sexta-feira, 30 de março de 2018

O Livro da Literatura

o livro da literatur

Acabei encontrando esse livro por acaso folheando em uma livraria e ele me interessou.

Faz parte de uma coleção que a Editora Globo trouxe de fora, chamada As Grandes Ideias de Todos os Tempos. Fico no aguardo de traduções para O Livro do Crime e O Livro do Sherlock Holmes.

Antes de mais nada, é um livro muito bem feito. Tem capa dura e bonitos desenhos que remetem à literatura de diversas épocas. O papel é daquele nobre, bem agradável de ler (mesmo que algumas pessoas reclamem que o livro fica pesado). Além disso, há uma diagramação bem agradável.

Esse livro é uma espécie de catálogo com uma esquematização da evolução da literatura no mundo todo desde a antiguidade até o que se chama de contemporâneo. Isso já vale, porque temos a oportunidade de conhecer os grandes nomes de países como Índia, China, Austrália, Japão, enfim, supera esse padrão eurocêntrico que estamos acostumados a aprender na escola.

Além disso, são escolhidas diversas obras que são marcantes para momentos da literatura, tal qual seus autores, com informações sobre movimentos literários, contextos históricos, sinopses sintéticas, até mesmo gravuras.

É excelente para consulta, mas resolvi começar a ler em fevereiro aos poucos. Cada dia lia um pouquinho e acabei terminando agora. É muito bom conhecer algumas obras de que só ouvimos falar e termos mais informações sobre elas. Às vezes superamos alguns preconceitos literários e posso afirmar com toda a certeza que esse livro fez despertar meu interesse para vários livros pelos quais eu jamais imaginei ir atrás.

Não vai deixar ninguém especialista em literatura nem nada, mas é sobretudo um caminho para quem está começando ou quem quer conhecer melhor a literatura internacional.

Há pouco sobre a literatura brasileira. Poderiam fazer um sobre o tema. Seria valioso.

Recomendo esse livro. Não me arrependi da compra.

FDL

quinta-feira, 29 de março de 2018

Mãe!

mãe!Filme: Mãe! (Mother)
Nota: 8
Elenco: Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris, Michelle Pfeiffer, Kristen Wiig
Ano: 2017
Direção: Darren Aronofsky

“Um casal vive em um imenso casarão no campo. Enquanto a jovem esposa (Jennifer Lawrence) passa os dias restaurando o lugar, afetado por um incêndio no passado, o marido mais velho (Javier Bardem) tenta desesperadamente recuperar a inspiração para voltar a escrever os poemas que o tornaram famoso. Os dias pacíficos se transformam com a chegada de uma série de visitantes que se impõem à rotina do casal e escondem suas verdadeiras intenções.”

Complicado falar sobre esse filme.

Eu acabei entendendo algumas referências durante a história, mas me perdi por várias e acabei não conseguindo ligar o todo. Só foi fazer mais sentido para mim quando pesquisei na internet depois.

Eu acho que isso é uma falha. Uma boa obra deve ser compreendida sem necessidade de se recorrer a agentes externos como apoio. Houve alguma falha aí para se expressar.

Ainda assim, várias pessoas não conseguem explicações para diversas passagens que o filme traz.

As críticas no geral foram mais negativas que positivas. Muitos criticam o excesso de devaneios do diretor. Lamento fazer parte desse time.

Compreendo as referências às passagens bíblicas e acho isso interessante. Só que isso foi aos olhos dele, porque sequer há precisão com os paralelos e ainda há furos na história e adição de elementos que não consigo encaixar.

Acho que na pretensão de ser cult demais esse filme não passou de confuso e caótico.

Não recomendo.

FDL

quarta-feira, 28 de março de 2018

A Morte Te Dá Parabéns

a morte te dá parabénsFilme: A Morte Te Dá Parabéns (Happy Death Day)
Nota: 7,5
Elenco: não conheço ninguém
Ano: 2017
Direção: Christopher Landon

“Tree (Jessica Rothe) é uma jovem estudante que trata mal os meninos, desdenha das amigas e não parece estar muito disposta a atender as ligações do pai no dia do aniversário dela. No fim do mesmo dia, no entanto, ela é brutalmente assassinada por um mascarado. Acontece que ela "sobrevive", ou melhor, acorda no mesmo e fatídico dia, numa espécie de looping macabro, que termina sempre com a morte da garota. Repetir, seguidamente, o mesmo dia, por outro lado, dá a Tree a chance de investigar quem a está querendo morta e o porquê.”

Fiquei com vontade de ver um terrorzinho. O nome para esse filme tem que ser no diminutivo mesmo.

Não é péssimo, ruim, horrível. Só é passável.

Mais uma vez, logo no começo fica bem evidente quem é o assassino, porque as cenas vão sendo construídas para implicar todos os personagens menos um. Obviamente que é esse aí o assassino, para nos surpreendermos.

