Filadelfia

Filme: Filadelfia ( Philadelphia )
Nota: 9,9

Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington e Antonio Banderas.

Primeiramente preciso dizer minha história com o Tom Hanks. Os primeiros filmes que eu vi dele deram uma grande antipatia: Náufrago, Estrada para a Perdição, À Espera de um Milagre e Mensagem Pra Você (ECCCA!!). Eu detesto todos.

No entanto, com o tempo tive a oportunidade de ver algumas coisas muito legais com ele que me fizeram deixar de não gostar dele: The Wonders, O Terminal, Prenda-me se For Capaz e O Código Da Vinci (que não é de todo ruim, na minha opinião).

Mas já é um ator que eu admiro depois dessa obra-prima do cinema.

Falar sobre preconceito é difícil, pois se cai com muita facilidade nos chavões e na hipocrisia. Homossexualidade idem. Aids também (sobretudo no período em que surgiu). Relação de patrão-funcionário o mesmo. E Justiça então, nem se fale.

Esse clássico toca direto em uma ferida incurável da sociedade (não só a norte-americana). Aquela que faz juízos de valor sobre minorias com base em informações superficiais e até mentirosas.

Eu achei genial o processo de transformação pelo qual o advogado Joe Miller (Washington) passa. Do repúdio e nojo contra o homossexual ao respeito depois de conhecer um que se dava o respeito. Isso eu achei interessante, quando nos aproximamos do "diferente", nós podemos ver que não existe nada mais que uma aparência de diferença, pois no final, somos errantes e morremos de qualquer jeito.

Não queria bater na tecla que todo mundo já fez, mas não dá. Esse filme recebeu Oscar de melhor ator para Tom Hanks e de melhor música. Merecidos. Além de indicações, entre elas, maquiagem, também merecida, porém não concedida.

Cena favorita: na biblioteca, depois de Andrew Beckett (Hanks) sofrer preconceito pela Aids, reagir de forma mais do que digna e educada, despertar a atenção do arrgogante Miller e ainda por cima, depois disso, ele lê a defesa que era construída. Um texto muito interessante som definições de discriminação e preconceito. Humilha. Também gosto da cena em que a funcionária do RH insinua ter sofrido racismo de forma inteligente, irônica e muito eficiente.

Não gosto da cena em que ele dança ópera. Achei extensa e forçada. Alguns vêem lirismo, eu vejo que passou um pouco da linha. Mas não prejudica em nada o conjunto da obra.

Recomendações: a música tema: Strees of Philadelphia, de Bruce Springsteen. Além do livro, claro, que eu vou comprar de qualquer jeito.

FDL