segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Theodore Boone – Aprendiz de Advogado

theodoreboone“Theo começou a andar de um lado para o outro.
-Bem, o Estado tem o ônus de provar a prática do crime, portanto deve apresentar o caso primeiro. A primeira coisa que vai acontecer amanhã é o promotor andar até a tribuna dos jurados e falar para eles. Isto é chamado de argumento inicial. Ele apresenta o caso. Então o advogado de defesa faz o mesmo. Depois disso, o Estado começa a chamar testemunhas. Como vocês sabem, presume-se que o Sr. Duffy seja inocente, então o Estado tem que provar que ele é culpado, e tem que fazê-lo sem deixar margem a qualquer dúvida. Ele afirma que é inocente, algo que na vida real não acontece com muita frequência. Cerca de oitenta por cento das pessoas que vão a juízo sendo acusadas de assassinato acabam por se declarar culpadas, porque de fato são culpadas. Os outros vinte por cento vão a julgamento e noventa por cento são considerados culpados e condenados. Portanto, é raro um réu acusado de assassinato ser absolvido.”

John Grisham – “Theodore Boone – Aprendiz de Advogado”

Quando esse livro foi anunciado em 2010 eu fiquei bem curioso. Foi uma incursão de John Grisham na literatura adolescente. A proposta é bem simples: Theodore Boone é um menino de 13 anos, bem inteligente, filho e sobrinho de advogados, tendo vivido no meio forense desde criancinha, conhecendo todo mundo: funcionários do fórum, juízes, promotores, advogados. O sonho de Theo é ser advogado, mas como já sabe bastante sobre direito, resolve os problemas que seus colegas de classe enfrentam, pois estes sempre o procuram em confiança.

O primeiro livro foi um sucesso e virou uma série. Desde então, em paralelo aos livros de suspense jurídicos que Grisham lança por ano sai também um novo Theodore Boone.

Nesse final de ano aproveitei a Black Friday e comprei baratinho para matar a curiosidade. Também é uma forma de lembrar o passado, porque quando era adolescente eu sempre viajava para a praia no verão e lia meus livros desse tipo de literatura, como Arquivo Z, Rua do Medo e outros, até evoluir para algo mais elaborado.

Esse romance de estreia nos apresenta ao universo de Theo e mostra a cidade ansiosa por um julgamento de homicídio que haverá por lá, um local pacato.

Theo consegue autorização da escola para assistir ao primeiro dia de julgamento com seus colegas, mas os outros dias consegue ver escondido. O livro tem seu duplo twist carpado quando Theo descobre informações não sabidas sobre o caso e teme sobre o que tem de fazer.

Acabei me empolgando e li o livro todo numa madrugada. A narrativa do John Grisham já é instigante, num livro adolescente é mais rápido ainda, porque você se consome pela curiosidade, se desligando do mundo. É uma das coisas interessantes da leitura.

Vou acabar comprando os outros 3 livros lançados e lê-los. Talvez no próximo verão para manter tradição. Quem sabe eu não me aguento e compro antes?

Só sei que gostei de me desligar um pouco e ler um livro mais suave. Valeu a pena.

FDL.

Ouija – Jogo dos Espíritos

ouijaFilme: Ouija – Jogo dos Espíritos (Ouija)
Nota: 6
Elenco: não conheço ninguém, fora a Lin Shaye, uma velha que está em todo filme de terror. Tenho medo dessa atriz.
Ano: 2014
Direção: Stiles White

 

 

 

Então, esse ano foi meio atípico na categoria terror. Eu continuo sem desistir, mesmo passando por experiências traumáticas (que sempre viram piadas depois – jamais me esquecerei do filme do menininho com chifrinhos).

Só que dessa vez não tivemos continuações de Atividade Paranormal, Jogos Mortais e qualquer coisa do tipo. O terreno ficou fértil para outras produções poderem ter algum sucesso.

Foi o caso de Annabelle, que eu comentei esses dias. Também foi o caso do filme deste post – Ouija.

