quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Season Finale: The Newsroom – 2ª Temporada

Newsroom_S2_Poster.inddEssa série divide os críticos com gosto. Muitos a consideram exagerada nas liberdades criativas, algo que, segundo eles, não pode acontecer quando os temas são tão próximos da realidade. Já vi críticas também à certa inocência de como é a realidade nas redações americanas.

O fato é que muito embora alguns temas sejam tratados de forma com as quais eu não concorde, essa série veio para trazer discussões sobre ética, política, jornalismo, guerra e assuntos tabus de modo geral. Só de tratar disso sem ser superficial já vale.

Os textos têm aquele vício do Aaron Sorkin que eu já comentei não gostar e na segunda temporada não foi diferente.

Eu quero também destacar a personagem Sloan, que é acusada às vezes de ser caricata, mas eu acho muito mais real do que a própria Mackenzie. Ela é uma mulher completa, com várias nuances. Gostei muito do arco de episódios em que mostrou a história dela tendo fotos exibidas por um ex. O final dela na temporada também foi muito bom.

A segunda temporada tratou de dois temas complicados que se interligaram: o uso de armas químicas em guerra e a responsabilidade do jornalista no caso de fontes mentirosas.

Foram excelentes episódios e não sei se talvez uma grande coincidência, porque os temas são bem atuais, porque nos noticiários atualmente se fala sobre o uso do gás Sarin.

Houve uma participação especial da atriz Marcia Gay-Harden, aquela especialista em participações especiais. Era uma advogada e, claro, o Sorkin fez o elenco inteiro aloprar os advogados, tratados novamente como uma corja de sanguessugas, que não chegam aos pés do brilhantismo dos protagonistas de suas séries. É o que ele acha, fazer o que.

Há certas dúvidas sobre o retorno da série no ano que vem, ainda mais por conta de polêmicas em relação a furos no roteiro de Newsroom que fizeram um episódio ter de ser cortado na edição final. Mas a imprensa tem apontado como certo que a série volta no ano que vem. Espero que sim, porque é como eu digo: posso não concordar com alguns pontos de vista, mas são respeitáveis porque racionais e trazem o debate. É bom ter séries assim e no momento a HBO tem se tornado expert nesse assunto.

FDL

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Guerra Mundial Z

guerramundialzFilme: Guerra Mundial Z (World War Z)
Nota: 7,5
Elenco: Brad Pitt e o resto não conheço.
Ano: 2013
Direção: Marc Forster

 

 

 

 

 

Mais um filme que eu fui lá assistir sem me informar melhor sobre ele. Só tinha lido críticas favoráveis, mas sem observar sobre o enredo.

Quando eu percebi que se tratava de mais uma história de zumbis eu até desanimei. Está muito batido esse tipo de história, com os Walking Dead da vida (que eu não gosto).

No final, é uma boa história apocalíptica, sendo que os zumbis fazem parte dela. Até que foi divertido, não que vá mudar a minha vida nem marcar minha experiência com o cinema.

O Brad Pitt é um ator competente, embora muitos critiquem. Nessa história até que ele fez um bom personagem, com boas cenas junto da personagem de Israel.

Claro que tem aqueles elementos de Hollywood que sempre vemos: o mocinho implacável americano ao mesmo tempo que extermina os zumbis como se fossem meros obstáculos, viaja o mundo todo, dá esporro no povo do Exército, descobre a cura da moléstia e ainda é um excelente pai e marido.

Já estamos acostumados, isso não muda.

Mas no final das contas é isso: mais um filme de efeitos especiais que segue uma fórmula de uma indústria consagrada que não vai mexer em time que está ganhando.

Até que é agradável. Recomendo.

FDL

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Series Finale: Rules of Engagement–7ª Temporada

rules-t7

Foi a última temporada da série e só consegui ver agora, na época da estreia na nova Fall Season americana.

Assisti em maratona, porque a temporada é curta, apenas 13 episódios, além de ser mais fácil só para encerrar assistindo ao final que enrolaram tanto.

Foi uma série leve, despretensiosa e tradicional, com aquelas risadas de fundo e situações embaraçosas, como reflexo de um tipo de comédia que fez muito sucesso nos anos 90 e começo dos anos 2000.

No piloto o personagem do Adam pede a namorada Jen em casamento, indo morar no prédio de Jeff e Audrey, casados há alguns anos. A amizade dos casais, um no auge do casamento e outro no auge do noivado, mostra as comparações e as lições do que vira o relacionamento de casado.

Nesse sentido o personagem do Jeff é importante. O mais talentoso da série, ele é não tem bom humor e é um típico machão, sempre reclamando da vida de casado, muito embora não consiga viver sem a Audrey.

O Adam durante a série se transformou em um pateta caricato, perdendo um pouco a graça, porque no começo só tinha um ar meio hippie com a Jen.

Para fechar o arco de personagens tem o solteiro galinha, amigo dos protagonistas, tipo de personagem clássico e típico desse tipo de série: o Russel. Ele é misógino e amoral, sendo repreendido pelas mulheres do elenco o tempo todo. É o bobo da série.

No meio da série entrou o personagem Timmy, um jovem indiano inteligente que vira assistente do Russel e vira seu escravo pessoal. É recheado de piadas sobre o estilo de vida do chefe, o que foi cansativo. O personagem acabou tendo destaque e foi muito deslocado e repetitivo. Ficou até o final.

Nas últimas temporadas a série decaiu muito, porque enrolava demais. Podiam ter acontecimentos importantes que a série não perderia a essência.

O Jeff e a Audrey descobrem que não podem ter filhos e uma amiga lésbica do casal acaba se oferecendo para ser barriga de aluguel. Só isso durou umas 3 temporadas e em muitos episódios essa situação sequer existia.

Nem preciso falar de um noivado de Adam e Jen que durou 7 temporadas, com algumas tentativas de casamento que não deram certo.

Na temporada final o pessoal caprichou e melhorou o nível das piadas. Houve bons episódios. Entre eles destaco aquele em que vão ao restaurante indiano (com direito a dancinha de Bollywood no final), o da despedida de solteiro do Adam e o da competição de culinária, entre outros.

Embora a gente critique a série não avançar no desenvolvimento dos personagens, a verdade é que mesmo em 7 anos reclamando a gente não para de ver. A série é divertida, tem boas cenas de humor e o elenco é bem competente, com destaque ao Patrick Warburton.

O episódio final foi muito legal, embora bem previsível. Nasce o bebê de Audrey e Jeff, no mesmo dia do casamento de Adam e Jen. Eles resolvem se casar no próprio hospital. Russel após prejudicar Timmy e fazê-lo perder seu visto de trabalho no país resolve casar com ele também para que ele possa continuar.

A série poderia ter explorado a vida de casados de Adam e Jen e a vida de filhos de Audrey e Jeff, mas preferiu encerrar aí, no episódio de número 100, mantendo a essência do enredo inicial.

Até que fez bem, mas vai deixar sua marca e sua saudade, pelo menos para mim.

Vale a música que toca na cena final: Closing Time, do Semisonic (mesma música que toca em American Reunion).