quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Objetos Cortantes – Gillian Flynn

Objetos-Cortantes-Gillian-Flynn-Capa-Livro“Um copo cheio de gelo e uma garrafa de bourbon roubada da cozinha dos fundos, depois subir para beber no quarto. O álcool bateu rápido, provavelmente pelo modo como eu estava bebendo. Minhas orelhas estavam quentes e minha pele parara de queimar. Pensei na palavra na minha nuca. Sumir. Sumir vai eliminar meu sofrimento, eu pensara estupidamente. Sumir vai eliminar meus problemas. Nós seríamos assim tão feios se Marian não tivesse morrido? Outras famílias superam coisas assim. Sofrem e seguem em frente. Ela ainda pairava sobre nós, uma menina loura talvez um pouco bonita demais, talvez um pouco mimada demais. Isso antes de ficar doente, realmente doente.”

Gillian Flynn

 

 

 

Então, depois do sensacional Garota Exemplar, fiquei na dívida e precisava ler mais dessa autora. Temos esse e o Lugares Escuros, que já virou filme também, inclusive. Optei por esse por ser melhor avaliado.

No final posso tentar defender esse livro, mas não gostei. Até li inteiro rapidamente, porque a leitura flui, mas a história não é boa. Não me convenceu em nenhuma parte.

A protagonista é Camille, uma jornalista que tem diversos problemas psicológicos, entre eles, cortar palavras na sua pele. Até foi internada por isso. Tem um grande trauma: a morte de sua irmã na infância e o desprezo de sua mãe, uma poderosa empresária em uma cidade pequena.

A história do livro traz o retorno de Camille à sua cidade a trabalho, investigando a morte violenta de duas meninas adolescentes e as aparentes conexões do caso com sua família.

Há um excesso de dramas interiores que não me inteterssaram. Além disso, não dá pra torcer por essa protagonista fraca, carente, burra, insegura e apática. Isso destrói o livro que já não tem uma proposta tão boa assim.

Não recomendo.

FDL

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O Lobo de Wall Street

wolf ofFilme: O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street)
Nota: 7,5
Elenco: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey, Kyle Chandler, Jon Bernthal
Ano: 2013
Direção: Martin Scorsese

 

 

 

 

Foi um dos filmes de temporadas de Oscar que acabei não vendo e resolvi agora em dezembro preencher a lacuna.

A minha falta de empolgação se dá pelo fato de que eu até curto os filmes do Scorsese, mas nunca fico realmente empolgado.

Com O Lobo de Wall Street aconteceu a mesma coisa. Primeiramente é excessivamente longo, sem motivo que justificasse essa necessidade. A gente cansa disso e volta a ter vontade de viver no meio do filme.

Confesso que seriam necessárias cenas de sexo para demonstrar o estilo de vida do personagem, mas me pareceu novamente mais uma tentativa de provocar burburinho do que integrar um todo. Sou fã de putaria em filmes, mas com propósito, senão parece apelação.

Fora isso, trata-se de mais uma obra de cinema que valoriza o trambique, o caminho curto, a misoginia e a manipulação. Mas quem sou eu para pregar bons valores?

Os atores realmente trabalharam bem todos e o filme não chega a ser ruim. Mas confesso que não marcou minha vida.

FDL

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Lavoura de Corpos – Patricia Cornwell

lavoura de corpos patricia cornwell“O Setor de Pesquisa em Deterioração da Universidade do Tennessee era conhecido simplesmente como Lavoura de Corpos, desde que eu me conhecia por gente. Pessoas como eu não pretendiam ser irreverentes ao usar o apelido, pois ninguém mais do que nós respeita mais os mortos, pois trabalhamos com eles e aprendemos a ouvir suas histórias silenciosas. Nosso objetivo é ajudar os vivos.

Com este objetivo, a Lavoura de Corpos foi fundada vinte anos atrás. Os cientistas precisavam saber mais a respeito da hora da morte. Num dia comum, os vários hectares de mata abrigavam dúzias de cadáveres em variados estágios de decomposição. Projetos de pesquisa exigiam minha presença periódica ali havia anos, e, embora eu nunca tivesse me considerado perfeita para determinar a hora de uma morte, havia melhorado bastante.

A Lavoura era propriedade e responsabilidade do Departamento de Antropologia da Universidade, comandado pelo Dr. Lyall Shade, curiosamente situado no porão de um estádio de futebol. Katz e eu descemos às oito e quinze, passando pelos laboratórios de zooarqueologia de moluscos e primatas neotropicais, pelas coleções de saguis e micos, pelos projetos estranhos, identificados apenas por algarismos romanos. Várias portas estavam enfeitadas com cartões humorísticos e citações que me fizeram rir”

Patricia Cornwell

É o volume 5 dos livros que Patricia Cornwell escreveu sobre a médica legista Kay Scarpetta. Confesso que todo ano acabo lendo um e um dia alcanço os lançamentos anuais da escritora.

No presente livro há uma certa continuação da história contada em Desumano e Degradante, em especial o vilão Temple Gault, um serial killer extremamente ousado e inteligente.

A personagem Lucy, sobrinha da legista agora estagia no FBI e desenvolve um sistema de computador que auxilia a polícia na investigação de crimes e parece ter entrado na mira do serial killer por isso.

Além disso, uma morte em uma cidade pequena parece ser nova obra de Gault e a proximidade de Scarpetta com o agente Wesley aumenta à medida que incomoda tanto ela quanto outras pessoas.

Uma menina foi assassinada e isso coloca a cidade em pânico, porque tudo indica ter sido obra de Gault.

Foi um excelente livro que li em dois dias. A capacidade narrativa de Patricia Cornwell é um talento inegável, mesmo que as histórias não tenham tantas novidades assim.

Por isso acabei lendo o livro seguinte e isso fica para o próximo post.

FDL

domingo, 27 de dezembro de 2015

Masterchef em 2015

Foi o ano dos realities de gastronomia. Acabei juntando tudo num post só, porque acabei me empolgando nesse ano.

Masterchef Brasil – 2ª Temporada

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Depois do sucesso de Masterchef no ano passado, a Band caprichou na segunda temporada. Voltaram os mesmos jurados e uma produção ainda melhor, com participantes bem mais talentosos.

A vencedora foi a Isabel, embora eu torcesse pelo Raul. O destaque da temporada foi a chinesa Jiang, que errava no português e tinha uma personalidade alegre.

Os vilões foram Fernando, o estressadinho e Aritana, a participante que faz média. Tinha o colérico Cristiano também, que só sabia ter inimigos, mas aprender se situar e falar a palavra “cozinha” ficou mais complicado.

Masterchef US – 6ª Temporada

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Com toda essa empolgação de Masterchef, acabei vendo o torrent da versão americana e resolvi baixar. Não me arrependi de jeito nenhum.

O destaque é o jurado Gordon Ramsey, em versão mais light.

O programa é todo editadinho e bem mais curto e dinâmico que a versão brasileira. Os pratos parecem ser mil vezes melhores.

A vencedora foi a mexicana Claudia, mas vários participantes também eram interessantes, como a caipira Katrina, a bichinha louca performática Tommy e outros.

Masterchef Brasil Junior – 1ª Temporada

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Agora no final do ano a Band trouxe a versão de crianças cozinheiras. Já tinha visto algumas coisas das versões estrangeiras pela tv a cabo. Eu sei que existem crianças fodas na cozinha no mundo.

No Brasil fiquei surpreso porque as crianças brasileiras demonstraram ser mais maduras, controladas, solidárias e talentosas que os adultos.

O vencedor foi Lorenzo, mas eu preferia a Sofia ou a Ivana.

A própria Ivana ganhou as redes sociais, tal qual a participante Aisha.

Gostei muito e se tiver outra edição kids eu vou assistir.