Mesmo assim, é legal ver cenas de suspense de assassino nesses filmes e gosto dessa moda de trazer uma ironia e certo humor ácido nesses filmes de terror atuais.

A atriz principal tem um rosto bem esquecível, tal qual o namorado dela no filme. Quem sabe no futuro ela apareça mais, né não?

A explicação é bem mirabolante para manter tanta cena e essa sacada do tempo que recomeça faz com que ela morra várias vezes das formas mais inusitadas possíveis. Eita atriz que morreu em cena!

É divertido e nada mais. Há filmes de terror bem melhores.

FDL

terça-feira, 27 de março de 2018

Meu Amigo Dahmer

meu amigo dahmerFilme: Meu Amigo Dahmer (My Friend Dahmer)
Nota: 8,5
Elenco: Ross Lynch, Anne Heche
Ano: 2017
Direção: Marc Meyers

Depois do livro em HQ no ano passado, esperei sair o filme para acompanhar o que iriam fazer com a história.

Fizeram um excelente trabalho.

Eu tinha lá minhas dúvidas se o material era suficiente para virar um filme, porque não vejo um grande clímax na história da juventude de Dahmer. Mas no final, o filme acabou sendo muito bom.

A história acabou mostrando como essa pessoa com problemas acabava destoando dos seus colegas desde jovem. Ele demonstrava sinais de algo não ia bem, mas não são tão evidentes assim. São perceptíveis agora, que já sabemos que ele se tornaria um dos maiores serial killers do mundo.

Para piorar essa tendência que ele já tinha, sofreu uma criação péssima e foi vítima de um sistema educacional extremamente injusto e estigmatizante.

O filme, aliás, não chega a mostrar os assassinatos, tal qual o livro. Mas vai mostrando o ódio e a violência crescendo conforme Dahmer ia ficando cada vez mais excluído de qualquer normalidade.

Foi um bom filme.

FDL

segunda-feira, 26 de março de 2018

A Noite é Delas

a noite é delasFilme: A Noite é Delas (Rough Night)
Nota: 8
Elenco: Scarlett Johansson, Zoë Kravitz, Kate McKinnon, Ty Burrell, Demi Moore
Ano: 2017
Direção: Lucia Aniello

“Inseparáveis na juventude, Jess (Scarlett Johansson), Alice (Jillian Bell), Blair (Zoë Kravitz) e Frankie (Ilana Glazer) tomaram rumos totalmente diferentes após a formatura e se reúnem pela primeira vez em anos para a despedida de solteira de Jess. Com uma casa de praia alugada em Miami, elas - mais Pippa (Kate McKinnon), amiga australiana da noiva - planejam bebedeiras, drogas, sexo e baladas, mas acabam na verdade tendo muita dor de cabeça para ocultar o cadáver de um stripper morto acidentalmente.”

Estava no clima para comédia e apareceu essa, que parece ser recente. Com a Kate McKinnon no elenco as chances de ser ruim seriam baixas.

Não é ruim, mas também não é ótimo.

Gosto da sequência de cenas absurdas e merdas que vão acontecendo, do mais improvável ao mais nojento possível. É pra fazer rir, não é pra ser verdadeiro.

Uma cena ou outra é fraca e a atuação da Scarlett estava bem preguiçosa, mas é a vida.

Kate McKinnon, mais uma vez, não decepcionou. Eu passei mal de rir com as cenas da australiana sem noção e meio maluca que ela fez.

Esse tipo de comédia diverte e só. Nada demais. Não sei se vou lembrar desse filme por muito tempo, porém.

FDL

Paixão Obsessiva

paixão obsessivaFilme: Paixão Obsessiva (Unforgettable)
Nota: 6
Elenco: Rosario Dawson, Katherine Heigl, Geoff Stults, Whitney Cummings
Ano: 2017
Direção: Denise Di Novi

“Quando o casamento entre David (Geoff Stults) e Tessa (Katherine Heigl) termina, ele fica com a casa e com a guarda da filha pequena. Tessa, furiosa com a situação, descobre que ele já está envolvido com uma nova mulher, Julia (Rosario Dawson), uma vítima de abuso por parte do ex-marido. Enquanto Julia se adapta à vida de madrasta, Tessa bola um plano para sabotar a nova namorada de David e retomar o relacionamento.”

Acabei encontrando esse filme no aplicativo enquanto procurava por algum suspense interessante para ver na madrugada. Vi o nome da Whitney Cummings e fiquei no mínimo intrigado e achei que poderia ser alguma coisa diferente esse filme.

De fato é, mas não pelo lado bom.

Esse filme já tem a história contada de como vai ser o final logo nas cenas iniciais, quando vemos a Katherine Heigl interpretando uma mulher que já está com aparência de louca antes do momento certo de enlouquecer (perto das cenas de violência do final do filme).

