Consegui terminar agora de ver os documentários sobre o caso O.J. Simpson. Depois do livro lido em setembro no true crime, as séries reais pareciam cheias de repetições, mas foram importantes, porque depois do seriado, foi bom ver as caras das pessoas.
O documentário O.J.: Made In America, da ESPN, é bem longo e cheio de detalhes e entrevistas. Em vários episódios pouco se fala sobre o caso. A ideia dessa produção é compreender o caso que parou os EUA, sob o aspecto de que país era os EUA naquela situação.
É notório que o crime envolvia uma celebridade, mas também um negro. O julgamento envolveu diretamente as situações de crises raciais nos EUA, sobretudo em uma época em que havia várias denúncias de violência policial no estado de Los Angeles.
Então, o documentário mostra tanto a vida de O.J. Simpson quando jovem, quanto, concomitantemente, explora a sociedade americana com relação ao racismo e segregação.
Isso é muito bom, principalmente por conta do fato de que O.J. Simpson não se considerava negro, ou “apenas” negro, ele tinha o ego tão inflado, que se sentia acima de todos, até de seus iguais. Porém, seu sentimento de onipotência o fez cometer um duplo homicídio e, ironicamente, ele precisou se vitimizar com relação ao racismo para escapar da punição. Só que era essa mesma raça que ele desprezou durante toda a vida.
O documentário é complexo e isso ocorre porque a situação era complexa também. Somente compreendendo o que foi a segregação e o que foi a violência policial, entende-se o panorama daquele circo judicial e o veredito.
Há diversos relatos e depoimentos, de pessoas envolvidas no caso, como advogados, promotores, testemunhas, enfim, esse documentário é uma extensão do livro que li no mês passado e certamente foi merecedor do Oscar recebido.
Depois, com a boa experiência no documentário sobre Casey Anthony no Discovery ID, resolvi assistir a um documentário em episódios que eles passaram também: “Caso O.J. Simpson: A Prova Esquecida”.
Nesse caso, esse documentário já foi bem ruim. Ele reuniu policiais e investigadores que teriam uma outra teoria sobre o crime, no qual O.J. é inocente ou não agiu sozinho, porque o culpado na verdade poderia ter sido seu filho, que é bem problemático.
As hipóteses até fazem algum sentido em dados momentos, mas a teoria é tão esdrúxula que fica complicado levar a sério, sobretudo com as falsas interações entre os participantes.
Me pareceu bem mais uma ideia oportunista de explorar o caso outra vez. Não recomendo não.
Parece que os documentários criminais viraram uma realidade na minha vida.
FDL
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