Primeira vez que escrevo sobre essa série, que acompanho desde a primeira temporada. Acontece que sempre assistia meses depois da exibição, em maratona, sempre achando que não tinha muito o que registrar sobre Girls.
A verdade é que tenho críticas a essa série. Por outro lado, entendo o sucesso que ela faz com o “telespectador cult”.
A série mostra a vida de quatro garotas nos vinte e poucos anos encarando a cidade de New York na fase da vida em que a faculdade acabou e chegou a hora de serem adultas de verdade. O apoio dos pais acaba, as consequências dos comportamentos são mais pesadas e um propósito na vida começa a ser necessário.
Girls tem excelentes diálogos, isso graças ao afiado texto da criadora e protagonista Lena Dunham, que tem acumulado prêmios com Girls. As atrizes e atores também são muito bons, com personagens bem marcados.
Me incomodam algumas coisas nessa série, então vamos lá.
Para ser inteligente e crítica, não acho que a Lena Dunham tinha que se depreciar tanto. Podemos chamar isso de realista, mas em alguns momentos eu simplesmente acho patético, como quando no começo da série o Adam derruba ela da bicicleta ou como na temporada passada ela andou de bicicleta de biquíni pela cidade.
O humor da Mindy Kaling faz um estilo que eu aprecio mais, porque ela é segura e confiante, sem descuidar das críticas ao universo machista.
Além disso, as cenas de sexo nessa série são um problema. São extremante explícitas e cruas. Há quem critique, há quem defenda, há quem critique quem defenda e por aí vai.
Eu só acho que a Lena Dunham não precisa disso. O que por um lado pode parecer uma visão realista do sexo, para mim só é uma tentativa de fazer barulho, de gerar polêmica e ganhar visibilidade. Acho isso um pouco deprimente.
Não critico essas cenas por moralismo, mas por ser um recurso que reflete insegurança nas qualidades da própria série. As cenas não seguem um ritmo natural na evolução do episódio. Ficam completamente atravessadas. Todos entendemos como funciona sexo, mas nem por isso é relevante ter cenas da menina se trancando no banheiro da balada pra se masturbar ou aquele beijo grego dessa temporada.
Por fim, nessa última temporada fiquei incomodado com as coisas não saírem do lugar. Foi bem mais fraca de história, embora genial em alguns momentos, como quando Hannah foi a uma festa universitária e tava se achando a tia sábia, ou o diálogo do Ray com Desi no episódio final, ou a passagem do nascimento do bebê da doida no final também.
A verdade é que por ser cheia de novidades e situações interessantes, essa série acaba não podendo ser indiferente e eu assisto.
Vamos ver se tenho saco de ver no ano que vem.
FDL
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