Chegamos à quarta parte do mês de outubro de filmes + livros de terror. O escolhido da vez é outro clássico, O Bebê de Rosemary, com livro de Ira Levin e filme de Roman Polanski. Comecemos pelo livro:
“Rosemary disse: ‘Só quero ler este último capítulo’.
‘Hoje não, amor’, ele disse, aproximando-se dela. ‘Você já ficou agitada demais. Isso não faz bem nem a você nem ao bebê.’ Estendeu a mão e ficou esperando que ela lhe entregasse o livro.
‘Não estou agitada1, ela respondeu.
‘Está tremendo toda’, ele disse. ‘Faz cinco minutos que não para de tremes. Vamos, me dê esse livro. Amanhã você termina de ler. ’
‘Guy...’
‘Não’, ele disse. ‘Vamos, estou pedindo, me dê esse livro. ’
Ela disse: ‘Ohh’, e entregou o livro. Guy foi até a estante, se esticou todo e colocou o mais alto que conseguiu alcançar, em cima dos dois volumes do Relatório Kinsey.
‘Amanhã você lê’, repetiu. ‘Já teve emoções demais por hoje, com o enterro e tudo mais’.
Ira Levin
O livro é bem curtinho, você lê em pouco tempo. A história é muito bem escrita e tem um suspense que te prende. Realmente é muito semelhante ao filme, que eu já tinha visto há muitos anos.
Sobretudo a parte final, que revela o suspense, é tem um ar bem sinistro e a gente fica tenso e curioso ao mesmo tempo. Gosto quando um livro provoca esse tipo de sensação e entendo porque a história causou polêmica e burburinho no final dos anos 60.
Talvez não tenha sido o suspense da minha vida, mas como gosto muito do filme, valeu a pena ter mais essa leitura de experiência. Claro que seria a oportunidade perfeita para rever o filme. Simbora.
Filme: O Bebê de Rosemary ( Rosemary’s Baby )
Nota: 9,5
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes
Ano: 1968
Direção: Roman Polanski
O filme é um dos meus preferidos nessa categoria. É considerado por muitos um clássico do cinema, sobretudo na categoria suspense.
O trabalho da Mia Farrow é excelente e o clima do final fica ainda melhor com a experiência do audiovisual.
Rever esse filme não mudou em nada as minhas impressões de antes, de um suspense que cresce conforme se desenvolve, sem perder a essência no final.
Continuo recomendando muito esse filmão.
FDL
0 comentários:
Postar um comentário