Para encerrar o mês do horror vamos de mais uma HQ. Do Inferno é trata da história de Jack, o Estripador, o famoso serial killer que nunca foi preso ou descoberto no século XIX em Londres.
A HQ é enorme, tanto no tamanho das folhas quanto e quantidade de páginas. Achei que seria rapidinho e levei um tempão para ler tudo.
Os desenhos em alguns momentos são confusos e cansativos de entender, do mesmo modo a narrativa não me chamou muito a atenção, com idas e vindas no tempo, personagens demais, enfim, faltou algo e essa história não me cativou.
Há um filme que eu já assisti há muito tempo que é sobre essa história. É com o Johnny Depp. Minha ideia era rever, mas depois da leitura da HQ eu acabei não me empolgando muito.
Aviso que ela é bastante forte em cenas de sangue e sexo, então quem for mais sensível vai ficar de mimimi.
Achei que todo o clima e esse tipo de história que eu gosto fosse me conquistar, mas dessa vez acabou não rolando.
Para o mês do horror resolvi incluir algumas HQs porque é uma forma de literatura bem fértil a esse tipo de tema.
A Editora Darkside lançou recentemente essa obra que está esteticamente perfeita. É em capa dura, tamanho grande, papel nobre, uma qualidade gráfica impecável.
A história é famosa. O Corvo teve a história adaptada aos cinemas no começo dos anos 90 e é marcado pelo acidente de gravação que levou o ator Brandon Lee à morte.
A história mostra um homem que foi assassinado e torturado, junto com o amor da sua vida, mas a dor e o sofrimento o fizeram voltar de alguma forma para se vingar dos criminosos de forma bem violenta.
Os desenhos são bonitos e a história, embora arrastada em alguns momentos, é bem interessante.
Eu até ia ver o filme novamente, mas acabou não dando tempo.
O trailer do filme me interessou e depois vi que era inspirado em uma obra do Neil Gaiman. Nunca li nada dele e achei que poderia ser uma boa oportunidade de ter contato com esse autor.
Acabei comprando a HQ, porque achei os traços interessantes no trabalho de Fábio Moon e Gabriel Bá. Não que eu entenda alguma coisa disso, só achei legal mesmo.
Apesar dos desenhos bonitos, a história não tem pé nem cabeça. Parece um projeto de conto inacabado. Não faz sentido nenhum. Não é para mim.
Depois, vi que o conto tinha sido traduzido para português há alguns anos e eu tinha por aqui em epub. Resolvi ler e não ajudou em nada, porque o texto é o mesmo, apenas com uma ou outra alteração na tradução. Em termos de conteúdo, é igual.
Me restou a curiosidade de saber o que foi feito com o filme.
O começo do filme segue uma história parecida do conto/hq. Só que eles adicionam mais acontecimentos e explicações, dando àquilo um ar de filme.
Não é ruim, também percebo que não é nenhuma maravilha. Só é certo que não serve pro meu gosto mesmo. Devemos sair da nossa zona de conforto às vezes, mas nem sempre dá certo. Esse foi o caso.
Achei legal o clima de punk rock, o momento histórico e até mesmo a discussão a respeito do conceito de maternidade e a convivência entre espécies. Mas estou forçando aqui.
Tem cenas engraçadas e absurdas, porque o contexto pede. Mas nada demais.
Aposto que com algumas pessoas fará mais sucesso. Não é pra mim, mas não vejo nenhum defeito.
Soube da volta do desenho, em versão modernosa, então resolvi fazer meu apanhado e partiu post completão de um dos meus desenhos preferidos da infância.
Ducktales – Capa Dura
Esse lançamento da Editora Abril é mais uma edição de colecionador imperdível. São mais de 400 páginas em papel nobre, com capa dura e apenas 3 histórias, bem longas e completas. É compilação de contos que foram divididos ao longo dos anos.
O primeiro é “Em Busca Da Número Um” em que Tio Patinhas e os Sobrinhos precisam resgatar Patrícia, que foi sequestrada pela Maga Patalógika, que quer em troca a moeda número um.
O segundo é “A Odisséia do Ouro”, que explora aventuras de Tio Patinhas e os meninos contra seu arqui-inimigo explorando diversas civilizações e planetas.
Por fim, há a história “Legítimos Donos”, mais atual, com um desenho um pouco mais moderno. A pior história, na minha opinião.
Eu lia aos poucos e me policiava para durar mais. É uma sensação boa de resgate de infância, onde a diversão e a brincadeira eram estimulados, tal qual a imaginação e a inteligência.
Além disso, nesse momento já foram lançados também dois gibis das novas edições mensais que vêm na assinatura. Espero que essa nova geração de Ducktales pegue. Gostei muito dos novos gibis também, muito embora eles sejam bem introdutórios nas histórias ainda, não tenham mostrado muita coisa.
Depois disso, vi que a Netflix tem no catálogo um clássico das fitas VHS dos anos 90. Claro que tive de rever.
