quinta-feira, 28 de abril de 2011

Amor e Outras Drogas

Amor e Outras Drogas (Love and Other Drugs) 2010 Filme: Amor e Outras Drogas ( Love and Other Drugs )
Elenco: Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway e Hank Azaria.
Nota: 6
Ano: 2010
Direção: Edward Zwick

 

 

 

 

 

É um bom filme, mas parece uma tentativa do diretor na seguinte forma: “ó, é uma comédia romântica, mas vamos falar de um assunto sério também para vocês não ficarem reclamando, ok?”.

A atuação do Jake Bubbles continua fraca e sem sal. A Anne Hatahway já é o oposto. Tudo que ela tem feito mostra verdade, estou começando realmente a respeitá-la como atriz.

Trata-se da velha história de amor com percalços, mas nesse o obstáculo é diferente. A Anne tem mal de Parkinson e isso a afasta dos outros.

Tem cenas engraçadinhas, sem ser uma comédia escrachada. Tem cenas românticas também, mas é tudo muito modesto e fraco.

Esse filme vai cair no esquecimento com certeza.

Tá na hora de um esforço melhor do que colocar atores semi-nus no poster, pessoal.

FDL

Como Você Sabe

MV5BOTQyMzU4OTk1N15BMl5BanBnXkFtZTcwNTE5MTUxNA@@._V1._SY317_ Filme: Como Você Sabe ( How Do You Know )
Elenco: Reese Witherspoon, Paul Rudd, Owen Wilson, Jack Nicholson (sim, acredite)
Nota: 6,5
Ano: 2010
Direção: James L. Brooks

 

 

 

 

 

Devo dizer que esse filme é esquisito.

Os diálogos acabarem sendo meio sem sentido ou eu estava sem saco para acompanhar. No entanto tem algo de curioso nele, que aproximou dois desconhecidos por conta da certa semelhança em seus problemas: viram o mundo virar da cabeça pra baixo do nada.

Não há muito o que dizer, além de estranhar a presença do Jack Nicholson aí, que nem teve lá grande importância.

Existe um pouco mais de criatividade e de capricho nesse filme, mas mesmo assim ele caiu em alguns chavões, o que parece ser inevitável ultimamente.

Também aposto que vai cair no esquecimento, como todos os que eu comentei nessa tríade das comédias românticas.

FDL

Sexo sem Compromisso

no_strings_attached_ver2 Filme: Sexo sem Compromisso ( No Strings Attached )
Elenco: Natalie Portman, Ashton Kutcher, Kevin Kline
Nota: 7
Ano: 2011
Direção: Ivan Reitman

 

 

 

 

 

Filminho agradável de assistir, com bom elenco e bom desenvolvimento.

Sem dúvida é “mais uma comédia romântica”. Mas sabe quando seus amigos vêm na sua casa e todos querem ver algo sem muita pretensão e sem seriedade? Tá aí a opção perfeita.

Nem vou ao enredo, porque já imaginamos como deve ser, né?

A Natalie Portman pode entrar como apresentadora no programa da Sonia Abrão vendendo cogumelo do sol que eu vou assistir.

Recomendo.

FDL

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Salve Geral

salve-geral-poster Filme: Salve Geral
Nota: 10
Elenco: Andrea Beltrão e Denise Weinberg (Ruiva), são os mais famosos do elenco.
Ano: 2009
Direção: Sergio Rezende

 

 

 

 

Faz tempo que eu assisti a esse. Precisava de tempo e paciência para fazer um post merecido, mas vai esse mesmo.

Foi uma das melhores produções nacionais dos últimos anos.

Segue uma linha do cinema nacional em retratar o mundo do crime. Tropa de Elite, 400 Contra 1, Ônibus 174 e vários outros fazem parte dessa coleção.

Esse filme tem uma evolução de arrepiar. Partimos da história de Lúcia, uma advogada que não pratica mas se vê forçada a entrar no mundo das penitenciárias por conta de um crime que seu filho cometeu de bobeira.