Agora, somente um adendo final: na semana do natal, a Band fez um especial do programa. Chamaram de desafio das temporadas, no qual alguns participantes da primeira temporada competiram contra alguns da segunda.

O propósito da partida era ganhar mais dinheiro com a audiência doar para caridade (aham) e descobrir quem mandava mesmo e pronto.

Quem tinha saudades dos chefs educados na estribaria, eles voltaram. Coitado do Mohamad.

O negócio foi que isso me rendeu uma das maiores situações de vergonha alheia que eu passei na vida. O participante Lucas da segunda temporada tinha conquistado a chef Paola. Ela lhe ofereceu um estágio no restaurante dela no dia da eliminação dele.

O problema é que o carinha não foi lá e não deu satisfação. Pior ainda, foi trabalhar com outra cozinheira concorrente. Imaginem o que ela falou para ele nesse reencontro. Fica aqui esse momento lindo:

 

FDL

sábado, 26 de dezembro de 2015

A Peste – Albert Camus

a peste - camus“— Sabe o que devíamos fazer em prol da amizade?

— O que quiser — respondeu Rieux.

— Tomar um banho de mar. Mesmo para um futuro santo, é um prazer digno.

Rieux sorria.

— com nossos salvo-condutos, podemos ir até o cais.

Afinal, é bobagem viver só na peste. Na realidade, um homem deve lutar pelas vítimas. Mas, se deixa de gostar de todo o resto, de que serve lutar?

— Tem razão — disse Rieux. — Vamos.”

Albert Camus

 

 

Depois da curta, porém interessante experiência em ler O Estrangeiro, achei que mais um livro de Camus cairia bem. Não lembro direito, mas quando pesquisei vi em algum lugar que é a grande obra do autor: A Peste.

O livro retrata uma cidade que sofre com uma epidemia que leva à morte uma boa parte da sua população. Com isso, o local é sitiado e as relações interpessoais mudam.

Durante toda a obra há diversas digressões, sobretudo por Rieux, o médico do local e também narrador da história. A natureza humana é colocada em observação o tempo todo.

O que gosto mais é de ficar surpreso. Quando esperamos a selvageria, vemos na cidade surgir um forte espírito de cooperação e solidariedade. Diversos personagens, de diversos modos, refletem sobre seus passados no momento de xeque e redescobrem o sentido da vida. Alguns ainda recebem a chance de colocar isso em prática, outros não.

A obra é mais longa e O Estrangeiro e de leitura mais densa também. Por isso acabei lendo metade no começo do ano e só terminei agora no final. Mas vale a pena, porque são boas reflexões e personagens interessantes.

Valeu a pena a leitura.

FDL

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Season Finale: The X Factor – 12ª Temporada

x factor s12

Acabou! E com esse final de ano atribulado só consegui postar sobre isso agora.

Foi uma temporada um pouco melhor que a passada, certamente. Mas também é certo que os tempos áureos do reality show já se foram.

O painel de jurados, para começar, foi maluco nesse ano. Se gostamos da Mel B no ano passado, ela deu o fora e veio a Rita Ora, que tinha acabado de sair da versão também britânica do The Voice. Claramente uma guerra de egos entre as emissoras.

Além disso, depois de 300 anos Louis Walsh também foi convidado a se retirar e, em seu lugar, entrou Nick Grimshaw, um radialista popular por lá.

Nenhum jurado deixou a desejar esse ano, temos de ser justos.

Outra grande mudança foi a saída do antigo apresentador: Dermot O’Leary, que era muito bom, mas pediu pra sair por motivos não sabidos. Em seu lugar entraram a apresentadora Caroline Flack e o participante de outra edição Olly Murs.

Ambos foram muito bem, são carismáticos. Só que Olly deu uma bela mancada ao vivo anunciando uma eliminação na hora errada. Teve jogo de cintura e soube rir da situação.

Quanto ao talento, não foi muito diferente do que costuma acontecer. A vencedora foi Louisa Johnson, uma cantora de 17 anos com aparência de 30 e voz de 50, que irá muito provavelmente desaparecer depois do lançamento do primeiro e único single. Isso sempre acontece com esse tipo de vencedora.

Entre os destaques, gostei muito dos participantes que ficaram com o segundo lugar: Reggie and Bollie. Eles são originalmente de Gana e cantam as músicas num estilo alegre e africano. Esses sim eu acho que poderiam vingar no mundo da música. Teremos de esperar.

 

Houve outros destaques, como as quatro irmãs filipinas 4th Impact, o australiano James Michael Moore e tantos outros.

Lamento que o programa ainda tenha escolhas musicais preguiçosas. Ninguém aguenta mais jovens berrando Whitney Houstou e Mariah Carey. O tempo do soul dos anos 70 também já foi. Poderiam modernizar, usar mais um rock’n’roll, mas as escolhas são, como disse, preguiçosas e isso tem deixado o X Factor cada vez menos interessante. Não sei até quando eu irei acompanhar.

FDL

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Antes da Meia Noite

depois da meia noiteFilme: Antes da Meia Noite (Before Midnight)
Nota: 10
Elenco: Ethan Hawke, Julie Delpy
Ano: 2013
Direção: Richard Linklater

 

 

 

 

 

Esse filme é um daqueles que eu juraria para mim mesmo que estaria na sala de cinema na pré-estreia. Acabou não acontecendo e só agora eu assisti. Esse é o caso de alguns filmes/séries/livros que eu guardo para um momento que eu estiver bem para poder aproveitar melhor a experiência.

Pode acontecer pior. Nosso estado de espírito influencia e muito. Por isso, poderia estragar algo tão bom na minha memória por impressões de um momento inadequado.

O fato é que a hora de assistir a Antes da Meia Noite chegou.

Agora vemos Jesse e Celine juntos há um tempo, formando uma família desde os fatos ocorridos em Antes do Pôr do Sol.

O que essa sequência cinematográfica tem de melhor se repetiu na terceira obra: a naturalidade e qualidade dos diálogos. Tudo parece extremamente simples e espontâneo. A gente fica com a impressão de que está reencontrando amigos que não via há alguns anos.

Gostei muito da inserção de novos personagens. Sobretudo os da terceira idade.

Diante de toda essa análise da vida a dois, já tinham sido percorridos a juventude e a crise dos 30. Nesse filme estamos diante de uma crise no relacionamento que é muito comum: onde fica a individualidade?

Acredito que colocaram os personagens idosos justamente porque ficará complicado explorar a relação dos dois na velhice.

Nem sempre Antes da Meia Noite é agradável de assistir, nem sempre gostamos dos personagens que aparecem, nem sempre as relações amorosas envolvem apenas amor. Outros sentimentos fazem parte do ser humano e eles são todos explorados por essa direção genial. Isso tudo faz esse ser um dos meus filmes preferidos em muito tempo.

Recomendo esse, os outros e qualquer coisa que a Julie Delpy faça.

FDL

domingo, 20 de dezembro de 2015

O Estrangeiro – Albert Camus

ESTRANGEIRO_ CAPA-3H.inddSentou-se na cama e explicou-me que tinham andado a investigar a minha vida privada. Tinham descoberto que a minha mãe morrera recentemente no asilo. Procedera-se então a um inquérito em Marengo. Os investigadores tinham sabido que eu “dera provas de insensibilidade” no dia do enterro. “Veja se compreende, disse o advogado, custa-me um bocado perguntar-lhe isto. Mas é muito importante. E será um grande argumento para a acusação, se eu não conseguir dar resposta”. Queria que eu o ajudasse. Perguntou-me se eu, nesse dia, tinha tido pena da minha mãe. Esta pergunta muito me espantou e parecia-me que não era capaz de a fazer a alguém.

Não obstante, respondi que perdera um pouco o hábito de me interrogar a mim mesmo e que era difícil dar-lhe uma resposta.

