“Na fria mesa de aço o menino parecia ainda menor que nos lençóis claros de seu leito de hospital. Nessa sala não havia arco-íris nem paredes ou janelas decoradas com dinossauros para alegrar o coração das crianças. Eddie Heath tinha vindo nu, com agulhas intravenosas, cateteres e curativos ainda no lugar. Pareciam tristes testemunhos do que o tinha prendido a este mundo e logo o desligara dele, como a corda de um balão que flutua ao desamparo pelo ar aberto. Durante quase uma hora documentei as lesões e as marcas da terapia, enquanto Susan tirava fotografias e atendia ao telefone.”
(Patricia Cornwell)
Esse livro é o 04 na ordem dos mistérios de Kay Scarpetta, série incrível escrita por Patricia Cornwell. Eu acabei lendo esse livro em uns 2 dias de madrugadas insones, muito por conta das impressões que o anterior tinha deixado.
Nesse livro Kay Scarpetta entra um pouco mais numa área interessante do crime, a discussão da pena de morte. Além disso, temos um serial killer e um romance 100% focado em evidências criminalísticas e computação. Considerando o ano de lançamento desse livro, 1993, podemos considera-lo muito moderno.
Destaco também a volta da personagem Lucy, sobrinha complicada de Kay, que era uma criança geniosa e genial no primeiro livro, Post Mortem, e voltou nessa obra, já como uma jovem, ainda mais geniosa e grenial.
De todo modo, foi o pior de todos que li da autora. O final foi meio corrido e confesso que ao voltar aqui para terminar de escrever esse post, já tinha esquecido de algumas coisas. Não faz 15 dias que eu li e comecei a escrever.
Há um foco um pouco maçante em questões técnicas, o que cansa um pouco em alguns momentos. Mas a história de termos Kay tentando provar sua inocência e a forma que o seu julgamento midiático aconteceu realmente é interessante.
Obviamente esse livro deixou pontas soltas, que devem ser retomadas em alguma obra futura. Certamente comentarei sobre isso em breve.
Recomendo muito! Esses livros são excelentes!
FDL
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