segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O Último Jantar

last superFilme: O Último Jantar (The Last Supper)
Nota: 9
Elenco: Cameron Diaz, Courtney B. Vance e mais uma galera aí dos anos 90
Ano: 1995
Direção: Stacy Title

Que grata surpresa foi esse filme! Estava aproveitando as novidades das gravações e streaming que a tecnologia me proporcionou e acabei topando com essa sinopse, que me chamou a atenção. Apesar de ser fã assumido do cinema dos anos 90, nunca tinha ouvido falar de O Último Jantar. Enfim, eis a sinopse:

“Um dos cinco moradores de uma casa em Iowa convida para jantar um homem que lhe deu uma carona, mas à noite sofre uma reviravolta quando o recém-chegado ataca um dos seus anfitriões e acaba sendo morto pelos amigos destes. Após este episódio os 5 concluem, que deixaram o mundo melhor matando-o e passam a, rotineiramente, convidar para jantar pessoas com tendências radicais, sendo que se defenderem argumentos descabidos são envenenadas durante a refeição.”

Até aí, achei que seria mais um suspense clássico dessa época, que por algum motivo não desculpável eu deixei passar. Ledo engano.

O grupo de moradores da casa é de intelectuais, todos estudam diversas ciências humanas e fazem mestrados e outras especializações do tipo. São extremamente orgulhosos de suas inteligências e erudição. São tão orgulhosos que passam à arrogância.

Após matarem o primeiro homem, que era desprezível e violento, um criminoso procurado, o grupo desenvolveu um senso de legitimidade em matar aqueles que achavam não ser bons para o mundo.

Claro que o filme critica essa legitimidade da violência utilizando extremos como metáfora. Isso é o mais legal, porque quando menos percebemos, os jovens estão matando qualquer pessoa que pense diferente deles e suspeitam haver algo de errado.

Em um minuto, os progressistas libertários se tornaram tiranos violentos e preconceituosos. Provaram do próprio veneno, aliás, alegoria pela forma como matavam as vítimas e o que faziam com elas depois no jardim.

No final, é um filme inteligente e fico surpreso por não ser tão conhecido. É uma crítica válida àqueles que por mais intenções nobres tenham, se acham superiores aos outros com suas ideias.

Esse filme acabou sendo um dos meus favoritos nesse ano pela despretensão e como ele me marcou no final, porque eu mesmo me sinto capaz de ser intolerante em vários momentos. Vale a autocrítica para todos.

FDL

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