Temos vários documentários desse viciante canal concluídos nesse mês.
Maldita Sorte (Your Number’s Up)
Apenas três episódios em temporada única. Uma pena.
Essa série mostra casos de pessoas que ganharam na loteria e ficaram milionárias, mas o destino não foi tão bom com elas, que acabaram tendo finais trágicos.
O primeiro episódio é o melhor, que mostra a vida de um segurança, que ganhou a grana e acabou largando a mulher, casando com outra mais nova, se envolvendo em um monte de putarias que culminaram em seu assassinato.
O caso da estrangeira que ganhou na loteria também foi muito bom. Foi o exemplo claro de que o ser humano nunca está satisfeito. Depois de ficar rica, como tanto sonhava, a mulher não conseguia fazer o dinheiro satisfazer suas inseguranças.
Fora do Sério (Truth Is Stranger Than Florida)
Achar guia de episódios e nomes originais para informações das séries da Discovery ID é um trabalho complicado, porque o site deles no Brasil é uma vergonha de tão mal feito. Chega a ser um desrespeito.
O bom trabalho está evidente na tradução dessa série, que em nada combina com o original.
Fora do Sério tratou de crimes chocantes ocorridos no estado da Florida, nos EUA. O local é conhecido pelas cidades e ilhas paradisíacas, famosos pelo lazer e tranquilidade, mas o ser humano sempre dá um jeito de cometer atos selvagens.
São 06 episódios e todos eles envolvem homicídios.
Destaco o episódio do spa e o da ilha, em que a inteligente mulher resolve se envolver com o presidiário bonitão que tinha colocado fogo na mulher anterior. Será que daria certo?
O primeiro episódio foi também muito bom e mostrou que para o homem vitimado não bastava ser um gênio nos negócios, bom marido e bom pai, a mulher tinha que arrumar um amante e mata-lo mesmo assim.
Luxo, Riqueza e Crime (Guilty Rich)
São 05 episódios nessa temporada que explora a vida de pessoas que se destacaram na sociedade pelo dinheiro, fama e poder.
Mas isso não impede que haja violência e a série conta crimes ocorridos nesse círculo social, que atrai muita cobiça e inveja.
Destaco o episódio do advogado que construiu um império de dinheiro com base em um esquema fraudulento, que só manteve graças à sua lábia.
Por fim, o último episódio é especial, porque conta a história de John DuPont, o milionário quatrocentão que não consegue fazer o dinheiro comprar sua autoestima, acabando por assassinar um protegido seu. Esse é o caso do filme Foxcatcher, que levou indicações ao Oscar há alguns anos, muito bem interpretado pelo Steve Carell.
Tamron Hall Investiga: Assédio Sexual na Universidade (Sexual Assault In College: Tamron Hall Investigates)
Tamron Hall é uma apresentadora de outros programas da Discovery ID e ela tem alguns especiais, igual ao Tony Harris.
Nesse específico, que eu achei um dos melhores até agora, é contada a história de várias universitárias que foram estupradas nos campi das universidades e como está sendo encarado esse problema, que por muitos anos foi negligenciado.
Gostei muito desse especial, porque conseguiu mostrar mulheres corajosas que foram capazes de contar suas histórias e como foi fácil caírem em armadilhas. Além disso, foi bem exposto o comportamento de criminosos e de seus amigos, além das instâncias de poder, no que acontece após a denúncia. A vítima vai tendo sua dignidade ofendida por uma série de vezes.
Há outros especiais dela e pretendo ver quando passarem.
Amigo do Diabo (Frenemies)
A temporada que o ID exibiu e eu assisti estava informando que era a primeira, mas consultando o site original, era a segunda, exibida em 2014. A primeira foi de 2013 e, se passar, eu assisto.
Foram 12 episódios curtos, entre 20 e 30 minutos. Todas as histórias tratam de relações de amizades que acabam em traição e tragédia.
A tônica da série é sempre o relacionamento com algo escondido, seja inveja, atração sexual, ressentimento, sensação de vingança, enfim, sentimentos que culminam nas traições.
Eu destaco o episódio das amigas que trabalhavam em um cassino e, quando uma delas arranjou um namorado bonitão, a desconfiança sobre a outra ter um caso com ele levou a uma tragédia. A mulher ter ciúmes da melhor amiga é algo muito comum.
Também tem o caso da rapper que surtou quando foi a menos notada na noite, o da amiga invejosa da grávida, o do amigo rico que passou a roubar a explorou o pobre, enfim, são boas histórias.