Pior é que o marido bobão acha que tá tudo bem, mesmo com aquele robô psicopata fazendo maldades. Além disso, a armação é tão inverossímil que chega a parecer piada. A galera precisa entender melhor como funcionam redes sociais e celulares para bolar um filme assim.

A presença da Whitney só serviu para mostrar que ela não é muito boa atriz.

A história vai cansando e você fica sem mistério e sem motivos para ter curiosidade com o final. Não gostei de jeito nenhum.

Não recomendo.

FDL

domingo, 25 de março de 2018

Ducktales

Soube da volta do desenho, em versão modernosa, então resolvi fazer meu apanhado e partiu post completão de um dos meus desenhos preferidos da infância.

Ducktales – Capa Dura

ducktales livro

Esse lançamento da Editora Abril é mais uma edição de colecionador imperdível. São mais de 400 páginas em papel nobre, com capa dura e apenas 3 histórias, bem longas e completas. É compilação de contos que foram divididos ao longo dos anos.

O primeiro é “Em Busca Da Número Um” em que Tio Patinhas e os Sobrinhos precisam resgatar Patrícia, que foi sequestrada pela Maga Patalógika, que quer em troca a moeda número um.

O segundo é “A Odisséia do Ouro”, que explora aventuras de Tio Patinhas e os meninos contra seu arqui-inimigo explorando diversas civilizações e planetas.

Por fim, há a história “Legítimos Donos”, mais atual, com um desenho um pouco mais moderno. A pior história, na minha opinião.

Eu lia aos poucos e me policiava para durar mais. É uma sensação boa de resgate de infância, onde a diversão e a brincadeira eram estimulados, tal qual a imaginação e a inteligência.

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Além disso, nesse momento já foram lançados também dois gibis das novas edições mensais que vêm na assinatura. Espero que essa nova geração de Ducktales pegue. Gostei muito dos novos gibis também, muito embora eles sejam bem introdutórios nas histórias ainda, não tenham mostrado muita coisa.

Depois disso, vi que a Netflix tem no catálogo um clássico das fitas VHS dos anos 90. Claro que tive de rever.

Trata-se de DuckTales, o Filme: O Tesouro da Lâmpada Perdida.

ducktales o filmeSinopse:

“Prepare-se para uma aventura super divertida em companhia de seus personagens favoritos: Tio Patinhas, Huguinho, Zezinho, Luisinho e Patrícia. Junte-se aos DuckTales em uma arriscada viagem pelo Egito, atravessando o deserto em busca do Tesouro de Collie Baba. Com muitas risadas, aventura e personagens divertidos, Ducktales - O Tesouro da Lâmpada Perdida é um clássico da Disney que vai encantar toda a sua família.”

É bem divertido e tem a cara dos desenhos menos badalados da Disney daquela época. Eu ria em lembrar das histórias e do gênio meio idiota. Valeu muito a pena rever.

Fora isso, terminou nessa semana a nova série, de 09 episódios que passou no Disney XD.

ducktales disneyxd

Aquela abertura clássica com a musiquinha que todos conheciam parece que teve treta com direitos autorais, mas chamaram a Ivete Sangalo, que cantou a mesma melodia, só com uma letra parecida. Deu certo.

A história é mais adaptada às crianças inquietas de hoje em dia. Os personagens não param de falar e o ritmo é acelerado.

Eu achei os episódios iniciais melhores. Os finais não foram tão bons não, principalmente um que eles satirizam o empresas como Google e Facebook e o episódio final.

De todo modo, achei que o desenho tem potencial, porque são bons personagens e fizeram um excelente Tio Patinhas novamente. Gostei de ver. Pena que foram tão poucos personagens.

Deu até vontade de rever a série original, que teve dezenas de episódios e está inteirinha nas internets. Mas no momento, mesmo com tempo livre, não dá. Quem sabe mais pra frente?

Só digo que vale a pena vez ou outra relembrar a infância e curtir algo do tipo. Ducktales foi um bom exemplo de desenho que foi boa influência para quem leu/assistiu.

FDL

sábado, 24 de março de 2018

Um de Nós Está Mentindo – Karen M. McManus

um de nós está mentindo“Fui atraída por uma falsa sensação de complacência.

Acontece, eu acho, mesmo durante a pior semana da sua vida. Coisas horríveis e impactantes se empilham em cima da pessoa até ela estar prestes a sufocar e então... elas param. E, como mais nada acontece, a pessoa então começa a relaxar e pensa que está fora de perigo.

Esse é um erro de principiante que me dá um tapa na cara na quinta-feira durante o almoço, quando o falatório, geralmente baixo do refeitório cresce e ganha corpo.”

Karen M. McManus

Esse livro foi lançado há pouco tempo e eu estava com vontade de ler algo de adolescente e essas histórias que envolvem crimes e Ensino Médio costumam ser divertidas.

