sábado, 7 de setembro de 2019

A Caça – M.A. Bennett

A Caça de M. A. Bennett“ – Quando recebi o Convite para vir para cá, fiquei felizx demais. Pensei que isso significava que eu tinha superado as barreiras. Consegui todas as roupas certas, tudo. Treinei como iria falar, estudei bons modos, etiqueta, que tipo de garfo usar... Se eu não me encaixo aqui e não me encaixo lá, qual é o meuy lugar? Será que eles me trouxeram aqui como uma caça? Será que eu sou só isso para eles?”

M.A. Bennett

A sinopse que chamou a minha atenção:

“O ano letivo começou e Greer MacDonald está se esforçando ao máximo para se adaptar ao colégio interno onde ela entrou como bolsista. O problema é que a STAGS, além de ser a escola mais antiga e tradicional da Inglaterra, é repleta de alunos ricos e privilegiados – tudo o que Greer não é. Para sua grande surpresa, um dia Greer recebe um cartão misterioso com apenas três palavras: "caça tiro pesca". Trata-se de um convite para passar o feriado na propriedade de Henry de Warlencourt, o garoto mais bonito e popular do colégio... e líder dos medievais, o grupo de alunos que dita as regras. Greer se junta ao clã de Henry e a outros colegas escolhidos para o evento, mas esse conto de fadas não vai terminar da maneira que ela imagina. À medida que os três esportes se tornam mais sombrios e estranhos, Greer se dá conta de que os predadores estão à espreita... e eles querem sangue. Que a caçada comece! "

Pois bem, esse livro não me serviu nem como guilty pleasure, de tão ruim que é.

A história tem uma protagonista chamada Greer, com quem o leitor não se identifica em momento nenhum. O antagonista é um personagem tão padronizado, que parecemos adivinhar o que vai acontecer.

Os diálogos são ruins, não tem emoção, enfim, é um livro para esquecer. Deixo aqui o registro para quando for fazer uma lista dos piores livros que eu já li. Será candidato.

Não recomendo.

FDL

domingo, 1 de setembro de 2019

Nó do Diabo – Mara Leveritt

nó do diabo -0 livro“Os três prisioneiros no centro da crescente atenção no tiveram permissão para assistir a Paradise Lost. E-mails iam e vinham falando a seu respeito, mas eles não podiam enviá-los nem recebe-los. O caso era discutido nos jornais, mas a grande imprensa do Arkansas e do outro lado do rio, em Memphis, prestava pouca atenção. Para Damien, Jason e Jessie, a prisão ainda consistiria, dia após dia, em comida ruim, barras de ferro e tédio. Mesmo assim, o documentário e o site afetaram suas vidas. Uma das coisas que mudou foi que suas cartas começaram a chegar.”

Mara Leveritt

O mês de setembro com true crime precisava desse livro. Já tinha planejado lê-lo no ano passado, mas acabou não rolando.

Essa história é conhecida pelo documentário Paradise Lost, que conta uma bizarra história da condenação de três adolescentes pelo brutal assassinato de três meninos no interior de Memphis.

É um daqueles casos de perseguição policial com todos os toques das falhas dos sistema americano: preconceitos, fofocas, pressão da mídia, falsas confissões, conservadorismo que chega ao nível medieval, enfim, tudo aquilo que leva inocentes para a cadeia.

Esse livro é muito bem escrito e tem muitos detalhes. Até demais.

Mas de todo modo é importante conhecer essa hi8stópria, que marcou o sistema judiciário americano.

O documentário eu ainda não vi, já ensaiei várias vezes. Quem sabe em breve?

Recomendo.

FDL

domingo, 25 de agosto de 2019

A Testemunha - Scott Turow

testemunha scott turowMeu reflexo foi dar um gemido. Política e processos judiciais não eram uma boa mistura.

— O TPI — disse Roger — foi estabelecido por um tratado negociado entre a maioria dos países-membros da ONU, incluindo os Estados Unidos. Clinton assinou em 2000, mas o pessoal do Bush odiou a ideia, principalmente Dick Cheney, que parece que tinha medo de ser julgado por ter autorizado o afogamento simulado. Em 2002, Bush anunciou que renunciaria ao tratado do TPI.

