sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Season Finale: Misfitis – 2ª Temporada

Tá aí um dos fenômenos do ano.

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Misfits humilhou nessa segunda temporada.

A história eu já descrevi antes. Trata-se de um grupo de 5 jovens em serviço comunitário por cometerem delitos. Acontece que há algum tipo de tempestade de meteoros e todos eles ganham poderes muito bizarros.

A segunda temporada trouxe mais personagens fixos e esporádicos, com poderes mais bizarros ainda.

Destaco o tatuador que faz virar realidade o conteúdo de suas tatuagens, a grande sacada o “lactocinese”, a transferência dos poderes pelo transplante de órgãos, o homem macaco e o poder que um cara tinha de transferir os poderes alheios.

Genial o episódio final, onde um homem adquire os poderes alheios e se diz Jesus. A frase clássica “Precisamos matar Jesus”.

A irreverência impera nessa série, principalmente com o personagem Nathan, que é extremamente politicamente incorreto, imundo, nojento e inconveniente. Mas é aquele tipo de pessoa que vive o momento e sempre valoriza as amizades.

A cena em que ele faz uma graça passando creme no corpo no terraço é símbolo dessas macaquices e um exemplo de coragem de um ator ao fazer uma coisa daquelas.

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A história ficou mais complexa, com personagens transitando no tempo, mostrando a fama e unindo cada vez mais as pessoas.

Achei muito legal o novo romance que surgiu. Também fiquei muito triste com a breve passagem da personagem Nikki, que poderia ter ficado mais na série.

Aguardo ansiosamente a próxima temporada, que só deve voltar em setembro do ano que vem. Essas histórias em apenas 6 episódios realmente passam muito rápido, mas também não abrem margem para enxeção de linguiça nem de histórias meia boca.

Recomendo muito.

Dessa vez, deixo a letra da música chamada Echoes, da banda The Raptura e o vídeo de abertura da série.

 

Echoes

The city breathing

The people churning

The conversating

The price is what?

The conversating

This place is heaven

I put on lipstick

The price is what?

Life makes echoes

If you see them

Life makes echoes

Come together

Come together

Come together

Come together

Saint

Ecos

A cidade que respira

As pessoas agitam

A conversa

O preço é o quê?

A conversa

Este lugar é o céu

Eu coloquei o batom

O preço é o quê?

A vida faz ecos

Se você vê-los

A vida faz ecos

Vamos juntos

Vamos juntos

Vamos juntos

Vamos juntos

Santo.

Mentes Perigosas: O Psicopata Mora ao Lado

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A autora é a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva.

Essa autora tem uma série de livros que tratam de relevantes aspectos da psicologia e da psiquiatria de forma simples, em linguagem acessível a quem não tem conhecimento técnico da área.

Outros temas da “moda” que ela trata são o Bullying, o TOC e mais.

As definições sobre o psicopata são claras. Além disso, ela fornece características de comportamento, de histórico e de consequências.

É falado sobre o fato de não haver tratamento.

Achei interessante a postura de que critica a postura do estado em suas políticas por não compreender essa situação de não haver tratamento, o que torna as penas inócuas.

São descritos casos reais onde as consequências do contato com um psicopata podem ser verificadas.

É feito um esforço grande em demonstrar que nem sempre estamos falando de assassinos perigosos ou de bandidos de alta periculosidade. Não por isso as consequências deixam de ser desastrosas.

São descritas condutas de pessoas famosas que podem ser psicopatas, como Guilherme de Pádua, assassino da atriz Daniela Perez.

Achei interessantíssima a descrição de psicopatas jovens, até crianças, já que os traços são revelados desde o começo.

Não dá pra negar que a linguagem é repetitiva, com frases escritas exaustivamente por diversas vezes de forma idêntica em diferentes passagens do livro.

Além disso, em algumas situações percebi um pouco de enxeção de linguiça.

Mesmo assim é um bom guia, uma boa lição para quem não atua diretamente com a psiquiatria ou a psicologia, já que é um assunto de utilidade pública. Afinal, quem está absolutamente seguro de que nunca encontrou ou vai encontrar com um psicopata durante a vida?

FDL

O Buraco 3D

the-hole-3d-poster1 Filme: O Buraco 3D (The Hole 3D)
Elenco: Não conheço ninguém.
Nota: 5,5
Direção: Joe Dante
Ano: 2009

 

 

 

 

 

Eu assisti a esse filme esperando que fosse uma versão americana do homônimo de 2001 produzido na Inglaterra, um dos meus suspenses preferidos.