E certamente esse livro foi.

Vamos ao óbvio. O livro é óbvio. Cheio de personagens estereotipados, mesmo que um deles mesmo reconheça no começo do livro. O suspense de vários deles começa a ficar óbvio e você já sabe o que vai acontecer. Por fim, o que é pior, conforme a história avança, você já sabe o final antes simplesmente pelo fato de que todos os outros personagens já tiveram sua culpa excluída, sobrando apenas um.

Acontece que a autora, que tem nesse livro sua estreia, tem uma escrita habilidosa. Isso nem sempre é fácil quando a tarefa é dirigir-se a esse tipo de público, porque precisa ser encontrado o meio termo entre simplicidade e rebuscamento na escrita e na trama.

Embora sejam de fato clichés, de alguma forma você se interessa em conhecer os personagens e mesmo já adivinhando o final deles, eu também fiquei curioso para ver as transformações e as repercussões do crime.

São livros de certa forma bobos, mas que eu gosto de ler. Tem feito muito sucesso porque é bem escrito e tenho certeza de que logo logo vira uma série ou filme.

Já li suspenses adolescentes muito piores. Recomendo.

FDL

sexta-feira, 23 de março de 2018

Rebecca, A Mulher Inesquecível

rebeccaFilme: Rebecca, A Mulher Inesquecível (Rebecca)
Nota: 9
Elenco: Laurence Olivier, Joan Fontaine, Judith Anderson
Ano: 1940
Direção: Alfred Hitchcock

Para encerrar o mês do Hitchcock, fica um dos mais antigos que eu vi. Excelente filme.

Mais um inspirado em obra da Daphne Du Maurier.

“Uma jovem de origem humilde (Joan Fontaine) se casa com um riquíssimo nobre inglês (Laurence Olivier), que ainda vive atormentado por lembranças de sua falecida esposa. Após o casamento e já morando na mansão do marido, ela vai gradativamente descobrindo surpreendentes segredos sobre o passado dele.”

Nesse caso, acontece mais uma vez o caso do suspeito inocente, mas que todas as provas apontam contra ele.

A parte ruim desse filme é que a mocinha é muito chata, excessivamente inocente e medrosa. Isso irrita um pouco.

Fora isso, as reviravoltas do filme são muito boas e a parte policial, do quem matou e do cara que luta para provar sua inocência são interessantes.

Gosto desses suspenses que misturam loucura com conflito de aparências com essências. Rebecca é o caso perfeito disso. Esse filme poderia ser facilmente adaptado para a realidade de hoje em dia, com outros tipos de moralismo.

Recomendo e finalizo o mês de Hitchcock bem satisfeito.

FDL

quinta-feira, 22 de março de 2018

Marnie, Confissões de uma Ladra

marnieFilme: Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie)
Nota: 9
Elenco: Tippi Hedren, Sean Connery
Ano: 1964
Direção: Alfred Hitchcock

“Marnie Edgar (Tippi Hedren) é uma mentirosa e ladra que consegue um trabalho como secretária em uma firma. Ela tenta dar um golpe na empresa, mas é flagrada pelo seu chefe Mark Rutland (Sean Connery), que se apaixona pela mulher. Rutland resolve investigar o passado de Marnie, buscando descobrir as razões para a sua compulsão cleptomaníaca.”

Talvez tenha sido o filme que eu menos gostei do Hitchock até agora.

O diretor trabalhou novamente com Tippi Hedren, depois do sucesso em Os Pássaros. O problema é que esteve quase tudo certo para o retorno de Grace Kelly. Mas em cima da hora não rolou, por questões políticas e por não pegar bem a agora princesa interpretar uma ladra nos cinemas. Acho que isso deu uma miada no espírito do diretor.

O filme tem um aspecto psicológico bem forte e em diversos momentos os suspense não se sustenta tanto. Também não posso dizer que fui fã da atuação do Sean Connery.

De longe não dá para dizer que é um filme ruim, até porque a atuação de Tippi não comprometeu em nada a e a cena final de revelação foi muito boa, mas confesso que não é a história mais interessante e inspirada que o mestre levou para as telas.

Acredito que o público também tenha achado isso, porque não foi sucesso de bilheteria e isso o chateou muito.

De todo modo, ainda é um Hitchcock. Só não um dos melhores.

FDL

quarta-feira, 21 de março de 2018

Interlúdio

interlúdioFilme: Interlúdio (Notorious)
Nota: 9
Elenco: Cary Grant, Ingrid Bergman
Ano: 1946
Direção: Alfred Hitchcock

“Após seu pai alemão ser condenado como espião, uma jovem mulher (Ingrid Bergman) passa a se refugiar em bebida e homens. É assim que se aproxima de um agente do governo (Cary Grant), que pergunta se ela concorda em ser uma espiã americana no Rio de Janeiro, onde nazistas amigos do pai dela estão operando. Ela acaba se casando com um espião nazista, mas se apaixona pelo seu contato no governo americano.”

