terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Um Sonho de Liberdade

um sonho de liberdadeFilme: Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption)
Nota: 10
Elenco: Tim Robbins, Morgan Freeman
Ano: 1994
Direção: Frank Darabont

 

 

 

 

Foi indicado a diversos Oscars, incluindo melhor filme e melhor ator (Morgan Freeman), mas era 1995 e foi o ano de Tom Hanks e seu Forrest Gump. Recentemente foi eleito o filme mais injustiçado pelo Oscar na história.

Eu sei que é muito tarde para ver esse filme. Deveria ter assistido antes mesmo de começar a faculdade de direito. Acontece que algumas coisas na vida são assim. Nós nos deparamos com o filme quando tem que ser e esse foi o momento, mesmo já tendo ele em minha lista de próximos há alguns anos.

É difícil começar a elogiar Um Sonho de Liberdade, porque ele trata de tantas coisas que eu fico até perdido. Mas posso começar falando que o principal nesse filme é a institucionalização e seus efeitos.

Começamos com o impressionante personagem feito pelo Tim Robbins, Dufresne, que acaba de chegar na cadeia e começa a assimilar todo aquele novo universo, mas de um jeito diferente, ele é um cara diferente. Além disso, ele se aproxima de Red (Freeman), um veterano respeitado na cadeia.

Um Sonho de Liberdade mostra nuances de como funciona o poder na cadeia, tal qual a relação dos presos com os funcionários e diretores.

O personagem Dufresne é um gênio e um homem que faz parte de uma minoria: pessoas que não são selecionadas normalmente pelo sistema para irem presas. No entanto, acabou sendo enviado para a prisão, mesmo jurando sua inocência. Ocorre que por mais que ele tenha sido engolido pelo cárcere, ele não chegou a ser completamente dominado, nunca perdendo as esperanças de conquistar sua liberdade e influenciando de alguma forma todos a sua volta: presos, carcereiros e até o diretor.

Já o personagem Red é um homem preso há muito tempo e com ele tem algo que eu destaco muito nesse filme: é retratada a hipocrisia dos critérios para dar condicional a alguém. No Brasil ainda há esse tipo de coisa também, como se pudéssemos exigir um comportamento do preso, sendo que a institucionalização promove outra.

A fala de Red na última audiência é de arrepiar. Só digo isso.

Quando o assunto é o lado de fora, a gente pode ver até com certa amargura o título Um Sonho de Liberdade, tradução daqui. Por conta da institucionalização os indivíduos ficam sem espaço, sem função e lutam para recuperar a identidade que um dia lhes foi apagada no cárcere.

brooks

Com relação a isso temos a emocionante cena do Brooks, o preso idoso que é solto depois de passar a vida toda no presídio e sem conseguir viver do lado de fora, comete suicídio, mas não sem antes tentar deixar algum tipo de marca.

O final do filme é emocionante e de uma certa forma mágico, porque traz um senso de justiça, mesmo quando sabemos da fria realidade.

É muito bom vermos filmes que mostram alguma coisa de como funciona a prisão, porque nossa realidade é muito distante e dá perspectiva de até onde o ser humano pode ir e o quanto de nossas supostas escolhas estão condicionadas ao meio em que vivemos.

Recomendo muito.

FDL

domingo, 18 de janeiro de 2015

Pacto Sinistro

pacto sinistroFilme: Pacto Sinistro (Strangers on a Train)
Nota: 9,5
Elenco: Farley Granger, Ruth Roman, Robert Walker
Ano: 1951
Direção: Alfred Hitchcock

 

 

 

 

 

Foi indicado ao Oscar de melhor fotografia em preto branco em 1952.

Claro que numa temporada de filmes clássicos tem que caber uma obra do mestre Hitchcock. Pacto Sinistro está entre os mais famosos do diretor e não podia perder.