A proposta basicamente é simples: um grupo de amigos encontra um tabuleiro Ouija e contata espíritos para descobrirem as causas do suspeito suicídio de uma amiga deles. Obviamente o negócio dá errado e o espírito vai atrás de um por um.

Esse filme me lembrou muito um homônimo que vi em 2002, cujo título original é “Long Time Dead”, só que lá eles faziam a brincadeira do copo. Segue a mesma linha.

Não tem como dizer que o filme é bom. Os atores são inexperientes e fica complicado achar verossimilhança naquilo. Mas é filme de terror, serve para tomar uns sustos, ver que tipo de mente doentia bolou mortes bizarras. Nesse aspecto acho que não superei minha adolescência, porque continuo gostando de ver.

Só que mesmo assim está um pouquinho acima da média quando comparado com as produções que temos visto ultimamente, mesmo as que fazem sucesso. Foi o caso desse, que ficou em primeiro lugar nas bilheterias na época do Halloween americano.

De todo modo, acho que só quem ainda curte esse tipo de filme vai conseguir ver algum tipo de lado bom, alguma qualidade oculta (bem oculta).

Para um divertimento despreocupado eu recomendo.

FDL

domingo, 28 de dezembro de 2014

Caminhos da Lei

caminhos da lei“ – Você precisa de algumas informações, alguns dos fatos básicos. Tenho Aids há cerca de três anos e não vou viver muito mais tempo. Basicamente é seguro estar perto de mim. A única maneira de contrair a doença é com troca de fluidos coroporais, de modo que vamos combinar agora que não teremos relações sexuais.

Emporia explodiu em gostosas gargalhadas, e logo Adrian se juntou a ela. Eles riram até ficar com lágrimas nos olhos, até a varanda sacudir, até estar rindo de estar rindo tanto. Alguns dos vizinhos apareceram e olharam para eles de longe. Quando afinal as coisas estavam sob controle, ela disse:

– Eu não faço sexo há tanto tempo, que esqueci que existe.”

John Grisham – “Caminhos da Lei”, conto Garoto Estranho

Esse livro do John Grisham eu comprei no ano que saiu, 2009. A proposta era um pouco diferente do que o autor vinha fazendo, já que vinha sendo acusado de estar se repetindo demais nos seus romances jurídicos.

A obra tem 07 contos independentes, com apenas um fato em comum, se passam no condado de Ford, local onde se passou o primeiro romance de Grisham – Tempo de Matar (ainda não li, mas está na lista).

Caminhos da Lei habita a minha mochila há mais ou menos 02 anos, saindo e voltando conforme o caso. É aquele livro que eu pego quando vou esperar uma consulta no médico ou quando vou fazer uma viagem demorada, algo do tipo. Como são contos, a leitura não ficava tão fragmentada.

Mas a enrolação foi demais e agora no final do ano resolvi ler os 3 contos finais. Valeu a pena, pois são os melhores.

Todos os contos lidam com histórias ligadas ao direito de alguma forma, também explora os costumes do interior do Missisipi, com variadas histórias curtas, mas contundentes.

O primeiro conto é “A Corrida de Sangue”, em que um grupo de amigos do interior vai à cidade grande doar sangue a um outro amigo, mas eles não dão conta da metrópole (a marvada pinga) e são engolidos por ela. O foco aqui é mostrar como os homens, jovens e pobres são o alvo do sistema criminal. Não é dos meus contos preferidos.

O segundo conto é “Em Busca de Raymond”. Esse já tem mais cara de John Grisham. Fala de um dos seus assuntos preferidos: pena de morte. O foco nesse conto, no entanto, não é o executado e sim a sua família, sobretudo sua mãe, que está ao lado do filho nesse momento e compartilha com ele as falsas ilusões de uma suspensão da sentença de última hora.

Depois é um conto também com cara do Grisham: “Os arquivos-peixe”, em que um advogado lida com a inércia de como vivia, dando um golpe e mudando de vida, indo embora. É mais uma das histórias em que o autor deixa claro que a advocacia pode e costuma ser bem maçante.