Trata-se de DuckTales, o Filme: O Tesouro da Lâmpada Perdida.
Sinopse:
“Prepare-se para uma aventura super divertida em companhia de seus personagens favoritos: Tio Patinhas, Huguinho, Zezinho, Luisinho e Patrícia. Junte-se aos DuckTales em uma arriscada viagem pelo Egito, atravessando o deserto em busca do Tesouro de Collie Baba. Com muitas risadas, aventura e personagens divertidos, Ducktales - O Tesouro da Lâmpada Perdida é um clássico da Disney que vai encantar toda a sua família.”
É bem divertido e tem a cara dos desenhos menos badalados da Disney daquela época. Eu ria em lembrar das histórias e do gênio meio idiota. Valeu muito a pena rever.
Fora isso, terminou nessa semana a nova série, de 09 episódios que passou no Disney XD.
Aquela abertura clássica com a musiquinha que todos conheciam parece que teve treta com direitos autorais, mas chamaram a Ivete Sangalo, que cantou a mesma melodia, só com uma letra parecida. Deu certo.
A história é mais adaptada às crianças inquietas de hoje em dia. Os personagens não param de falar e o ritmo é acelerado.
Eu achei os episódios iniciais melhores. Os finais não foram tão bons não, principalmente um que eles satirizam o empresas como Google e Facebook e o episódio final.
De todo modo, achei que o desenho tem potencial, porque são bons personagens e fizeram um excelente Tio Patinhas novamente. Gostei de ver. Pena que foram tão poucos personagens.
Deu até vontade de rever a série original, que teve dezenas de episódios e está inteirinha nas internets. Mas no momento, mesmo com tempo livre, não dá. Quem sabe mais pra frente?
Só digo que vale a pena vez ou outra relembrar a infância e curtir algo do tipo. Ducktales foi um bom exemplo de desenho que foi boa influência para quem leu/assistiu.
Essa série, ou mini-série, nunca se sabe, surgiu nas indicações e pareceu uma boa, principalmente porque faz tempo que eu não vejo produções britânicas.
A mini tem 8 episódios e mostra um casal de adolescentes: James e Alyssa.
Eles são jovens que parecem normais, mas não são e do encontro deles vai sucedendo uma série de acontecimentos bizarros que deixam essa série uma das minhas preferidas do ano, já no comecinho.
James perdeu a mãe e percebeu que é um psicopata (tanto que enfiou a mão em uma fritadeira para tentar sentir alguma coisa). Ele carrega uma faca e tem desejos homicidas o tempo todo.
Alyssa está de saco cheio de sua casa, por ser excluída pela mãe, que tem novos filhos e novo marido, que, obviamente, a assedia. Ela é desbocada e agressiva, tendo o sonho de reencontrar o pai, que mora longe, mas não esquece de enviar cartas todo ano no seu aniversário.
James e Alyssa se encontram e planejam fugir juntos, sem pensar nas consequências. Claro que o plano de Alyssa é se sentir apoiada para ir embora e encontrar com o pai. Mais obvio ainda é que James finge interesse amoroso por ela simplesmente para poder mata-la.
Ambos fogem e nos 8 episódios fazem de tudo: homicídio, assalto, ligação direta, disfarce, encontram pedófilos (sim, 2!) e, no fim encontram o pai de Alyssa.
Não vou spoilar, mas o final da série mostra a evolução de jovens que começam a ficar adultos (James está fazendo 18 anos na série, inclusive). A primeira lição é que adolescentes vivem de expectativas e sonhos, mas adultos enfrentam a realidade e as frustrações.
Essa lição acaba servindo para os dois, que finalmente passam a saber quem são e quem os cercam.
O final é aberto e facilmente teria uma temporada adicional, mas tudo isso é dúvida, porque esse trabalho é inspirado em uma HQ e a história foi totalmente retratada na produção da Netflix.
Vale cada segundo.
Acabou por aí? Claro que não!
A série ainda mata com uma puta trilha sonora, que chega a ser mais um personagem nessa história maluca e interessante. Várias músicas iam agradando, até que eu tive de salvar a playlist no Spotify.
A principal é a seguinte:
Há várias outras. Mas fica essa como uma gota do que é o todo.
Claro que eu teria de ir atrás da HQ, não?
O autor chama-se Charles Forsman.
É realmente inspirado, porque há cenas completamente idênticas, o e é bem interessante. Mas também há alterações, sobretudo para fazer a série ter 8 episódios, porque a HQ, mesmo que em um compilado, é bem curta.
Os desenhos são feios e sem expressão. Não são os meus preferidos não. Mas do que eu entendo, não é mesmo?
A história é a mesma da série, então é excelente. Para quem não tem dificuldades de ler em inglês, pelo Google você acha um cbr com facilidade. Agora, no Brasil, só esperar. Quem sabe eles tragam para cá, com esse sucesso da série?
Fica aí a dica de série, música e HQ que trouxeram para mim e eu compartilho. O ano começou bem!