Filme: Birdman
Nota: 7
Elenco: Michael Keaton, Emma Stone, Zach Galifianakis, Naomi Watts, Edward Norton
Ano: 2014
Direção: Alejandro González Iñárritu
Indicado a 9 Oscars, inclusive melhor filme, melhor ator (Michael Keaton), melhor atriz/ator coadjuvante (Emma Stone e Edward Norton).
Não simpatizei com esse filme e não achei ele isso tudo que estão falando. Fiquei entediado em vários momentos.
Acredito humildemente que Birdman tenha sido tão respeitado assim por ser do mesmo diretor de clássicos do Oscar como Biutiful, 21 Gramas e Babel.
A história é focada no personagem de Keaton, Riggan, um ator de meia idade que fez sucesso no passado como herói Birdman. Riggan busca desesperadamente ser respeitado como ator e voltar a ter prestígio, para isso, cria uma peça de teatro na Broadway com o interesse de propiricar sua volta.
Em meio aos conflitos entre atores da produção, há a vida pessoal de Riggan, que tenta estar próximo de sua complexa filha Sam (Emma Stone) e lidar com sua confusão entre realidade e loucura.
É aparentemente inovador o filme romper com as regras de tempo, espaço e ação, sobretudo com um teatro de plano de fundo. Não é.
É aparentemente inovador o filme utilizar cenas exibidas para nos inserir na loucura do próprio personagem. Não é também.
É aparentemente inovadora a câmera alvoroçada que seguia os personagens pelo teatro, acelerando as cenas. Nadinha.
É aparentemente irônico utilizar justamente o Michael Keaton para protagonizar esse filme, tendo em vista que a própria biografia do ator tem coincidências com a de seu personagem. É, mas e daí?
O fato é que o filme não me pareceu interessante. Os diálogos são estranhos e não me dizem nada. Achei a atuação do Edward Norton exagerada e não adicionou.
Claro que o filme tem a história de mostrar a tristeza da decadência, sobretudo na cena de Riggan caminhando pela rua só de cueca e todos observando. Mesmo assim, é sem graça, é pretensioso.
Filmes e séries que criticam o próprio meio são ovacionados com mais intensidade, porque é o mundo dos críticos e dos atores e diretores. Mas para quem está de fora não é tudo isso.
Muita gente elogia esse filme e o achou espetacular. Não foi meu caso.
Eu gostei da cena do diálogo de Riggan com a crítica do teatro. Foi um embate interessante e sem maniqueísmos. Cada um tinha sua razão e foi uma boa cena.
De fato o Michael Keaton trabalhou bem, mas não achei sensacional.
Não entendi a presença da Emma Stone nas indicações ao Oscar. A própria presença dela no filme é irrelevante e ela interpretou uma personagem sem muito o que trabalhar. Gosto muito dessa atriz, mas não acho que foi o caso de ela ser indicada.
Algumas cenas desse filme eram demasiadamente lentas e isso me dava impaciência.
Sei que dizer ter gostado desse filme pode me fazer parecer ser mais inteligente, mas não consigo.
Não é um filme ruim, mas infelizmente não me convenceu e não achei merecedor dessa atenção toda.
FDL