sábado, 31 de março de 2012

Season Finale: Leverage – 4ª Temporada

Leverage-season-4-posterEssa temporada foi de altos e baixos. Confesso que mais baixos do que altos. Sinto que o momento final da série se aproxima. Nem é por nada, mas é que se trata de um formato muito inovador e parece que dessa laranja já saiu todo o caldo, só sobrando o bagaço.

Acabei terminando de assistir bem atrasado, como reflexo de não ter vontade de ver mesmo. Os personagens acabaram ficando presos, porque os criadores parecem ter medo de avançar na vida deles. Me cansou mesmo o chove não molha da Parker e do Hardison.

O Nate tá mais chato do que nunca. Não que eu já tivesse gostado dele um dia. Mas agora em especial ele tá mais chato e doido.

Continua forçada, irreal, até inocente, mas isso não é problema, pelo contrário, sabendo disso antes de acompanhar acaba sendo o charme de Leverage.

Sabemos que volta em junho – agora é só ver para saber se conseguem dar uma melhorada nesse aspecto criativo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Artista

oartistaFilme: O Artista (The Artist)
Nota: 9
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman.
Direção: Michel Hazanavicius
Ano: 2011

 

 

 

 

 

Quando você vê a propaganda, que é de um filme mudo em preto e branco e francês, não é a coisa mais chamativa do mundo. No entanto, a quantidade grande de prêmios fez com que O Artista merecesse alguma atenção, já que é impossível que fosse algo tão ruim assim.

A surpresa foi bem agradável. O filme se revela nada cansativo e muito agradável de assistir. Temos um humor leve, até inocente, cheio de referências e nos puxando a um lado esquecido do cinema.

O ator Jean Dujardin realmente mereceu o Oscar de melhor ator. Sua atuação é no ponto, o que se torna algo difícil, pois precisa de expressões faciais e corporais para superar a falta de falas e cores. Ele faz um protagonista excelente.

Se acho que O Artista foi o melhor filme do ano? Não. Histórias Cruzadas eu achei bem melhor. Porém, O Artista tem aquela cara de sucesso cult que acaba caindo nas graças das pessoas. Comigo não foi diferente., mas não passa de um filme simpático.

Além disso, Oscar para o cachorrinho!!!

quarta-feira, 21 de março de 2012

A Dama de Ferro

ironladyFilme: A Dama de Ferro ( The Iron Lady )
Nota: 8
Elenco: Meryl Streep e ninguém mais importa.
Direção: Phyllida Lloyd
Ano: 2011

 

 

 

 

 

Começo reconhecendo o merecido prêmio da Meryl Streep. Não tem pra ninguém, essa mulher merece todos os elogios pela atuação tão completa e entregue dela.

A maquiagem também premiada merece respeito. Não deve ter sido fácil dar o mesmo ar da Dama de Ferro à atriz, podendo permitir que ela ainda fizesse suas famosas caras e bocas.

Quanto ao filme, é morno, não pega. A gente fica sempre esperando algo acontecer, mas a narrativa tem um ritmo muito cansativo. Histórias para contar não faltavam.

Longe dizer que o filme é ruim, no entanto. Poder ver nos cinemas uma história tão interessante é realmente um prazer.

Duas passagens desse filme me marcaram. Confesso que não sei se são de fato ditas por Margareth ou se os roteiristas que estavam inspirados. A primeira delas ocorre quando uma senhora a aborda em um evento e diz que ela é sua fonte de inspiração. Logo vem o coice: as pessoas deviam correr seus próprios caminhos, sem visualizar histórias alheias. A outra situação ocorre quando Margareth se queixa de tanto ouvir as pessoas dizerem que sentem as coisas, pois a geração dela estava acostumada a pensar, não sentir.

O papel do filme foi humanizar essa figura conhecida pela dureza. A ideia deu certo, talvez até demais, porque ficamos vendo a decadência da velhice ou pensamentos longos e acabamos tendo pouco destaque para a impressionante história de Margareth Thatcher.

Ainda assim recomendo. Fazendo sentido a indicação a prêmio de melhor atriz e não de melhor filme.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Who Feels Love? – Oasis

Who Feels Love?

Found what I'd lost inside
My spirit has been purified
Take a thorn from my pride
And hand in hand we'll take a walk outside

Thank you for the sun the one that shines on everyone
Who feels love
Now there's a million years between my fantasies & fears
I feel love

I'm leaving all that I see
Now all my emotions fill the air I breath
Now you understand that this is not the promised land

They spoke of
There's nothing more to be
If you can be the remedy who heals love

domingo, 11 de março de 2012

Histórias Cruzadas

thehelpFilme: Histórias Cruzadas ( The Help )
Nota: 10
Elenco: Emma Stone, Viola Davis, Octavia Spencer, Allison Janney, Sissy Spacek e outros
Ano: 2011
Direção: Tate Taylor 

 

 

 

 

Quando eu soube pela primeira vez desse filme, não achei que fosse nada demais. Talvez outra história apelativa com cara de Oprah Winfrey. No entanto, acabei me surpreendendo e digo sem ter medo de exageros, que é um dos melhores filmes a que já assisti em toda a minha vida.

A história se passa no Mississipi, nos tempos dos movimentos pelos civil rights americanos, correndo o risco de errar, mas acredito que tenham sido nos anos 60. O ponto é o racismo e o machismo.

A sociedade americana ainda vive nos tempos segregacionistas, mas as noções dos direitos civis já começam a aparecer, gerando a tensão social com relação aos negros no país. É essa tensão que faz a história correr.

Nesse sentido, o enfoque é da jovem Skeeter, interpretada pela Emma Stone (que merecia uma indicação ao Oscar), uma jornalista em começo de carreira que passa a se interessar sobre a vida das empregadas domésticas negras, que ainda são tratadas como um tipo de coisa, ou como um ser humano inferior. Como teve uma mãe ausente e foi criada pela empregada, Skeeter acaba tomando as dores pela causa, escrevendo um livro sobre essas mulheres responsáveis pelas casas das patroas e pelas próprias, ainda sendo humilhadas.

Várias coisas marcaram nesse filme. O fato de que por “higiene” as patroas não podiam usar os mesmos banheiros que as empregadas é algo que dá um nó na garganta. Além disso, ninguém podia gritar, protestar, porque seria vítima de violência.

Destaco também a empregada Minny. A atriz Octavia Spencer foi genial nesse papel coadjuvante que revelava todas as nuances da mulher daquela época. Engraçado que só conhecia dessa atriz personagens exagerados e caricatos em séries de televisão de gosto duvidoso. Ela só precisava de uma chance – e aproveitou bem.

Quanto à Viola Davis, fez uma personagem que é tão bem construída, que vai ficar na história do cinema sem dúvida. Era merecedora de um Oscar, mas deu o azar de estar no mesmo ano de um prêmio indiscutível para Meryl Streep. A Viola Davis vem fazendo uma sucessão de excelentes papéis, então não duvido que em breve leve a própria estatueta como protagonista.

Não posso deixar de registrar a importância de vermos um filme desses, para nunca nos esquecermos do que a sociedade já foi, do que o ódio ao diferente pode fazer e para, sobretudo, aprendermos com a evolução em alguns aspectos para implementarmos em outros carentes de atitudes.

Filme imperdível.