sábado, 19 de março de 2016

A Lista Negra

a lista negra

“Abri a porta e juro que a classe inteira interrompeu o que estava fazendo e olhou para mim. Billy Jenkins derrubou o lápis na carteira e o deixou rolar até cair no chão. A boca de MandyHorm se abriu tanto que acho que a escutei estalar. Até mesmo a professora Tennille parou de falar e ficou paralisada por alguns segundos.

Fiquei parada na porta pensando se não seria muita bandeira simplesmente me virar e sair. Sair da sala de aula. Da escola. Voltar para a cama. Dizer a mamãe e ao doutor Hieler que estava errada, que queria terminar o Ensino Médio com um tutor. Que não era tão forte quanto achei que fosse.”

Jennifer Brown

Folheei esse livro numa livraria e me interessei pela sinopse:

E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A lista negra, de Jennifer Brown, é um romance instigante, que toca o leitor; leitura obrigatória, profunda e comovente. Um livro sobre bullying praticado dentro das escolas que provoca reflexões sobre as atitudes, responsabilidades e, principalmente, sobre o comportamento humano. Enfim, uma bela história sobre auto-conhecimento e o perdão.

Não foi o que eu esperava. Talvez estivesse aguardando um suspense, com alguma violência, talvez chantagem.

A falta de um suspense realmente muda o livro, que é muito mais focado na recuperação de Valerie de um evento traumático. É algo de como se reconstrói uma vida após um evento como esse, que é comum nos EUA.

Por isso, é um drama, que em alguns momentos irrita pelo excesso de introspecção e pensamentos da protagonista.

Não é ruim, mas certamente daqui a pouco tempo esquecerei desse livro.

Se tivesse algum adolescente perto de mim, recomendaria essa leitura.

FDL

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