“Há quem passe a vida inteira na internet. São pessoas que se entregam de tal forma à vida virtual que já não conseguem distinguir o que é real do que não é. Geralmente carecem de habilidades sociais e gostam de se esconder atrás do anonimato na internet. Algumas se tornam até um perigo para aqueles que não têm o cuidado de resguardar suas informações pessoais. Quando se rompe a linha entre a realidade e a fantasia, ninguém sabe o que pode acontecer.
David Heiss foi criado pela avó e pela tia em uma casa em Dauborn, na região centro-oeste da Alemanha. Seus pais se divorciaram quando ele tinha 6 anos. Ele raramente via a mãe, que trabalhava como enfermeira e morava com a filha em Limburg, a 15 quilômetros de Dauborn. Com o pai tinha ainda menos contato. Ele havia morado na casa da família por cerca de dois anos. David era muito apegado aos avós. Ficou arrasado com a morte do avô e quando a avó adoeceu sua tristeza apenas se intensificou.
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Em sua página no Facebook, David apontava Fausto, personagem principal da clássica lenda alemã, como seu personagem favorito. Segundo a história, Fausto era um homem extremamente bem-sucedido, porém insatisfeito com a própria vida, motivo que o levou a fazer um pacto com o diabo. David se declarava solteiro e politicamente liberal. Entre suas bandas favoritas estavam Metallica, Queen e Foo Fighters; alguns de seus filmes prediletos eram Pulp Fiction e Star Wars; por fim, interessava-se principalmente por futebol, xadrez, videogames e navegar na internet.
Quando não estava no trabalho, David estava na internet, navegando pelo mundo dos jogos on-line. Passava muitas horas em fóruns conversando com pessoas que tinham os mesmos interesses em jogos, especialmente os de estratégia. No entanto, David tinha um pouco de inveja dessas pessoas, pois, ao contrário dele, muitas tinham condições de cursar uma faculdade”
RJ Parker, JJ Slate
Na data de lançamento esse livro já me chamou a atenção. Sempre gostei de estudar a dinâmica dos crimes violentos e sobretudo as motivações e os meios em que acontecem.
Esse livro aproveita a internet para unir as duas coisas, sobretudo as redes sociais, como Myspace, Facebook, Twitter e o famoso site de classificados americano Craigslist.
Social Killers é um compilado de sintéticos relatos de casos de crimes violentos cometidos por pessoas que passavam boa parte de suas vidas em redes sociais ou percebiam a inocência de quem as usava, para dar o bote.
Há vários casos de pessoas com perturbações psiquiátricas que não aceitavam a realidade e construíam um mundo para si na internet. O problema ocorre quando há o choque desse universo com o real.
Gostei de não haver muita enrolação e apresentarem-se dados apenas. Não há dramatização ou ficção.
O livro é cheio de imagens, páginas decorativas e artes. Isso é evidentemente para disfarçar o fato de que há muito pouco conteúdo. Sem essas coisas seria bem pequeno. Só que eu acho válido, porque a parte visual também é um atrativo para o livro.
Há bastantes indicativos de que haverá uma continuação ou algo do tipo. Se tiver eu compro, porque gostei desse.
Vale a pena pela parte informativa.
FDL
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