Ressalto que, mesmo assim, essas dramatizações do ID são muito mal feitas. Eles precisam caprichar mais. Em Amigo do Diabo não chegou a incomodar. Mas ainda menciono no final desse post algumas séries que eu deixei de ver por conta das dramatizações forçadas.
Frios e Calculistas (Murder By Numbers)
Olha lá a excelente tradução novamente.
A série é de 2017 e essa temporada tem 06 bons episódios.
Há dramatizações, mas poucas. Há bons testemunhos de familiares e sobreviventes, além de policiais e jornalistas.
Os casos são bem fortes e envolvem crimes que começam sendo investigados de forma simples, mas vão aparecendo outras vítimas, revelando assassinos seriais.
Destaco o caso do assassinato dos idosos e também o do terrível caso do serial killer e estuprador de velhinhas.
Poligâmigos e Assassinos (The Wives Did It)
Nomes bizarros tanto no original quanto na tradução.
São três episódios, exibidos em 2015.
A série retrata casos de crimes de assassinato envolvendo relações familiares com homens e mais de uma parceira.
No primeiro deles, um mórmon de várias esposas acaba assassinado e a teia de relações envolvendo a comunidade em que é normal a poligamia é bem interessante.
No segundo, um homem psicopata e extremamente violento tem duas esposas em casa, mas na verdade elas são suas prisioneiras em uma vida de intensa violência física e psicólogica, que culminou em mortes e um rastro de muito sofrimento.
No terceiro, o melhor deles, na minha opinião, um casal resolve chamar uma mulher para passar uma noite com o fim de apimentar a relação. Acontece que essa noite se torna um relacionamento a três, com todos morando em uma casa, gerando ciúmes, ganância, conspiração e, claro, um homicídio.
Boa a série, mas pelo caráter extremamente específico, entendo não haver tantos episódios.
Quem Matou Chandra Levy? (Chandra Levy: An American Murder Mistery)
É um documentário dividido em três partes retratando uma investigação jornalística sobre a morte da estagiária de Washington Chandra Levy.
Esse é mais um daqueles casos americanos em que o mistério de um crime somente aumenta por conta do frenesi da imprensa.
Além disso, Chandra estava envolvida sexualmente com um deputado, o que traz muitas comparações do caso com a série House of Cards.
São bons episódios sobre um crime muito estranho e, todos sabemos, que quando não se descobre direito quem matou, provavelmente tem gente poderosa envolvida. Pobre sempre se ferra nessas histórias.
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Destaco agora algumas séries que eu reservei e tentei ver, mas simplesmente não rolou, ou porque são muito forçadas ou dramatizadas. Se for pra ver um seriado eu tenho opções muito melhores.
Também me incomoda quando escrevem que para a dramatização alguns detalhes foram alterados. Quais? Fica complicado, né? Prefiro documentários reais. As dramatizações só ajudam quando servem para ilustrar as situações, não para forçar histórias sensacionalistas.
Morrendo de Amor (Forbidden: Dying for Love): São duas temporadas e é daquelas com pessoas fazendo olhares misteriosos e os casos envolvem crimes passionais. Não terminei o primeiro episódio.
Sob Efeito do Amor (Love Kills): São casos que envolvem relações amorosas em que resultam em crime. O começo do primeiro episódio exibido me incomodou pelo excesso de dramatização. Ficou evidente que era uma encheção de linguiça pela falta de fatos retratáveis. Não deu vontade de continuar.
Mãelévolas (Momsters: When Moms Go Bad): o título dessa série parece uma piada. E ela também é. Tem uma apresentadora fazendo umas piadinhas péssimas com casos de mães que acabam cometendo crimes. O primeiro episódio era dividido em dois casos e o primeiro deles foi tão comum e sem graça, todo dramatizado, que não senti a menor vontade de continuar vendo. Foi a pior de todas.
Silêncio Mortal (Dead Silent): Eu assisti ao primeiro episódio, que mostrava um casal fazendo trilhas que era perseguido por um cara esquisito. A tentativa de transformar esses casos em filmes de suspense faz com que fique tudo ridículo, porque obviamente não é esse o talento do canal Discovery ID. Como as séries seguem fórmulas, não vi sentido em continuar vendo Silêncio Mortal. A primeira temporada tem 06 episódios e já passou a segunda no canal original.
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Observando a quantidade de séries de crimes reais que eu vi nesse mês de janeiro, sem contar as que eu acabei fazendo post específico, estou bem empolgado nessa fase de true crime. Há várias estreias no ID e eu já coloquei tudo pra gravar. Gosto de ver em maratonas.
Depois volto com novidades.
FDL