O próximo conto é “Cassino”, bem chato também. Mostra a história de um homem comum e pacato, que é largado pela mulher, cansada do marasmo. Isso faz com que ele tome uma atitude e use sua grande inteligência para contar cartas em cassinos pelo país e depois voltar rico e famoso, recuperando a mulher. Não vi muito propósito nesse conto.

“O Quarto de Michael” já vem com uma porrada bem forte na cara. Mostra um advogado pacato de vida simples sendo sequestrado e torturado física e psicologicamente por um homem. No desenrolar do conto esse homem revela que quer acertar contas com ele por um caso do passado, em que o advogado defendeu um médico pilantra acusado de erro, deixando uma criança de grave deficiência sem indenização e arruinando uma família.

Essa história já traz uma reflexão boa, pois o advogado dizia o tempo inteiro que “apenas fazia o seu trabalho”, o que para um pai naquela situação não significava nada, sobretudo porque esse pai afirma que o advogado usou de mentiras, golpes e tramoias para ganhar.

O direito tem dessas situações e o final desse conto é bem interessante para compreendermos como o próprio advogado se sente ao agir em casos assim.

Nos dois contos finais o autor preferiu se dedicar a grupos específicos e como lidam com eles nessas cidades.

“Quiet Haven” mostra a realidade de uma casa de repouso para idosos e um suposto enfermeiro golpista, que entende de direito, mas não é advogado. Esse homem se infiltra nos locais procurando formas de indicar processos por maus tratos a advogados e, com isso, ficar com uma comissão quando indenizações são pagas. A caça também é por heranças conseguidas ao ficar amigo de idosos abandonados pelas famílias.

Gosto do conto porque ele não vilaniza completamente o homem, que de uma certa forma se apega e até gosta dos idosos, trata deles melhor do que os funcionários verdadeiros. Além disso, paralelamente, corre uma história de prostitutas velhas, da decadência dessas mulheres, que ficam sem função e vivendo de passado.

O melhor conto de fato é “Garoto Estranho”, que ficou para o final, cuja passagem escolhida para epígrafe mostra o que tem de melhor no talento de um escritor.

Adrian é um rapaz homossexual de família rica na preconceituosa cidade do interior. Como lá não tem lugar para “gente como ele”, vai para a cidade grande, mas vive o boom do surgimento da Aids, ficando infectado e doente, voltando à sua terra natal para morrer, em 1984.

A família tem medo, nojo e vergonha dele, o mandando para o “lado negro” da cidade, para ser cuidado pela idosa Emporia, que finalmente teria sua casa para morar após a morte dele.

As nuances desse conto são várias, pois o preconceito se revela de várias formas, até mesmo dentro da igreja, local que deveria ser acolhedor. Não se conhecia sobre a Aids ainda e a violência que o homossexual já sofria aumentou por conta da doença.

A relação do homem, que tentou suportar a vida antes de morrer, com a empregada idosa, que viu nele a oportunidade de apenas ouvir sobre uma vida que foi verdadeiramente vivida, é o ponto alto desse conto e do livro. Aliás, isso faz Caminhos da Lei ser um dos melhores livros do John Grisham.

Muita gente criticou essa obra, dizendo que foi um apanhado de histórias fracas que não deram um livro inteiro e o autor juntou tudo na tentativa de fazer mais dinheiro sem esforço.

Como esse livro foi desenvolvido editorialmente pouco importa, aliás, nem sei se isso é verdade, já que Caminhos da Lei tem certa concatenação. O fato é que o talento do autor para escrever romances também é genuíno ao escrever contos.

Recomendo muito esse livro. Tenho certeza de que não vou esquecer de “O quarto de Michael” e “Garoto Estranho”.

FDL

Garota Exemplar

garota exemplarfilmeFilme: Garota Exemplar (Gone Girl)
Nota: 9
Elenco: Ben Affleck, Rosamund Pike, Neil Patrick Harris.
Ano: 2014
Direção: David Fincher

 

 

 

 

 

Não demorou muito e o filme saiu.