Sinopse:

“Guy Haines (Farley Granger), um tenista profissional, tem a oportunidade de conhecer Bruno Antony (Robert Walker), um rico perdulário, em um trem. Tendo lido tudo sobre Guy, Bruno está sabendo que o jogador de tênis tem um casamento infeliz com Miriam (Kasey Rogers) e foi visto na companhia de Anne Morton (Ruth Roman), a filha de um senador. Inoportunamente, Bruno revela para Guy que sempre odiou seu pai. Guy escuta Bruno discursar sobre a teoria da "troca de assassinatos". Supondo que Bruno matasse Miriam e Guy, em troca, assassinasse o pai de Bruno, não haveria conexão entre os assassinos e suas vítimas e no momento das mortes os interessados teriam álibis que os deixariam livres de qualquer suspeita. Ao chegar no seu destino Guy se despede de Bruno, sem pensar mais na teoria homicida dele, que considerou uma piada. Mas Bruno em sua loucura entendeu que havia um pacto entre eles. Em pouco tempo Miriam é estrangulada e agora Bruno quer que Guy mate seu pai e cumpra sua parte no acordo.”

É excelente esse filme. Algumas passagens são excessivamente lentas, como Bruno à espreita de Miriam no parque de diversões. Isso faz com que o suspense só aumente.

A tensão não fica somente no mistério do que vai acontecer, mas quando vai e como vai. A cena de Guy na casa de Bruno também é excelente, com aquele cachorro, a lanterna no mapa e tudo mais, sobretudo com o desfecho.

Imagino que em 1951 deva ter sido impressionante, sobretudo naquela cena do carrossel ao final, que foi muito bem feita considerando-se os padrões da época.0463593_38581_MC_Tx360

O interessante de ver esses filmes clássicos é que as concepções artísticas eram diferentes. Não tenho esse papo de ser melhor ou pior, afinal as pessoas mudam e a arte se transforma junto com elas. O que interessa é notar a qualidade dos diálogos que precisam de sutileza, ao contrário do cru e direto de agora.

Quanto aos atores, são excelentes. Farley Granger, que interpreta Guy, também faz parte do filme Festim Diabólico, outro clássico do Hitchcock, entre os mais cultuados.

Interessante falar também sobre Robert Walker, que interpretou Bruno. Ele morreu logo após a produção do filme. Pelo que vi por aí, o ator tinha problemas psicológicos e com alcoolismo, morrendo por conta de uma reação alérgica com medicamento. Esse papel foi considerado o de sua vida. De fato, o personagem Bruno é muito interessante: maluco e malvado.

Recomendo muito esse filme e vi esses dias que o David Fincher, que vem se destacando cada vez mais nos suspenses, tem interesse em fazer um remake junto de Ben Affleck, com quem fez Garota Exemplar. Fica aí a expectativa.

FDL

Frozen: Uma Aventura Congelante

frozenFilme: Frozen: Uma Aventura Congelante (Frozen)
Nota: 7
Elenco: vozes de pessoas que não conheço
Ano: 2013
Direção: Chris Buck, Jennifer Lee

 

 

 

 

 

Vi com bastante atraso, mas confesso que essa animação nunca esteve nos meus planos. A fama e a música onipresente também não me despertaram curiosidade.

Aí aparece um feriado em família e você acaba vendo por falta de disposição de levantar do sofá para fazer qualquer outra coisa.

Continuo gostando das animações da Disney e afins, só que ultimamente não tenho ficado contente com os trabalhos, que, na minha opinião, abusam dos recursos visuais, mas não dizem nada.

Frozen tem, de fato, um visual impecável. Uma criança no cinema deve realmente ter ficado encantada. Quanto à mensagem, talvez diga algo sobre aceitarmos as diferenças, em alguma metáfora vaga.

Não vejo em Frozen nada de muito diferente do que a Disney tem feito, apenas para manter a obsessão das crianças por princesas sofredoras. De resto, o trabalho é competente. Já vi animações que ofendem a nossa inteligência.

Fica o registro.

FDL

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Conduzindo Miss Daisy

miss daisyFilme: Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy)
Nota: 10
Elenco: Morgan Freeman, Jessica Tandy, Dan Aykroyd
Ano: 1989
Direção: Bruce Beresford

 

 

 

 

 

Venceu 04 Oscars em 1990: melhor filme, melhor atriz (Jessica Tandy), melhor roteiro adaptado e melhor maquiagem. Morgan Freeman foi indicado e melhor ator e Dan Aykroyd foi indicado a melhor ator coadjuvante. Há outras indicações também.

Comecei a temporada de ver filmes clássicos ou antigos que esburacavam a meu pretensioso e incompetente conhecimento de cinema.