Nada disso.

É a história de uma família que vai morar numa nova casa e descobre que há um buraco misterioso no chão do porão. Quando esse local é aberto, abre-se o caminho para uma força sobrenatural que os perturbará.

Sinceramente é um filme de terror bobo e sem muito sal. Dá uns sustos, tem umas cenas de agonia, mas não é nada de novidade.

Tem uma cena de “batalha final” em uma suposta dimensão onde se fundem o telúrico e o onírico que parece uma piada ou uma fase de um jogo qualquer do Playstation.

Claro que o drama se desenvolve numa família desfuncional, com um adolescente rebelde, com o irmão mais novo fofo e uma mãe que se esforça sem sucesso em conseguir o melhor para seus amados filhos.

Eu já desanimei com esse estilo. Quem quiser insistir, vai nessa.

FDL

O Sonho de Cassandra

cassandras-dream-poster Filme: O Sonho de Cassandra (Cassandra’s Dream)
Elenco: Ewan McGregor e Colin Farrell
Nota: 10
Direção: Woody Allen
Ano: 2007

 

 

 

 

 

 

Genial, é o que eu tenho a dizer.

Por circunstâncias imperdoáveis só vi esse filme agora. Talvez esse momento de descrença no cinema fosse perfeito para eu ver que nem tudo está perdido. Existe Woody Allen.

Conta a história de dois irmãos que se envolvem numa história de ambição, crime e culpa.

O enredo é completamente simples, mas como ele evolui nos deixa de um jeito que é inexplicável.

O suspense que deixa o expectador nervoso e ansioso são clássicos do Woody Allen nesse tipo de produção. Aqui eu já tava passando mal com o desenvolver da história.

A atuação do Ewan McGregor estava impecável, como sempre. Ele é um ator consolidado e disso ninguém duvida.

O Colin Farrell já é outro papo. A capacidade dele como ator vive sendo questionada por conta de algumas escolhas que ele já fez e por conta de escândalos em que se envolveu.

Eu sempre o achei um excelente ator. Em Por Um Fio ele deu um show.

Em O Sonho de Cassandra Collin Farrell foi o destaque. Ele fazia a gente sentir aquele drama de culpa pelo qual ele passava são poucos que ainda são capazes de fazer isso.

Como em todo filme do Woody Allen, cada fala, frase feita, diálogo entre os personagens, está uma aula sobre a vida. A filosofia niilista claro que está aqui e fica revelada num final trágico e genial, como não poderia ter sido diferente.

Eis Woody Allen, gênio na comédia e gênio no suspense.

FDL

A Rede Social

The-Social-Network-movie-poster Filme: A Rede Social (The Social Network)
Elenco: Jesse Eisenberg e Rashida Jones (são os que eu conheço).
Nota: 2,5 (aquele 6,5 tava errado, obviamente) 
Ano: 2010
Direção: David Fincher

 

 

 

 

 

Esse é o filme do momento. Favorito a todos os prêmios.

Para mim, é o caso de uma história interessante do mundo real que nas telas nem é tão interessante assim. Junta-se isso à credibilidade de um diretor famoso? Qualquer cocô que ele lance será respeitado.

Afinal, o diretor de Banjamin Button, Clube da Luta, Zodíaco, O Quarto do Pânico e Seven faria um filme ruim depois de tudo? Claro, ué. Nem sempre a gente acerta.

Começou pela escolha do ator. Esse Jesse Eisenberg é um mala. Meu Deus, como é insuportável passar duas horas ouvindo esse chato falar. E outra: falar coisas com cara de que são geniais não fazem delas geniais… só nos fazem ser pretensiosos.

O filme conta a história da criação do Facebook em 2003 no campus da Universidade de Harvard pelo estudante Mark Zucherberg, atualmente o bilionário mais novo do mundo.

Revela claramente essa paixão dos americanos pelo acúmulo de dinheiro. Essas listas da Forbes ilustram esse mantra. O símbolo do bem sucedido é aquele que vence as listas de quem tem mais dinheiro.

A trama corre junto de acusações de Mark ter se aproveitado de uma ideia alheia para construir o site. Não obstante, acumulou sua fortuna apunhalando seu colega e sócio. Tudo isso em um filme cansativo, com falas ditas como metralhadora, com um universo de cheiro fake e com uma “brilhante” participação de Justin Timberlake.

