Filme: Testemunha de Acusação (Witness for the Prosecution)
Nota: 10
Elenco: Tyrone Power, Marlene Dietrich, Charles Laughton
Ano: 1957
Direção: Billy Wilder – adaptação da obra teatral de Agatha Christie
Foi indicado a 06 Oscars, mas não levou nenhum. Foi o ano do clássico A Ponte do Rio Kwai.
Curiosidade: foi indicado no mesmo ano que 12 Homens e Uma Sentença, outro clássico dos tribunais em preto e branco.
Certamente Marlene Dietrich merecia o Oscar, mas li em algum lugar que carece de fontes confiáveis, que o diretor do filme preferiu não inscrevê-la para tentar manter o mistério do final intacto. Não sei se é verdade, mas me pareceu estranho ela sequer ser indicada e o resto do elenco o ser.
Esse filme eu não me perdoo por ter deixado passar tanto tempo. É um clássico e é no estilo preciso do que eu gosto: inteligente, irreverente e certamente cambaleia na linha da moralidade.
Na história, o famoso advogado de tribunais Sir Wilfrid desobedece as instruções médicas e continua trabalhando no tribunal. Isso acontece depois de pegar o curioso caso de Vole, um indivíduo sem grana que é acusado de matar uma rica senhora de quem se aproximara.
O foco do filme acaba sendo tanto a estratégia da defesa quanto a misteriosa personalidade da esposa de Vole, Christine (Marlene Dietrich e as sobrancelhas arqueadas dela), que acaba acusando o marido no banco de testemunhas, culminando num surpreendente final.
Quem conhece a obra de Agatha Christie não fica tão surpreso assim. A escritora já apelou para esse artifício várias vezes. Mas isso não muda a experiência de ver o filme em nada, sobretudo a atuação de Marlene Dietrich, que eu conhecia de nome, mas nunca tinha visto um filme dela.
É um filme em preto e branco, com linguagem distante da nossa atual, mas com um tema atemporal: assassinatos. Isso faz com que fique interessante do começo ao fim.
Recomendo muito.
FDL
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