Sabendo das indicações e prêmios que a série teve no Globo de Ouro, resolvi finalmente transformar minha conta da Amazon Prime Video em algo que não significasse dinheiro no lixo.
A série é diferente e tem características que eu gosto e que não gosto, vamos lá.
Os atores estão muito bem, principalmente a protagonista, que no primeiro episódio me parecia irritantemente familiar e eu não sabia de onde. Santos tempos modernos que oferecem o IMDB e eu lembrei que é a atriz que interpretou a Rachel Posner em House of Cards.
A mãe dela é a Judith de Two and a Half Men e, enfim, o elenco tem muita qualidade.
Agora, em nível hard, reparamos que também conhecemos aquela amiga dela do bar, Susie, de algum lugar, né? Só quem gosta mesmo de Friends lembra dela. A frase é: Why Don’t You Like Me? (O IMDB a chama de “bitter woman on stage”. Genial!)
Enfim... Midge Maisel é uma esposa perfeita nos anos 50 em New York. Levanta antes do marido para se arrumar, cozinha, cuida dos filhos e vive sua vida em função da dele e de seus caprichos, entre eles, o esposão quer ser comediante de stand up, mas rouba piadas.
Ocorre que do nada ele resolve largar Midge, por um simples chilique. Isso é uma tragédia na vida dela, que ainda é julgada pelas suas tradicionais famílias judias da época.
Mas em um momento de ódio, Midge bebe todas e sobe ao palco e solta o verbo sobre sua revolta com a vida. Ela é tão verborrágica que acaba sendo presa e ainda mostra as peitolas. Mas acaba sendo um sucesso no local e uma rabugenta funcionária do local, Susie, cansada de comediantes sem talento, vê nela potencial, a oferecendo ser sua empresária para lançar uma carreira como comediante.
Os 08 episódios dessa primeira temporada mostram como Midge lida com sua nova vida de mulher divorciada. Todo o seu potencial e genialidade, que era depositado na vida de seu marido, agora é disponível para que ela mesma brilhe e seja capaz de ter seus méritos.
Além disso, a carreira dela começa e há percalços, nem sempre as coisas dão certo.
A série tem um ritmo bem lento. Para cada coisinha acontecer, Midge acerta, erra, acerta e tem uma lição. Há uma certa enrolação que me fez cansar um pouco da série logo no começo.
Mesmo assim, há momentos muito bons, sobretudo quando Midge sobe ao palco, porque você vê de onde vem o sucesso da série. Ela incorpora muito dos discursos feministas, mas sem utilizar a linguagem pasteurizada de hoje em dia e sem qualificar demais. Fica com a naturalidade de uma mulher revoltada com o papel que lhe é dado e imposto.
A série é boa e já está renovada para a próxima temporada.
Espero que eu tenha ânimo de ver.
FDL
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