domingo, 10 de setembro de 2017

Casey Anthony – A Mãe Mais Odiada da América

Casey Anthony ID

Seguindo no setembro True Crime, resolvi ceder às facilidades da televisão on demand e assisti a esse documentário em três episódios do canal ID, da Discovery.

Essa história é realmente horrível. Casey Anthony tinha em torno de 20 anos quando foi acusada de matar a própria filha, Caylee, de apenas 02 anos, quando foi encontrada uma ossada perto da residência das duas.

Muito embora Casey sempre tenha alegado inocência, sua sequência de mentiras e seu comportamento bizarro sempre indicavam que ela não era verdadeira. Além disso, demonstrava pouca emoção com relação à perda da filha.

O mais bizarro é que o desaparecimento da criança só foi notificado à polícia 30 dias após ocorrido. Para piorar, antes de Caylee ser encontrada, Casey dizia que ela estava com uma babá que não existia.

Como depois do desaparecimento da criança Caylee esteve em festas, fez tatuagem celebrando a vida e não demonstrou o mínimo sofrimento, entendeu-se que ela matou a filha para poder viver uma vida livre das obrigações de mãe. Discutia-se se ela dopou a menina demais e ela acabou morrendo ou se ela de fato foi e matou a filha com toda a intenção.

De todo modo isso não importou, porque em um julgamento cheio de manipulações por parte de sua defesa pouco ética e com base em diversos boatos espalhados, Casey acabou absolvida, ainda que tenha passado alguns anos presa.

O documentário do ID tem depoimentos dos pais de Casey, que realmente cuidavam da neta. A vida dos dois foi destruída, sobretudo com as acusações feitas no julgamento. Amor incondicional de pai e mãe é testemunhado na vida real nesse caso. Sobretudo com relação à mãe, que mente em plenário, tentando proteger a filha.

O comportamento de Casey realmente é estranho, não que exista um protocolo de sentimentos nos casos de perda, mas ela parece absurdamente fria e controladora, sem esboçar o mínimo traço de sofrimento pela filha, mas pela possibilidade de ficar presa.

Ainda que seja função dos jurados e juízes observar os casos apenas fixados aos fatos e não nas pessoas, o telespectador não pode deixar de notar a absurda postura de Casey.

Se foi ela? Provavelmente, mas no sistema jurídico não é muito bem isso que importa na prática. A verdade é que a menina de dois anos foi brutalmente assassinada.

Esse caso é bem perturbador e quem puder, tiver interesse em true crime, deve assistir. São três episódios muito bem feitos.

Agora, acabei fixando no canal ID de novo. Vários documentários bons nesse canal.

Depois disso, acabei descobrindo que houve um filme sobre esse caso. É do Lifetime, especialista em filmes diretamente para a televisão. Deu trabalho de achar, tive que desenferrujar cérebro e ouvidos para prescindir das legendas, mas no final deu tudo certo, porém, antes não tivesse dado.

WATCH-Lifetimes-Prosecuting-Casey-Anthony-trailerFilme: O Julgamento de Casey Anthony (Prosecuting Casey Anthony)
Nota: 5
Elenco: Rob Lowe, Elizabeth Mitchell
Ano: 2013
Direção: Peter Werner

Apenas acho que não é só porque um filme é feito para a televisão, que ele deve ser tão preguiçoso e mal feito.

Os atores são bons, até gosto deles e, por isso, acabei insistindo em achar esse filme. Mas quando tudo é ruim, nem atores experientes conseguem salvar.

De fato a história contada é a do julgamento de Casey Anthony, com uma atriz, aliás, bem parecida com a verdadeira, diga-se de passagem. Porém, o viés é da promotoria. Os dois atores são promotores de justiça no caso, acusando a ré do crime de matar a própria filha.

Acontece que o enredo não flui de forma agradável, as emoções não convencem e há muito mambo jambo jurídico e pouca informação sobre o crime real, que interessou as pessoas.

Falta tudo, mas acima de qualquer coisa, um bom roteiro.

Não recomendo de jeito nenhum. Me pareceu apenas uma tentativa oportunista de aproveitar o embalo da repercussão do filme e ganhar uma grana.

Péssimo.

FDL

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