domingo, 21 de outubro de 2018

Frankenstein – Mary Shelley

“Quando descobri um poder tão assombroso posto em minhas mãos, hesitei por um bom tempo no tocante ao modo pelo qual deveria emprega-lo. Embora possuísse a capacidade de animar, mesmo que tivesse de preparar uma compleição para recepcionar tal animação com todos os meandres de fibras, músculos e veias, ainda restava uma obra de inconcebível dificuldade e labor. No princípio duvidei se deveria tentar a criação de um ser como uma organização mais simples, mas minha imaginação estava demasiado exaltada com meu primeiro sucesso para permitir-me duvidar da capacidade de dar vida a um animal tão complexo e maravilhoso como o homem.”

Mary Shelley

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Para o desafio dos 12 livros para 2018, no mês do horror eu escolhi essa obra clássica da literatura de terror. Esse ar sombrio do século XIX é muito interessante de ler.

A obra de Mary Shelley é famosa: o Dr. Victor Frankenstein acaba criando uma forma de vida em laboratório, uma criatura semelhante ao ser humano. O problema é que a relação entre criador e criatura se mostra tensa e cheia de sutilezas, que são exteriorizadas com mortes e muito horror.

Eu achei que a leitura seria complicada por conta do tempo da escrita e pelo tipo de texto que eu tenho lido ultimamente, mas me enganei. Mary Shelley escreve de forma simples e o texto é bem compreensível, muito embora seja cheio de explorações de dilemas e sentimentos, situação recorrente do período literário a que essa obra pertence.

Gostei muito desse livro e nem preciso dizer que essa edição comemorativa em capa dura lançada é obrigatória para qualquer leitor de suspenses e terror.

Recomendo.

FDL

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