— É possível fazer isso? Renunciar?

— Você acha que isso importa? Em vez disso, os republicanos, que controlavam o Congresso, aprovaram uma coisa chamada Lei de Proteção aos Membros do Serviço Militar, que basicamente diz que, se você tentar levar os nossos soldados a julgamento, vamos invadir a merda do seu país e os traremos para casa.

— Literalmente?

— Não acho que eles tenham usado a palavra “merda”. Fora isso, é um resumo legislativo bastante preciso. Na Europa Ocidental, era chamada de “Lei de Invasão de Haia”.

— Você está dizendo que, se o TPI acusar soldados americanos, vamos começar uma guerra contra a Holanda?

— Digamos que correremos o risco de criar sérios conflitos com nossos aliados mais próximos. “

Scott Turow

Depois de ficar alguns anos sem pegar nenhum livro novo do Turow para ler, resolvi dar uma chance para A Testemunha e, por isso, selecionei para o desafio de 12 livros para 2019, em agosto.

Essa história é bem diferente dos outros dois livros dele que eu li. Na verdade, é bem diferente, porque é o primeiro thriller jurídico que eu leio focado no direito internacional.

“O retorno do mestre do thriller jurídico, em uma trama que envolve o Tribunal Penal Internacional. O advogado Bill Ten Boom largou a carreira, a esposa, o condado de Kindle e até mesmo o país. Porém, quando recebe a oportunidade de trabalhar no Tribunal Penal Internacional — uma organização encarregada de lidar com crimes contra a humanidade —, ele se sente atraído pelo que será o caso mais difícil de sua carreira. Para descobrir o que aconteceu com os moradores desaparecidos de um vilarejo cigano após a Guerra da Bósnia, Boom deve investigar uma série de suspeitos, que vão de organizações paramilitares sérvias ao governo dos Estados Unidos, enquanto interroga todos os envolvidos no caso: um ex-general em desgraça; o único sobrevivente do suposto massacre dos ciganos; e sua advogada.”

O problema é que eu achei a história um pouco desinteressante. Tem um lado muito bom que é focado em explicar como funciona o TPI, mencionar as guerras da antiga Iugoslávia, a realidade dos novos países dos bálcãs e, sobretudo, a relação da Europa, sobretudo a oriental, com o povo cigano.

Agora, o livro é excessivamente longo, com diálogos também carregados e isso faz com que a história não flua tão bem.

Além disso, há vários personagens e o enredo acabou ficando um pouco confuso em alguns momentos. Não é o tipo de livro para fazer histórias assim.

De todo modo, continuo gostando do Turow e ainda há outros livros dele que estão na minha prateleira esperando a sua vez.

FDL

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

The O.C.

the-oc

Que comece a sessão nostalgia desse ano.

Deu vontade de rever essa série, que começou em 2003. Olhando os números parece que faz tempo, mas a sensação é de que foi outro dia.

Lembro que na época era uma das minhas séries preferidas e os finais com ganchos me deixavam com grande expectativa.

Revendo o primeiro episódio pude notar muito menos futilidade do que havia na minha memória. Vi uma série sobre mundos diferentes e a sensação de não pertencer. Ao mesmo tempo há o medo do desconhecido e também a vontade de ser diferente.

Acabei vendo a primeira temporada inteira em poucos dias e alguns da segunda. Só de pois que já deu.

O personagem Sandy é o melhor. É um cara casado com uma milionária, cheio de princípios e trabalha como defensor público, embora possa advogar onde quiser. Ali ele conhece Ryan, um adolescente que foi preso por um furto e com uma família muito desestruturada. Na vontade de ajudar e sentindo culpa em apenas liberar o jovem, Sandy o deixa alguns dias em sua mansão.

Rapidamente Ryan faz uma grande amizade com o introvertido e excluído filho de Sandy, Seth. Também aos poucos acaba conquistando sua esposa, Kirsten, uma mulher de negócios que sofre para se libertar da relação de domínio que tem com o pai, Caleb.

