“Não quero entediar vocês com coisas triviais: Addison Schacht acordou e escovou os dentes. Teve uma ereção matinal e estava chovendo, nada desse tipo de besteira. Nem coisas repetitivas: quantas vezes preciso dizer que fui para a aula de Cálculo? Então, a próxima coisa que surge na minha memória é a sexta-feira da assembleia de preparação para a faculdade. Aquele dia acabou se provando um daqueles decisivos, que não se anunciam. Dos quais acho que toda vida humana é composta.”
Sam Munson
Já começo dizendo que detestei esse livro. Esperava algo bem diferente dele.
Sinopse que achei no Google:
“O jovem Addison Schacht tem 18 anos de idade e está terminando o ensino médio. Preenchendo o formulário para concorrer a uma vaga na universidade, ele para em uma das perguntas: “Quais são suas maiores qualidades e seus piores defeitos?”. Enquanto pensa na sua trajetória até ali e decide se deve ou não continuar os estudos, o rapaz vai levando a vida, vendendo drogas na escola, arrumando briga com os professores e tentando entender sua relação com a melhor amiga Digger (eles são só amigos, viu?).
Mas quando Kevin, um colega de turma, é assassinado, Addison decide fazer uma investigação por conta própria. E, quanto mais ele descobre a respeito desse mistério, mais mergulha em questões ocultas de seu próprio passado.”
Achei que esse livro mostraria um jovem rebelde e inteligente questionando o sistema ou algo do tipo. Quem sabe um humor ácido e alguma coisa até hipster na linha de Alta Fidelidade?
Na verdade o que eu li foi um monte de baboseira pretensiosa de um protagonista de quem é bem difícil gostar ou ter alguma identificação. Além disso, tem umas passagens com referências históricas, filosóficas ou literárias completamente fora de contexto, porque o livro tem, na verdade, uma história bem rasa.
O autor tentou fazer uma literatura de jovens rebeldes e inteligentes, mas na minha opinião ficou tudo artificial e sem graça.
Não me conquistou. Mas, como já tinha baixado o filme, vamos tentar, né?
Filme: Os Criminosos de Novembro ( November Criminals)
Nota: 7
Elenco: Ansel Elgort, Chloë Grace Moretz, Catherine Keener
Ano: 2017
Direção: Sacha Gervasi
O filme não tem nada a ver com o livro. É uma leve inspiração e olhe lá. Talvez, até por isso mesmo, seja um dos raros casos em que o filme é melhor.
Para começar, a versão cinematográfica é bem café com leite. São cortadas diversas situações sexuais, violentas e controversas que o livro explora. Não defendo nem ataco, porque no livro isso tudo é gratuito, então teria de haver um contexto no filme também.
A proposta principal nesse filme é diferente. Temos um jovem que perde o amigo e fica revoltado com o sistema. É diferente do Addison egocêntrico do livro.
Ainda assim, esse filme tem problemas. É ser morno, sem sal. Não tem nada de chamativo e chocante. Tem dois atores que são nomes em evidência na geração deles e fizeram um bom trabalho com o que tinham nas mãos, mas só.
Agora, é melhor que o livro porque, pelo menos não se frustrou em tentar nada sem conseguir.
De todo jeito, a experiência toda foi frustrante. Bola pra frente.
FDL
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