É um documentário dividido em 04 partes exibido pelo ID agora em 2017. Eles maratonaram uma reprise e eu gravei.
Richard Glossip foi condenado à morte pela acusação de ter sido o mandante do homicídio se seu chefe em 1997. Barry Van Treese era dono de uma cadeia de hotéis de beira de estrada e foi violentamente agredido com um taco de baseball por Justin Sneed.
Ocorre que Glossip e Sneed trabalhavam juntos e a polícia desconfiou de Glossip, que negou envolvimento.
Policiais bastante agressivos em seus interrogatórios praticamente forçaram Sneed a entregar algum comparsa para escapar da pena de morte e ficar com a prisão perpétua sem condicional.
Logo, Sneed, que era um viciado em drogas com severos problemas psiquiátricos, alegou que o plano de matar Van Treese fora orquestrado por Richard Glossip, que lhe ofereceu dinheiro e futuramente uma vaga de gerente para matar o chefe.
Essa foi a única prova no processo contra Glossip, que teve um advogado muito ruim, sem experiência, que até tentou se matar após constatar que seu mau trabalho causou uma sentença de pena de morte para Richard Glossip.
A falta de provas, o histórico de fabricação de provas de perícia e policiais em Oklahoma, os motivos para testemunho falso de Sneed e o próprio álibi de Glossip fizeram com que diversos ativistas voltassem suas atenções para o caso dele, considerado um de risco de execução de inocente.
Até mesmo a atriz Susan Sarandon aparece em um dos episódios defendendo a inocência de Glossip, até lendo uma carta dele em um programa de televisão.
Atualmente, embora tenham se esgotado todos os recursos legais possíveis para reverter a condenação, a execução de Glossip já foi suspensa várias vezes, pelos mais variados motivos. Ele já fez mais de uma vez a “última refeição”.
O que ocorre é que a única salvação para ele é o surgimento de alguma prova cabal que convença juízes a reanalisar seu caso e concluir pela sua inocência. Logo, em um estado que o condenou com provas tão fracas, é de se imaginar a possibilidade de algo assim acontecer, sobretudo após passarem-se 20 anos desde o crime.
É de arrepiar a cena em que são descritos os momentos finais de um preso no corredor da morte em Oklahoma, sobretudo no período de solitária. Enfim, é a definição de tortura psicológica. A falta de racionalidade impressiona e a facilidade com que a população se convence de que alguém deve morrer só me faz pensar que a violência está intrínseca neles e esse papo de que a pena de morte é um mal necessário para proteger a população de crimes hediondos não passa de desculpa.
Enfim, esse caso é perturbador e em vários momentos o documentário é maçante, sobretudo porque Glossip tenta demais convencer a gente de que é inocente. Sabemos nós se ele é mesmo? Provas não temos e ele deveria ser inocente até provarem o contrário. Pois é, deveria.
FDL
1 comentários:
Vc tem gravado ainda? Eu vi apenas o lrinepri episódio e nao reprisa mais e nem achei na internet
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