sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Amizade Colorida

friends with benefitsFilme: Amizade Colorida ( Friends With Benefits )
Nota: 7,5
Elenco: Justin Timberlake, Mila Kunis, Jenna Elfman, Bryan Greenberg, Nolan Gould ( O Luke de Modern Family), Andy Samberg, Emma Stone
Ano: 2011
Direção: Will Gluck

 

 

 

 

Nesse ano tivemos algumas comédias românticas que causaram muitas expectativas, mas revelaram uma fórmula batida e cansativa de produzir filmes.

Protagonistas supostamente complicados por conta de uma vida dura, cenas de nudez para gerar burburinho nos tablóides, algum tipo de cena constrangedora e sempre a mesma dinâmica que sempre culmina numa cena final com música simpática e final feliz para o casal.

Esse filme tem cenas boas e até graça em alguns momentos. Mas no geral, não marcou em nada.

Wasted on The Young

wasted on the youngFilme: Wasted On The Young
Nota: 9
Elenco: Não conheço ninguém.
Ano: 2010
Direção: Ben C. Lucas

 

 

 

 

 

Esse suspense é bem interessante. A sinopse é cheia de altos e baixos, que não consigo contar sem revelar spoilers.

Na verdade, o filme mistura temas polêmicos e interessantes, que com uma narrativa competente faz com que fiquemos presos à história e ansiosos com o desenrolar.

Temos aqui: estupro, bebidas, violência, aristocracia, vingança, fofoca e o poder da internet.

Recomendo bastante essa produção australiana que foge bastante dos padrões de filmes jovens que são feitos atualmente.

Extreme Movie

extreme movieFilme: Extreme Movie
Nota: 0
Elenco: Michael Cera é o único que eu conheço.
Ano: 2008
Direção: Adam Jay Epstein, Andrew Jacobson (shame on you)

 

 

 

 

Preparados para a bomba do ano?

Eu tinha visto o anúncio da volta do elenco completo de American Pie e fiquei empolgado. Por isso, acabei assistindo a esse filme, que acabou aparecendo num dos sites de downloads.

É a sinopse típica: jovens na escola tratando da virgindade e putarias diversas. Eu sei, dá pra escolher algo mais inteligente, isso já foi batido, bla bla bla…

Eu só queria rir com humor imundo e apelativo, me dá o direito? Pior é que com esse não deu nada.

Nada a ver com os tempos áureos de American Pie e até o wannabe Superbad.

Esse filme não tem história, é uma sessão torturante de cenas que humilham quum faz e quem vê. É uma putaria sem propósito e sem graça.

Não recomendo de jeito nenhum e olha que não sou nada rigoroso com comédias.

Super 8

super 8Filme: Super 8
Nota: 7
Elenco: Kyle Chandler, Elle Fanning e outros que confesso não conhecer.
Ano: 2011
Direção: J.J. Abrams

 

 

 

 

Não sei quanto às outras pessoas, mas quando vejo anúncio de um novo filme ou série de J.J Abrams eu sempre fico na dúvida.

Esse cara sempre tem ideias boas em teoria, por isso as séries e filmes são bons no começo. O problema é desenvolvimento e final, onde parece que ele tá tirando com a nossa cara. Nem vou citar muitos exemplos, porque Lost e Cloverfield falam por si só.

Esse filme não é de todo ruim. O elenco infantil foi muito bem escolhido, porque são muito bons.

Aquele ET é ridículo, nem tem o que falar dele.

O final até que não foi ruim. Não sei se estou de bom humor hoje, mas até passou uma ideia boa, fundada na inocência das crianças.

Eu não sou grande fã desse gênero de filme, mas até que foi um passatempo divertido.

Recomendo.

A Condessa

countessFilme: A Condessa ( The Countess )
Nota: 10
Elenco: Julie Delpy, Daniel Brühl, William Hurt e outros.
Ano: 2009
Direção: Julie Delpy

 

 

 

 

 

Sempre fui fã da Julie Delpy, nunca escondi isso. Acontece que eu só a via como uma intelectual que fazia filmes românticos de forma analítica e até azeda.

Nunca a imaginei como uma atriz a ponto de segurar um papel como esse.

Não só ela interpretou de forma impressionante como dirigiu um dos melhores filmes que eu vi nesse ano.

A condessa que por conta de um amor frustrado acaba enlouquecendo e se torna uma serial killer realmente teve um filme que fez justiça à sua história macabra, humana e interessante.

Não posso mais ficar elogiando esse filme porque ele é impecável em tudo.

Recomendo muito essa obra de arte obrigatória.