É claro que gostava da minha mãe, mas isso não queria dizer nada. Todos os seres saudáveis tinham, em certas ocasiões, desejado mais ou menos, a morte das pessoas que amavam. Aqui, o advogado cortou-me a palavra e mostrou-se muito agitado.

Albert Camus

Sempre tive vontade de ler alguma coisa do Camus. Ele é muito elogiado por casar bem tanto a parte filosófica quanto a parte de ficção das suas obras. Autores assim são melhor compreendidos e a leitura é mais agradável do que somente engrandecedora.

Esse livro é curtinho e a parte principal envolve a forma como o protagonista Meursault vê o mundo.

Dois acontecimentos nesse livro são importantes: a morte da mãe de Meursault no início do livro com o consequente funeral e o julgamento do personagem por matar um homem em uma praia.

A história se passa na Argélia colonial e a forma como os costumes é retratada eu acho curiosas, principalmente as características étnicas dos personagens.

Meursault é um homem que não vê sentido em nada na vida. Não se importa com sentimentos e convenções pré-estabelecidas. O personagem não se preocupa em agir e reagir de determinada forma somente porque a sociedade espera assim dele.

Isso o faz sobreviver bem até ser julgado.

o estrangeiro 2

O Estrangeiro é um exemplo clássico nas aulas de criminologia, porque Meursault é julgado pelo que é, não pelo que fez. O motivo pelo qual ele mata o homem na praia não é muito claro – ele diz que o sol e o calor o influenciaram. O problema é sua falta de remorso.

O protagonista é julgado o tempo inteiro por ser frio, sobretudo por não ter chorado ou sofrido como se esperava com a morte da mãe, que estava num tipo de asilo.

A pena de Meursault é determinada por seu perigo como pessoa, não pelo crime que cometeu.

Hoje em dia pode parecer que esse tipo de coisa está superada, mas não está. Constantemente vemos “especialistas” em comportamento humano chamando os outros de psicopatas. Quem está doente, a sociedade ou quem destoa dela?

Vale a pena ler o livro, porque nos traz boas reflexões.

FDL

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Noel Gallagher - Live BBC Radio 2 Concert In London (Full Show) HD

Gênio. 

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

The Jinx: The Life and Deaths of Robert Durst

the jinx

Mais uma indicação de Lica e Renatinha. É praticamente um segundo round de Serial. Você se apega em conhecer casos reais de crimes violentos e não para mais.

Trata-se de um documentário de 06 episódios exibido pela HBO e disponível na HBO-GO. Há um site também criado por eles com diversas informações multimídia: http://www.thejinxhbo.com/

A história desse documentário é enorme e eu vou tentar ser o mais resumido possível, pois cansa digitar demais.

Robert Durst é de uma família milionária de New York, envolvida no ramo imobiliário. Desde os anos 70 o nome deste homem está envolvido em alguns desaparecimentos, homicídios e crimes do tipo. Todavia, com bons advogados e muito dinheiro em volta para ajuda-lo, embora tenha sido preso algumas vezes por breves períodos de tempo, Robert Durst nunca foi condenado.

Andrew Jarecki é um cineasta americano que produziu e dirigiu o filme Entre Segredos e Mentiras (All Good Things) inspirado no caso de Robert Durst. O filme causou impacto na mídia e o inesperado aconteceu: o próprio Robert Durst, que nunca se manifestara sobre as acusações que recaíam sobre ele procurou Andrew para conceder uma entrevista e mostrar os fatos sob sua perspectiva.

O documentário trata exatamente disso, das entrevistas dadas por Durst a Jarecki, sendo que na produção do seriado o diretor recontou toda a história do entrevistado, conversando com pessoas da época, mostrando fotos, enfim, revisitando o caso todo e confrontando com Durst o ocorrido.

Robert Durst fora suspeito do desaparecimento de sua esposa Kathie, em 1982. Ele nunca foi formalmente acusado, muito embora tudo aponte para ele. Ela nunca foi encontrada até hoje e nada se sabe sobre o que ocorreu com ela.

Posteriormente, em 2000, uma grande amiga de Durst fora assassinada na véspera de natal. Susan Berman era seu braço direito no tempo do desaparecimento de Kathie. Dias antes da morte de Susan as investigações contra Durst tinham sido reabertas. Muito embora não pudesse ter sido provado, a suspeita era a de que ele a matou porque ela sabia demais.

Após isso, Durst viveu um tempo como fugitivo, até que o corpo do Sr. Morris Black foi encontrado esquartejado na Baía de Galveston em 2001. Após investigações foi descoberto que Black era vizinho de Durst e tomou conhecimento tanto de sua fortuna quanto da sua situação de foragido.

Em um julgamento impressionante, em 2003, Durst foi absolvido sob a alegação de legítima defesa, alegando que esquartejou o corpo de Black depois por medo de ser descoberto.

Depois desse tempo todo, com o filme, Durst de alguma forma não ficou satisfeito com sua situação e a mim pareceu que quis testar o cineasta nas entrevistas.

Não vou spoilar demais, mas durante a pesquisa do documentário Jarecki encontrou coisas novas e o último episódio é de arrepiar a espinha. Maldade existe, não há discussão.

Robert Durst é uma figura pavorosa. Enquanto ele fala, cheio de tiques nervosos, você observa um cérebro maquinando manipulações e maldades. Esse seriado é uma lição para todos nós.

Com certeza, ainda mais depois de The Jinx, a história de Durst ainda não foi completamente encerrada e agora há mais uma pessoa acompanhando torcendo para que algumas perguntas sejam respondidas.

Recomendo, porque nenhum roteirista de Criminal Minds jamais conseguirá escrever algo assim. A realidade do homem é fascinante: impressiona e amedronta.

FDL

Song One

song oneFilme: Song One (Song One)
Nota: 8
Elenco: Anne Hathaway, Johnny Flynn
Ano: 2014
Direção: Kate Barker-Froyland

 

 

 

 

 

Filme mais no estilo fofo, que acabei assistindo na esperança de ouvir músicas boas.

Não tem como não comparar com Apenas Uma Vez – Once, que também é romântico/dramático embalado no violão.

Nessa história, Anne Hathaway interpreta Franny uma mulher que está viajando a estudos até receber a notícia de que seu irmão sofreu um grave acidente e está em coma. Muito próxima a ele, embora estivessem brigados e há seis meses sem se falar, Franny volta para casa para ficar ao lado do irmão.

O assunto com certeza é o do poder de cura pela música. Franny lê diários do irmão (que tentava carreira musical) e começa a seguir seus passos, para poder trazer a ele no hospital todos os tipos de memórias que pudessem despertar emoções e fazer com que ele saísse do coma.

Nessa busca ela acaba encontrando o músico James Forester, que é famoso e ídolo do irmão dela. Franny se aproxima dele para mostrar o trabalho do irmão e de alguma forma de aproximar dele. Esse contato cria um vínculo afetivo entre ela e o músico que faz o filme ser bem bonito.

Não é o filme mais marcante da minha vida, mas com certeza é simpático. A Anne Hathaway trabalha muito bem e soube passar no ponto certo as emoções.

Quanto às músicas, não me marcaram muito, mas nada é perfeito.

De todo modo eu recomendo.

FDL

Yaqui Delgado Quer Quebrar a Sua Cara – Meg Medina

Yaqui Delgado Quer Quebrar a Sua Cara

“— Perdão. Senhorita Flores. — Ele se recosta na cadeira para explicar. — Talvez ajude se vocês pensarem desta maneira: em um dia qualquer, lidamos com cerca de cinco por cento do corpo estudantil nos dando problema. É um percentual pequeno, correto? Infelizmente, porém, não é um número pequeno de alunos para nossos inspetores e professores ficarem de olho. Em uma escola com dois mil e quinhentos alunos, como a nossa, cerca de cinquenta estão em liberdade condicional ou tiveram outros problemas com a lei. Eles trazem esses problemas consigo para a escola. Fazemos o melhor que podemos, mas às vezes não é o suficiente.

