segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2

hp-pt2 Filme: Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2 (Harry Potter and The Deathly Hallows: Part 2)
Nota: 7,5
Elenco: Todo mundo aparece nesse.
Direção: David Yates
Ano: 2011

 

 

 

 

Eis que mais uma saga se encerra. É triste a despedida como foi com o Toy Story, mas com um peso maior da idade chegando, porque o primeiro filme passou quando eu já era adolescente.

A divisão da história final foi uma decisão feliz. Tanto pelo retorno financeiro quanto pela possibilidade de explorar melhor a história, bem mais complexa e cheia de passagens.

Foi um filme como os outros: um maniqueísmo típico das histórias infantis, com cenas de ação e aventura, em um mundo impecável criado por uma escritora inspirada que conquistou o mundo todo.

Os recursos em 3D deram um charme especial, que deu todo um toque mágico no último filme, que já foi pesado nas cenas sombrias.

Realmente recomendável e uma fase que vai deixar saudade, mas tudo um dia acaba.

Confiar

trust-confiar Filme: Confiar (Trust)
Nota: 7
Elenco: Clive Owen, Viola Davis
Direção: David Schwimmer (sim, o Ross)
Ano: 2010

 

 

 

 

 

Eu nem tinha ouvido falar disso, quando soube pelos sites da vida que tinha sido lançado. Um suspense sobre internet, protagonizado pelo Clive Owen e dirigido pelo Ross. Tudo para dar certo, certo? Certo!

É mais um filme de drama do que suspense. Mostra a história de uma menina bem criada pelos pais, mas que acaba passando muito tempo na internet e, dada sua baixa auto-estima, foi um alvo fácil para cair nas mãos de um pedófilo manipulador.

A melhor parte dessa história é ter focado o enredo na perspectiva da família. Como devem os familiares reagirem em situações como essas? Nesse caso, o pai dela ficou obcecado em resolver o crime e encontrar o criminoso, mas acabou dificultando a recuperação da própria filha, que não superava o trauma ao ver o que ter sido vítima acarretou aos seus familiares.

Outro destaque é para a terapeuta, interpretada pela excelente Viola Davis, que demonstrou exatemente a postura correta em dar à adolescente o tempo certo para compreender o que passou.

Trata-se de uma nova realidade. A internet é uma sociedade paralela, onde as crianças são tão vulneráveis quanto no meio da rua. É importante um filme assim mostrar que os responsáveis devem ter atenção ao que os filhos fazem on-line, porque não é incomum a história do filme.

Recomendo mais pela mensagem e reforço que gostei muito do trabalho de David Schwimmer como diretor.

FDL

Biutiful

biutiful Filme: Biutiful
Nota: 8
Elenco: Javier Bardem
Ano: 2010
Direção: Alejandro González Iñárritu

 

 

 

 

 

 

Vamos começar falando do filme. É um filme horrível, mas não no sentido de ser uma obra de valor inferior, ao contrário, o seu mérito como arte é conseguir causar esse horror, sua proposta.

Biutiful é um filme subjetivo, que pode ser entendido e sentido de várias maneiras. No entando, seu tema central é a morte e a degradação. A morte está em toda parte do filme, que é cheio de personagens e histórias de causarem uma dor no saco pelo chute.

Não vou entra na história, porque é muito complexa e me renderia um tratado nesse post. Mas tenho que dizer que a cena dos imigrantes mortos vai ficar na minha cabeça por um bom tempo. Aliás, ficou, porque já tem algumas semanas que eu vi esse filme.

Quanto ao Javier Bardem, não sou fã, nunca escondi, já falei muito mal dele por aqui. Acho um ator superestimado e não consigo ver essa genialidade toda nele. Vicky Cristina Barcelona, um dos filmes que eu mais gosto, é bom apesar dele.

Todavia, em Biutiful eu devo dar a mão à palmatória. Realmente ele fez um trabalho excelente. Mereceu as indicações e prêmios que ganhou. O personagem exigia uma grande complexidade por conta da morte que rondava e por todos os conflitos psicológicos e morais pelos quais ele passava.

Filmes assim fazem a gente lembrar às vezes do mundo em que nós vivemos. Como é gelado, ruim e cruel, além de volátil.

Once – Apenas uma Vez

once Filme: Once – Apenas uma Vez ( Once )
Elenco: Glen Hansard e Markéta Irglová
Nota: 10
Ano: 2006
Direção: John Carney

 

 

 

 

 

É difícil acreditar que eu cheguei ao ano de 2011 sem conhecer esse filme. Ele ficou bem famoso em 2006, chegando até a ser indicado ao Oscar.

É uma história simples de duas pessoas simples que se encontram em um momento delicado de suas vidas, quando lutam por um sonho mas não têm muitas esperanças de conseguirem.

Ele é um cantor de rua, que interpreta composições próprias, sempre cheias de verdade. Músicas introspectivas, daqueles cantores que “abrem o coração”, ao estilo Damien Rice.

Ela é uma imigrante do leste europeu que se encanta com as músicas dele e  começa a ajudá-lo com composições e tocando piano. Para ela acaba sendo o sopro de vida que lhe faltava em sua dura rotina, de cuidar de sua filha pequena enquanto o pai está longe e pela dura vida das imigrantes que trabalham como faxineiras.

Boa parte do filme é contada cantada, pela emoção da interpretação das músicas. Não espere tragédias, dramalhões ou qualquer tipo de romance hollywoodiano.

Once tem várias características interessantes. Uma dela é que os personagens não têm nome. Várias coisas se podem dizer daí, mas acho mais clara a ideia de que qualquer um tem um sonho e ir atrás dele.

Além disso, é um filme de baixíssimo orçamento, com cenas gravadas no meio da rua, em meio a pedestres mesmo.

É bom ver ao menos uma vez algo que saia dos formatos padrão. É uma obra única e inimitável. Realmente um achado.