domingo, 16 de março de 2008

Across The Universe

Filme: Across The Universe
Nota: 9,5
Elenco: Jim Sturgess, Evan Rachel Wood e participação especial de Bono Vox.

É uma proposta radicalmente ousada, e como tal, nos traz extremos: ótimos acertos e erros. Mas um uma época que o cinema comercial nos traz tantos filmes comuns, eu valorizo muito essa obra e considero desde já um clássico.
A proposta: Criar um musical, com uma história de amor apenas com músicas dos Beatles, e não pára por aí, não são aquelas músicas que só os fãs pós-graduados em "beatlologia" conhecem, eu conhecia quase todas.
Quero falar desde já que eu gosto muito dos Beatles, mas não sou um fã que conhece tudo como uns doentes que existem por aí. Por isso, vários detalhes do filme podem ter passado por mim sem eu perceber, pois a carreira deles foi muito densa e cheia de referências.
O filme: obviamente os protagonistas se chamam Jude (Jim Sturgess) e Lucy (Evan Rachel Wood). A história de amor deles se mistura com o contexto da Guerra do Vietnã, ele como um suposto "por fora" por ser um estrangeiro em Nova York (claro, ele é de Liverpool) e ela por ter perdido o primeiro namorado e correr o risco de perder o irmão na guerra. Isso faz dela uma pacifista e uma trama se desenvolve com isso. Ele é um artista, então várias referências estão nele.
Quando chega em Nova York, Jude se junta com um grupo muito interessante: uma cantora tipo Janis Joplin, um guitarrista tipo Jimmy Hendrix e Prudence (!!), uma menina muito esquisita. Com esse grupo, eles acabam conhecendo um universo hippie que traz para eles um novo jeito de amar e de ver o mundo. Daí aparece o Bono, cantando "I am The Walrus", como o Dr. Roberts. É o movimento psicodélico, muito bem mostrado no filme, com uma mistura de formas, cores e sensações muito subjetiva, mas muito interessante.
Eu confesso que essa parte do filme ficou muito cansativa, passou devagar, me pareceu que os diretores queriam que nessa parte tocassem 3 músicas e como não decidiram qual colocaram todas, deixando a passagem muito longa.
O que eu mais gostei foi das referências sociais da época. Além da referência ao ativismo contra a Guerra do Vietnã, ao movimento hippie e ao rock'n'roll como modo de vida, podemos ver mais. Prudence (a menina estranha que eu falei), canta no começo "I wanna hold your hand" pensando em uma menina da escola: é o movimento gay. Também vemos a perseguição dos negros pela Klu Klux Klan. A crítica ao Tio Sam (eu te escolho) quando o personagem Max tem que ir para a Guerra.
Mas o sensacional foi a metáfora com os morangos. A cena foi sensacional, fazendo como se eles fossem bombas que explodiam um caldo vermelho que se espalhava pelas ruas. O contexto artístico do filme se resume aí.
Não vou mais me extender e digo que o melhor da contra-cultura está aí, junto com as melhores músicas dos Beatles intepretadas por cantores muito talentosos. Recomendo muito.

Vou deixar uma música boa aqui (tá tocando no BBB). Mas a minha preferida eu não consigo achar, que é a de mesmo nome do filme. Aliás, a versão da Fionna Apple também é muito boa (vai a sugestão).




FDL

4 comentários:

Fernanda disse...

eu quero ver!!!
aí te conto as coisas sobre beatles que tem que vc nao sabe...hahaha

Anônimo disse...

Eu gosto de Beatles.
Mas não tenho PhD em Beatles.
E nem conheço a maior parte da música deles.
Mas eu gosto de Beatles...
Então um dia vejo esse filme.
Adios

Mila disse...

esse filme está na lista dos meus favoritos....como é lindo, meu deus !!!!!!

a cena de strawberry fields é de fato um espetáculo a parte !!!!

SENSACIONAL !!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

O Filme é muuito bom!!!

Eu e minha amiga começamos a cantar as músicas junto com o filme, as crtíticas são muito boas e bem encaixadas ao contexto do filme, e nossas personagens preferidas são a Prudence (que não é estranha, mas sim com um estilo muito particular de ser), e a Sadie.