— Quando foi que as escolas viraram um lugar para criminales? — pergunta mamãe, escorregando para o espanhol em uma das palavras. — Ela está aqui para aprender!

Normalmente eu ficaria constrangida por qualquer coisa que mamãe tivesse a dizer, mas é uma pergunta justa

— Temos que dar o benefício da dúvida a todas as crianças e adolescentes e oferecer educação até os dezesseis anos — responde o sr. Flatwell. — Mesmo para os que nos causam problemas.

— Mesmo quando eles agridem outros? — pergunta Lila.

Ele fica em silêncio por um momento, então olha para mim.”

Meg Medina

Quando eu li a sinopse desse livro nos lançamentos ele me interessou. A proposta parecia diferente e fiquei com a sensação de que seria um bom suspense centrado no universo adolescente americano.

Acabei pegando uma promoção do livro e comprei. No dia que chegou eu tirei o plástico e comecei a folhear para saber como era. Não tinha me informado sobre o assunto de forma mais aprofundada.

O resultado é que acabei lendo tudo na mesma madrugada. E olha que para livros eu não tenho uma leitura rápida.

Não era nada do que eu esperava, mas não significa que seja ruim, só não trouxe o que eu suspeitava.

Na verdade, Meg Medina usou Yaqui Delgado para escrever um livro sobre bullying nas escolas. Não tem nada de entretenimento e suspense de diversão. É um retrato de uma realidade complicada nas escolas.

No final acabou sendo uma experiência válida, sobretudo porque a autora nos coloca no meio das mulheres latinas trabalhadoras nos EUA como uma cultura completamente própria e rica.

Os personagens são bons e bem construídos. Do mesmo modo o desfecho, trazendo uma discussão diferente ao bullying.

Dizer que é errado é lindo, que deve ser combatido é mais lindo ainda. Mas o que as escolas devem fazer concretamente para combater? O que os pais devem fazer para primeiramente evitar e no caso de acontecer, interromper?

Não é um livro marcante, mas certamente cumpriu bem o que se propôs a fazer.

FDL

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Shame

shameFilme: Shame (Shame)
Nota: 9
Elenco: Michael Fassbender
Ano: 2011
Direção: Steve McQueen

 

 

 

 

 

O Netflix me deu a ideia de agora no final do ano assistir a alguns filmes que eu me interessei e por motivos diversos acabei deixando para trás. Esse foi o primeiro que apareceu e deu vontade de ver.

Michael Fassbender interpreta um homem chamado Brandon, que parece ter uma vida perfeita: bem sucedido profissionalmente, chama a atenção das mulheres, tem amigos e por aí vaí. O problema dele é um silencioso, constrangedor e secreto vício em sexo.

O que eu achei mais interessante nesse filme é que não se fala essa expressão durante cena alguma. Do mesmo jeito, vemos a luta do protagonista, que poucas palavras falou durante toda a história, em construir algum tipo de afeto genuíno sem as taras do sexo para interferir.

Vemos essa tentativa dele várias vezes, como quando joga o seu notebook da putaria no lixo e tenta construir um relacionamento normal com uma colega de serviço. O problema é que ele não consegue.

Outro aspecto bem explorado é o de sua irmã, Sissy, que é extremamente carente de atenção e carinho, mas de forma diferente. Brandon tenta afastá-la a todo momento por causa de sua condição, sem poder dizer exatamente o motivo.

É um filme tenso, pesado e extremamente cuidadoso em mostrar o tema. Interessante notar que o filme fala de sexo durante o tempo todo, de formas sutis e também agressivas.

Gostei muito, mesmo sabendo que não deve agradar todo tipo de espectador.

FDL

Como Woody Allen Pode Mudar Sua Vida – Éric Vertzbed

woody

“Segundo essa lógica, Woody Allen imagina a possiblidade de fabricar a companheira ideal mediante uma cirurgia que enxertaria o cérebro de uma mulher com uma personalidade maravilhosa no corpo ideal de uma mulher sexy, porém estourada e mesquinha. Mas logo percebemos que essa combinação não lhe convém: ele tem uma necessidade imperiosa de criar alguma falta (chave do desejo, garantia da vitalidade). A perfeição enjoa mais do que o sacia, e ele se apaixona pela segunda mulher saída da cirurgia, a megera desajeitada, a feia geniosa...

Essas dificuldades amorosas também remetem a uma forma de masoquismo, a uma dívida inconsciente, à necessidade de sofrer para se sentir autorizado a desejar. Em Neblina e sombras, quando uma prostituta oferece seus serviços a Kleinman, vivido por Woody Allen, este recua dizendo: “Nunca paguei para fazer amor”. E ouve dela: “Você que pensa.”

Éric Vartzbed

Me deparei com esse livro em uma dessas promoções de sites de vendas. Achei que pudesse tirar algo de bom daí, sobretudo por uma visão aprofundada dos filmes de Woody Allen, que são extremamente complexos.

Acertei. Pouco mais de 70 páginas lidas nas filas de consultas, compromissos e etc. me deram uma nova visão sobre a obra desse gênio.

O autor vai estabelecendo padrões nos filmes de Allen e os encaixa nas filosofias que ele mesmo expõe. Tanto o niilismo quanto a noção de realidade e expectativa são tratados com base em passagens e personagens clássicos do cineasta.

Além disso, o livro trata da visão do diretor nos filmes em relação à religião, política, vida romântica e as relações éticas dos indivíduos.

São abordados quase todos os filmes de Woody Allen e eu não vi todos. Essa frustração de não ter tirado do livro 100% do que eu poderia foi um estímulo a assistir mais obras dele.

No final, é mais uma conversa filosófica com base em bons filmes do que qualquer outra coisa. Vale muito a pena, ainda mais por ser tão pequeno e não dar tempo de enjoar do assunto recorrente.

FDL

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O Juiz

the judgeFilme: O Juiz (The Judge)
Nota: 9
Elenco: Robert Downey Jr., Robert Duvall, Vera Farmiga, Billy Bob Thornton, Leighton Meester
Ano: 2014
Diração: David Dobkin

 

 

 

 

Esse filme me surpreendeu demais. A presença do Robert Downey Jr. Me levou a crer que seria um filme de tribunal com algumas sacadas irônicas. Como eu já estou de saco cheio de humor pretensioso, acabei deixando pra depois.

Ainda bem que resolvi assistir mesmo assim. Não é nada disso.

Trata-se muito mais do que uma história de tribunal, é um drama familiar com personagens muito bem construídos e alguns deles inspiradores, na verdade.

O Robert Downey Jr. continua com aquele estilo dele, mas está mais leve e o foco é na relação dele com o pai e todas as mágoas que ficaram desde a infância com relação a um homem duro e rígido, mas que seguiu sua intenção de fazer o certo.

Não vou me estender na sinopse, mas digo que vale muito a pena assistir, do começo ao fim.

Não entendi a presença da Leighton Meester nesse filme nem a utilidade dessa personagem que ela fez. Ficou completamente atravessado, mas tudo bem.

Recomendo bastante.

FDL

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Serial Podcast

Serial

Isso foi realmente surpreendente e mais uma prova de que a internet e a era digital são incríveis.

Recebi a indicação de amigos da Renatinha e da Lica sobre um podcast chamado Serial, que tratava de um crime real e era um sucesso nos Estados Unidos.

Eis do que se trata:

Sarah Koenig é uma jornalista americana e acabou se deparando com um caso de homicídio ocorrido em 1999 em Baltimore. Amigos e parentes do condenado não se conformam com a sentença e dizem que o processo foi cheio de furos e que ele é inocente.