Garota Exemplar é inspirado no livro de Gillian Flynn, que também faz parte do roteiro do longa.

Não vou fazer aquela eterna e inútil comparação entre filme e livro, mas posso dizer que é uma obra fiel à original, sem desrespeitá-la. Aliás, isso é característico do Fincher, que já havia feito algo assim em Millennium. A própria autora fazer parte do projeto ajuda.

Ben Affleck e Rosamund Pike ficaram perfeitos nos papeis de Nick e Amy, sobretudo ela, que ao que tudo indica, vai estar onipresente na temporada de premiações.

Foi estranho ver o Neil Patrick Harris num papel dramático, mas ele se saiu muito bem. Parece que ele finalmente conseguiu se livrar do caricato Barney de How I Met Your Mother.

Claro que algumas passagens e personagens foram cortados, mas a essência ficou ali e principalmente o que encanta no livro também encanta no filme: o suspense segurar a gente curioso do começo ao fim.

Também gostei muito da atriz escolhida para fazer Margo. Ela teve boa química com o Ben Affleck.

Mais um excelente filme, que foi muito bem-vindo nesse final de ano.

Recomento bastante!

FDL

Season Finale: Masterchef Brasil – 1ª Temporada

Master-Chef_Ana-Paula-Padrão_BandSempre gostei de realities sobre culinária, mas acompanhei poucos, apenas uma ou outra temporada de Top Chef, mas sem grandes compromissos.

Mas o ano de 2014 foi muito marcado na televisão a cabo por esses programas, seja pelo boom do Cake Boss, seja pela falta de opções na tv aberta.

A Band comprou o formato e me interessei. Foi o programa de tv que reunia a família para assistir. Todo mundo se achando o dono da cozinha, dando palpites sobre a escolha dos pratos, sobre a personalidade dos competidores e falando que a comida tava ruim (mesmo sem poder provar pela tv).

O destaque pelo sucesso do Masterchef no Brasil certamente foi a escolha dos jurados: Henrique Fogaça, Erick Jacquin e Paola Carosella. Foram duros, mas também sabiam ensinar e serem carinhosos quando necessário.

Ana Paula Padrão não tinha função ali, sobretudo dando aqueles gritos e criando aquelas falsas preocupações. Ela irritava.

Os participantes talvez tenham sido amadores demais. Jamais vou me esquecer do arroz cremoso, do bife à milanesa ou do ovo recheado sabor pizza.

Só que quando os pratos era bons ficava impossível assistir àquilo sem ter fome. A semana de comida japonesa foi complicada.

No final, acabou sendo um dos grandes programas do ano na televisão e aguardo ansiosamente pelo retorno.

FDL

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

A verdade sobre o caso Harry Quebert

harry quebert“— O que acha disso?
— Nada mal. Mas acho que você dá muita importância às palavras.
— Às palavras? Mas elas são importantes quando escrevemos, não?
— Sim e não. O sentido da palavra é muito mais importante do que a palavra em si.
— Aonde quer chegar?
— Muito bem, uma palavra é uma palavra e as palavras pertencem a todos. Basta abrir um dicionário e escolher uma. É nesse momento que a coisa fica interessante: será capaz de dar a essa palavra um sentido bem específico?
— Como assim?”

Joël Dicker – A verdade sobre o caso Harry Quebert

 

Já tem mais de um mês que eu li esse livro e demorei bastante para concluir essa leitura também.

Foi feita muita propaganda sobre essa obra e houve muita crítica positiva. É um caso de crime, suspense e mistério, do tipo que eu gosto, mas com reflexões mais aprofundadas, sobretudo quanto à escrita.

