“Ouviu-se um grande estouro, parecido com uma explosão dentro de um tambor de metal. Fagulhas voaram na escuridão de onde partiu o ruído, e as luzes da estação da rua Bleecker começaram a piscar.
Não havia luz ao longo dos trilhos, e eu não enxergava nada, porque não ousava acender a lanterna que levava. Fui tateando por uma passarela de metal e desci com todo o cuidado uma escadaria estreita que levava à galeria.
Enquanto ia avançando devagar, a respiração ofegante, meus olhos começaram a se acostumar ao escuro. Conseguia ver vagamente a forma das arcadas, trilhos, e as partes de concreto onde os sem-teto dormiam. Eu tropeçava no lixo e fazia barulho quando pisava em objetos de metal ou de vidro.
Eu mantinha a escopeta levantada à minha frente, para proteger a cabeça de algum ressalto de concreto que por acaso não visse. Sentia cheiro de lixo, dejetos humanos e de queimado recente. Quanto mais eu avançava, mais forte era o mau cheiro. Surgiu então uma luz forte, como se fosse a lua, quando um trem apareceu nos trilhos que iam em direção norte. Temple Gault estava a menos de cinco metros de distância.”
Patricia Cornwell
Não teve como. Tive que ler mais um livro da Patricia Cornwell depois de Lavoura de Corpos. Esse é o volume 6 dos livros de Kay Scarpetta.
Talvez Cemitério de Indigentes tenha sido o melhor livro dela que eu li até o momento. É instigante do começo ao fim.
Além disso, é nesse livro que temos o desfecho do caso envolvendo o serial killer Temple Gault, que já atormentava a legista desde Desumano e Degradante, o volume 4.
É efetivamente uma continuação de Lavoura de Corpos.
Nesse caso, Kay Scarpetta é obrigada a largar o natal em família para investigar uma morte que tudo indica ter sido obra de Temple Gault: uma mulher desconhecida estava morta em New York, bem no Central Park.
Além disso, o sistema do FBI criado por Lucy, sobrinha de Kay, parece ter sido invadido por Gault, que usará essa ferramenta tanto para cometer crimes quanto para atormentar sua inimiga.
Recomendo muito ler os livros da Patricia Cornwell. Eu preciso me policiar para não ficar só nos livros dela e esquecer dos outros.
FDL
0 comentários:
Postar um comentário