FDL

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Professora Sem Classe

bad teacherFilme: Professora Sem Classe ( Bad Teacher )
Nota: 9
Elenco: Cameron Diaz, Lucy Punch, Jason Segel, Justin Timberlake,
Ano: 2011
Direção: Jake Kasdan

 

 

 

 

 

Talvez a comédia do ano.

A Cameron Diaz é excelente, sempre no ponto certo dos papeis que faz. Nesse ela é uma professora golpista, egoísta, bêbada e folgada, que só precisa de grana para fazer uma plástica e arrumar um marido rico.

Mais uma vez, dando qualidade ao elenco de coadjuvantes, temos Lucy Punch, que vive a professora oposta de Cameron Diaz.

Até o Justin Timberlake está bem nesse filme. Depois das participações dele em SNL ele mostrou que tem talento para comédia.

É uma excelente opção de filme engraçado, com um bom elenco, inclusive infantil.

Recomendo bastante.

Uma Noite Mais Que Louca

take me home tonightFilme: Uma Noite Mais Que Louca ( Take Me Home Tonight )
Nota: 7
Elenco: Topher Grace, Anna Faris, Teresa Palmer, Chris Pratt, Lucy Punch, Michelle Trachtenberg
Ano: 2011
Direção: Michael Dowse

 

 

 

 

Uma comédia bem agradável no estilo Sessão da Tarde. O Topher Grace e a Anna Faris são comediantes bem competentes, a carreira de ambos fala por si só.

A presença da sensacional Lucy Punch também só ajudou. Que pena essa mulher ainda não ser muito famosa. Ela merece.

Na história, que se passa nos anos 80, há uma festa de reunião dos alunos do Ensino Médio após alguns anos. Começa a competição para os formados em boas faculdades, os bem sucedidos economicamente e para o desfile das esposas/noivas trofeu.

O personagem Matt inventa uma mentira, para tentar finalmente pegar sua paixão da adolescência, a loira boba Tori. Enquanto isso, a irmã dele Wendy está num momento de indecisão entre casar com o queridinho da turma e largar um futuro brilhante como escritora.

A festa de reunião é bem engraçada, com cenas bizarras. O filme no geral é bem divertido.

Notícia escandalosa: não há a cura para o câncer nesse filme, tampouco descobriremos a profundidade do eu interior, mas podemos nos divertir com uma história bem humorada. Afinal, o cinema também serve para isso.

Recomendo.

Peep World

peep worldFilme: Peep World
Nota: 8,5
Elenco: Sarah Silverman, Judy Greer, Michael C. Hall, Ben Schwartz e outros
Ano: 2010
Direção: Barry W. Blaustein

 

 

 

 

Esse filme me gerou muita expectativa, primeiro porque seria a oportunidade de assistir novamente a alguma coisa com a Sarah Silverman desde o fim da série dela, depois para tirar a má impressão que Saint John Of Las Vegas deixou.

O anúncio e expectativa foram os mesmos: uma comédia alternativa com Sarah Silverman no elenco. Sem menosprezar o Steve Buscemi, mas nesse filme o elenco é melhor. Não esperava uma comédia com o Dexter, mas até que deu certo, muito embora ele não tenha veia cômica.

O ator Ben Schwartz esteve excelente na pele do escritor egocêntrico. Mas a qualidade desse ator já foi notada em Parks and Recreation, em que ele vive o ridículo Jean-Ralphio.

O filme não é sensacional, mas é engraçado e trata de forma bem inteligente e ácida as relações familiares, daquela família que se senta na mesa para brigar e jogar fatos e defeitos uns nas caras dos outros.

Não é uma comédia muito comercial, o humor não é muito direto, mas é um tipo de atração que vem ganhando espaço e eu gosto muito.

Recomendo.

FDL

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Inquilina

inquilinaFilme: A Inquilina ( The Resident )
Nota: 7
Elenco: Hilary Swank, Jeffrey Dean Morgan (o irmão americano o Javier Bardem)
Ano: 2011
Direção: Antti Jokinen

 

 

 

 

 

Um filme com a Hilary Swank é obrigatório? Sim. É um filme com stalkers? Sim. Então não tem jeito, vai ser bom, né? Inhé…

Trata-se e outro mais do mesmo. Hilary interpreta uma médica chamada Juliet, que está saindo de um relacionamento e acaba alugando um novo apartamento. Com a alta dos preços, acaba encontrando um local muito grande e barato, mas não desconfia que a esmola é demais.

Lá o dono é Max, um homem solitário e prestativo, que no começo até consegue jogar seu charme para ela, mas não reage bem com a rejeição e a acaba dopando, invadindo seu apartamento e agindo de forma doentia.