Esse filme é claramente influenciado pelo fim da guerra e toda a violência que cercava, tanto diretamente quanto nos bastidores.

Foi interessante ver as cenas do Rio de Janeiro. Nem sabia que a cidade seria plano de fundo quando escolhi essa obra para ver. Mais uma boa adição.

Gostei também de conhecer o trabalho da Ingrid Bergman. Nunca tinha visto nenhum filme dela. Muito expressiva e de olhar penetrante.

O filme é muito bom, apesar de ter uma barriguinha no meio que incomodou.

A cena da festa com a adega foi começando a me deixar nervoso e eu me perguntava por que eu decidi assistir a esse filme. Só para passar nervoso? Não é para isso que vemos suspenses?

Acabei vendo também três filmes seguidos com o Cary Grant e só posso dizer que ele era muito versátil, porque os personagens não eram nada parecidos. Ainda acho que ele esteve melhor no Ladrão de Casaca, mas em Interlúdio também estava muito bem.

Recomendo muito esse filme também.

FDL

terça-feira, 20 de março de 2018

Intriga Internacional

intriga internacionalFilme: Intriga Internacional (North By Northwest)
Nota: 10
Elenco: Cary Grant, Eva Marie Saint, James Mason
Ano: 1959
Direção: Alfred Hitchcock

“O publicitário Roger Tornhill (Cary Grant) é confundido com um agente secreto e acaba se envolvendo em uma perigosa trama de espionagem. Após ser acusado de assassinato, ele precisa lutar para provar sua inocência e, ao mesmo tempo, tenta escapar da polícia e de criminosos que estão a sua procura.”

Dizem que esse filme inspirou a franquia de filmes de 007 e que o próprio Hitchock queixava-se da falta de originalidade deles.

Foi um dos meus preferidos nesse ano. É uma história cheia de reviravoltas, de diálogos interessantes, de boas interpretações, de suspenses bem construídos. Tudo nesse filme flui.

Aquela cena da fuga do avião me deixou tenso. Aquela cena dele escondido no compartimento do trem me deixou tenso. Aquela cena do tiro no restaurante me deixou tenso. A cena do bilhete me deixou tenso. Enfim, o filme inteiro é todo concatenado para nos intrigar.

Recomendo muito esse filme e com certeza vou revê-lo no futuro.

FDL

segunda-feira, 19 de março de 2018

Ladrão de Casaca

ladrão de casaca - to catch a thiefFilme: Ladrão de Casaca (To Catch A Thief)
Nota: 10
Elenco: Cary Grant, Grace Kelly
Ano: 1955
Direção: Alfred Hitchcock

Chegamos em março e está na hora de mais um intensivão de Hitchocock. Estou terminando os mais famosos dele nesse ano.

Em Ladrão de Casaca, o ex-ladrão John Robie, conhecido como Gato, é o principal suspeito de uma onda de roubos de joias na Riviera Francesa. Para não voltar para a cadeia, ele parte atrás do verdadeiro culpado e se apaixona por uma americana rica.

É um dos filmes do Hitchocock em que o suspense está focado em cenas de ação e de suspense psicológico. Além disso, tem novamente aquele ar aristocrático que ele sempre colocava nos filmes.

Eu imagino que a cena final, da perseguição no telhado, deve ter sido dificílima de filmar com a tecnologia da época e deve ter impressionado as pessoas pela qualidade, porque eu estava ficando tenso, nem lembrando que estava vendo um filme de 1955.

As imagens que são mostradas nesse filme são muito bonitas e acabei vendo que foi na mesma estrada que Grace Kelly dirigiu o carro nesse filme que ela sofreu um acidente e morreu na vida real nos anos 80.

Essas obras do cinema mais antigo têm uma aura, um cuidado, que não são mais vistos e isso é muito agradável de assistir.

Recomendo.

FDL

sábado, 17 de março de 2018

Hitchcock/Truffaut

hitchcock truffaut livroPara dar início ao mês do Hitchcock, resolvi ler esse livro que deu trabalho para achar e acabou custando caro, mas certamente é uma obra para a vida inteira. Aproveito também porque o incluí para março no desafio de livros para 2018.

Nessas inúmeras páginas, o cineasta François Truffaut fez uma longa entrevista com Alfred Hitchcock, de quem era grande fã e revisitou toda sua obra. Ele tocou também em alguns poucos aspectos de sua vida pessoal, mas só no que influenciou seu cinema.

A conversa é franca, de dois profissionais de peito aberto e grande comprometimento com a arte. Hitchcock fala de filme por filme seu, de forma bem crítica, deixando claro dos que gostou, dos que detestou, de que atores foram ruins e bons, enfim, é, acima de tudo, uma aula de cinema.