O primeiro foi Conduzindo Miss Daisy. Eu já tinha visto imagens em algum momento e estava com o arquivo no computador há mais de dois anos. O momento chegaria.

Estou numa fase de ver filmes com esse estilo, de pessoas comuns, ou extraordinárias na sua forma de encarar sua mediocridade, que dão lições de vida.

Esse filme é emocionante. Não tem como dizer outra palavra.

Primeiro, ao ver como foi nas premiações, me espantou não ter sido o prêmio de melhor ator do Morgan Freeman. Vou ainda comentar outro dele nos próximos dias, mas não posso deixar de dizer que esse cara é sensacional.

O personagem Hoke é algo que já me chamou a atenção desde o começo, com a sua bajulação aos brancos que vão contratá-lo e ao mesmo tempo mostrando personalidade. Além disso, como foi preciso ter sabedoria para poder viver em um tempo de tantos preconceitos como aquele. Esse aspecto submisso era uma forma de sobreviver, já que o racismo era como um direito de classes dominantes.

O racismo foi algo que me marcou nesse filme, sobretudo numa cena muito bem feita em que Hoke e Miss Daisy estão viajando e são abordados pela polícia, que obviamente achou que ele seria um ladrão.

O choque de culturas sempre causa essa mistura interessante. Nesse caso eram questões tanto raciais quanto econômicas. E mesmo assim uma grande amizade surgiu.

Do começo ao fim temos uma lição de vida, seja de mãe e filho, seja sobre envelhecer, seja sobre relação entre patrões e empregados domésticos, seja sobre a questão dos judeus, sobre os negros, até sobre a mulher.

A chave de ouro fica na sensibilidade e suavidade com que tudo foi contado. Vivemos tempos de filmes mais crus e diretos. Também são bons. Mas essa forma mais leve e artística de contar histórias sem dúvida tem seu papel.

É um filme para guardar na memória, realmente.

FDL

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Top 10: Televisão em 2014

Se com filmes tive dificuldade em encontrar 10 deles que merecessem destaque, por aqui também tenho um trabalho complicado, porque são mais do que 10 com certeza.

No ano passado consegui eliminar bobagens que assistia por ter de filtrar melhor meu tempo. Além disso, houve muitas séries e minisséries de qualidade. Era só olhar na internet.

Eis:

1- How To Get Away With Murder

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Geralmente eu coloco na lista séries que eu tenha terminado de ver a temporada. Com essa nem preciso ver o resto para saber que é número 1.

A impressionante Viola Davis como uma professora universitária rodeada de alunos tão ambiciosos e de caráter duvidoso quanto ela. Pode somar assassinatos, tribunais e suspense e flashbacks. Pronto, me ganhou. É a série do ano e acabou.

2- The Good Wife

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Pela primeira vez vejo sinais de desgaste nessa série. A perda de parte do elenco na temporada passada e a mais gente caindo fora nessa foi um ponto negativo. Só que o texto, as situações e o enredo são insuperáveis. Continuo sempre arranjando tempo para ver.

3- Broadchurch

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Os britânicos dessa vez humilharam nos suspenses. História que trata do misterioso assassinato de um menino, que agita uma pacata cidade litorânea.

Mas o ser humano é sempre o mesmo. Na cidade onde parece reinar a paz e a harmonia, obviamente há o disfarce das perversidades que ocorrem em quatro paredes.

Era pra ser minissérie e virou série. Está no ar a segunda agora.

4- House Of Cards

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Ainda não consegui tempo de ver a segunda temporada, porque gosto de ver em maratona, de uma vez. Mas a primeira temporada foi algo fora do tempo. Kevin Spacey é um dos meus atores preferidos e essa série trouxe inteligência e maldade com um refinamento impressionante. Mesmo não sendo tão fã de política não pude deixar de ver essa série, que é um dos maiores destaques do momento.

5- Combo Minisséries: What Remains e The Guilty

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What Remains contou a história de uma solteirona gorda, que foi assassinada e seu corpo descoberto apenas anos depois, porque ninguém sentiu falta dela.

The Guilty tratou do desaparecimento de uma criança em um suspense policial muito interessante.

Ambas minisséries curtas, de 3 episódios relativamente rápidos, mas que desenvolveram muito bem personagens e situações.