Não posso deixar de falar de duas ironias com isso que eu percebi.

Mark Zucherberg foi eleito o homem do ano pela revista Time. Não sei se eles estão atrasados, mas o site foi criado há 7 anos. Não houve nada demais feito por esse homem nesse ano, a não ser ter inspirado esse filme bobo.

No final do filme, a advogada vivida pela Rashida Jones fala para ele uma frase com esse sentido: “Mark, você não é um imbecil, só se esforça demais para ser”. Ela ainda diz que toda criação histórica precisa de um vilão, ou algo do tipo, como se essa figura de vilão não fosse dele, mas do contexto.

Aí é a comédia. Ele não precisou de esforço para se aproveitar da ideia nem para apunhalar seu parceiro.

Ainda assim? Homem do ano! Essa é a dica: vamos fazendo o que for porque o que importa é vencer.

A vilania não está na criação nem no contexto, mas sim na sua falta de caráter.

Mas já digo: caráter visto pelo filme, já que a história real é meio conturbada e nós não sabemos como ocorreu.

E ainda tem brasileiro tendo orgulho do Eike Batista.

Deixando um pouco de lado as minhas opiniões sobre a celebração dessas figuras, o filme critica Mark, mas eu juro que não compreendo essa qualidade toda que vêem aqui.

Não chega a ser uma absoluta merda, mas estão chegando ao ponto de dizer que o Justin Timberlake vai ganhar o Oscar de melhor ator coadjuvante!

A narração é complexa, o que não significa ser boa. O filme é contado de trás pra frente, sob as óticas de todos os envolvidos. Daí nós poderíamos encarar o perfil de Mark Zucherberg, que seria um tipo de vilão quando analisado sob a sua própria genialidade.

Apesar da celebração de sua figura, o filme dá a ele um final amargo, o da solidão. Não que ele parecesse se importar, já que durante toda a história ele só usou sua genialidade para oprimir quem estava próximo, já que niguém era tão bom quanto ele ou compreendia as coisas como ele.

Depois me perguntam por que eu desanimo com o cinema e acabo valorizando mais os seriados. O cinema não está sério, essa é a verdade. Não dão chance para o que presta.

Encerro o ano torcendo para que A Rede Social não vença os prêmios a que concorre.

Um Parto de Viagem

due-date-movie-poster-robert-downey-jr-zach-galifianakis Filme: Um Parto de Viagem (Due Date)
Elenco: Robert Downey Jr. e Zach Galifianakis. Participação de Jamie Foxx e Juliette Lewis.
Nota: 9,0
Ano: 2010
Direção: Todd Phillips

 

 

 

 

Essa produção pareceu um aperitivo do diretor enquanto não sai o Hangover 2. Mas deu certo.

Primeiro preciso prestar elogios ao talento do Zach Galifianakis, que eu já tinha visto em uma participação em The Sarah Silverman Program e em The Hangover. Esse cara tem um humor impressionante e uma capacidade de se degradar que deixa a comédia imperdível.

O personagem dele aqui é muito parecido com o do supracitado filme. Dessa vez, com as mesmas características, meio retardado, infantil, carente e sem espelho, ele interpreta Ethan, um ator que fez permanente no cabelo e sonha em atuar em Two And A Half Men, por isso viaja a Hollywood.

O caminho dele se cruza com o de Peter (Downey Jr.), um homem com problemas de raiva que viaja para encontrar sua esposa, que está prestes a dar à luz.

Como não pode escapar das comédias, uma sequência de eventos impensáveis e malucos fazem com que os dois viajem juntos de carro acontecendo tudo de absurdo.

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Esse diretor e esse filme representam muito bem o tipo de comédia politicamente incorreta que eu gosto. O diretor que já fez The Hangover, fez Dias Incríveis e Escola de Idiotas, filmes com o mesmo estilo.

Não bastasse a cena de Two and a Half Men, comédia símbolo do politicamente incorreto, com Charlie Sheen.

Eu dou o destaque do filme à cena em que o Robert Downey Jr. dá um socão na boca do estômago do molequinho de uns 10 anos. Quer mais politicamente incorreto que isso? Eu passei mal de rir nessa cena e em várias outras.

São de comédias irreverentes, criativas e talentosas que nós precisamos. Aqui piada às vezes está entregue, às vezes não. O que vale é passar a mensagem.