Eis a sinopse dele:

“Marcus Goldman viu sua vida se transformar radicalmente. Com apenas vinte e oito anos, publicou um livro que se tornou um best-seller e o alçou ao status de celebridade, com direito a um apartamento chique em Manhattan, um carrão, uma namorada estrela de TV e presenças constantes nos tapetes vermelhos, além de um contrato milionário para um novo romance. E então foi acometido pela doença dos escritores: a síndrome da página em branco. A poucos meses do prazo para a entrega do novo original, pressionado por seu editor e por seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha sequer. Na tentativa de superar seu bloqueio criativo, Marcus recorre a seu amigo e ex-professor Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados dos Estados Unidos, que vive numa bela casa à beira-mar na pequenina cidade de Aurora, em New Hampshire. Às voltas com sua dificuldade em escrever, Marcus é surpreendido pela descoberta do corpo de uma jovem de quinze anos, Nola Kellergan - que desaparecera sem deixar rastros em 1975 -, enterrado no jardim de Harry, junto com o original do romance que o consagrou. Harry admite ter tido um caso com a garota e ter escrito o livro para ela, mas alega inocência no caso do assassinato. Com a mídia inteira contra Harry, Marcus se lança numa investigação particular, seguindo uma trilha de pistas através dos livros de seu mentor, dos bosques, das praias e das áreas isoladas de New Hampshire em busca da história secreta dos cidadãos de Aurora e do homem que mais admira. Uma teia de segredos emerge, mas a verdade só virá à tona depois de uma longa e complexa jornada. Para salvar Harry, sua carreira literária e a própria pele, Marcus precisa responder a três perguntas, todas misteriosamente conectadas: quem matou Nola Kellergan? O que aconteceu no verão de 1975? E como escrever um romance verdadeiramente bem-sucedido?”

O mais importante para o autor certamente era a relação do protagonista Marcus com seu mentor Harry. Os diálogos eram recheados de teorias e pensamentos sobre o mundo, mais ainda sobre a atividade de escrever um livro. É bem brega em alguns momentos, com frases feitas e clichés, como a epígrafe que escolhi.

Vi uma crítica dizendo que o livro foi pretensioso ao tentar ser mais do que realmente era. Não sei se concordo, só sei que o livro é o que é e de fato algumas passagens são pseudo-geniais e a relação dos dois às vezes me entediava.

Toda a polêmica em relação à juventude cabe aqui. Vivemos tempos de amadurecimento precoce das pessoas e ainda hoje uma relação como a de Harry e Nola iria chocar. Imagine nos anos 70.

O negócio é que por mais que o final desse livro tenha sido perfeito, fechadinho e sem perguntas a responder, fica uma sensação de que muito poderia ser respondido antes sem essa enrolação toda.

A verdade sobre o caso Harry Quebert é um livro excessivamente longo e poderia ter economizado algumas coisas. O autor mesclou passagens do momento com testemunhos do passado, o livro Origens do Mal, escrito por Harry e o novo livro de Marcus. Isso tudo incomodava porque tínhamos de ler as mesmas coisas várias vezes – claro que se contrapunham os diferentes pontos de vista, mas mesmo assim, esse livro foi enfadonho em alguns momentos.

De todo modo, o suíço Joël Dicker fez um excelente trabalho, que deve render uma excelente obra cinematográfica ou minissérie. Não perderia por nada. Vale lembrar que o autor tem apenas 29 anos e publicou um livro pesado como esse.

Ainda que tenha algumas reservas com esse livro, recomendo.

FDL

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Annabelle

anabelleFilme: Annabelle
Nota: 7
Elenco: não conheço ninguém.
Direção: John R. Leonetti
Ano: 2014

 

 

 

 

 

Foi o filme de terror mais comentado do ano. Confesso que já vi tem mais de um mês, mas só agora apareceu a chance de comentar.

Não é de todo ruim, pois tem umas cenas boas de suspense, mas é bastante clichê esse filme.

Posso dizer que gostei porque fizeram a boneca ficar realmente assustadora.

De resto, segue a mesma fórmula de qualquer filme de terror. Tem até a fase de pesquisa no meio, que fortalece a mocinha, que vai brigar com o espírito munida de informações.

