“Ela não disse nada. Notei que não estava em perfeito controle de si mesma. Tinha ombros enormes e um queixo que lembrava Oscar Bonavena. Sentei na cama e, como quem não quer nada, enfiei a mão na sacola em busca do spray de pimenta... ao sentir o polegar encostando na válvula tive vontade de puxar a lata pra fora e dar um banho de pimenta na garota. Só para deixar as coisas claras. Eu precisava desesperadamente de paz, descanso, um refúgio. Um combate mortal no meu próprio quarto de hotel contra algum tipo de abominação hormonal alucinada por drogas era a última coisa que eu queria.”
Hunter S. Thompson
Acabei levando esse livro para a viagem das férias por motivos de ser pequeno. Já imaginava que não iria ser meu preferido. Só não achei que iria detestar tanto.
Eu digo que não iria gostar porque já tentei ler outros livros que mostravam a contracultura e essas pessoas que viajam o mundo fazendo merda e usando droga. Talvez essas histórias sejam datadas, porque minha geração foi livre e não precisou de abusos para passar uma imagem.
De todo modo, na segunda passagem que ele conta sobre as suas aventuras drogado para escrever histórias e simplesmente ir pra lá e pra cá, eu já percebi que tudo era repetido e cansativo.
Até entendo que chocou muita gente e blablabla. Mas não rola mais e esse tipo de leitura eu acho maçante, porque me parece uma forma sutil de dizer: “sou foda, não ligo pra nada”.
Quem sabe o filme seria melhor?
Filme: Medo e Delírio em Las Vegas (Fear and Loathing in Las Vegas)
Nota: 6
Elenco: Johnny Depp, Benicio Del Toro, Tobey Maguire
Ano: 1998
Direção: Terry Gilliam
Mais do mesmo. Tão sem sentido quanto o livro, com mais recursos para ficar non sense.
Não tenho muito o que dizer, apenas que não é para mim. Se você gosta parabéns, nada a unânime nesse mundo.
FDL