6- Him and Her

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É de 2013 a temporada final, mas assisti em 2014, no comecinho do ano. Vai deixar saudades essa comédia escrota e despretensiosa. Sou fã do casal Stevie e Becky e nunca vou esquecer dessa agradável série.

7- The Missing

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Mais uma maratona, essa no final do ano. Britânicos estão obcecados com desaparecimentos de crianças? Sim! Eu me importo? Não!

Ótimas atuações e um suspense mais focado na resolução do mistério. Gostei mais de Broadchuch, mas certamente essa série foi um destaque do ano.

Mais uma minissérie que virou série. No caso dessa a segunda temporada será com caso e elenco diferente.

8- The Mindy Project

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Mindy continua sendo Mindy. Sou fã dessa mulher moderna que se sente segura sem precisar se enfeiar ou humilhar.

É uma série boba, de humor bobo, mas extremamente cativante, que me faz acompanhar por simpatizar com essa atriz/escritora.

9- Silk

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Mais uma despedida. Silk foi embora de vez também. A série de tribunais mais humana que eu assisti acabou e vai ficar apenas a saudade de Martha Costello.

Foram poucas temporadas, poucos episódios e excelentes atuações.

Que venham mais produções assim.

10- O Rebu

 

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O ano não foi bom para a televisão brasileira na minha opinião. Não vi as minisséries da Globo e a tv a cabo não me chamou muita atenção.

Agora, O Rebu tinha tudo para me prender e o fez.

Boas atuações, excelente trilha sonora e uma história que apesar de enrolada, convenceu.

Um trabalho competente da Globo, que podia expandir mais seus horizontes.

2014 foi fraco em comédias. Continuo vendo The Big Bang Theory, mas diminuiu de qualidade e não merece estar na lista. 2 Broke Girls a mesma coisa.

Acabei não terminando de ver Parks and Recreation, mas quem sabe ela aparece aqui na lista do ano que vem em sua temporada final?

Há outras comédias, mas nada de tão impressionante. Veep é ótima, ficaria com o 11º lugar. Episodes e Girls são competentes.

Lisa Kudrow está no ar com logo duas: The Comeback está de volta na HBO, depois de tantos anos! Uma hora termino de ver. Web Therapy também está muito boa.

Os realities ainda são boa pedida. The X-Factor melhorou bastante com a volta de Simon. The Voice UK me fez gostar de verdade dessa competição, muito por conta do Ricky Wilson dos Kaiser Chiefs. A Band surpreendeu com o excelente Masterchef.

Os policiais saíram em peso do meu top 10. Andam sobrando episódios parecidos e faltando criatividade. Ainda estou apegado e não larguei Bones, Criminal Minds e Rizzoli and Isles. Até quando eu não sei.

As animações eu pausei e vejo sem acompanhar. The Simpsons e Bob’s Burgers foram as que sobraram, sendo que a última não vejo há um tempo.

Fico feliz também de Saturday Night Live ter entrado numa fase melhorzinha, pois a temporada 2013/2014 foi tão ruim que não mereceu nem um post. Eles são obcecados com maconha? Sim, mas tá engraçado atualmente.

Teve muita coisa que eu queria ter visto e não pude. Infelizmente a vida é assim. Quem sabe nesse ano eu consiga. O importante é que qualidade não tem faltado.

FDL

Season Finale: The Missing – 1ª Temporada

the missingOs britânicos apareceram com outro suspense de crianças desaparecidas. Mais uma vez tive que assistir.

É muito parecido com Broadchurch, ainda mais por ter sido lançado como minissérie e virado série por conta do sucesso.

No caso de The Missing, a nova temporada não é uma continuação da história, é tudo novinho. Broadchurch está com a segunda temporada no ar agora e é uma continuação.

O casal Emily e Tony estão viajando com o pequeno filho Ollie pela França em 2010 e o carro quebra, os obrigando a ficar hospedados em um hotel até o conserto. O pai leva o filho à piscina e se distrai por um segundo no jogo da Copa do Mundo (quando a França eliminou o Brasil) e o menino some.

A série se passa em dois períodos de tempo: a narração de 2010 no tempo do desaparecimento e o a fase atual, em 2014, com o andamento da história.

O pai Tony se torna obcecado em encontrar o menino, ao passo que a mãe sofre de forma diferente, até sabermos o que aconteceu no 8º e último episódio.

