quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Selma: Uma Luta Pela Igualdade

selmaFilme: Selma: Uma Luta Pela Igualdade (Selma)
Nota: 8,5
Elenco: David Oyelowo, Oprah Winfrey, Giovanni Ribisi, Tim Roth, Cuba Gooding Jr., Martin Sheen
Ano: 2014
Direção: Ava DuVernay

 

 

 

 

 

Existem filmes que eu deixo pra ver depois porque preciso estar de bom humor e não quero deixar meu ânimo influenciar. Por outro lado, há aqueles vão acabar com o meu dia, certamente. É o caso de Selma.

Trata-se da história de Martin Luther King, que organiza na cidade de Selma uma passeata em busca da aprovação de uma lei que garanta o voto dos negros nos Estados Unidos.

Claro que há muita resistência e muita, muita, muita violência física e moral nesse filme.

No entanto, pelo lado do conteúdo, nós vimos muito o lado dos racistas, os argumentos que usavam, os motivos que os faziam ter tanto ódio. Isso sim é uma aula de História, porque observamos e analisamos o passado para termos preparo para o futuro. Infelizmente tudo se repete em algumas situações.

Falo isso destacando a cena extremamente bem interpretada por Tim Roth quando ele conversa com o presidente. Lá ele diz que não vai ceder na concessão dos direitos civis dos negros porque primeiro ele começa deixando votar, depois eles estão tirando tudo que é deles com o argumento da igualdade.

Esse discurso do “começa assim” é extremamente propagado hoje em dia para justificar a opressão das minorias. Infelizmente passam-se décadas e alguns discursos não mudam.

Voltando ao filme. Com relação ao racismo, já houve filmes melhores, não que Selma seja ruim. Só percebi situações arrastadas e alguns chavões em alguns momentos. Não adianta, filmes que prometem demais têm que lidar com a expectativa gerada.

Aliás, Selma é um tipo de embrião da polêmica com o Oscar de 2016 e a falta de diversidade. Já em 2015 a Academia foi duramente criticada por não indicar David Oyelowo para o prêmio de melhor ator.

Mesmo muito tempo depois, é necessário assistir a esse tipo de filme, conhecer esse tipo de história, que incomoda, irrita, revolta, acaba com o seu dia, mas de alguma forma, de deixa um ser humano melhor e mais sensível ao sofrimento alheio. O ser humano precisa se sensibilizar mais com o sofrimento do outro.

FDL

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