A jornalista se interessa pelo caso e passa a investigar de forma independente o que ocorreu, se poderia ter havido um erro judiciário. Só que o caso tem tantos desdobramentos e situações peculiares que ela transformou toda a investigação em um seriado de 12 episódios na forma de podcast.

Durante os áudios há narrações de Sarah, diálogos com os envolvidos, utilização de áudios da época, e muitas digressões.

O caso é o do assassinato da estudante de 18 anos Hae Min Lee, que desapareceu logo após sair da escola em Baltimore, tendo seu corpo sido encontrado dias depois em um parque na cidade. O condenado pela morte foi Adnan Syed, também estudante e ex-namorado da garota.

Sarah faz uma investigação meticulosa sobre tudo o que aconteceu, conversando com testemunhas (várias se deixaram gravar para o podcast), fazendo reconstituições, procurando novos documentos e versões sobre o ocorrido.

O caso é extremamente complexo e tem várias nuances. Eu passaria dias aqui fazendo comentários e dando pitacos.

Essa polêmica toda transformou esse podcast num sucesso, com milhões de ouvintes por episódio.

O que eu mais gostei foi da tentativa de imparcialidade de Sarah. Ela resolveu mexer em tudo de cabeça limpa, sem pré-julgar Adnan, mas tampouco sem defende-lo. A conclusão a que ela chega no final não digo.

O podcast é muito bem produzido, com uma evolução envolvente, trilha sonora incidental e vários fatores sedutores.

Melhor que tudo isso são as digressões dos envolvidos, porque trazem discussões extremamente relevantes ao sistema penal tanto americano quanto mundial. Há sim preconceitos, pressões, falta de transparência, desrespeito às garantias fundamentais.

O podcast foi tão relevante que as novas evidências deram uma chance de reexame do caso de Adnan nas cortes norte-americanas.

Infelizmente não há no momento nenhuma tradução para o português, então precisamos usar todo o nosso inglês profissional aprendido na Escola Friends de Idiomas. Há transcrições que ajudam também os que não possuem o ouvido tão afiado.

Segue o link: http://serialpodcast.org/

Já foi prometida uma segunda temporada, com outra história, que deveria ter estreado esse ano, mas logo sai.

Claro que não posso deixar de registrar aqui uma frustração minha: o SNL já tinha feito esquete sobre Serial e eu acabei não entendendo. Só agora fui atrás e vi de novo, compreendendo como o elenco do SNL é genial.

FDL

Será Que?

what ifFilme: Será Que? (What If)
Nota: 9,5
Elenco: Daniel Radcliffe, Zoe Kazan, Adam Driver
Ano: 2013
Diração: Michael Dowse

 

 

 

 

 

Netflix me sugeriu e eu pensei: “por que não?”.

Achei que seria mais uma comédia cult, com diálogos sagazes, músicas indies no fundo, dramas interiores em protagonistas desajustados e final fofo. Acertei.

Várias músicas boas no fundo, além de uma identidade visual muito diferente e interessante chamam a atenção.

O Daniel Radcliffe faz bem esse tipo de papel e de fato os diálogos são um trunfo num filme como esse:

“- Existe uma quarta opção: seja honesto. Diga a ela como se sente. Pode acabar com a amizade, mas ao menos você agiu como homem e disse o que sente.

- Espera. Desde quando ser homem envolve dizer o que sente? Não recebi o memorando? Me lembro que ser homem era esconder os sentimentos para sempre. Como Bruce Willis. Você nunca viu Bruce Willis expressando sentimentos. O máximo que consegue dele é a melancolia com um sorrisinho.

- Acha que Bruce Willis ficaria feliz apenas sendo amigo?”

Claro que nem tudo é perfeito. O filme cai naquele clichê de filmes românticos de ter um desencontro no final envolvendo viagens, aeroportos e coisas do tipo. Tá perdoado.

No fim, foi um bom filme e superou minhas expectativas.

Recomendo, mesmo não sendo muito meu estilo.

FDL

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Season Finale: The X Factor Australia – 7ª Temporada

x-facAcabou nessa semana e acompanhei episódio a episódio, claro que acelerando o mambo jambo, porque ninguém é de ferro.

Se as duas últimas temporadas eu achei ruim, essa eu achei apática. Dificilmente alguém ficará marcado na memória, mesmo que eu tenha meus preferidos.

Quanto aos jurados, houve muitas mudanças. Da edição passada só ficou Danni Minogue. Guy Sebastian voltou e mostrou que apesar de ser chatinho e forçado, ele entende de música. Os novatos foram dois: James Blunt e Chris Isaac (que eu achei meio acabado, mas tudo bem).

James Blunt também é prolixo. Sai o Redfoo e entra outro. Só que o novo é muito, mas muito mais chato. O James Blunt é estressadinho, encrenqueiro e extremamente fraco.

O Chris Isaac realmente se dedicou ao programa, mas você nota o descompasso em relação aos outros jurados. Ele é claramente mais antiquado, muito embora tenha tentado não ser.

Quanto aos participantes, o nível foi parecido com o de sempre: alguns bons e outros nem tanto, mas que mesmo assim os jurados aplaudem de pé e dizem que estamos “testemunhando o nascimento de uma estrela” e por aí vai.

Eu gostei mesmo de dois acts: Jess & Matt e Mahalia Simpson.

Jess & Matt são um casal que cantaram músicas mais puxadas no estilo folk. São realmente afinados, harmônicos e sem personalidades irritantes. Falta um pouco de originalidade, porque há não muito tempo tivemos no americano o casal Alex and Sierra, mas tudo bem.

Eles foram para a final e ficaram em terceiro lugar, muito embora eu ache que mereciam ter ganho.

Destaco a versão deles para a música de Lady Antebellum (por onde andam?)

 

Mahalia tb foi bem. Fazia mais o estilo alternative e achei até que foi longe. Eu nem ligava muito para ela, até que cantou uma música da Macy Gray (por onde anda também?) que eu gosto muito:

 

Os dois finalistas principais foram Louise Adams e Cyrus Villanueva. Ele ganhou.

Lousie Adams não era ruim, mas fisicamente uma imitação da Karen Carpenter e só berrava. Já o Cyrus é com aquele estilinho de Justin Timberlake que os australianos cismam em não superar. A final foi fraca demais.X-factor-Aus-top-3-2-750x444

Destaco o participante Jimmy Davis, que fez uma audição excelente, mas nos shows ao vivo não segurou bem e foi eliminado cedo.

 

Para a próxima temporada não sei se volto, mas tudo depende do talento e da qualidade dos jurados. Esse ano foi apagado.

FDL

domingo, 29 de novembro de 2015

Sem Segurança Nenhuma

safety-not-guaranteed-poster-artwork-kristen-bell-jake-johnson-aubrey-plazaFilme: Sem Segurança Nenhuma (Safety Not Guaranteed)
Nota: 8,5
Elenco: Aubrey Plaza, Jake Johnson, Mark Duplass
Ano: 2012
Direção: Colin Trevorrow

 

 

 

 

Esse filme estava aqui parado no hd e nesses dias acabei lembrando e resolvi assistir. Estava no clima de ver algo que parecia prometido por essa história. Acertei em cheio.

Só temos atores de séries de comédia. Aubrey Plaza já foi a excelente April em Parks and Recreation, Jake Johnson é o Nick de New Girl e Mark Duplass é Deslaurier em Mindy Project. Todos são coadjuvantes e se destacam em suas séries.

Sinopse:

“Darius (Aubrey Plaza) é estagiária numa revista de Seattle. Junto com Jeff (Jake Johnson) e Arnau (Karan Soni), ela é designada para investigar o autor de um anúncio no jornal procurando companhia para uma viagem no tempo. Enquanto Jeff persegue um antigo amor e Arnau tenta ganhar novas experiências, Darius se aproxima cada vez mais de Kenneth (Mark Duplass), o tal dono da máquina do tempo.”

