sábado, 15 de janeiro de 2011

Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos

darkstranger Filme: Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos (You Will Meet a Tall Dark Stranger)
Nota: 9
Elenco: Anthony Hopkins, Naomi Watts, Antonio Banderas, Lucy Punch (sim, de novo). Confesso que o elenco é maior, mas eu não conhecia o resto do elenco.
Direção: Woody Allen
Ano: 2010

 

 

 

Mais uma obra de Woody Allen. Por esse eu estava bem ansioso, porque já tinha lido várias coisas sobre a produção, ainda mais com a participação da Lucy Punch, que merecia reconhecimento e foi logo de cara do mestre.

É um filme com o estilão mais clássico do Woody Allen. Me lembrou um pouco o “Todos Dizem Eu Te Amo” ou o “Manhattan”. Não pelas histórias, mas pelo modo do filme evoluir e pelo estilo de humor.

Não é o melhor filme do Woody Allen, mas com certeza é um excelente filme e não se deve perder por nada. Esse é um problema dos grandes mestres, saberem superar suas obras geniais, o que nem sempre é fácil.

Não vou falar da sinopse porque envolve diversas histórias paralelas intercaladas, um estilo de filme bem interessante.

Mas esse conjunto todo revela uma ideia principal, que é da fragilidade da vida, com certeza. Sobretudo quando nós vemos o filme sob a ótica niilista que o Woody Allen sempre mostra com muita clareza.

As atuações são impecáveis, sobretudo quando bem dirigidas.

O roteiro, as conversas, tudo é bem crível e cheio de verdades.

Eu gosto desses filmes porque quando nós os assistimos nos colocamos nos lugares dos personagens e acabamos tendo que pensar nas mesmas dúvidas da vida que eles têm, mesmo sabendo que nem serve para muita coisa.

Aqui o mais legal é aquela sensação de que nós sempre estamos esperando algo de muito bom acontecer, sabem? Nesse caso romântico, todos sempre estão esperando alguém aparecer e tudo ficará bom? O título do filme revela.

O fim do filme, niilista, revela também.

Recomendo. Sempre recomendo.

Um Jantar Para Idiotas

dinnerforschmucks Filme Um Jantar Para Idiotas (Dinner For Schmucks)
Nota: 4
Elenco: Paul Rudd, Steve Carell, Lucy Punch (continuo fã mesmo assim) e Zach Galifianakis (esse tá em todas, ein?)
Direção: Jay Roach
Ano: 2010

 

 

 

Ja começo dizendo que o idiota aqui fui eu, mas foi por assistir isso até o fim.

É uma comédia boba, fraca, de valores estranhos, sem sentido e de atuações exageradas.

Não tem muito o que dizer não.

O Paul Rudd vai ser promovido em sua empresa e para isso deve participar de um jantar onde só há figurões, sendo que deve levar uma pessoa idiota para divertir os outros com suas imbecilidades.

Como por acidente, ele conhece o Steve Carell, que é um retardado com cara de Jim Carey velho que faz bonequinhos de ratos mortos.

Com isso surge uma amizade entre os dois, mesmo com Steve Carell só causando destruição na vida do pobre Paul Rudd.

Claro que o final é emocionantezinho e fala de valores da amizade.

Gostei só da participação da Lucy Punch, vivendo uma stalker. Tudo que essa mulher faz eu assisto.

Não recomendo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Cisne Negro

blackswan Filme: Cisne Negro (Black Swan)
Nota: 10
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis. Participação especial da Winona Ryder.
Direção: Darren Aronofsky
Ano: 2010

 

 

 

 

Tá aí meu condidato preferido às premiações de 2011.

O filme é extremamente complexo e traz tantas reflexões que eu guardei esse post para um dia meu de verborragia.

Primeiro preciso elogiar as atuações. Começo por aqui porque é mais fácil. A Natalie Portman é linda até careca (V de Vingança), então imaginem como uma bailarina? Essa personagem é diferente do que ela já fez e é extremamente confiável.

Eu já conhecia a Mila Kunis por That 70’s Show, onde já sabia que ela era linda e tinha potencial para comédia. No entanto, o desempenho dela aqui foi surpreendente e a atenção que ela está recebendo agora é merecida e vem em boa hora.

