Continuando com os posts atrasados, chegou a vez de falar dessa simpática série de tribunal.
De simpática só a vontade de assistir mais, porque o clima era tenso. Os tribunais encarados de forma bem sisuda.
Raising The Bar conta a história de um grupo de amigos, todos trabalhando com o direito, mas em áreas diferentes de atuação, ainda mais, se enfrentam nos tribunais.
Há dois defensores públicos, dois promotores de justiça e um assistente de uma juíza, o que nos EUA funciona como uma preparação para o cargo de juiz.
O foco é com certeza a defensoria pública, vista como o “mocinho” da história. Isso é uma questão de foco mesmo. Os promotores em Raising costumam ser vilões com sede de sangue, mas em outras séries, como Shark e Close To Home, onde o foco é outro, os promotores são os mocinhos.
O interessante de Raising justamente é o foco, porque é diferente. Os defensores muitas vezes se deparam em situações em que o sistema oprime os seus assistidos porque são pobres, porque são negros, porque são imigrantes… e eles não têm ninguém que cuide de seus interesses.
Por outro lado, esses defensores atuam em casos em que lutam pela liberdade de pessoas capazes de cometer atos horríveis. Essa situação, além da relação desses amigos que possuem pensamento divergente são realmente muito interessantes.
No final do dia, todos se reunem no bar e conversam, nunca esquecendo de debater e sempre brigar sobre os casos do dia.
O protagonista é Jerry Kellerman (Mark Paul Gosselar) um defensor público que rompeu com a família, pois estes esperavam uma profissão mais glamurosa para o filho. Defende os clientes a ferro e fogo, fazendo qualquer coisa, inclusive sendo preso várias vezes por desacato na série.
Ele é perseguido por uma juíza linha dura, Trudy Kessler, que é a mentora de seu amigo Charlie. A juíza e seu assistente têm um caso, mas ela não desconfia que ele é gay e ele luta para esconder esse segredo.
Jerry tem um “cacho” com Michelle, uma promotora em crise entre ser justa e agradar seu chefe com sede de sangue. É muito conservadora e seu relacionamento com Jerry corre riscos por conta das visões tão diferentes.
Na série ainda há Richard, um milionário filho de um dos maiores advogados do país que não seguiu a linha corporativa, preferiu defender pobre mesmo. Marcus, um promotor que sofre por tentar ser justo. E por fim, há Bobbie, a nova defensora, que enfrenta problemas com seu marido e terá Jerry para confortá-la.
A série estreou com uma grande audiência. Aliás, a TNT não teve estreia melhor até hoje. Mas na segunda temporada a audiência caiu. A série sofreu comentários negativos da crítica também, mas não me pergunte em quê.
Eu achei o cancelamento injusto, pois a série era extremamente bem escrita e atuada. Realmente era um prazer assistir. De fato era um tema muito específico, de modo que, do jeito que era mostrada, dificilmente quem não fosse do direito se interessaria. Porém, o direito domina o mundo, logo, não faltou gente para assistir.
Foi uma agradável maratona no frio das férias de julho. Marcou e vai deixar saudade.
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FDL