O final é que cagou um pouco. O filme até prende a gente com um bom suspense durante o começo e o meio. Mas o clímax é muito cheio de clichés. Doutora, por que você foi direto pra casa sem chamar a polícia quando soube que ele invadiu o local, te dopou e estava com o seu namorado? Ah, já sei, pra ele te encontrar sozinha e fazer a cena clássica de psicopata vs. mocinha, né?

Não mudou a minha vida, tanto é que após uns 2 meses que vi, preparando esse post, lembro de poucos detalhes sobre esse filme, que com certeza não marcou nada.

Não deixo de recomendar, mas tenho certeza de que há coisas muito melhores no momento para se assistir.

O Casamento do Meu Ex

romanticsFilme: O Casamento do Meu Ex ( The Romantics )
Nota: 4
Elenco: Katie Holmes, Josh Duhamel, Anna Paquin, Adam Brody, Candice Bergen, Elijah Wood.
Ano: 2010
Direção: Galt Niederhoffer

 

 

 

 

 

Esse filme confesso que não terminei de ver. É um festival de chavões, com personagens estereotipados, de pseud-profundidade, interpretados por atores duvidosos.

O filme no trailer até passa um clima legal, de reencontro de amigos, que acabam tendo que lidar com conflitos do passado não resolvidos.

O único conflito é ter que assistir a esse filme, que não tem nada de interessante e não passa de uma versão boring de mais do mesmo.

Na história, temos um casamento que reúne um grupo de amigos na cidade natal, mas ex-namorada, melhor amigo mais legal e protagonista mimada fazem com que rolem “altas confusões”.

Não recomendo esse desperdício.

FDL

Amores Imaginários

les-amours-imaginaires_poster001Filme: Amores Imaginários ( Les Amours Imaginaires ou Heartbeats )
Nota: 8
Elenco: Monia Chokri, Niels Schneider, Xavier Dolan.
Ano: 2010
Direção: Xavier Dolan

 

 

 

 

 

Não é um filme comum. Acho que tem sido considerado um “sucesso cult”, porque foi premiado em alguns festivais e recebeu elogios pela crítica.

Na minha humilde opinião, não tem nada de sensacional. É um bom filme e interessante sob o ponto de vista justamente do ponto de vista, nesse caso, distorcido por quem se apaixona.

Na história, os dois melhores amigos Marie e Francis sofrem um abalo em sua relação com a chegada de Nicolas, um rapaz descolado e com atitudes que encantam os dois. Pra mim ele parece mais um Felipe Neto com peruca loira, mas quem sou eu pra discutir a estética do cinema canadense-cult com clima de França, não é mesmo?

A parte interessante é como aos poucos Nicolas abala o mundo dos dois, que passam a se apaixonar e obcecar pelo novo “amigo” e a relação anterior passa a ser de competição velada, com base nos sentimentos egoístas de cada um. Natural a visão do amor como um sentimento egoísta.

A gente não tem muita clareza se o Nicolas percebe essa obsessão dos dois e gosta, alimentando veladamente ou se realmente ele não percebe e age naturalmente. Até mesmo não sabemos se isso é uma visão deturpada dos próprios personagens.

amores2

Os atores que fizeram a Marie e o Francis estiveram ótimos, mostrando de forma bem convincente a mistura de sensações, até mesmo a ansiedade em encontrar com o Nicolas, que estava cagando pra eles no final.

Já o Nicolas é meio inexpressivo e sem graça, podiam ter escolhido um ator mais carismático para causar essa sensação toda nos dois.

O enigma deixa a história interessante, já que o Nicolas flerta com ambos, ou se comporta com intimidade, o que aumenta ainda mais a disputa e a paixão dos amigos por ele.

Também achei interessante os registros no meio do filme de pessoas que tiveram amores doentios, se comportando como stalkers e perdendo a vida pela dependência de outra pessoa.

No final, é um filme bom, mas quando temos uma propaganda cult sobre eles, esperamos algo mais. Esse algo mais faltou, muito embora tenha acertado na originalidade.

Ainda assim, recomendo, porque as opiniões pessoais sobre esse filme devem variar, porque é bem subjetivo.

Vou deixar aqui o vídeo da música Bang Bang, que até teve versão dos Audio Bullys e foi cantada por Sophie Habibis no X Factor britânico.

FDL

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

The X Factor em 2011

the_x_factor

Acho que é a primeira vez que eu faço um post sobre The X Factor. Eu acompanho desde 2009, mas a época dos finales sempre é próxima do Natal e nunca estive inspirado para escrever sobre. Ocorre que nesse ano chegou o momento de falar sobre o meu reality show preferido.

