“Crianças podiam ser péssimos clientes. O advogado passa a ser mais que um advogado. Com adultos, você simplesmente apresenta os prós e os contras. Aconselha deste ou dquele modo. Faz algumas previsões, mas não muitas. Então você diz ao aduldo que está na hora de se decidir e sai da sala por algum tempo. Quando você volta, a decisão está tomada e você age de acordo com ela. Não é assim com crianças. Elas não compreendem o aconselhamento legal. Querem um abarço e alguém para tomar as decisões. Elas estão assistuadas e à procura de amigos.”
John Grisham
Esse é o livro de agosto do desafio de 12 livros para 2018. Acontece que acabei esperando para publicar o posto só quando conseguisse rever o filme e só tive tempo de fazer isso agora.
O Cliente é um dos livros do auge de John Grisham. Virou filme premiado, vendeu que nem água. É uma história muito boa e lembro de ter visto esse filme no começo dos anos 2000.
John Grisham conta a história do menino Mark Sway, que acaba testemunhando um suicídio de um advogado da máfia, que antes do derradeiro ato acabou confessando o crime de seu cliente, a morte de um senador.
Por conta dessa confissão feita pelo advogado, Mark Sway acaba virando um alvo tanto da polícia quanto da máfia, porque sua informação é valiosa. Com apenas 11 anos ele tem um lar desfeito, um irmão traumatizado pelo crime e acaba procurando por acidente pela advogada Reggie Love.
Reggie também tem seus problemas pessoais, mas dedica sua modesta carreira a defender os interesses dos menores. Acaba entrando de cabeça no problema de Mark e na ajuda para solucionar seu problema.
A relação entre Reggie e Mark foi muito bem construída. Gostei muito disso.
O final do livro, como em vários do Grisham, é bem amarrado e encerra adequadamente a história.
Para fazer um paralelo, essa história é uma versão um pouco alterada de O Dossiê Pelicano. Também tem fuga, desconfiança, alvo marcado, mortes, enfim, um bom livro.
Claro que revi o filme.
Filme: O Cliente (The Client)
Nota: 9
Elenco: Susan Sarandon, Tommy Lee Jones, Mary-Louise Parker, Anthony LaPaglia, Brad Renfro
Ano: 1994
Direção: Joel Schumacher
É o mesmo diretor que alguns anos depois fez um dos melhores filmes inspirados em uma das melhores obras de Grisham: Tempo de Matar.
O filme é parcialmente fiel à obra escrita e tem várias cenas que foram incluídas para dar ação. Compreensível, é um blockbuster.
Senti falta de ver melhor o pequeno Mark peitando os policiais quando é levado preso pelo hospital. Essa parte no livro ficou perfeita.
Destaco o então jovem ator Brad Renfro, que trabalhou muito bem nesse filme, mas infelizmente morreu jovem.
Susan Sarandon nem precisa dizer. Não consigo imaginar outra atriz interpretando Reggie.
O filme é muito bom.
Às vezes tenho medo de rever filmes que no passado me marcaram demais. Afinal, envelhecemos e amadurecemos. Com isso, alguns olhares críticos desenvolvidos agora podem estragar as impressões que tínhamos com filmes do passado.
Por sorte com esse não aconteceu isso.
Fiquei feliz em ler o livro e rever o filme.
É Grisham. Claro que recomendo.
FDL
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