Recomendadíssimo. E aguardando a continuação de The Hangover.

FDL

O Último Exorcismo

LastExorcism_poster-535x792 Filme: O Último Exorcismo (The Last Exorcism)
Elenco: Não conheço ninguém.
Nota: 5
Ano: 2010
Direção: Daniel Stamm

 

 

 


Conta a história de um clérigo com questionamentos sobre a fé. É um verdadeiro showman que passou a vida realizando falsos exorcismos e iludindo pessoas com algum tipo de perturbação por meio de pulo charlatanismo.

Diante disso, ele realiza um documentário acompanhado de uma produtora e de um câmera e vão realizar o que seria seu último exorcismo, em uma fazenda afastada, onde o pai de família, extremamente religioso e fanático, diz que sua filha está possuída.

O filme ondula entre o mistério entre não haver possessão alguma e entre haver uma força misteriosa com a qual o religioso mexeu e pode se arrepender.

Enquanto estamos nessa dúvida se a adolescente tem problemas psiquiátricos ou há demônio, o filme é interessante, porque mexe com essa confusão que religiosos fazem, procurando fugir das respostas mais óbvias.

Independente da resposta, se isso fosse explorado assim, o filme seria bom.

Agora, as atuais produções de terror acham que precisam criar finais muito surpreendentes para serem boas. O resultado acaba sendo uma cena tosca completamente sem integração com o resto do filme.

Foi o que aconteceu aqui. A vergonha alheia no final de O Último Exorcismo foi alta.

Não recomendo

FDL

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1

harry-potter-deathly-hallows-poster Filme: Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1 (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1)
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes, Helena Bonham Carter e muitos outros.
Nota: 8,5
Ano: 2010
Direção: David Yates

 

 

 

 

Os filmes do miolo de Harry Potter foram bem modestos, até sem sal. Esse foi bem melhor, parece que a decisão puramente comercial de dividir o livro final em dois filmes foi acertada para a história.

O livro final que não é dos melhores, perde muito da essência de Harry Potter e tenta atingir um estilo que nunca foi abordado anteriormente. Não chega a ser ruim, mas não corresponde a expectativas de quem leu vários livros e assistiu a vários filmes ao longo da adolescência.

O elenco continua afiadíssimo e torço muito para que não fiquem marcados, porque são muito talentosos.

Ainda sinto falta de uma trilha sonora com música contemporânea cantada. Um bom filme sempre tem isso e não sei porque a saga Harry Potter abre mão.

Agora só nos resta aguardar o filme final que sairá no ano que vem e aí sim nos despediremos de vez.

FDL

400 Contra 1 – Uma História do Crime Organizado

400contra1 Filme: 400 Contra 1 – Uma História do Crime Organizado
Elenco: Daniel de Oliveira, Daniela Escobar, Negra Li (?)
Nota: 7
Ano: 2010
Direção: Caco Souza

 

 

 

 

O filme trata da história do surgimento do Comando Vermelho, organização criminosa que deu origem a várias outras e acaba mostrando o que causou o atual status da criminalidade brasileira.

O contexto é a mistura de presos políticos e a de criminosos sob situação deplorável nos presídios. Isso criou uma união deles em torno de interesses comuns, o que atualmente é real ameaça ao poder público.

Deixando as ideologias de lado, o filme mostra bem essa situação, essa figura, porque fala dela. Como filme, as atuações às vezes são fracas e a direção peca um pouco no desenrolar.

Há atuações boas e cenas interessantes também, como os dois primeiros que eu descrevi no cabeçalho, que são sempre ótimos.

Acho que esse filme entrou pela janela e saiu pela porta dos fundos no cinema nacional, sobretudo porque o tema da criminalidade está muito batido nas produções do Brasil.

Faltou um algo a mais para chamar a atenção tanto do público quanto de quem já está assistindo.

Todavia, acho interessante ver porque a história da criminalidade está muito bem exposta.

FDL

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Jogos Mortais – O Final

saw3D Filme: Jogos Mortais – O Final (SAW 3D)
Elenco: Tobin Bell e o restante do elenco dos outros filmes.
Nota: 8,0
Direção: Kevin Greutert
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Pois é, acabou. Será? Sei não.

O requinte da crueldade e da agonia se superou no filme final. Também superou a inverossimilhança. Mas se eu estivesse atrás de realidade iria ver um documentário ou um reality show. Se nesses há fantasia, quem diria numa obra de ficção?

