Nesses últimos tempos, com a minha incursão nos true crimes, acabei dando mais atenção a esse canal.
Em algumas situações ele é péssimo: não há uma guia decente, não há uma grade fixa, dificilmente você encontra facilidade em ver uma temporada inteira de uma série e também não há um site com melhores explicações sobre o conteúdo. Uma pena o que essas empresas fazem com o Brasil. Jogam o conteúdo de qualquer jeito, porque aqui todo mundo aceita.
Ainda assim, isso não é o pior. Toda a programação é dublada. Os depoimentos em documentários criminais são sofridos. Diversos canais disponibilizam a opção de áudio original com legendas em português. Não é o caso do ID. Nada de legendas. Logo, só assisto com áudio original quando estou sozinho.
Agora, quando se trata do conteúdo, ele é praticamente todo produzido lá fora e a situação se altera. Utilizando a grande facilidade das gravações programadas, consegui nessas últimas semanas acompanhar algumas séries completas do canal, que são muito interessantes.
O bom é que as séries de documentários são temáticas (e bem específicas, por sinal) e com temporadas curtas. Já comentei recentemente o caso da Casey Anthony, O.J. Simpson e o Anatomia do Crime (esse nacional). Eis os que vi recentemente:
Casos Reais com Maria Elena Salinas
Certamente foi o seriado de documentários que mais gostei de ver. Maria Elena Salinas é uma jornalista que mostra 13 documentários de crimes polêmicos, com repercussões e apelo emocional ocorridos nos EUA.
Diversos são impressionantes, mas o caso da boate Pulse chamou muita a atenção. Além disso, destaco os casos de erros judiciais que são impressionantes.
O mais importante dessa série é a forma com que Salinas entrevista as pessoas e narra os crimes.
Tomara que haja mais temporadas
Na Cena do Crime com Tony Harris
O jornalista Tony Harris investiga crimes ocorridos em comunidades que são impactadas pelos casos. São 06 episódios de homicídios bem diferentes, com um apresentador que se enfia nos casos até saber a fundo tudo o que houve.
Também gostei muito desse jornalista.
Destaco o primeiro episódio, da morte da pequena Jodi Parrack e os efeitos que uma acusação sem provas pode fazer com uma pessoa, sobretudo numa pequena comunidade.
Além disso, chegou a deprimir o episódio final, de Cherelle Baldwin, uma jovem negra que acaba matando o marido abusivo em legítima defesa, mas sofre toda a violência de um sistema hostil e machista para tentar provar sua inocência.
A Morte Me Escolheu
Essa série não é tão boa quanto as outras, mas vale assistir quando se está no clima. São 8 episódios sobre o detetive de homicídios Rod Demery, considerado um dos melhores de seu estado.
Os documentários são narrados pelo próprio Demery, com dramatizações. Há relatos e digressões sobre o homicídio em si, sobre a carreira policial e sobre o estado psicológico do próprio policial, já que diversos casos fazem paralelo com as tragédias pessoais que ele mesmo sofreu.
Todos os crimes envolvem a população negra norte-americana e uma realidade que os filmes não têm interesse em exportar ao mundo.
Até que recomendo, excluindo algumas passagens bem forçadas nos relatos dele.
Me parece que os documentários vieram para ficar na minha vida. Acho que em breve relato sobre outros.
FDL