quarta-feira, 17 de abril de 2013

Possessão

possessãoFilme: Possessão (The Possession)
Nota: 5
Elenco: Jeffrey Dean Morgan, Kyra Sedgwick
Ano: 2012
Direção: Ole Bornedal

 

 

 

 

 

Eu já disse que andei cansando dessas produções sobrenaturais porque seguem uma fórmula muito engessada. Ninguém ousa.

Pega-se um ator/atriz famoso/a, utiliza-se alguma lenda que caiu na cultura popular (geralmente pra dizer que o terror é inspirado em fatos reais) e cria-se um personagem que acaba de mudar de casa/emprego/cidade depois de alguma tragédia pessoal. Assim se abrem os portais para alguma maldição/stalker/criança bizarra. Depois de uma fase de pesquisa, (nos anos 90 eram em bibliotecas com cópias em telas, agora é no Google) o mal é descoberto e há a ajuda de algum sábio para eliminar o mal, com fogo, magia ou exorcismo.

Isso se não for um remake, o que deixa tudo bem mais fácil.

Nesse cortaram o orçamento da celebridade e ficaram com dois meia boca. O cover do Javier Bardem e a Kyra Sedgwick, que só fez sucesso na televisão, e olhe lá.

Depois de explorarem tantas religiões e cultos, alguém teve um click e lembrou dos judeus ortodoxos! Claro, faltavam eles!

Clyde é um professor que se divorcia e na sua casa nova leva suas filhas aos finais de semana. A mais nova e curiosa acaba arrumando uma caixa e a abre, libertando um demônio que toma conta do seu corpo. Sem ninguém acreditar em Clyde, ele pesquisa sobre a maldição e com a ajuda de um judeu consegue exorcizar o demônio em uma cena muito inverossímil dentro de um hospital, sem ninguém ver nada.

É isso. A fórmula.

O pior de tudo é que nós tomamos sustos, ficamos impressionados. Sabemos que são obras preguiçosas e oportunistas, mas quem liga? Bora tomar uns sustos.

O elenco trabalhou mal, com exceção da menininha.

Tem uma cena numa cozinha, com vidros no chão e uma faca no teto, que é de dar vergonha alheia. Coitada da Kyra Sedgwick – espero que tenha ganho bem.

Apesar de tudo, se estiver só afim de tomar uns sustos, ele cumpre o que promete. Mas não espere nada mais do que isso. Quando o filme acaba você pensa: pronto, 1h30min perdidos da minha vida.

FDL

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