tentaram conversar com ex-membros da família e pessoas que conheceram aquele grupo.

O especial é de arrepiar, porque sempre vão descobrindo coisas novas e o poder que esse homenzinho teve foi impressionante. Esse caso é bizarro e o comportamento humano nesse período era louco.

Muito interessante. Recomendo.

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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Marcia Clark Investiga

marcia clark investiga

Seguindo no mês do true crime, agora é vez dessa série em sete episódios de duas horas que o canal A&E disponibilizou recentemente.

A ex-promotora de justiça Marcia Clark, que ficou mundialmente famosa por ter trabalhado no caso de O.J. Simpson revisita sete casos famosos que marcaram a população norte-americana.

O foco da apresentadora é conversar com pessoas envolvidas e rever as investigações especificamente a respeito das primeiras 48h após o crime, momento considerado mais fértil para provas contundentes.

Os casos tratados por Marcia foram: Casey Anthony, Drew Peterson, Chandra Levy, Robert Blake, Rebecca Zhau, Jam Master Jay e O Clube dos Bilionários.

Já conhecia a maioria deles, porque o ID já exibiu especiais sobre todos. Até já postei aqui sobre o que achei.

Claro que o tom é pra lá de sensacionalista e ela aparentemente descobre novidades sobre os casos. Mas nada disso pode ser levado tão a sério, porque é praticamente ficção em forma de documentário. Muitas vezes as emissoras fazem isso.

De todo modo, é bem interessante. Além disso, em conversas privadas fica evidente como as investigações podem ser falhas e polêmicas, demonstrando realidades bem diferentes do que é contado na imprensa e nos tribunais.

Recomendo. Não sei se terá nova temporada. Se tiver, verei.

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