Obvio que Ryan acaba vivendo um romance com a vizinha problemática, Marisa, que é linda, rica, popular, mas totalmente infeliz e autodestrutiva.

A série ainda apresenta personagens coadjuvantes que fazem a história andar e foi agradável rever essa série e, ao mesmo tempo, me conectar novamente com uma fase interessante das séries. A gente sentia uma empolgação muito maior em ver.

Sabemos que o final da série foi amargo, por conta dos grandes problemas que o elenco teve, mas enquanto no seu auge, The O.C. foi um excelente drama teen.

Destaco ainda a excelente trilha sonora. Era uma fase em que nascia um bom rock’n’roll americano e também souberam utilizar boas músicas conhecidas ou não para embalar a série.

Quem não se lembra de Maybe I’m Amazed no final da temporada ou Fix You na cena de uma importante morte? Nem preciso falar do Califórnia berrado na abertura.

Fica um saborzinho doce da memória.

FDL

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

The Good Fight: 3ª Temporada

the good fight s3

Com um bom atraso terminei de ver a temporada de The Good Fight esses dias. Começo bem contente porque a Amazon Prime colocou os episódios no ar sem muita demora, o que já é uma vitória para nós brasileiros, abandonados pelos serviços de streaming.

A série voltou implacável. Não tem outra palavra. Começo destacando as situações anti-Trump de Diane, que estava excelente novamente. Todo o arco de episódios mostrando o grupo que ela integrou foi sensacional e parece não ter acabado por aí.

Gostei muito agora dos curtas animados que eles colocam nos episódios. Aliás, para entender essa série é necessário estar bem atento às notícias e não piscar também, porque chovem informações, críticas e ironias a todo momento.

A série em poucos episódios ainda conseguiu falar da segregação entre as pessoas que o clima de problematização nas redes sociais traz, de como é fácil e rápido virarmos um meme (para o bem e para o mal), de como as pessoas poderosas também são humanas, por mais que esqueçamos e, por isso, também são sujeitas a qualquer tipo de problemas que os pobres podem enfrentar.

Quando comparamos com a série original lá atrás, muito pouco temos dela em termos da história. Mas a forma debochada de criticar e a comédia inteligente não perdem o fio até hoje.

continua sendo uma das minhas séries preferidas da vida.

Recomendo muito!

FDL

domingo, 18 de agosto de 2019

O Rei Leão

o rei leão 2019Filme: O Rei Leão (The Lion King)
Nota: 9
Elenco: vozes de vários famosos
Ano: 2019
Direção: Jon Favreau

Quando a Disney anunciou que faria uma versão live action de O Rei Leão eu fiquei confuso. Tivemos vários casos de sucesso recente (outros nem tanto), mas como seria feito no caso de leões?

A produção tem personagens realistas, mas obviamente feitos por computação gráfica, o que me deixa confuso sobre o termo live action, mas tudo bem.

É praticamente uma cópia do desenho original dos anos 90. Há poucas mudanças, o que considerei muito bom, porque a experiência no cinema foi de nostalgia.

Fora isso, não tem nem o que dizer, já que é uma versão atualizada de um grande sucesso do cinema, favorito de muita gente.

Há algumas cenas a mais e músicas novas também.

De forma geral, considero um acerto da Disney, porque a experiência foi muito positiva.

FDL

domingo, 11 de agosto de 2019

Obsessão Secreta

obsessão secretaFilme: Obsessão Secreta (Secret Obsession)
Nota: 6
Elenco: Brenda Song e Mike Vogel
Ano: 2019
Direção: Peter Sullivan

A Netflix anda com problemas quando o assunto é filme de suspense.

Trata-se de uma produção original, que mostra acontecimentos com Jennifer, que sofre um acidente e fica sem memória, mas tem seu dedicado marido, Russell cuidando dela até sua recuperação.

Ocorre que os cuidados começam a beirar ao domínio e incomoda muito o fato de estarem isolados e sem contado com ninguém.

Por fim, as desconfianças surgem, as memórias começam a surgir e Russell demonstra não ser nada daquilo que falou para a suposta esposa.

