Acho que é a primeira vez que eu faço um post sobre The X Factor. Eu acompanho desde 2009, mas a época dos finales sempre é próxima do Natal e nunca estive inspirado para escrever sobre. Ocorre que nesse ano chegou o momento de falar sobre o meu reality show preferido.
Já começo anunciando que não sou realmente um grande defensor de realities, embora assista alguns. O motivo disso é porque poucos deles são de fato uma realidade, de tanta armação que nós vemos. Sobretudo no Brasil.
The X Factor nada mais é que um American Idol mais elaborado. A diferença, basicamente reside no fato de que nesse os testes são em frente a uma plateia lotada e os jurados também competem entre si, sendo mentores de alguns participantes, divididos em categorias.
No final, acaba sendo uma competição de canto do mesmo jeito. Ainda arrisco dizer que vai um pouco além, porque são feitos grandes números musicais, com um palco sensacional e milionário, com dançarinos, negonas no coral, imagens tristes ou alegres em telão e por aí vai… A justificativa disso é a de que não se procura apenas um intérprete e sim um real artista pop, onde, na vida real, é acompanhado de todas essas parafernálias.
A ideia é britânica e criada por Simon Cowell, antigo jurado do American Idol.
A versão britânica também é a melhor. Já consagrou nomes como JLS e Leona Lewis. O meu participante preferido é Olly Murs, de 2009, que lançou um CD muito bom.
O programa foi trazido para os EUA em 2011 e a Season Finale foi nessa semana. Com isso, Simon Cowell deixou o programa na Inglaterra e foi para as terras yankees. Cheryl Cole, a linda jurada, amada pelos ingleses, também foi junto para a versão americana, mas brigou com Simon e foi despedida logo na segunda semana, ficando desempregada. Em seu lugar, ficou a ex pussycat doll Nicole Sherzinger, muito da sem graça e robótica.
Completaram o painel de jurados americanos Paula Abdul - que já tinha saído do American Idol e feito muita falta – e o produtor musical LA Reid, que é muito arrogante e prepotente, mas competente.
A primeira temporada não fez o que prometeu. Teve boa audiência, mas não chegou aos pés do American Idol. Os participantes eram bons, mas nenhum me conquistou de verdade, principalmente por conta das apresentações pouco inspiradas.
Vale destacar e menina Rachel Crow, que chamou a atenção no teste, dizendo que com o dinheiro do prêmio (modestos 5 milhões de dólares) ela compraria uma casa com um banheiro só pra ela. A menina de 14 anos demonstrou carisma, talento, maturidadade e muita força, principalmente com uma história de vida que foi um exemplo.
A eliminação dela, perto das finais, foi um choque e realmente muito triste. Ali a temporada cabou para mim.
A vencedora, Melanie Amaro, apadrinhada por Simon, também tem uma bela história de vida, mas não é das cantoras mais originais, sendo uma vencedora morna, conforme a temporada da série.
A série foi renovada e espero que Simon tenha aprendido a lição, chamando Cheryl de volta, oferecendo quanto dinheiro ela pedir e demitindo o apresentador Steve Jones, que é sem carisma e até grosseiro, deixando o programa muito aquém das expectativas.
Na edição britânica, junto dos dois jurados já descritos, Danny Minogue também deixou a atração, sendo chamados novos jurados para acompanhar o único que restou, Louie Walsh. Os novos foram a cantora satélte Kelly Rowland, a menina chata Tulisa e o Robin do Robbie Willians, Gary Barlow.
A temporada, muito embora não tenha seguido o brilhantismo das anteriores, foi muito boa. Nessa sim há participantes relevantes e talentosos. Destaco aqui: Misha B, Amelia Lilly, Kitty Brucknell e outros.
Mais uma vez, fofocas e escândalos pessoais dos participantes marcaram o programa, como cocaína, lesbianismo, barracos, até bullying entre os participantes. Muitas lágrimas, berros e uma conta de luz que deve ser o olho da cara!
As vencedoras foram o grupo Little Mix, montado durante a atração, por meninas que fizeram testes solo. São competentes e merecedoras. Não só foi o primeiro grupo a ganhar uma edição do X Factor, mas elas também venceram uma maldição: o primeiro eliminado sempre era um grupo de meninas.
A versão australiana eu assisti no ano passado e nesse ano vi até a metade, porque foi muito chata. A única parte boa foram os comentários bitchy da Mel B, que deveria ter participado da versão britânica, isso sim. O Ronan Keating dá preguiça e o Guy Sebastian raiva. Não valeu a pena, porque a Austrália não teve bons talentos nesse ano, muito embora tenha cortado o coração ( de quem tem um ) com o teste do refugiado de guerra que não tem os braços.
No ano que vem tenho certeza que a partir de setembro todas as versões voltam fazendo alarde. Como não sou bobo, claro que vou assistir. E quem sabe um dia não aparece uma versão brasileira, não?
FDL