quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Conduzindo Miss Daisy

miss daisyFilme: Conduzindo Miss Daisy (Driving Miss Daisy)
Nota: 10
Elenco: Morgan Freeman, Jessica Tandy, Dan Aykroyd
Ano: 1989
Direção: Bruce Beresford

 

 

 

 

 

Venceu 04 Oscars em 1990: melhor filme, melhor atriz (Jessica Tandy), melhor roteiro adaptado e melhor maquiagem. Morgan Freeman foi indicado e melhor ator e Dan Aykroyd foi indicado a melhor ator coadjuvante. Há outras indicações também.

Comecei a temporada de ver filmes clássicos ou antigos que esburacavam a meu pretensioso e incompetente conhecimento de cinema.

O primeiro foi Conduzindo Miss Daisy. Eu já tinha visto imagens em algum momento e estava com o arquivo no computador há mais de dois anos. O momento chegaria.

Estou numa fase de ver filmes com esse estilo, de pessoas comuns, ou extraordinárias na sua forma de encarar sua mediocridade, que dão lições de vida.

Esse filme é emocionante. Não tem como dizer outra palavra.

Primeiro, ao ver como foi nas premiações, me espantou não ter sido o prêmio de melhor ator do Morgan Freeman. Vou ainda comentar outro dele nos próximos dias, mas não posso deixar de dizer que esse cara é sensacional.

O personagem Hoke é algo que já me chamou a atenção desde o começo, com a sua bajulação aos brancos que vão contratá-lo e ao mesmo tempo mostrando personalidade. Além disso, como foi preciso ter sabedoria para poder viver em um tempo de tantos preconceitos como aquele. Esse aspecto submisso era uma forma de sobreviver, já que o racismo era como um direito de classes dominantes.

O racismo foi algo que me marcou nesse filme, sobretudo numa cena muito bem feita em que Hoke e Miss Daisy estão viajando e são abordados pela polícia, que obviamente achou que ele seria um ladrão.

O choque de culturas sempre causa essa mistura interessante. Nesse caso eram questões tanto raciais quanto econômicas. E mesmo assim uma grande amizade surgiu.

Do começo ao fim temos uma lição de vida, seja de mãe e filho, seja sobre envelhecer, seja sobre relação entre patrões e empregados domésticos, seja sobre a questão dos judeus, sobre os negros, até sobre a mulher.

A chave de ouro fica na sensibilidade e suavidade com que tudo foi contado. Vivemos tempos de filmes mais crus e diretos. Também são bons. Mas essa forma mais leve e artística de contar histórias sem dúvida tem seu papel.

É um filme para guardar na memória, realmente.

FDL

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