segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Series Finale: The Newsroom – 3ª Temporada

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Eis que finalmente assisti ao final dessa série que marcou, com certeza marcou. Acabei vendo com quase um ano de atraso porque foram 06 episódios derradeiros e achei melhor esperar um dia livre para fazer uma maratona. Pois bem.

Esses 06 episódios valeriam por várias temporadas de séries lixo que enrolam nos seus enredos por medo da reação da audiência. Aliás, esse sempre foi o trunfo de Newsroom: ser ousado nas histórias.

Depois de temporadas que trataram muito da ética jornalística com relação ao público e as notícias dadas, Aaron Sorkin dessa vez se voltou aos próprios bastidores do jornalismo.

A terceira temporada focou num conflito ético de vazamento de dados oficiais com o personagem Neal. Além disso, tratou da venda do canal de notícias e todas as implicações que isso causaria no modo de fazer jornalismo. É aquilo que eu sempre digo: muito cuidado, são empresas também, com interesses financeiros também.

A trama do Neal foi superior. O episódio em que ele esculhamba os “novos nerds” dizendo que tem vergonha deles me deu vontade de abraçar a televisão. Isso tudo porque ele é um personagem com quem eu me identifico. Ele trata a internet com muito respeito, dada a ferramenta poderosa que se mostrou ser.

Já o contexto da venda do jornal movimentou os personagens principais da série e o final foi bem dramático, com direito a mortes, gravidez, casamento e tudo que se tem direito.

O último episódio é um verdadeiro primor. Caíram alguns ciscos nos meus olhos, não vou mentir. A cena em que todo o elenco se junta e toca uma música junto é muito bonita e coroou uma série que não foi perfeita, mas ousou e não teve medo de errar, fazendo com que os enganos fossem escusáveis e os êxitos grandiosos.

Fica na memória com certeza.

Ponto para o Aaron Sorkin, que para subir mais no meu conceito só precisaria superar a birra que tem com advogados e entender que texto de qualidade não precisa ser disparado como metralhadora, é um recurso preguiçoso e pouco original.

FDL

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