Já começo anunciando que não sou realmente um grande defensor de realities, embora assista alguns. O motivo disso é porque poucos deles são de fato uma realidade, de tanta armação que nós vemos. Sobretudo no Brasil.

The X Factor nada mais é que um American Idol mais elaborado. A diferença, basicamente reside no fato de que nesse os testes são em frente a uma plateia lotada e os jurados também competem entre si, sendo mentores de alguns participantes, divididos em categorias.

No final, acaba sendo uma competição de canto do mesmo jeito. Ainda arrisco dizer que vai um pouco além, porque são feitos grandes números musicais, com um palco sensacional e milionário, com dançarinos, negonas no coral, imagens tristes ou alegres em telão e por aí vai… A justificativa disso é a de que não se procura apenas um intérprete e sim um real artista pop, onde, na vida real, é acompanhado de todas essas parafernálias.

A ideia é britânica e criada por Simon Cowell, antigo jurado do American Idol.

A versão britânica também é a melhor. Já consagrou nomes como JLS e Leona Lewis. O meu participante preferido é Olly Murs, de 2009, que lançou um CD muito bom.

THE-X-FACTOR-Judges

O programa foi trazido para os EUA em 2011 e a Season Finale foi nessa semana. Com isso, Simon Cowell deixou o programa na Inglaterra e foi para as terras yankees. Cheryl Cole, a linda jurada, amada pelos ingleses, também foi junto para a versão americana, mas brigou com Simon e foi despedida logo na segunda semana, ficando desempregada. Em seu lugar, ficou a ex pussycat doll Nicole Sherzinger, muito da sem graça e robótica.

Completaram o painel de jurados americanos Paula Abdul - que já tinha saído do American Idol e feito muita falta – e o produtor musical LA Reid, que é muito arrogante e prepotente, mas competente.

A primeira temporada não fez o que prometeu. Teve boa audiência, mas não chegou aos pés do American Idol. Os participantes eram bons, mas nenhum me conquistou de verdade, principalmente por conta das apresentações pouco inspiradas.

 

Rachel-Crow-CriesVale destacar e menina Rachel Crow, que chamou a atenção no teste, dizendo que com o dinheiro do prêmio (modestos 5 milhões de dólares) ela compraria uma casa com um banheiro só pra ela. A menina de 14 anos demonstrou carisma, talento, maturidadade e muita força, principalmente com uma história de vida que foi um exemplo.

A eliminação dela, perto das finais, foi um choque e realmente muito triste. Ali a temporada cabou para mim.

melanieamaroA vencedora, Melanie Amaro, apadrinhada por Simon, também tem uma bela história de vida, mas não é das cantoras mais originais, sendo uma vencedora morna, conforme a temporada da série.

A série foi renovada e espero que Simon tenha aprendido a lição, chamando Cheryl de volta, oferecendo quanto dinheiro ela pedir e demitindo o apresentador Steve Jones, que é sem carisma e até grosseiro, deixando o programa muito aquém das expectativas.

Na edição britânica, junto dos dois jurados já descritos, Danny Minogue também deixou a atração, sendo chamados novos jurados para acompanhar o único que restou, Louie Walsh. Os novos foram a cantora satélte Kelly Rowland, a menina chata Tulisa e o Robin do Robbie Willians, Gary Barlow.

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A temporada, muito embora não tenha seguido o brilhantismo das anteriores, foi muito boa. Nessa sim há participantes relevantes e talentosos. Destaco aqui: Misha B, Amelia Lilly, Kitty Brucknell e outros.

Mais uma vez, fofocas e escândalos pessoais dos participantes marcaram o programa, como cocaína, lesbianismo, barracos, até bullying entre os participantes. Muitas lágrimas, berros e uma conta de luz que deve ser o olho da cara!

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As vencedoras foram o grupo Little Mix, montado durante a atração, por meninas que fizeram testes solo. São competentes e merecedoras. Não só foi o primeiro grupo a ganhar uma edição do X Factor, mas elas também venceram uma maldição: o primeiro eliminado sempre era um grupo de meninas.

tumblr_lsw5tlEpZ41qc73dno4_500A versão australiana eu assisti no ano passado e nesse ano vi até a metade, porque foi muito chata. A única parte boa foram os comentários bitchy da Mel B, que deveria ter participado da versão britânica, isso sim. O Ronan Keating dá preguiça e o Guy Sebastian raiva. Não valeu a pena, porque a Austrália não teve bons talentos nesse ano, muito embora tenha cortado o coração ( de quem tem um ) com o teste do refugiado de guerra que não tem os braços.

