Na semana passada eu terminei de ler o livro do Tim Maia, mas só hoje rolou vontade de falar dele.
Como livro, é uma droga, péssimo de ler: repetitivo, fraco e muito forçado o depoimento em algumas passagens. O livro tem 400 páginas de muita enrolação.
Por outro lado, não é esse o propósito do Nelson Motta ao escrevê-lo. A idéia é compartilhar com as pessoas as histórias que ele sabia sobre o Tim, escrevendo sua biografia, e ganhando dinheiro, claro.
Por outro lado, não é esse o propósito do Nelson Motta ao escrevê-lo. A idéia é compartilhar com as pessoas as histórias que ele sabia sobre o Tim, escrevendo sua biografia, e ganhando dinheiro, claro.
Eu sempre gostei muito das músicas do Tim Maia, não a parte Stevie Wonder brasileiro, mas as músicas românticas dele são demais. Além disso, sempre soube que ele era um cara muito polêmico.
Depois de assistir ao especial da Globo Por Toda a Minha Vida no ano passado, eu soube do livro e peguei emprestado.
Realmente ele foi um cara difícil, cheio de defeitos, virtudes e tudo em exagero. Se é possível descrevê-lo em uma palavra, seria essa: exagero.
O cara realmente foi um mestre, com grandes músicas: Do Leme ao Pontal, Primavera, Descobridor dos 7 Mares, Você, Não Quero Dinheiro, Um Dia de Domingo, Leva.... Além de uma das músicas que estão no topo das minhas favoritas em geral: Azul da Cor do Mar.
O legal é saber que ele não foi fabricado, foi um gordo feio da periferia que batalhou e conquistou o espaço dele. Não foi feito para gostarem dele. Gostaram dele como ele era. Muio disso fica claro pelo fato de ter sido independente de gravadoras e selos por boa parte da carreira.
A parte de drogas e escândalos, prefiro não comentar, são muito glamourizados, mas quando os artistas morrem por isso ou são crucificados pela opinião pública ou viram atração de espetáculo da invasão da privacidade.
A parte de drogas e escândalos, prefiro não comentar, são muito glamourizados, mas quando os artistas morrem por isso ou são crucificados pela opinião pública ou viram atração de espetáculo da invasão da privacidade.
Vale a pena ler também por ser um retrato da música popular brasileira naquela época: passando pela fase de imitação do rock'n'roll, da bossa nova, da black musica dos anos 70, os grandes festivais e o mercado fonográfico capitalista dos anos 90 que tanto prejudicaram Tim.
Admirei ainda mais o trabalho dele depois de saber como foi feito e gostei do lado humano que foi mostrado.
Ler o livro foi difícil, mas uma boa experiência.
FDL
1 comentários:
eu nao gosto dele pra ser sincera. gosto dessas músicas que você citou, especialmente de "você" que é lindíssima. mas sempre gostei de regravações de outros artistas... no caso dessa da regravação dos paralamas do sucesso.
Esse tipo de livro sempre tem esse problema de depoimentos forçados de que você falou. acho que as pessoas têm problemas em falar com sinceridade de alguém que foi tão importante e que já morreu. não entendo bem isso, mas sempre acontece....
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