A direção é espetacular. O Darren Aronofsky se superou trazendo um tema que é bem comum na dramaturgia: a dualidade. Só que aqui é feito de um jeito tão sombrio e ao mesmo tempo belo, que o filme já está virando um clássico.

A história é da bailarina Nina, extremamente tímida e infantilizada, mas que recebeu da companhia a árdua tarefa de ser destaque do espetáculo do Cisne Negro, sendo a grande estrela.

Diante disso, vemos um processo de descoberta pessoal e um retrato assustador sobre o universo do ballet.

Enquanto a doce personagem mostra com facilidade o lado pacífico do cisne branco, o diretor força Nina a mostrar o lado sombrio do cisne negro, o que traz grande pressão.

Junto a isso, a bailarina Lily (Kunis) chega à companhia e deixa o diretor encantado com sua espontaneidade e oferece um risco a Nina. Não para por aí: a sua chegada mostra um lado de Nina que começa a perturbá-la também, o homossexualismo.

O conjunto de situações improváveis e a quantidade de alucinações que Nina sofre durante o filme mostram que estamos diante de um filme que explora o psicológico e que estamos assistindo o filme conforme sua ótica confusa.

Só que o diretor é esperto. Logo no começo do filme, um espelho dobrado mostrando dois lados da face de Nina mostra que o reflexo vai ser importante, e é. Por diversas vezes os espelhos revelam a realidade das fantasias.

Não posso deixar de destacar a corajosa cena de masturbação que Natalie Portman fez, mostrando que o sexo não pode ser ignorado em boas histórias, mas também estas não dependem dele como vitrine.

A realidade do mundo competitivo, cheio de assédio sexual, de dor, de sofrimento das bailarinas é outro ponto positivo, porque é muito por conta dele que todos os problemas psicológicos da protagonista existem.

Outro fator desse problema é a mãe de Nina, uma mulher amargurada por largar a carreira para cuidar da filha que projeta suas frustrações em uma obsessão por ela.

Um filme de complexos personagens e de trama misteriosa em um palco de ballet só poderia ter um grand finalle digno desses espetáculos. E assim foi, mostrando um último momento de consciência e uma grande tragédia.

Uma grande obra que trata da perfeição, que se obtida, destrói tudo ao seu redor foi exposta num filme absolutamente perfeito.

Há muito ainda o que se falar de Cisne Negro, diversas reflexões que dele brotam, mas acho que já falei bastante.

Recomendadíssimo e torço por ele nos prêmios.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

127 Horas

127horas Filme: 127 Horas (127 Hours)
Elenco: James Franco. Tem uma participação mínima da Lizzy Caplan, mas não posso deixar de dizer.
Nota: 8
Direção: Danny Boyle (Não é Susan)
Ano: 2010

 

 

 

 

Sessão claustrofobia final.

Esse é muito bom. Aron Ralston está fazendo explorações turísticas a cânions quando sofre um acidente e fica preso dentro de uma fenda isolada em uma pedra, suspenso pelo braço.

Não vou fazer piadinha e dizer quanto tempo ele fica preso lá.

A superação do ser humano é colocada em um nível animalesco nesse filme. É bem aquele papo de que você passa a valorizar as pequenas coisas.

A atuação é impecável. Tem mutios flashbacks e cenas de delírios, o que deixam um pouco cansativo e parecem bem recursos para protelar.

A tensão realmente é forte, sobretudo nas cenas finais, quando a superação do personagem deve ser grande.

Gostei de saber que é uma história real e trazer para as telas foi uma experiência muito feliz do diretor.

Recomendo.

Demônio

demonio Filme: Demônio (Devil)
Elenco: Não conheço ninguém, mas tem o Trey, de The O.C.
Nota: 4
Direção: John Erick Dowdle
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Claustrofobia, parte 2.

Esse filme sem passa inteiro dentro de um elevador. 5 passageiros. Um está possuído pelo demônio.

De repente as luzes se apagam e um deles morre. Assim é a chamada “dinâmica dos fatos”.

