domingo, 14 de julho de 2019

Olhos Que Condenam

olhos que condenam

Dificilmente esse ano alguma série vai superar essa no quesito tristeza. Revolta também.

O tema erro judiciário está na moda e agora começamos a ter mais séries dramatizadas inspiradas nesses acontecimentos.

Sinopse que cacei no Google:

“Na noite de 19 de abril de 1989, um grupo de jovens negros foi ao Central Park, em Nova York. Enquanto alguns corriam e gritavam com pessoas que estavam pela região, outros só queriam se reunir com amigos. Policiais foram chamados e a maioria ficou retida. Em outra parte do parque, uma mulher, Patricia Meili, foi agredida e estuprada. Ela foi encontrada horas depois gravemente ferida. Quando os policiais se deram conta dos dois acontecimentos criaram uma narrativa que faria dessas duas histórias uma só.

Cerca de 30 jovens foram levados à delegacia e, entre eles, alguns passaram por interrogatórios: Kevin Richardson, Raymond Santana, Antron McCray e Yusef Salaam. A ideia era culpá-los pelo estupro. Foram mais de 40 horas de questionamentos, insinuações, acusações e agressões. Os quatro, três negros e um latino, não tiveram pausas para comer, irem ao banheiro ou contatarem alguém. Tudo foi realizado sem a presença de um responsável, apesar de se tratar de menores de idade. Eles não se conheciam, mas os investigadores os pressionaram e jogaram uns contra os outros de forma que eles começaram se acusar. Na cabeça deles, naquele momento, a única maneira de voltarem para casa era apontar um culpado e mentir sobre o que teria acontecido naquela noite.”

São apenas quatro episódios, mas assim que vi o primeiro, recheado de cenas de tortura física e psicológica, de técnicas de interrogatório ultrapassadas, de preconceitos e visões elitistas sobre crime, fiquei um pouco mal e não estava no clima para ver o resto, porque sabia que viria chumbo grosso.

E veio. Depois de alguns dias assisti aos episódios restantes e não tem romantização, tampouco lição de moral. Apenas vemos um triste retrato de como o judiciário americano acabou com a vida de cinco adolescentes (e suas famílias) por puro preconceito.

Os atores estavam todos excelentes e não há o que dizer sobre essa série.

Vale também um especial que a própria Netflix tem com entrevistas do elenco e dos verdadeiros protagonistas da história realizadas pela Oprah. É de arrepiar ouvir os relatos.

Recomendo muito.

FDL

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