Eu sei também que muitos desistiram da franquia no decorrer das histórias. Mas eu continuei firme e forte porque ainda prefiro as qualidades às falhas.

A maior qualidade de Jogos Mortais é a capacidade de nos surpreender no final do filme (quando toca aquela musiquinha clássica).

Com o filme final não foi diferente, que nos uniu ao primeiro, lá naquele banheiro nojento e fedido de 2004.

Confesso que sentirei falta de Jogos Mortais no Halloween de 2011, mas tudo se renova e com certeza uma nova franquia de terror vai chegar.

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Comer, Rezar, Amar

eat_pray_love_poster Filme: Comer, Rezar, Amar (Eat Prey Love)
Elenco: Julia Roberts, Viola Davis, James Franco, Javier Bardem (eterno Beiçola)
Nota: 7,5
Direção: Ryan Murphy
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Esse é o clássico filme de mulherzinha, o que pode ser bom, dependendo de como está seu dia e da companhia.

É um bom filme, que mostra uma Julia Roberts meio atrapalhada em busca de algo que ela mesma não descobre, sabendo só que falta.

Para isso, ela larga a sua vida agitada e passa um bom tempo numa maratona mundial, comendo na Itália, rezando na Índia e amando em Bali.

É um clássico das livrarias e um típico guia de viagem.

Confesso que a parte da Itália encanta. Aquelas comidas, aquele visual são realmente atraentes.

Eu continuo cético no poder da reza, embora ache válido quando possui efeitos em quem acredita.

O problema tá na parte do amor. Javier Bardem? Jura? Não sei o que tá acontecendo para os diretores terem a mania chata de colocar o Beiçola nos filmes bons. Ele tá sempre com aquela cara de nada e, pior, uma cara de nada se achando sedutor! Prefiro fingir que ele não participou do filme, ainda mais sendo brasileiro.

Comer, Rezar, Amar não é o filme da vida de ninguém, mas aborda uma mulher em crise com criatividade e sensibilidade.

Assisti o filme mais pela música que tocava no trailer. Dog Days Are Over, de Florence + The Machine. Como sempre, a música não toca lá. Mas eu imaginava que quem teve a ideia de colocar essa música genial no trailer tinha um filme bom para suportar. Não fiquei desapontado, embora não tenha pulado do sofá.

Eu recomendo, embora reconheça que é uma escolha mais pessoal e é muito ligada ao estilo de cada um para poder gostar.

FDL

Atividade Paranormal 2

poster-atividade-paranormal-2 Filme: Atividade Paranormal 2 (Paranormal Activity 2)
Elenco: Não são conhecidos, mas os atores do primeiro aparecem.
Nota: 8,5
Ano: 2010
Direção: Tod Williams

 

 

 

 

Eu estava aguardando ansiosamente por este filme. O primeiro me agradou bastante.

Antes de falar sobre esse filme, preciso opinar sobre o que falam os críticos negativos dessa sequência. Atividade Paranormal é acusado de não ter criatividade, porque utiliza o recurso de câmera amadora que foi resgatada, para conferir realidade ao terror. Isso começou com a Bruxa de Blair nos anos 90 e daí vem a reclamação.

Não acho que seja imitação, tampouco um recurso batido. A reinvenção é sempre válida quando feita com competência. A relação entre os dois filmes é somente essa porque tudo nas histórias muda, absolutamente tudo. O que não é igual é genial.

Daí nós prosseguimos com a pergunta que o filme nos induz a fazer: será que se nós filmássemos nossa casa durante o nosso sono tudo permaneceria como estava?

O primeiro filme foi realmente assustador e explicou pouco. Isso é clássico dos filmes de terror, funciona assim, sei lá por quê.

Já o segundo, eu imaginava ser apenas aquelas continuações do tema e não da história. Felizmente, me enganei e esse trouxe explicações, continuou a história e ela ocorreu concomitante à outra, tratando dos fatos para a irmã da protagonista do 1, revelando o problema familiar.

Aqui o pessoal teve tempo de pensar melhor. Todos esses fenômenos numa casa que agora tem um bebê, um cachorro e um limpador de piscina bem bizarro.

Talvez aqui a gente não entenda todos os conflitos da humanidade, mas um bom filme de terror tem que mexer com a imaginação das pessoas e esse com certeza foi extremamente competente em fazer isso. É tenso do começo do filme ao final. Você sai da sala do cinema com dores musculares.