Além disso, corre paralelamente um suicídio bizarro ocorrido no mesmo prédio, revelando que o demônio estava por ali para quem quisesse ver e sentir.

A força policial age, claro. Não poderíamos excluir aquela cliché do policial durão sofrido com problemas pessoais, não é mesmo? Esse aqui é exatamente assim. Sua família morreu em um acidente de carro, cujo motorista bêbado do outro carro fugiu.

Não há nada que a assistência técnica possa fazer para consertar o elevador danificado. Dois motivos para isso: primeiro que não está quebrado, o demônio que parou; segundo que o demônio é esperto, não deixa barato – matou o técnico em elevadores.

O final do filme me surpreendeu um pouco. Com relação ao possuído mesmo. Com a história do policial, bom, foi outro festival de clichés e de más atuações.

É um filme bem fraco. A história, como vocês leram, parece uma piada.

Todavia há quem ainda goste de histórias de terror por conta da tensão e do suspense. Por conta do suspense, realmente eu não sou muito exigente com produções de terror, porque a proposta delas é outra. Porém, se a história é cliché o suspense vai pro espaço e o filme morre.

Por isso que não recomendo Demônio, o filme, claro.

Enterrado Vivo

burried Filme: Enterrado Vivo (Burried)
Elenco: Ryan Reynolds
Nota: 9
Direção: Rodrigo Cortés
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Vamos dar início à sessão claustrofobia.

Burried é um filme que se passa inteiro dentro de um caixão.

Ryan Reynolds vive Paul Conroy, um motorista contratado para ajudar em entregas de suprimentos no Iraque. No entanto, o filme começa com Paul já enterrado vivo após sofrer um atentado.

O filme inteiro se desenvolve nas tentativas de sobrevivência de Paul, que luta até o final para conseguir sair dessa situação agoniante com vida.

O roteiro é bem interessante, porque se desenvolve por dois ângulos.

Primeiramente vemos um homem em uma situação extrema, com poucos recursos, sem ar e devendo se poupar tanto física quanto psicologicamente para poder superar o obstáculo.

Além disso, parte que eu acho melhor, vemos uma crítica à postura norte-americana, que lida com terroristas somente da boca pra fora, pois não se importa com o que acontece a quem de fato está lá.

Vemos também a ganância da empresa/seguradora que deveriam prestar auxílio à família de Paul no caso de sua morte. Isso é americano.

Não vou contar o final do filme, mas é genial o nome que é falado, porque revela toda a intenção desse filme ser exibido.

Vale muito a pena, sobretudo pela tensão e pela competência.

domingo, 9 de janeiro de 2011

A Onda

aonda Filme: A Onda (Die Welle)
Elenco: Não conheço atores alemães.
Nota: 10
Direção: Dennis Gansel
Ano: 2008

 

 

 

 

 

 

Eu não me perdôo por ter esquecido esse post por aqui. Eu assisti a esse filme lá pra setembro do ano passado e gostei tanto que segurei a postagem, porque deveria ser inspirada.

Em meio a tantos filmes bons que eu assisti recentemente, esse merecia ser postado agora.

The Wave é um filme alemão, inspirado em um especial norte-americano feito há vários anos.

Existe uma série de teses de ciências sociais por trás desse filme, mas não vou me alongar nisso porque nem tenho conhecimento para tanto.
A história se passa em um colégio alemão e um professor de ciências sociais acaba dando uma matéria que não gosta no curso especial. O curso é sobre autocracia?.

Como experiência, o professor cria uma sociedade na sala de aula, onde os alunos devem se comportar como num sistema fechado e ditatorial. Tudo isso faz parte de um pequeno sabor de como funcionavam sistemas como o nazista.

O genialidade do filme começa aí, pois os alunos, de uma geração perdida, sem ideais, sem algo por que lutar, acabam vendo nesse grupo algo a que se dedicar.

A paixão por esse grupo se torna algo fanático como o nacionalismo exacerbado dos sistemas autocráticos. Não suficiente, começa a surgir ódio por quem é de fora. Junto a isso, começa uma série de ações violentas e agressivas para estabelecer o grupo com força.

Antes que o professor pudesse conter a onda, ela já havia engolido até ele mesmo e as conseqüências acabam se tornando uma tragédia.