A história inteira gira sobre o sentimento de não pertencer. Tanto Darius como o outro estagiário e Kanneth passam por rejeições e não se adaptam ao mundo que enxergam.

Interessante a história do chefe Jeff, que é o oposto, completamente popular e integrado ao mundo, mas que quando percebe a chance de um relacionamento acaba vendo a possibilidade de ter um sentido na vida, muito embora acabe como acabou.

Ficamos mexidos o tempo inteiro com a dúvida de se tratar de um doido que acha poder viajar no tempo ou de um gênio que, movido pelo amor, conseguiu finalmente fugir daquela realidade. O final é bem coerente com o que o filme conta.

Gostei bastante e achei uma boa opção para um sábado de tarde no frio.

Recomendo.

FDL

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A Garota no Trem – Paula Hawkins

garota no trem 1“Um fragmento dessa memória levou ao próximo. É como se eu tivesse passado dias, semanas, meses tropeçando na escuridão e agora finalmente tivesse avistado alguma coisa. Como tatear a parede para encontrar o caminho de um cômodo para o seguinte. Sombras que antes estavam em movimento começam, enfim, a se amalgamar, e depois de um tempo meus olhos se acostumaram com a escuridão, e agora consegui ver.

Não de primeira. A princípio, embora parecesse uma lembrança, achei que fosse um sonho. Fiquei sentada ali, no sofá, quase paralisada de choque, dizendo para mim mesma que não seria a primeira vez que minha memória me traía, não seria a primeira vez que pensava que as coisas tinham acontecido de um jeito quando na verdade tinham acontecido de outro.

Como a vez em que fomos a uma festa de um colega de trabalho de Tom, e fiquei muito bêbada, mas tivemos uma ótima noite. Eu me lembro de ter me despedido de Clara com beijos no rosto. Clara era a mulher do colega de trabalho, uma moça muito agradável, gentil e afetuosa. Eu me lembro dela dizendo que nós deveríamos nos encontrar de novo; lembro dela segurando minha mão.

A lembrança era tão nítida, mas não era verdade. Descobri que não era verdade na manhã seguinte, quando Tom me virou as costas quando tentei falar com ele. Sei que não é verdade porque ele me contou como estava decepcionado e envergonhado por eu ter acusado Clara de ter flertado com ele, que eu tinha ficado histérica e a xingado.

Quando eu fechava os olhos, sentia o calor da mão dela na minha pele, mas isso não tinha acontecido de verdade. O que aconteceu na realidade foi que Tom teve de praticamente me levar embora carregada, enquanto eu chorava e gritava, e a pobre Clara se escondia na cozinha.”

Paula Hawkins

Para quem é fã de Friends, chega a ser estranho ver uma Rachel nessas condições, mas com o tempo a gente se acostuma e quer dar um abraço carinhoso nessa e dizer que vai ficar tudo bem.

Não sei se a autora britânica Paula Hawkins escreveu mais algum livro de ficção, mas certamente a sua vida mudou em 2015 com A Garota no Trem batendo recordes de vendas e críticas positivas no mundo todo.

A verdade é que todo ano algum livro desse estilo acaba sendo lançado e vendendo que nem água. Exemplo disso é o já não tão recente Garota Exemplar.

O livro trata de Rachel, uma mulher solitária, acima do peso, alcoólatra e de muito baixa autoestima, que foi largada pelo marido e luta para encontrar um propósito para viver.

O que Rachel faz todo dia é pegar um trem de manhã que vai para Londres. Esse mesmo trem para pela rua onde morava com seu ex-marido. Lá ela sempre observa um casal muito bonito que parece ser o sinônimo de felicidade e amor – coisa que ela não tem mais.

Sem spoilar muito, um crime acaba acontecendo nesse contexto, envolvendo esse casal, Rachel, seu ex-marido e a nova esposa dele (Anna).

A insegurança de Rachel move o livro, tal qual a sua falta de força para superar seu vício em álcool, o que atrapalha a sua já falha memória. Por isso, ela se envolve num crime sem saber como.

Trata-se de uma narrativa curta e sem muita enrolação. Você lê em pouco tempo. É também um dos melhores suspenses escritos ultimamente.

Não é só um conjunto de mistérios e cenas violentas que são vendidos. Quando o livro chega ao final, observamos uma sutil e ao mesmo tempo precisa história de violência moral e física contra a mulher. A primeira é contada de uma forma primorosa.

Spoilers por aqui.

Como o livro é narrado em boa parte por Rachel, somos levados a crer que seja verdadeira toda essa culpa que ela sente. Toda essa fraqueza e essa incapacidade de manter seu casamento. Será?

As outras narradoras deixam claro o ponto de ser um livro destinado muito mais à violência moral que a mulher sofre em seu casamento do que qualquer outra coisa.

Observamos no final, aos poucos, que Rachel viveu um casamento que não passou de um relacionamento abusivo. No momento de sua fragilidade o marido somente a deixou pior e todo o comportamento dela vem disso.

O final do livro é muito bom e Garota no Trem parece um livrinho bobinho, mas não é.

Já há promessas de um filme no ano que vem. Vejamos como será.

Recomendo muito.

FDL

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Series Finale: The Newsroom – 3ª Temporada

newsrooms3

Eis que finalmente assisti ao final dessa série que marcou, com certeza marcou. Acabei vendo com quase um ano de atraso porque foram 06 episódios derradeiros e achei melhor esperar um dia livre para fazer uma maratona. Pois bem.

Esses 06 episódios valeriam por várias temporadas de séries lixo que enrolam nos seus enredos por medo da reação da audiência. Aliás, esse sempre foi o trunfo de Newsroom: ser ousado nas histórias.

Depois de temporadas que trataram muito da ética jornalística com relação ao público e as notícias dadas, Aaron Sorkin dessa vez se voltou aos próprios bastidores do jornalismo.

A terceira temporada focou num conflito ético de vazamento de dados oficiais com o personagem Neal. Além disso, tratou da venda do canal de notícias e todas as implicações que isso causaria no modo de fazer jornalismo. É aquilo que eu sempre digo: muito cuidado, são empresas também, com interesses financeiros também.

A trama do Neal foi superior. O episódio em que ele esculhamba os “novos nerds” dizendo que tem vergonha deles me deu vontade de abraçar a televisão. Isso tudo porque ele é um personagem com quem eu me identifico. Ele trata a internet com muito respeito, dada a ferramenta poderosa que se mostrou ser.

Já o contexto da venda do jornal movimentou os personagens principais da série e o final foi bem dramático, com direito a mortes, gravidez, casamento e tudo que se tem direito.

O último episódio é um verdadeiro primor. Caíram alguns ciscos nos meus olhos, não vou mentir. A cena em que todo o elenco se junta e toca uma música junto é muito bonita e coroou uma série que não foi perfeita, mas ousou e não teve medo de errar, fazendo com que os enganos fossem escusáveis e os êxitos grandiosos.

Fica na memória com certeza.

Ponto para o Aaron Sorkin, que para subir mais no meu conceito só precisaria superar a birra que tem com advogados e entender que texto de qualidade não precisa ser disparado como metralhadora, é um recurso preguiçoso e pouco original.

FDL

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Season Finale: House of Cards – Temporadas 1, 2 e 3

Frank_Underwood_-_House_of_Cards

Essa série sempre me foi recomendada. Por ser com o Kevin Spacey, eu deveria ter assistido no dia da estreia sem pestanejar.

O problema é que séries e filmes com conteúdo político tinham me deixado ligeiramente descrente. Principalmente com o ocorrido em Homeland. Estragou-se uma história interessantíssima.