Recomendo muito.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Kings Of Leon - Radioactive

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Radioactive

When the road is carved of yonder

I hope you see me there

It's in the water, it's where you came from

It's in the water, it's where you came from

When the crowd begin to wonder

And they cry to see your face

It's in the water, it's in the story

Of where you came from

Your sons and daughters in all their glory

It's gonna shape up

And when they clash and come together

And start rising

Just drink the water where you came from

Where you came from

Your road, it was cold from yonder

Never sold yourself away

It's in the water, it's in the story

Of where you came from

Your sons and daughters in all their glory

It's gonna shape up

And when they clash and come together

And start rising

Just drink the water where you came from

Where you came from

It's in the water, it's where you came from

It's in the water, it's where you came from

And when they clash and come together

And start rising

Just drink the water where you came from

Where you came from

Radioativo

Quando a estrada estiver entalhada ao longe

Espero que você me veja lá

Está na água, está no lugar de onde você veio

Está na água, está no lugar de onde você veio

Quando a multidão começar a se perguntar

E chorarem para ver o seu rosto

Está na água, está na história

De onde você veio

Seus filhos e filhas, em toda a sua glória

Vão tomar forma

E quando eles colidirem e se unirem

E começarem a se erguer

Apenas beba a água de onde você veio

De onde você veio

A sua estrada, era fria desde outrora

Nunca se vendeu por completo

Está na água, está na história

De onde você veio

Seus filhos e filhas, em toda a sua glória

Vão tomar forma

E quando eles colidirem e se unirem

E começarem a se erguer

Apenas beba a água de onde você veio

De onde você veio

Está na água, está no lugar de onde você veio

Está na água, está no lugar de onde você veio

E quando eles colidirem e se unirem

E começarem a se erguer

Apenas beba a água de onde você veio

De onde você veio

FDL

Tropa de Elite 2

Tropa de Elite 2 Filme: Tropa de Elite 2
Elenco: Wagner Moura, André Matos, Maria Ribeiro e outros.
Nota: 9,0
Ano: 2010
Direção: José Padilha

 

 

 

 

 

Estou de volta aos comentários. Mesmo comentando filmes que eu vi há algumas semanas, mas não posso deixar passar.

Esse filme foi um dos grandes destaques do ano. O filme Tropa de Elite já tinha deixado sua marca no cinema nacional ao mostrar a dinâmica da polícia carioca nos morros e o status de guerra que as ações tomam.

Com as polêmicas envolvendo a repressão e uma discussão completamente atual, mesmo quem não gostou do filme passou a discutir o assunto, motivo pelo qual eu considero um grande sucesso e de utilidade pública. É para filmes assim que as verbas públicas devem ser direcionadas nos subsídios.

O segundo filme ampliou a discussão. Não consigo não falar que é cheio de coincidências. Eu estava estudando assuntos tratados nesse filme na faculdade, em criminologia, sobretudo sobre o encarceramento e a repressão criminal que é falada pelo “cara dos direitos humanos”.

Deixando o mérito da discussão de lado, senão escreveria o dia todo aqui, é um tema que vai além da superfície tratada no primeiro filme. O próprio Capitão Nascimento questiona que guerra é essa em que ele batalha? Ou para quem ele arrisca a própria vida?

Isso é tão atual que por mais uma coincidência a vida colocou em realidade o que a ficção apenas ilustrou. O Rio de Janeiro teve uma onda de violência grande e resultou na tomada de morros para tentar conter o tráfico, resultando em mortes, prisões, apreensões e um espetáculo para a mídia.

Antes fosse só um cinema de denúncia, coisa que nós sabemos ser ponto forte do Brasil. Mas o tema da malandragem é bem explorado, sendo um filme engraçado em alguns momentos, sobretudo com as gírias dos personagens ou com as ironias na narração do Capitão Nascimento.

A trama do filme, embora meio novelesca (ex-mulher casando com seu maior inimigo), foi bem interessante e o final, uma denúncia na política, onde alguém finalmente cria coragem e joga merda do ventilador, foi realmente interessante.

Por enquanto, temos muitos justiceiros que têm coragem apenas para subir no morro e atirar em quem usa chinelo, quero ver quem tem a fúria de enfrentar os engravatados da política… só assim há alguma mudança nesse país.

FDL