Pois bem, é um filme cheio de chavões e com um final óbvio. Completamente fraco e esquecível.

Há aquelas tradicionais cenas de violência gratuita e de atuação exagerada.

Se você não for muito exigente, até dá para considerar entretenimento, mas sem esperar muita coisa.

FDL

sábado, 10 de agosto de 2019

A Pequena Caixa de Gwendy – Stephen King e Richard Chizmar

a pequena caixa de gwendy

“Ela se senta. O suor cobrindo seu corpo ficou frio. Ela tem certeza de que, apesar da fala mansa, ele vai tentar beijá-la, sem se importar com as crianças no parquinho ou os adolescentes tomando conta delas. Mas ele não faz isso. Só enfia a mão embaixo do banco e pega uma sacola de lona fechada por um cordão. Ele abre a bolsa e tira uma linda caixa de mogno, a madeira reluzindo em um marrom tão intenso que ela consegue ver pontinhos vermelhos no acabamento. Tem uns quarenta centímetros de comprimento, talvez uns trinta de largura, e metade disso de profundidade. Ela a quer na mesma hora, e não só porque é linda. Ela a quer porque é dela. Como se fosse algo valioso, muito amado, que se perdeu tanto tempo antes que quase foi esquecido, mas agora tinha sido encontrado de novo. Como se ela fosse dona da caixa em outra vida, em que era uma princesa ou algo assim.

— O que é? — pergunta Gwendy em voz baixa.

— Uma caixa de botões — diz ele. — A sua caixa de botões. Olha.

Ele a inclina, e ela vê os botõezinhos no alto, seis em fileiras de dois, e um botão solitário em cada ponta. Oito no total. Os pares são verde-claro e verde-escuro, amarelo e laranja, azul e violeta. Um dos botões das pontas é vermelho. O outro é preto. Há também uma pequena alavanca nas laterais da caixa, e o que parece um buraco no meio.

— Os botões são muito difíceis de apertar — diz Farris. — Você tem que usar o polegar e apertar com força. E isso é uma coisa boa. Acredite em mim: você não vai querer apertar nenhum por engano, não mesmo. Principalmente o preto.

Gwendy se esqueceu de sentir medo. Está fascinada pela caixa, e quando o homem de paletó a entrega, ela aceita. Estava esperando que fosse pesada, porque mogno é uma madeira pesada, afinal de contas, e nem dava para saber o que havia dentro, mas não é. É leve a ponto de Gwendy conseguir balançar nos dedos. Ela passa o dedo pela superfície reluzente e meio convexa dos botões e quase sente as cores iluminando sua pele.’

Stephen King e Richard Chizmar

Esse livrinho saiu faz pouco tempo e fiquei interessado nessa pegada infanto-juvenil com o lado sombrio do Stephen King.

Acabei lendo inteiro de uma vez e foi uma ótima experiência.

“Em todos os dias do verão de 1974, Gwendy Peterson, de doze anos, vai pela escada, que fica presa por parafusos de ferro fortes (ainda que enferrujados pelo tempo) e sobe em ziguezague pela encosta do penhasco.

Certo dia, um estranho a chama do alto: “Ei, garota. Vem aqui um pouco. A gente precisa conversar, você e eu”. Em um banco na sombra, perto do caminho de cascalho que leva da escada até o Parque Recreativo de Castle View, há um homem de calça jeans preta, casaco preto e uma camisa branca desabotoada no alto. Na cabeça tem um chapeuzinho preto arrumado.

Vai chegar um dia em que Gwendy terá pesadelos com isso.”

Parece um conto, até pela forma que a história foi construída, mas é muito agradável de ler. A forma de King escrever é bem tranquila e fluida, então a gente entra no livro de cabeça.

Gostei também da ideia do peso que a onipotência tem, com responsabilidades e consequências. Sobretudo porque não planejamos todas as nossas ações. Às vezes agimos por impulsos.

Recomendo essa leitura bem agradável.