O negócio é que a qualidade dos filmes de terror andava tão descendente, que quando você vê um trabalho mediano dá até pra ficar feliz.

Sei lá se recomendo ou se tava de bom humor no dia.

FDL

domingo, 14 de dezembro de 2014

Season Finale: The X Factor – 11ª Temporada

X-Factor-Is-Back-2014

Estávamos todos ansiosos esperando pela volta do melhor reality show do momento. A versão britânica, a original, sempre foi a mais interessante de se assistir. Todavia, recentemente esteve em baixa, desde a saída de Simon e da substituição de jurados por outros menos competentes.

Esse ano, com o cancelamento da versão americana, Simon voltou à sua terra natal e, junto dele, convenceu uma das juradas mais marcantes a voltar, Cheryl.

Isso tudo gerou a expectativa de que o programa poderia recuperar seus dias de auge. Isso aconteceu mais ou menos.

Louie Walsh continuou inatacável na primeira cadeirinha e por derradeiro foi contratada a Mel B, que tinha chamado bastante atenção na versão australiana do programa há alguns anos.

Quanto ao painel de jurados, realmente foi impecável, são todos excelentes. Simon mantém seu humor sarcástico e ácido, tipicamente britânico e Mel B trouxe honestidade e franqueza brutais. Cheryl apesar de ter perdido uma fatia de seu carisma, certamente é uma figura com a cara do programa.

Quanto aos talentos, esses também resolveram reaparecer na televisão. O meu favorito desse ano foi o vencedor, finalmente consegui!

ben haenow

Ben Haenow tem um estilo rock relax que o tornou um dos favoritos desde o começo. Com um gosto mais moderno, esse cara conseguiu se mostrar uma opção de rock que não ficasse com cara de velha ou imitação.

 

fleur eastO segundo lugar ficou com Fleur East, que também apostou no estilo contemporâneo e mesmo quando tinha tudo para soltar as desgastadas músicas de divas, ela sempre surgia com algo moderno. Ela fazia isso mesmo nas semanas de temas fixos. Não é meu estilo musical, mas de fato o talento dela é inegável e mereceu o segundo lugar.

 

Teve destaque também o italiano Andrea Faustini, que tinha um estilo meio desajeitado e, esse sim, abusou dos gritos nas músicas de divas. Ainda foi valorizado, mas não passou do terceiro lugar, me dando esperanças na humanidade.

Outra situação que chamou a atenção nesse ano foi a boyband criada. Sempre criam uma, mas dessa vez resolveram ousar e colocaram oito caras cantando juntos. Muita gente achou que isso atrapalhou mais que ajudou, já que as pessoas não se identificavam com ninguém no meio daquela confusão.

Outros participantes interessantes foram Paul Akister (que foi elogiado por Simon o programa todo, mas depois bastou uma reclamação dele – chamou o cara de dementador – que a eliminação precoce aconteceu) e, obviamente, os joke acts.

 

Esse ano a produção abusou na presença dos concorrentes “não tão sérios”. O principal foi Stevi Richie, escolhido pela Cheryl para ser o wildcard do Simon. Obviamente ela fez isso para ferrar com ele. Simon respondeu dizendo que ela fez isso, mas ele ficaria na competição mais tempo que a maioria das meninas da categoria dela. Dito e feito.

Stevi Richie não cantava direito, mas se dedicava, pulava pelo palco todo suado e sempre passava a impressão de cara gente boa. Entre as apresentações dele houve uma imitação de Fredy Mercury (com direito a bigodinho) e uma fantasia de faraó.

 

A temporada, pelo que vi, não resgatou uma grande audiência, mas certamente deu o que falar e acho que é o mais importante quando se trata de produzir talentos. Ben e Fleur eu acho que têm chance de serem os próximos Olly Murs, One Direction e Leona Lewis. O tempo dirá.

Ano que vem estamos aí de novo para assistir. Vamos ver as novidades e surpresas que aparecerão.

FDL