O destaque em The Missing ficou com as excelentes atuações, sobretudo do James Nesbitt, o pai. Esse ator merece todos os prêmios.

Não fui tão fã do final, acho que poderia ter alguns detalhes a mais. O fato é que gerou comentários e a série não passou sem causar barulho.

Uma trilha sonora legal não mataria também. Música boa é o que não falta por lá.

Britânicos, podem ir fazendo séries de suspense por aí que eu não reclamo!

Recomendo muito.

FDL

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Top 09 – Melhores Filmes de 2014

Esse foi um ano de pouco tempo e de muitos problemas e ocupações. Isso se refletiu na quantidade de filmes que eu assisti. Ainda assim, dá pra fazer um top 09, já que tive sorte em algumas escolhas.

Faltaram vários títulos que eu baixei e ficaram no computador. Além disso, aproveitei as férias de dezembro pra fazer uma pequena maratona de filmes clássicos, que resolvi não incluir hoje e daqui a uns dias posto o que escrevi sobre eles.

Aparentemente não perdi muita coisa, já que todo mundo comenta por aí que 2014 foi péssimo no cinema.

Mais uma vez ressalto que são filmes que eu vi em 2014, não necessariamente foram produzidos nesse ano.

1- Garota Exemplar

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Depois do livro excelente ficou a expectativa do filme, que já foi elogiado antes da estreia. Excelente trabalho de Ben Affleck, Rosamund Pike e do diretor David Fincher, um dos meus favoritos no momento. Esse estilo de filme é o que mais gosto: suspense inteligente.

2- Sem Evidências

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Excelente história real sobre presunção de culpa em crimes com base em estereótipos. Dois atores que saíram das comédias românticas para fazerem um bom trabalho com filmes mais sérios.

3- Blue Jasmine

blue jasmine

O Woody Allen do ano passado que só consegui ver nesse ano. O texto, as reflexões e como esse diretor consegue extrair o melhor dos atores não tem nome. Os filmes desse cara são uma experiência à parte.

4- O Sistema

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Ótimo elenco em um filme sobre ativistas radicais e jovens querendo mudar o mundo. Não foi muito comentado, mas certamente deveria ser mais assistido.

5- Tim Maia

tim maia

Bela homenagem do cinema nacional a um dos maiores músicos do nosso país. Inspirado em um excelente livro de Nelson Motta, com excelentes atuações e as músicas que empolgam, é um trabalho competente (diferente do especial que a Globo cortou todo para limpar a imagem do Bob Carlos).

6- Gravidade

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Um dos poucos filmes da temporada de prêmios passado que me interessou e que consegui ver. Consegue ser bem tenso e nos permitir reflexões, mesmo com uma trama tão simples.

7- Sem Limites

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Filme um pouco mais antigo, mas com um bom suspense e bom trabalho de Bradley Cooper.

8- Atividade Paranormal: Marcados Pelo Mal

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Consegui um filme de terror para essa lista! Mas calma, o ano foi fraco mesmo. Só que não perco meu fanatismo por esse estilo e esse fez um trabalho competente. Annabelle e Ouija não foram tão péssimos também, mas Atividade Paranormal merece um lugar na lista porque lembro ter sido divertido assistir.

9- Malévola

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Vi agora no finalzinho do ano e a atuação da Angelina Jolie e os efeitos especiais fazem esse filme merecer o lugar derradeiro.

Tenho que comentar para esse ano o destaque negativo que foram as comédias nacionais. No ano anterior fiquei contente com outras produções, mas filmes como Copa de Elite, SOS Mulheres ao Mar, Muita Calma Nessa Hora 2 e Meu Passado Me Condena me fizeram perder tempo (graças a Deus fiz download e também não perdi dinheiro).

Quem sabe em 2015 consiga ver mais filmes? O negócio é que as séries estão com qualidade superior, isso é fato. Também dediquei meu tempo livre às minisséries, sobretudo as britânicas, que fizeram um trabalho de gênio em 2014. Isso fica pra depois.

FDL

Malévola

malevolaFilme: Malévola (Maleficent)
Nota: 7
Elenco: Angelina Jolie, Elle Fanning e a professora Dolores do Harry Potter.
Ano: 2014
Direção: Robert Stromberg

 

 

 

 

Bom filme infantil com mágicas e efeitos especiais. É o tipo de produção do momento.