A partir daí, Lúcia acaba conhecendo a grande estrutura do PCC e como ele evoluiu e agiu nos últimos anos. Há fatos inspirados em reais e o famoso “Salve Geral”, quando em 2006 a cidade de São Paulo parou por conta dos ataques do crime organizado.

É uma história pouco estereotipada e cheia de pessoas reais, com problemas reais, no mundo real.

Eu realmente acho desconfortável e extremamente tenso, mas com certeza é necessário.

Grandes atuações, sobretudo da Andréa Beltrão e uma grande história. Recomendo a todos.

The Silence

The-Silence Já faz tempo que eu assisti a essa minissérie, mas só hoje vim comentá-la.

Foram quatro episódios exibidos pela produção inglesa, em que o foco é Amelia, uma garota deficiente auditiva que acabou de adicionar um implante e tem problemas com a família, que ficam piores ao testemunhar um assassinato cometido por policiais corruptos.

Como toda produção inglesa, a narrativa é lenta e os protagonistas sempre têm problemas em se expressarem. Todavia, tem uma narrativa interessante e uma história gostosa de ver.

Aquela correria no final não fez muito sentido, mas o encerramento foi ótimo.

Recomendo a todos que gostam de um suspense criminal. A protagonista realmente trabalhou muito bem.

domingo, 24 de abril de 2011

Season Finale – Two and a Half Men: 8º Temporada

twoAndaHalfMen2Quem diria que a comédia de mais sucesso dos EUA passaria por essa situação?

Todos sabem que por conta de escândalos pessoais e desavenças com o criador da série, Charlie Sheen foi demitido da série e ela teve a temporada encerrada mais cedo.

Pronuncia-se que haverá renovação, com outro protagonista, mas como seria? Impossível. Em meio a escândalos e fofocas, quase todos esquecem que perdemos uma excelente comédia.

A 8ª temporada ía muito bem. Piadas politicamente incorretas e de apelo misógino continuaram sendo a marca da série, que diante de tanto tempo no ar, começou a investir em pequenas histórias de longo prazo, como o golpe do Alan e o marido Many Queen da Rose, que foi trazida de volta.

Claro que estamos diante do cancelamento da série e isso é lamentável para mim, como fã, que assisto desde 2003, ano da estreia.

O estilo dessa série é único e a falta de pretensão diante de um texto ágil e extremamente cínico fizeram marca nesta década, fortemente marcada pela ausência de boas comédias depois do fim de Friends e Seinfeld.

Há substitutas à altura no momento? Não. Há atores mais talentosos que o Charlie Sheen? Sem dúvida. Ele nunca foi a estrela da série e sim as piadas. O próprio John Cryer, irmão coadjuvante, ganhou um Globo de Ouro recentemente e vinha roubando a cena.

Então vamos botar fé nos produtores e roteiristas, torcendo para nos fazerem rir na próxima temporada.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O assento do metrô

Hoje eu estava voltando para casa no metrô e estava relativamente cheio. Os mais vivos sentaram nas velhas e minguadas cadeiras e os mais lentos ficaram de pé na sacudida diária.

Me chamou a atenção a menina que sentou na minha frente. Nada demais, completamente comum: acima do peso, sem maquiagem, uma blusa debaixo do sovaco para garantir o possível frio e sem maquiagem. Acho que essa cara de gente comum me fez pensar e vir escrever.

Não deram dois minutos e do outro lado do vagão tinha uma senhora com uma criança no colo. Era uma criança muito bem grandinha, diga-se de passagem, que podia muito bem estar de pé e sentindo um gostinho do futuro.

Pois que a nossa amiga comum de onde estava, em assento comum, à ponta de várias pessoas que poderiam ter feito o mesmo, levantou e anunciou orgulhosa: “senhora, senta aqui, por favor”.

A senhora negou, disse que iria descer já.

Não pude deixar de notar uma certa decepção na face da altruísta, que em seguida, olhava quase que em frenesi para os lados, procurando por algo.