São esmiuçados detalhes, técnicas que Hitchcock empregou, criou e até mesmo revelou diversos truques para brincar com o público do cinema. É impressionante a paixão desses dois homens pela arte.

Não bastasse isso, o livro traz diversas imagens dos filmes, de fotos tiradas pelos cineastas durante as entrevistas e mais informações sobre a filmografia do mestre no final.

É uma obra para a vida toda. Dá vontade de ver tudo que ele produziu e quem sabe isso não é possível um dia? Contando tantos filmes e os programas de televisão é muita coisa, mas certamente não será tempo perdido.

Depois disso, aproveitei e assisti ao documentário feito em 2015, que está disponível no complicado e malfeito site de documentários Philos.

hitchcock truffaut documentáriojpgO documentário Hitchcock/Truffaut mostra trechos das gravações dos áudios das entrevistas feitas na época. Além disso, diretores como Wes Anderson, Martin Scorsese, David Fincher e outros deram depoimentos sobre a entrevista, sobre o livro e, sobretudo, como a arte de Hitchcock os influenciou.

O documentário dá especial atenção a determinados filmes consagrados, como Um Corpo Que Cai, Psicose e Janela Indiscreta. Mas a armadilha que poderia ser uma enrolação de horas com eles falando sobre bobagens não aconteceu. É um bom documentário com excelentes depoimentos.

Acabou dando vontade de conhecer também a obra de Truffaut, que infelizmente morreu cedo, mas também é considerado um grande diretor. Quem sabe fica para o futuro para melhorar os conhecimentos do bom cinema?

Fico grato e feliz de ter tido a experiência de conhecer mais a obra de Hitchcock pelos bastidores. Esse livro é obrigatório para fãs.

FDL

quinta-feira, 15 de março de 2018

It – A Coisa

itFilme: It – A Coisa (It)
Nota: 9
Elenco: crianços
Ano: 2017
Direção: Andy Muschietti

Não é que o terror tem salvação? Esse estilo de produções está em alta, com crianças amedrontadas nos anos 80. A série Stranger Things é um exemplo disso, apesar de não ter feito muito a minha cabeça.

Agora, esse filme fez. É um terror clássico, daqueles que resgatou a sensação de medo que o cinema trazia naquela época. Pena que não assisti no cinema. Lamento muito isso.

Na história, um grupo de amigos começa a ser perseguido por uma criatura que parece se alimentar de seus medos, muitas vezes aparecendo sob a figura do palhaço Pennywise. Além disso, esse monstro está ligado ao desaparecimento de crianças e conectado a tragédias que acontecem sistematicamente na cidade.

Com isso, o irmão de uma criança desaparecida e outras crianças que são atormentadas acabam investigando essa figura para de alguma forma destruí-la.

O filme tem também algumas cenas de humor inocente e outras de muita violência. Sei que o livro original do Stephen King é bem mais violento, mas, quando estiver disposto a ler aquele bloco de construção que me tomará muito tempo, eu comento.

Já foi anunciada a continuação, com o elenco adulto, depois de passados anos do ocorrido no primeiro filme. Com certeza assistirei e, quem sabe leio o livro até lá?

Um dos melhores filmes que vi nesse ano. Recomendo.

FDL

sábado, 10 de março de 2018

A Casa Torta – Agatha Christie

“O assassinato é um crime de amador. Eu estou falando, é lógico, do tipo de crime em que você está pensando... não em quadrilhas organizadas. A gente muitas vezes sente que esses sujeitos simpáticos foram surpreendidos pelo crime quase acidentalmente. Ou eles estavam na miséria, ou queriam algo com todas as forças, dinheiro ou uma mulher, e mataram para conseguir isto... O freio que age conosco não age com eles. Uma criança, você sabe, transfere o desejo em ação sem nenhum remorso.

Uma criança zangada com seu gatinho diz: “Eu mato você” e bate-lhe na cabeça com um martelo... e depois morre de chorar porque o gatinho não fica vivo outra vez! Uma porção de crianças tenta tirar o bebê do berço para “afogá-lo”, por que ele usurpa atenção... ou interfere em seus prazeres. Elas chegam, muito cedo felizmente, a um estágio em que sabem que isso é “errado”, isto é, que se fizerem isso serão castigadas. Depois, começam a perceber que isso ê errado. Mas algumas pessoas, eu penso, permanecem moralmente imaturas.

Continuam a considerar que o crime é errado mas não sentem isso. Eu não penso, com minha experiência, que qualquer assassino tenha realmente sentido remorsos... E isto talvez seja a marca de Caim... Assassinos são classificados à parte, eles são “diferentes”... o crime é errado mas não para eles, nem quando é “necessário”... a vítima “pediu isto”, era a “única maneira”.”

