Dessa vez foi o canal A&E que trouxe para nós um true crime interessante.
Nesse caso famoso, são 06 episódios de documentário sobre um crime violento ocorrido nos Estados Unidos, na cidade de Modesto, em 2002.
Laci Peterson desapareceu na véspera de Natal, grávida de 8 meses. Seu corpo e do bebê foram encontrados meses depois no mar.
O suspeito imediato foi seu marido, Scott Peterson, que afirmou ter visto a esposa de manhã e que ela sairia com o cachorro para passear, enquanto ele iria dar uma volta, especificamente andar de barco.
O comportamento aparentemente frio de Scott e sua falta de lágrimas colocaram a população em desconfiança. A casa caiu para ele quando apareceu uma amante, que não só não sabia que ele era casado, como gravou diversos diálogos dele com ela a pedido a polícia.
Foi um julgamento totalmente composto de provas circunstanciais. Scott sempre negou ter qualquer relação com a morte de sua esposa e filho.
O problema é que o caso tomou grandes proporções por conta da atenção da mídia. Por isso, Scott ficou sob o escrutínio malvado da imprensa. O documentário mostra coberturas incansáveis de Larry King e outros jornalistas famosos.
Ao julgamento foram dedicados alguns episódios inteiros.
Foi um tribunal do júri complicado. Mas se tratando de Estados Unidos, isso não me espanta mais, porque eu fico com a sensação de que advogados, juízes, promotores e, principalmente, jurados, se perdem em meio a tanta atenção. A busca pela verdade se esvai e parece para alguns ser uma competição e para outros uma demonstração de virtudes em troca da mão pesada contra réus.
Claro que o documentário mostra diversos erros judiciais e procedimentais no decorrer do julgamento, mas nada disso impediu que o homem fosse condenado à morte.
O documentário acaba com pessoas envolvidas no caso, até mesmo voluntários que voltaram a sua atenção para a condenação, trabalhando no recurso dele, que ainda não foi julgado.
Eu comentei recentemente por aqui de algum caso em que se julga a pessoa e não os fatos. Nesse é patente. A comentarista jurídica Nancy Grace é mostrada tanto em vídeos da época como em entrevistas para o documentário e é impressionante o ódio que ela desenvolveu e como ela procura cada ação dele de forma milimétrica para atestar que ele não presta e, logo, matou a esposa.
Foi um dos julgamentos mais morais que eu já vi.
Mais uma vez repito o que já escrevi por aqui. Sinceramente não sei se Scott matou sua esposa, mas a forma como foi retratado é extremamente injusta, porque é pseudo-científica.
Não pude deixar de reparar também como em muitas situações esse caso me lembrou A Garota Exemplar. Gillian Flynn jura que embora reconheça similaridades, não inspirou seu romance nesse caso. Então tá bom. Vou dizer o quê?
Recomendo essa história.
FDL
3 comentários:
E Quando saberemos o resultado da apelação 🤔
Claro que ele é culpado. Basta ver os indícios. Fios de cabelo dela em um barco aonde sequer ela sabia da existência...amante ...pesos que ele usou para joga la no mar na casa dele. O fato dele não querer o filho. Puxar saco de um assassino me poupe ! O julgamento del foi mais que justo!
Com certeza ele assassinou a esposa e o filho...Ainda bem que ñ foi no Brasil. Se fosse teria terminado em pizza.
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