Na estação seguinte entrou um senhor, esse sim, completamente digno de viajar sentado, já estava maltratado pela vida e merecia com certeza o ato desprendido da moça comum.

Ela não pensou duas vezes, estava vigilante: “senhor, senta aqui, por favor”.

Como que igual a um bofetão: “Não, obrigado, já vou descer”.

Mais uma vez se amuou, mas ela não desiste nunca, continuou olhando pro lado, mesmo sentada no lugar ironicamente desprezado.

Eis que algumas estações depois entrou uma senhora mais acabada ainda. A dinâmica já conhecemos. Dessa vez ela estava bem mais longe e a bondade não poderia ser contida, por isso, a boazinha se levantou, atravessou o vagão e ofereceu seu lugar com sua frase feita.

Claro que nesse meio tempo um dos espertinhos que eu comentei no começo, como eu, sentou no lugar.

Mas desgraça pouca é bobagem. A senhorinha também negou. Mas dessa vez não houve desapontamento por parte da nossa heroína, pois a senhora reconheceu seu ato: “Obrigada, querida, já vou descer, muito gentil de sua parte”.

O orgulho encheu o peito dela, que ficou feliz. Mal podia conter um sorriso. Finalmente conseguiu o que queria: demonstrar que era uma pessoa de cidadania.

As portas do metrô se abriram, eu desci para seguir a vida, um rapidinho sentou no meu lugar, outro já roncava no dela e ela seguiu de pé o resto da viagem.

Pensar sobre isso foi inevitável. Será que nós torcemos tanto para que coisas boas aconteçam na nossa vida que precisamos tão desesperadamente fazer o bem a alguém para receber o bem em troca?

Óbvio que nossa amiga não se comporta assim todo dia e não está tão preocupada com a viagem confortável dos vulneráveis. Mas a nossa é bondade não é para o outro, sim para nós mesmos, que esperamos a correspectividade.

Será que ela conseguiu? Torço para que não. Melhor sermos honestos e entendermos que não é o acaso que nos dá as bençãos, mas só nós mesmos, que temos de correr para viajarmos sentados e não sentirmos dor no pé.

sábado, 9 de abril de 2011

Season Finale: Hot In Cleveland – 2ª Temporada

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Quando o canal TV Land anunciou que iria colocar no ar uma nova geração de comédias com estilo tradicional, muito pouca importância se deu, porque o gênero está em evidente decadência.

Hot In Cleveland surpreendeu todos que resolveram dar uma chance.

A série sobre 3 amigas com estilo de vida tradicional de Los Angeles que acabam morando em uma casa com a velha moderninha de Cleveland realmente é excelente.

Trata-se de um humor inteligente, ácido, crítico e muito agressivo. Sobretudo a Betty White, que está excelente mais uma vez, solta comentários hilários, que ainda ficam mais engraçados quando falados por uma senhorinha aparentemente frágil e delicada.

A Elka é um excelente personagem que mostra a vida de senhoras de idade que ainda querem e podem se manter sexualmente ativas, aliás, nem só sexualmente, mas socialmente. Quem disse que se as pessoas têm saúde elas devem ficar fazendo tricô na poltrona? Ridículo é deixar de viver por conta do que vão pensar os conservadores.

A personagem Victoria Chase continua muito afiada. É uma atriz de novelas (lá nos EUA são atores de terceira classe) que depois de anos em uma personagem, está desempregada e nota escoar o pouco de fama que ela ainda tinha. O engraçado dela é a falta de noção e o incrível egocentrismo.

O arco de episódios “I Love Lucci” são clássicos para mim já. As situações de Elka em julgamento não ficam atrás.

As outras atrizes também estão bem, mas são um pouco menos chamativas e não merecem comentários maiores.

Gostaria mesmo de que essa série tivesse mais atenção e com isso tivesse um orçamento capaz de fazer episódios ainda melhores. Mas isso é um plus, porque de conteúdo, ela vai muito bem, obrigado e dá show e muitas comédias consolidadas da tv aberta.

FDL