Pois é, acabou. Damages foi a série de advogados mais impressionante que eu já vi. A trama ousa falar de advogados litigantes sem quase mostrar um tribunal. O foco é a quantidade de tramoias, jogos de influência e muita, mas muita mentira.
Acredito que eu tenha comentado aqui todos os finais de temporada, sempre elogiando o elenco e as tramas, que capricham no mistério, mas sempre esclarecem tudo, sem deixar pontas soltas.
Damages teve problemas depois do final da 3ª temporada, porque seu canal FX não quis renová-la. Todavia, a santa Directv salvou a série por mais duas temporadas. Foi bom, porque tinha muito mais a falar.
Em especial sobre a 5ª temporada, foi a mais fraca de todas. Não quer dizer que foi ruim, já que a temporada mais fraca de Damages ainda supera a melhor de muita série por aí.
Nesse ano tivemos uma trama que girava sobre o universo do estilo Wikileaks, na figura de um nerd interpretado pelo Ryan Phillipe. Ainda houve a presença de Victor Garber e Jenna Elfman. O elenco de apoio esteve bem.
A trama principal acabou ficando em segundo plano, porque a última temporada resolveu explorar até o fim a história das próprias protagonistas. Mesmo assim, houve episódios que faziam a gente pular do sofá.
Eu destaco o episódio 07, em que Patty Hewes e Ellen Parsons ficam sozinhas na sala de embarque no aeroporto. Aquele diálogo foi genial. Tão bem escrito, tão cheio de complexidades e de personagens ricos, que você se encanta.
Também destaco o episódio final, claro. A cena da Patty com o pai no leito de morte. Ali ela mostra toda a história que a fez se tornar naquele ser humano. Glenn Close esteve espetacular novamente.
Mas o ponto alto é a cena final, com Patty sozinha no carro e uma Ellen livre. Gostei do encerramento.
Em meio a tantos clichés de histórias ligadas aos advogados, Damages sempre vai deixar sua marca por ter utilizado aspectos tão ocultos do mundo do direito, aliado a boas atuações, excelentes enredos e uma trajetória impecável.
Fica a saudade, mas também o alivio por ter a rara oportunidade de ver uma série encerrando com dignidade.
FDL
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