Depois de ter visto esse filme e não ter achado absurdo como ele evoluiu, no sentido de que não acho aquilo pura ficção, eu fui pesquisar.

Há suspeitas de ser inspirado em fatos reais, fatos esses obscuros, que ninguém sabe se ocorreram nesses exatos termos.

Além disso, há inspiração em uma teoria conhecida como memética, que observei superficialmente, mas enxerga que determinados pensamentos se espalham como vírus e atingem a todo um grupo de forma dogmática, sem questionar-se. A onda foi exatamente isso.

Essa história é de grande fertilidade intelectual, já que explora assuntos atuais com óticas válidas e sob pontos de vista muito acurados. Me inspirou em muitas coisas.

Esse longa já tem se tornado um clássico cult e acho imperdível, recomendo a todos.

A perfeição se encontra ainda numa trilha sonora completamente compatível e de qualidade.

The Trial

thetrial Filme: The Trial (nem sei se tem nome em português pra isso)
Elenco: Um bando de coroa de carreira modesta, cujos nomes desconheço.
Nota: 2
Direção: Gary Wheeler
Ano: 2010

 

 

 

 

A gente olha uma sinopse, vê um título chamativo e a curiosidade fala mais alto que a razão, não é?

Depois a gente perde 2 horas da vida e fica reclamando que falta tempo para coisas mais importantes.

É isso que acontece com The Trial.

A história é a de um filme de tribunal, onde o advogado protagonista, após perder sua família em um trágico acidente resolve se aposentar.

No entanto é chamado por um juiz para um último caso, devendo defender um jovem (interpretado por um péssimo ator) da acusação de ter matado a namorada.

A trama envolve pessoas ricas, uma perseguição final pela liberdade e pelo dinheiro envolvido, mas acima de tudo, envolve um festival com todos os clichês possíveis nesse mundo.

Não há uma pessoa no filme que tenha atuado bem. A direção é terrível, porque o filme evolui de forma péssima. As situações são impensáveis e de uma ingenuidade de quem escreveu que dá dó.

É uma vergonha deixarem alguém gastar recursos de seja lá quem para produzir um filme desses. Não há nada de bom, nenhuma qualidade. Somente há a exploração de um tema que gera atenção das pessoas, mas em troca de extrema falta de qualidade.

Obviamente, não recomendo.

Season Finale: Leverage - 3ª Temporada

Foi a temporada mais extrema da série. Começou muito bem, no meio decaiu bastante e teve um final grandioso.


leverage s03

O episódio do “pai” da Parker na minha opinião foi o destaque. É bom ir conhecendo mais a complexidade dos personagens, mesmo que em doses homeopáticas.

Só foi bem estranho deixar apenas três episódios para serem exibidos no final do ano, depois de meses de intervalo. Vai entender.

Agora, esses episódios finais, apesar de terem sido engraçados e bem escritos, foram por demais forçados.

O episódio do Papai Noel foi típico de Leverage. Engraçado, inteligente e bem inteligente.

O problema foi na Season Finale.

O que é aquela cena do Elliot matando mil num depósito? Ele escorrega por baixo de um meteoro de tiros e ainda sai lá, lindão, como se nada tivesse acontecido.

Outra bobagem foi no episódio final o inimigo lá no país dele, onde ele manda, não matar todo mundo de uma vez, né? Deixarem eles lá se divertindo e darem o golpe.

Não sei se é chatice minha, que vou ficando exigente. Mas querer verossimilhança nessa série é exigir demais. Só que para tudo tem um limite. Espero que na próxima temporada essas coisas forçadas não sejam tendência, senão a série vai cair no meu conceito.

Mesmo assim, eu não deixo de rir nenhuma vez com os disfarces deles, sobretudo do mau-humor que isso gera, porque eles nem sempre gostam.

A Parker é destaque, mas a Sophie, por algum motivo que não sei explicar, esteve muito bem nessa temporada. Essa coisa de ludibriar os outros exige mais da atriz e essa personagem foi muito bem interpretada.

O Nate continua um chato.

Não vejo a hora de Leverage voltar. Mesmo com algumas críticas, é uma série única e eu não perco por nada.