Só que séries boas são boas e pronto. Não importa o conteúdo. No ano passado acabei dando uma chance e vi o piloto. Resultado: vi a primeira temporada inteira em apenas uma semana.

Depois disso essa série comigo sofreu aquele efeito comum a alguns filmes: “quero muito ver isso, mas tenho que estar num dia bom, sossegado, descansado, para aproveitar bem”. Claro que o dia nunca chega e nesse ano dei um ponto final e terminei House of Cards do jeito que eu tava mesmo, já que sempre podemos piorar.

Kevin Spacey é um dos melhores atores do mundo e isso é fato. Vários outros filmes dele são geniais e o personagem de Frank Underwood já um clássico.

O que eu acho de mais lindo nessa série é aquelas poucas e eficientes falas de Frank direto a quem assiste: ali ele revela como o mundo da adulação e palavras pomposas camufla a verdadeira selva que é o mundo da política.

Robin Wright, que faz Claire, sua esposa, é uma excelente atriz, cheia de expressões comedidas. Essa personagem não cai na preguiça dos gritos e choros exagerados. Dá vontade e medo de conhecer Claire.

Não tem como resumir fatos sobre essa série. A preguiça não me permite. Só preciso registrar que é uma das minhas favoritas e no ano que vem estarei de plantão no Netflix quando a quarta temporada começar.

FDL

domingo, 25 de outubro de 2015

Prazeres Mortais

prazeres mortaisFilme: Prazeres Mortais (The Loft)
Nota: 7
Elenco: Karl Urban, James Marsden, Wentworth Miller, Eric Stonestreet, Rhona Mitra
Ano: 2014
Direção: Erik Van Looy (o mesmo do filme original belga)

 

 

 

 

Esse filme acabou lançado bem depois do anunciado. Até que não demorei muito para ver.

É bem parecido com o original de 2008, tanto nas histórias quanto nas construções dos personagens. Fica evidente que foi uma tentativa de ganhar dinheiro com os americanos que têm preconceito com as legendas.

O elenco é bem bom, todos reconhecidos, sobretudo na televisão, como é o caso de Wentwoth Miller e Eric Stonestreet.

Algumas cenas que eu tinha curtido tanto foram suprimidas e outras adicionadas também para mudar pelo menos um pouco.

No final é um filme interessante, com um suspense bom.

Recomendo, mas se for pra ter uma experiência completa, o original é melhor.

FDL

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Estrela do Diabo - Jo Nesbø

jo nesbo estrela do diabo“O polegar apontava para o teto. Seria melhor se apontasse para a solução do código, pensou Harry. Porque evidentemente era um código. O assassino havia atado uma corda nos pescoços dos policiais e os levava como bestas parvas para onde ele queria, e por isso esse código também tinha uma solução. Uma solução bem simples se o alvo fosse um animal com inteligência média como ele.”

Jo Nesbø

 

 

 

 

 

 

 

A história com esse livro é estranha. Comecei a lê-lo há uns 3 anos e não estava numa fase legal. Doente, cheio de preocupações. Não gostei e acabei largando no meio.

Como filmes, série e livros dependem muito do nosso estado de espírito, esse ano resolvi dar uma nova chance e ver como se saía. Consegui terminar, mas achei mediano, esperava muito mais quando li a sinopse interessante.

Jo Nesbø é um escritor norueguês que tem feito muito sucesso. Seus livros viram filmes e ele escreve roteiros também. Já começamos mal porque ele escreve seus livros com um policial recorrente, o Harry Hole. O problema é que Estrela do Diabo não é seu primeiro livro e, embora não seja uma continuação direta, há pontas soltas e referências a um passado que para mim era desconhecido.

A história realmente é interessante e cheia de reviravoltas. O problema é a evolução do livro. Em alguns momentos a enrolação é enorme e você perde o interesse completamente.

O final tem uma boa ação e passagens inspiradas.

Se fiquei com vontade de ler outros livros do autor? No momento não, mas quem sabe no futuro?

FDL

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Superpai

superpaiFilme: Superpai
Nota: 6
Elenco: Dani Calabresa, Juliana Didone, Monica Iozzi, Rafinha Bastos, Danilo Gentili, Danton Mello, Antonio Pedro Tabet, Paulinho Serra, Nicole Bahls (de acordo com o IMDB, esse é o nome da personagem dela: Namorada Cueca – esses pais devem estar orgulhosos nesse momento)
Ano: 2015
Direção: Pedro Amorim

 

Ah, o cinema nacional!

Mais uma daquelas comédias com roteiro preguiçoso. Só que o elenco dessa é bom e tem algumas cenas de fato engraçadas, sobretudo porque usaram uma fórmula americanizada nesse filme. É velho, usado, mas funciona.

Esse tipo de filme tem hora que cansa, mas pra um dia sem compromisso, sem vontade de pensar e só rir da cara dos outros até que dá certo.

Já houve piores. Só que pelo amor de deus, não façam continuação!

FDL

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Dois Lados do Amor

dois ladosFilme: Dois Lados do Amor (The Disappearance of Eleanor Rigby: Them)
Nota: 7,5
Elenco: James McAvoy, Jessica Chastain, Viola Davis, Bill Hader
Ano: 2014
Direção: Ned Benson

 

 

 

Eu fiquei bem ansioso para ver esse filme. Tanto o elenco quanto a história me pareceram bem interessantes.

De fato o filme não é ruim. Mas não me marcou e durante toda a passagem eu ficava achando faltar algo, que até agora não sei explicar o que é.

Na verdade foram lançados filmes separados, tanto a versão “Ele”, quanto a versão “Ela”. A história mostrava o ponto de vista de cada um, que supostamente mudaria a forma como veríamos o filme.

Tive dificuldades em baixar versões separadas e acabei assistindo à versão unificada, “Them”, que também foi exibida nos cinemas. Foram utilizadas cenas de ambos.

A história trata da separação do casal, depois de algum evento traumático que não conseguimos saber qual é.

Depois de muita introspecção, diálogos no ar, diálogos abstratos e um sofrimento intenso que não se sabe de onde vem, o casal acaba colocando o sofrimento para fora, discutindo sobre as causas e de alguma forma, se acertando.

Para ser muito sincero, achei monótono e chato. Esperava um filme diferente, com um diálogo mais rico. Me pareceu que foi uma grande aposta nas atuações, que não foram lá essas coisas.

Meio esquecível e comum para mim.

FDL

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Top 10 – Os Suspenses Adolescentes dos Anos 90

Assisti na semana passada ao piloto da série Scream, da MTV. Trata-se de uma versão livre do filme de mesmo título, clássico dos anos 90, principal nome da categoria conhecida como Slasher Movies. Pânico!

Todo aquele trash imperdível, as atuações fracas e a capacidade de zoação na própria metalinguagem fizeram esse piloto ser muito bom. Um excelente guilty pleasure.

Claro que isso me fez lembrar os próprios anos 90 e sua cultura cinematográfica, que moldaram não só a minha, mas a personalidade de toda uma geração. Por isso um top 10 dos melhores suspenses adolescentes dos anos 90.

Minha lista é de thrillers adolescentes. Claro que a qualidade é questionável, mas nada supera a ansiedade e agitação de ir no cinema ver esses filmes.

1- Segundas Intenções

cruel intentionsTítulo Original: Cruel Intentions
Ano: 1999
Elenco: Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe, Reese Witherspoon, Selma Blair, Joshua Jackson, Christine Baranski

O filme da minha adolescência. Trata-se de uma versão jovem do clássico de Choderlos de Laclos. O original era inspirado na Paris dos tempos da peruca. Cruel Intentions é sobre jovens americanos.