Agatha Christie

a casa torta livroCom o lançamento do filme esse ano, me pareceu a chance de ler esse livro, que estava aqui no box aguardando a vez dele.

É uma das poucas obras da Agatha (já sou íntimo) que não tem nem Poirot, nem Miss Marple. Nem por isso é menos interessante.

“Nos arredores de Londres há uma mansão com uma inusitada característica - ela é torta. É ali que o milionário octogenário Aristide Leonides mora com a esposa, cinquenta anos mais jovem, além de filhos, noras, netos e uma cunhada, irmã da primeira mulher. Quando a polícia descobre que o patriarca foi envenenado, todos os habitantes da casa se tornam suspeitos, e a discórdia passa a imperar entre os membros da família - sobretudo, olhares desconfiados recaem sobre a jovem viúva. A neta mais velha de Aristide, Sophia, junta-se ao namorado para tentar chegar ao fundo do mistério sobre a morte do avô.”

O livro, apesar dessa diferença que eu mencionei antes, segue a fórmula de Agatha Christie: aristocracia, preconceitos de classe e nacionalidades, amores impossíveis, todos são suspeitos, todos têm motivos, todos têm oportunidades, apenas um de fato cometeu o crime, por conta de um detalhe que talvez não tenhamos prestado atenção.

Nesse caso, há várias digressões sobre a natureza do criminoso de homicídio, de modo, que temos uma Agatha Christie mais analítica para justificar a escolha de seu assassino e seus motivos. E, de fato, é um desfecho incomum em sua obra.

É um excelente livro e certamente não esquecerei dele. Claro que dos personagens cliché eu esquecerei, mas da trama e do assassino não tem como deixar pra lá.

Agora, o motivo de ler um livro que certamente se esgota em um dia é um filme. Bora?

casa torta filmeFilme: A Casa Torta (Crooked House)
Nota: 9
Elenco: Glenn Close (e o resto é resto)
Ano: 2017
Direção: Gilles Paquet-Brenner

Tem saído tanta coisa inspirada em obras de Agatha Christie, que está difícil de acompanhar. Mas quando você vê um filme que tem a Glenn Close no elenco, não dá pra deixar passar.

Coube a ela o papel da personagem Lady Edith de Haviland, que acaba ganhando mais destaque na história do meio para o final. Nem preciso falar nada sobre a qualidade da atuação dessa grande atriz.

É um excelente filme. Mais um retrato cinematográfico do livro, aliás. Não há grandes liberdades no roteiro, embora tenha uma mudança aqui e outra ali. Nada que incomode.

De modo geral, é um excelente filme de suspense, no estilo aristocrático dos meados do século XX, do jeito que a Agatha Christie nos faz gostar tanto.

Recomendo muito.

FDL

domingo, 4 de março de 2018

Viva: A Vida é uma Festa

cocoFilme: Viva: A Vida é uma Festa (Coco)
Nota: 9
Elenco: Gael García Bernal
Ano: 2017
Direção: Lee Unkrich, Adrian Molina

“Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.”

Quando a Disney resolve acertar em cheio na emoção, ela vai!

Um dos filmes mais bonitos que eles fazem nos últimos anos.

Eles trataram de homenagem à cultura de um povo, de amor familiar, de talento musical, de dor da morte tudo de uma vez só, com personagens muito bem feitos e imagens muito bonitas.

Não tem muito o que dizer sobre esse filme, a não ser que quando a Disney acerta, a experiência não tem muitas palavras para descrever não.

Eu adoro aquela velhinha e sou fã do menininho agarrado no violão maior que ele.

Recomendo a todos esse filme, sobretudo em tempos como hoje, em que sobra ódio e falta amor.

FDL

sábado, 3 de março de 2018

A Vida Que Enterramos – Allen Eskens

“ – Joe – disse ele, por fim – você sabe o que é um depoimento in extremis?

Eu não sabia, mas arrisquei.

– É um depoimento feito por alguém que está à beira da morte?

– É um termo jurídico. Se um home sussurra o nome de seu assassino e a seguir morre, isso é considerado uma prova sólida, porque existe a crença, um entendimento, de que uma pessoa que está à beira da morte não quer morrer com uma mentira na ponta da língua. Nenhum pecado poderia ser maior do que um pecado que não pode ser retificado, um pecado que a pessoa nunca chega a confessar. Então essa.... essa conversa com você... é meu depoimento in extremis. Eu não me importo se alguém vai ler o que você escrever. Eu não dou a mínima nem se você vai ou não escrever alguma coisa. – Carl contraiu os lábios, seu olhar fixo procurando algo ao longe, muito além do cenário imediato, e havia um ligeiro tremor em suas palavras. – Preciso dizer as palavras em voz alta. Preciso contar a verdade sobre o que aconteceu tantos anos atrás. Preciso contar a alguém a verdade sobre o que eu fiz.”