Confesso que não é a minha escolha preferida, porque não combina comigo, mas certamente tenho de reconhecer a excelente atuação da Angelina Jolie nesse filme, tal qual o visual impecável e lindo desse filme.

Ponto para a escolha de ter corvos, já que estes e urubus são as aves mais legais que existem.

Nem sempre essas “releituras” de clássicos da Disney me agradam, mas essa fez um trabalho ok.

A cena final de luta foi extremamente bem feita. Recomendo para a família.

FDL

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Abandonado em 2014

O ano que passou foi complicado e não tive tempo para investir em séries que não passavam por um bom momento ou que já tinham dado o que tinham que dar.

O fato é que na televisão surgem diversas furadas todo ano. Séries novas ganham uma chance e se não vejo futuro, largo. Séries veteranas começam a ficar chatas, porque o dinheiro vale mais que qualquer projeto artístico.

Vamos ao que larguei no ano passado:

Modern Family: vi até o oitavo episódio da quinta temporada. A série ficou sem graça, não que eu achasse hilária antes. O que me prendia em Modern Family era o humor ácido e inteligente utilizado nessas novas famílias que surgiram no mundo atual. As piadas foram feitas e a série fez sucesso, mas e depois, o que fazer? Repetir as piadas. Ficou sem propósito e perdi a vontade de ver. O elenco ainda é ótimo e talvez a série tenha até melhorado depois, mas outras apareceram e perdi o interesse, mesmo guardando boas memórias das duas primeiras temporadas, que foram geniais.

Homeland: vi os três primeiros episódios da terceira temporada. Foram exibidos em 2013. Em 2014 a quarta até terminou. Só escrevo agora porque por um tempo cogitei continuar vendo. O problema é que a segunda temporada encerrou de um jeito que na terceira era outra série. Acabei vendo spoilers que não gostei também. Ficou claro pra mim que para manter a curiosidade das pessoas o povo foi criando mais mistérios, mais conspirações, mais mortes, mais personagens avulsos. Perde a graça assim. Não vou mais ver.

Whose Line Is It Anyway: a série voltou com seu elenco original em 2013. Só a apresentadora, que agora é Aysha Tyler (aquela de Friends), mudou, ficando no lugar de Drew Carey. Assisti 10 episódios dessa 9ª temporada. Em 2014 houve mais 24. No começo serviu pra matar a saudade, porque o elenco é ótimo. O problema é que as cenas de improviso já cansaram. Além disso, o programa está num canal menor e não conseguiu convidados interessantes para não deixar cada episódio com cara de igual. Pareciam reprises deles mesmos e perdi o interesse. A falta de legendas também atrapalha um pouco em produções de humor rápido assim.

24 horas: depois do cancelamento Jack Bauer voltou em uma nova temporada para ganhar uma graninha, já que estavam todos de boa. A promessa era uma produção digna das geniais três primeiras temporadas. Assisti aos três primeiros episódios e gostei bastante, mas não o suficiente para apostar em ver tudo. O que vi por aí é que o ritmo e a qualidade foram decaindo, de fato, durante a temporada.

New Girl: consegui ver apenas os dois terríveis primeiros episódios da terceira temporada em 2013 mesmo. Esperava fazer uma maratona em 2014, mas não aconteceu. O que essa série construiu nas primeiras temporadas acabou cagando depois. Começaram personagens atravessados, mistérios sem razão de ser que aparecem só para causar discórdia, personalidades se transformado, enfim, acabou para mim. Tinha até me interessado pela volta do Coach, que tinha participado do piloto, mas não rola. Cansei se insistir em comédias que só enchem linguiça.

Orange is The New Black: antes de estrear no Netflix a segunda temporada, eu comecei a ver a primeira. O começo da série tem seu charme. Vi 09 episódios. O problema é que eu fui cansando de ver como sempre a protagonista age por impulso, cria confusão e depois de alguma forma se salva. Além disso, comecei a ficar entediado com aquilo tudo. A série é boa e trouxe uma linguagem diferente, talvez não tenha sido para mim.

The Bridge: definitivamente não rolou de ver um remake piorado. Acabei pegando bode e nem vi The Tunnel. O original já tá bem legal.

FDL