O enredo circula sobre chantagens, sedução como arma de poder, aparência x essência, atuações exageradas, música sonora perfeita com toda a cara dos anos 90. Ou seja, tudo perfeito.

Jamais esquecerei da cocaína dentro do crucifixo, tampoudo de um filme que reuniu na trilha sonora: Counting Crows, Placebo, Verve e Cardigans… impossível se melhor e impossível ser mais 90.

Sempre que posso eu revejo esse filme.

2- Pânico

panicoTítulo Original: Scream
Ano: 1996
Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Matthew Lillard

É o grande clássico de jovens mortos dos anos 90. A violência e o suspense deixava todo adolescente doido para ir ao cinema, mesmo tendo que dar uns trambiques para entrar e driblar a censura.

Houve duas continuações na mesma época e depois o volume 4 há pouco tempo.

A sacada de Pânico é o humor. Os personagens e até o assassino utilizam o gênero do filme de terror como plano de fundo. Até os clichês são propositalmente repetidos como forma de deboche.

Certamente esse filme é um marco.

3- Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado

eu seiTítulo Original: I Know What You Did Last Summer
Ano: 1997
Elenco: Jennifer Love Hewitt, Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe, Freddie Prinze Jr., Anne Heche, Johnny Galecki (sim, o Leonard)

Por muitos é considerado o irmão pobre do Pânico. Acho que realmente é. Mas não deixa de ser mais divertido.

Quatro amigos estão em um carro e o motorista alcoolizado acaba atropelando um homem. Ao ver que ele está morto, os amigos jogam o corpo no mar para não sofrerem as consequências. Mas será que ele morreu? Essa dúvida surge quando eles recebem um ano depois uma mensagem com o título do filme.

As cenas de violência são bem fortes e foi o grande lançamento de vários nomes como atores no cinema.

Teve continuações péssimas.

4- Lenda Urbana

urban legendTítulo Original: Urban Legend
Ano: 1998
Elenco: Jared Leto, Alicia Witt, Rebecca Gayheart, Michael Rosenbaum, Joshua Jackson, Tara Reid

A categoria mocinhas chatas merece nota 10 nesse filme. Mas mesmo assim, é genial. Aquela cena inicial da morena cantando desafinada no carro na chuva e depois tomando uma machadada fica na memória.

A protagonista ruiva e o jornalista da faculdade começam a desconfiar que diversas mortes bizarras no campus estão relacionadas a lendas urbanas. Pior, tudo leva a crer que uma história do seu passado tem uma conexão com os assassinatos.

As mortes nesse filme começam a mostrar o show de criatividade dos americanos. Além disso, diversas lendas que até mesmo no Brasil nós conhecemos, começam a virar realidade. Isso gerava altos papos na madrugada. Saudades de Lenda Urbana.

Também teve continuações, mas prefiro nem comentar.

5- Premonição

premoniçãoTítulo Original: Final Destination
Ano: 2000
Elenco: Seann William Scott é o único que permanece conhecido.

Eu sei que é de 2000, mas o espírito é de anos 90. Isso é um fato. Também teve continuações, também foram ruins e também marcou o povo que queria ir no cinema pra se assustar.

Esse talvez seja o único da lista que tenha uma pegada sobrenatural. Ainda assim, as mortes são muito reais, o que deixa todo mundo assustado, sem contar a tensão da porra que esse filme causa.

Segue a fórmula, mas é muito bom! Deu vontade de ver de novo.

6- Garotas Selvagens

garotas selvagensTítulo Original: Wild Things
Ano: 1998
Elenco: Kevin Bacon, Matt Dillon, Neve Campbell, Denise Richards

Esse filme tem umas meninas safadgenhas... A Sidney do Pânico resolveu mostrar que não era tão inocente e se juntou com a Denise Richards num dos filmes com mais reviravoltas que eu me lembro.

Tem falsa acusação de estupro, sedução de professor, policiais corruptos, todos aqueles bons exemplos que a família tradicional brasileira ama.

7- Cubo

cuboTítulo Original: Cube
Ano: 1997
Elenco: desconhecidos por mim.

Eu acabei vendo esse filme mais tarde. Mas ele fez muito sucesso na época dele.

Várias pessoas desconhecidas são raptadas e acordam em uma instalação complexa. No formato de cubo, com várias opções de portas para prosseguirem e buscar uma saída.

O problema é que em algumas delas precisam realizar tarefas. Em outras há armadilhas mortais mesmo. Filme bem sanguinário e tenso.

8- Eleição

eleiçãoTítulo Original: Election
Ano: 1999
Elenco: Reese Witherspoon, Chris Klein, Matthew Broderick

Eleição é um filme mais de estilo de humor negro e ácido do que propriamente um suspense. Mas podemos considera-lo nessa categoria.

Matthew Broderick é um professor de High School que tem a sua vida transformada num inferno quando coordena as eleições do grêmio estudantil. Tudo isso porque uma aluna insuportável (Reese) vai fazer o que for preciso pra ser eleita.

9- Tentação Fatal

tentação fatalTítulo Original: Teaching Mrs.Tingle
Ano: 1999
Elenco: Helen Mirren, Katie Holmes

Esse filme é lindo. Tem aquele desejo íntimo de alunos injustiçados de se vingarem de professores sádicos.

Não que eu tenha algum interesse pessoal nisso.

 

 

 

10- Medo

medoTítulo Original: Fear
Ano: 1996
Elenco: Mark Wahlberg, Reese Witherspoon

Não é muito conhecido, mas é um suspense com Mark Wahlberg e Reese Witherspoon bem novinhos. Ela é inocente e se apaixona por ele, que no começo é bem bonzinho, mas depois acaba ficando maníaco, stalker e violento.

 

 

 

O que não posso deixar de mencionar é o rabo que os anos 90 deixaram, fazendo com que no comecinho dos anos 2000 nós tivéssemos outros filmes nesse estilo que deixaram marca. Vale como menção honrosa.

1- Intrigas

gossipTítulo Original: Gossip
Ano: 2000
Elenco: James Marsden, Kate Hudson, Joshua Jackson (ele de novo)

Esse filme é incrível! Um grupo de estudantes resolve num trabalho da faculdade espalhar uma fofoca e ver como ela se espalha sob uma perspectiva acadêmica.

Para isso, inventam que um estudante estuprou uma colega numa festa. A notícia se espalha rapidamente e a própria menina começa a acreditar na fofoca.

Deu vontade de ver de novo. Isso que não tinham redes sociais nessa época. Imagina agora...

2- Perseguição

perseguiçãoTítulo Original: Joy Ride
Ano: 2001
Elenco: Steve Zahn, Paul Walker, Leelee Sobieski

Dois amigos estão na estrada e resolvem ter a ideia genial de provocar outro motorista pelo rádio. Mal sabem eles que o cara é ligeiramente vingativo e vai acabar com eles.

 

 

 

3- Sociedade Secreta

sociedade secretaTítulo Original: The Skulls
Ano: 2000
Elenco: Joshua Jackson, Paul Walker (os elencos só permutam mesmo)

O filme mostra um estudante ingressando na faculdade e participando de um grupo que parece ser um sonho: uma sociedade secreta muito antiga da faculdade, em que todos se ajudam e se protegem.

O problema fica no fato de que não parece sobrar muito espaço para a própria intimidade e identidade. Além disso, ai de você se não fizer o que eles mandam!

4- A Casa de Vidro

casa de vidroTítulo Original: The Glass House
Ano: 2001
Elenco: Leelee Sobieski, Diane Lane, Stellan Skarsgård

Ruby Baker é uma adolescente que perde os pais em um acidente e vai morar com os tios. Ela tem uma herança milionária e começa a desconfiar que o primeiro momento de agrado dos tios é uma desculpa para roubá-la.

Esse filme é um suspense bem legal.

 

 

Saudades eternas dos anos 90!

FDL