No ano que vem tenho certeza que a partir de setembro todas as versões voltam fazendo alarde. Como não sou bobo, claro que vou assistir. E quem sabe um dia não aparece uma versão brasileira, não?

FDL

The Jury

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Agora em novembro, o canal britânico ITV exibiu uma minissérie muito interessante, chamada The Jury. Nem preciso dizer que assisti.

São cinco episódios que e mostram uma versão com nova história de outra minissérie exibida em 2002, com mesmo formato.

Trata-se do acompanhamento de um julgamento por homicídio, só que sob o enfoque dos jurados. Advogados, juiz, testemunhas, vítimas e réu são apenas coadjuvantes.

Um aspecto muito interessante está no fato de como o julgamento mudou a vida das pessoas e como a vida das pessoas faz com que tenham personalidades influentes no veredito dado.

Há alguns mistérios que são revelados no último capítulo, mas não são tão geniais, a gente já fica com a desconfiança disso logo no começo.

Alguns personagens não fizeram tanto sentido também, mas no geral, segue a tradição das produções inglesas: personagens complexos e bem criados, que fogem dos estereótipos, porque são tratados de forma profunda no enredo.

A série é bem interessante e coloca na mesa a discussão que é o maior argumento dos críticos ao júri popular: o jogo de influências que ocorre entre os jurados e a necessidade da movimentação da população tecnicamente leiga no assunto para decidir sobre situações tão graves.

Claro que continuo sendo a favor do júri, mesmo com seus teatros.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O Homem que Fazia Chover

livro-rainmakerRetornando aos posts, faço um bem completo.

Escolhi ler “O Homem que Fazia Chover” completamente por acaso, selecionando das obras do John Grisham a que eu já sabia existir um filme ainda não visto. Foi ele.

Por coincidência, a história trata de um recém-formado, como eu. Há um forte conflito vivido por Rudy Baylor que envolve a formatura na faculdade de direito e a cobrança da sociedade, que exige um conhecimento pleno do mundo dos tribunais. Além disso, Rudy percebe que a rua é selvagem e a faculdade não prepara para nada.

Nessa história, Rudy acaba encontrando dois casos em um plantão de atendimento da faculdade e, com eles, acaba se apegando ao de Donny Ray, um jovem fadado à morte por leucemia, após ter sido negado o seu benefício do seguro saúde por uma empresa corrupta.

Sendo assim, inicia-se uma batalha de Davi contra Golias, em um ambiente extremamente envolvente, de uma transição brusca na vida de Rudy, que passa de um estudante de direito a um advogado das ruas.

Foi um dos meus livros preferidos de John Grisham, que nos envolve nessa briga e faz com que não paremos de assistir.

Outro aspecto interessante é a abordagem ao caso da violência doméstica, que foi tratado com muita sensibilidade pelo autor, além de um choque de realidade, coisa muito comum a muitas mulheres nessa situação.

O final da história tem uma surpresa, que no começo me incomodou um pouco, mas assim que eu fechei o livro e comecei a ver o filme, mudei de opinião e achei um ótimo final. Falando no filme…

 

Filme

filme-rainmakerFilme: O Homem que Fazia Chover ( The Rainmaker )
Nota: 8,5
Elenco: Matt Damon, Danny DeVito, Claire Danes, Jon Voight, Danny Glover.
Ano: 1997
Direção: Francis Ford Coppola

Quem sou eu para criticar o Coppola, certo? Mas não entendi a razão de algumas mudanças no enredo para o filme acontecer. Não se tratam de cortes para o filme não ficar longo, tampouco omissão de personagens, para não ficar confuso e superficial. Isso até tem e eu compreendo. Falo de mudanças gratuitas que retiram muito da essência do filme. Parece até que o diretor quis se sobrepor à história.

O posicionamento do juiz me incomodou um pouco, porque oposto do que houve no livro. Por quê? A história de Miss Birdie ser meio corrida também não foi das mais agradáveis.

O que eu gostei foi da capacidade em selecionar passagens geniais da história e serem repetidas tal qual escritas. A memória ainda estava fresca, porque li o livro e assisti ao filme em seguida.

O elenco está ótimo. Até mesmo o Matt Damon, que fez muito bem o advogado corajoso e determinado, mas ao mesmo tempo assustado pela inexperiência e por ser jogado de paraquedas na selva.

O final do livro é meio abrupto e a gente até leva um certo choque. No filme foi mais sensível e mais linear. Gostei.

Não é genial, mas recomendo, porque embora não tenha sido muito fiel, fez o que pode, mesmo sem sentido nas mudanças que eu notei.

FDL