FDL

domingo, 4 de agosto de 2019

Cabo do Medo – John D. MacDonald

CABO-DO-MEDO-

“Ele sentiu o rosto suar, rubro. Ela abrira novamente o livro. Seu embaraço se transformou lentamente em raiva. ‘Tudo bem. Então eu puxei conversa. Se você não quer papo é só dizer. O fato de ser bonita não lhe dá nenhum direito especial de ser rude. Não fui eu quem inventou essas regras não escritas. Não saio com as alunas aqui porque acontece de eu estar comprometido com uma garota lá em Nova York’.

Não houve qualquer sinal de que ela o estivesse ouvindo.“

John D. MacDonald

Retirado do site da editora:

“Por catorze anos, o condenado Max Cady nutriu um ódio por Sam Bowden, um advogado de sucesso que ostenta uma família margarina e que, ao atuar como seu defensor público, pouco fez para evitar que ele fosse parar atrás das grades.

Agora um homem livre, Max retorna à sociedade com sangue nos olhos e enlouquecido por uma sede de vingança pelo tempo e família que perdeu. E decide fazer com que toda a família de Sam pague por seu erro.”

Confesso que esperava um pouco mais desse livro.

Eu sempre soube que é um filme muito respeitado e favorito de muita gente. Por isso, quando a Darkside começou a lançar esses livros que inspiraram clássicos do cinema, eu comprei e já resolvi ler.

A verdade é que a história é comum, então eu esperava que a escrita fosse me chamar a atenção. Isso não ocorreu.

Em alguns momentos a forma de escrever não nos prende e para um livro curto há muitas passagens com enrolação.

Ainda assim eu quero ver o filme no futuro. Agora não deu tempo. Quem sabe na próxima temporada de filmes mais clássicos eu acabe assistindo. Talvez atuações e direção deixem uma impressão melhor.

FDL

domingo, 28 de julho de 2019

As Ondas – Virginia Woolf

as ondas virginia woolf

“— É o primeiro dia das férias de verão — disse Susan. — Mas o dia ainda se mostra embrulhado como num pacote.Não o examinarei antes de descer do trem à noite. Não me permitirei cheirá-la antes de respirar o frio ar verde dos campos. Esses, porém, já não são os campos do colégio; não são as sebes do colégio; os homens nesses campos fazem coisas reais; enchem carroças com feno de verdade; essas são vacas de verdade, não as vacas do colégio. Mas o cheiro de desinfetante dos corredores e o cheiro de giz das salas de aula ainda se entranha em minhas narinas. A aparência vítrea, lustrosa dos assoalhos ainda se imprime em meus olhos. Preciso aguardar campos e sebes, bosques e campos e encostas em declive na via férrea, salpicadas de arbustos de tojo, e caminhões e estradas e túneis e jardins de subúrbio com mulheres estendendo roupa lavada, e depois novamente campos e crianças balançando-se nos portões, a fim de recobrir e enterrar profundamente o colégio que odiei.”

Virginia Woolf

Esse foi o livro que eu selecionei par o mês de julho no desafio de 12 livros para 2019. E ele fez definitivamente com que eu repensasse esse desafio. Eu escolhi os livros no final do ano passado tendo em consideração as obras que eu já tinha na prateleira e também autores que eu precisava de um estímulo diferente, do contrário acabaria não lendo.

O problema é que eu não pesquisei direito e acabei selecionando um livro muito difícil para começar com Virginia Woolf. De todo modo, vamos lá.

As ondas é um livro escrito em fluxo de consciência, com monólogos sobrepostos de diversos personagens, que têm personalidades diferentes.

Não há enredo, conforme eles vão falando, observamos que eles narram as próprias vidas, desde o nascimento até a morte. Esse vai e vem do enredo lembra o tempo inteiro as ondas do mar.

Claro que esses monólogos são extremamente complexos e muitas vezes confusos para mim. Eles falam de suas perturbações, anseios e descrevem muito a natureza.

Acho que eu precisava de outro tipo de leitura nesse momento e senti que acabei não aproveitando tudo que esse livro teria a me oferecer. Um dia, com outro tipo de bagagem e talvez em outra conjuntura da vida eu relerei esse livro e aposto que terei uma experiência melhor.

FDL