Allen Eskens

a vida que enterramosO estudante Joe Talbert tem um trabalho da faculdade e deve escrever uma redação sobre uma biografia. Acaba se deparando com um senhor chamado Carl Iverson, que está à beira da morte por conta de um câncer.

Carl foi condenado por um estupro e homicídio anos atrás e aceita fazer um depoimento a Joe antes de morrer.

Interessado no crime, crendo na inocência de Carl, Joe acaba investigando novamente o caso que ocorreu no passado. Com isso, acaba se envolvendo em sérios perigos. Além disso, tem de superar seus próprios dramas familiares com sua mãe interesseira, seu irmão autista e um padrasto violento.

Esse livro eu ganhei de um amigo e acabei passando na frente para conhecer.

É um suspense comum. Não há nada demais. Há até algumas falhas em como um estudante resolve sozinho um mistério que a polícia, experiente e com os fatos frescos não conseguiu resolver? Enfim.

De todo modo, o suspense prendeu e eu li rapidinho. Vale como uma diversão e a obra é despretensiosa mesmo. É curto, sem enrolação e os personagens não ficam fazendo muita merda.

Fica mais um para a coleção.

FDL

sexta-feira, 2 de março de 2018

O Destino de Uma Nação

darkest hourFilme: O Destino de Uma Nação (Darkest Hour)
Nota: 9
Elenco: Gary Oldman
Ano: 2017
Direção: Joe Wright

Várias indicações ao Oscar, principalmente para Gary Oldman, como melhor ator, interpretando um impressionante Winston Churchill.

Esse filme, aliás, casou com Dunkirk, porque explora o mesmo contexto histórico, mas de outro local. Enquanto o outro filme está na ação, este está no cérebro, na articulação.

Há diversos diálogos sobre a guerra, sobre a natureza humana, sobre como a política se faz, sobretudo em tempos de guerra, que fizeram ser esse um dos meus filmes favoritos até agora.

A cena em que Churchill tenta se aproximar do povo no trem é muito bem interpretada e construída.

E sim, cabe maniqueísmo, porque é um filme de guerra, contado por um dos lados. Não se espera isonomia e imparcialidade num caso como esse.

Vale muito a pena ver O Destino de Uma Nação, que não está chamando tanta atenção, a não ser pela atuação do Gary Oldman, que, de fato, está ótimo. Mas o filme é mais do que ele.

FDL

quinta-feira, 1 de março de 2018

Lolita – Nobokov

“Eu seria um canalha se dissesse, e o leitor um idiota se acreditasse, que o choque da perda de Lolita me curara da pederose. Não havia meio de modificar minha natureza maldita, qualquer que fosse o desfecho do meu amor por ela. Em parques e praias, meu olho cansado e sorrateiro, contrariando a minha vontade, continuava a procurar o fulgor dos braços e pernas de alguma ninfeta, os sinais enviesados das colegas e damas de companhia de Lolita.”

Nobokov

lolitaO livro de fevereiro do desafio de 12 livros para 2018 foi Lolita, do Nobokov.

Na verdade ele é meio que um truque, porque eu comecei com ele no ano passado. Foi minha primeira experiência com audiobook. Essa leitura foi minha perturbadora companhia por algumas semanas na academia.

Chegando na metade, eu peguei o livro escrito e continuei.

Esse livro é muito bom e muito forte.

Ele conta a história, narrada em primeira pessoa, do “Humbert Humbert”, um confesso pedófilo ao leitor.

Humbert faz digressões e conta suas experiências de vida, sobretudo com seu grande amor, a “ninfeta” Lolita, de 12 anos com quem se envolveu sexualmente após tornar-se seu tutor legal.

Esse livro é bizarro porque o autor utiliza uma linguagem extremamente rebuscada, mas não complexa. Chega a ser poética. Ele é expressivo e muito descritivo. Em certos momentos, ele utiliza metáforas tão leves, que esquecemos se tratar de uma descrição de uma violência sexual contra uma criança.

E essa é a ideia dele. Ele diz não tentar se absolver de seus crimes com seu relato, mas ele tenta a todo momento justificar indiretamente seus desejos e atitudes. Não o diz, mas faz.

Ele é aquilo que se costuma chamar de narrador não confiável.

A história é complexa e a narrativa também, porque exige atenção. Com o uso frequente de linguagem figurada, alegorias, metonímias e outras figuras, não é qualquer leitor que consegue entender o efeito que Nobokov quer causar com Humbert.

Fato é que esse livro é interessante do ponto de vista da natureza humana, já que pedófilos sempre existiram e agiam mocozados. Existia de certa forma até alguma permissividade com seus comportamentos.

Gostei muito dessa leitura.

Uma revista recente da OAB tem um texto muito bom também sobre esse livro, com análises e informações sobre a obra.

Recomendo.

FDL