“— Não, Bel. Por favor.
— A propósito, querido, já te contei da época em que matei uma criancinha?
— Cale a boca!
— Você acha que... você acha que, só porque fez algo por si mesma, tudo isso irá sumir? Acha que, só porque tem um marido e filhos e vai a festas de Natal e bebe vinho e ninguém sabe de nada a seu respeito, significa que isso nunca aconteceu? Você não pode apagar a história, Jade!
— Não — protesta ela, com a carga emocional pesada vindo à tona. — Não, nunca... mas, Bel! Não sou ela! Não sou mais aquela garota! Eu não sou, e nem você!
— Bobagem! Você será ela para o resto de sua vida! Essa merda imunda que matou uma criança está certamente aí dentro de você. É melhor se acostumar com isso!
Kirsty fica na porta e inspira profundamente, trêmula.”
Alex Marwood
Sinopse: Poucas horas depois de se conhecerem, Jade e Bel, ambas com 11 anos, veem-se envolvidas na morte de uma garotinha e tachadas de assassinas. As duas meninas são enviadas a diferentes reformatórios, onde recebem novas identidades e são instruídas a nunca mais entrar em contato uma com a outra. Agora elas são Kirsty, uma respeitável jornalista freelancer de Londres, e Amber, gerente de um parque de diversões no sul da Inglaterra. Quando Amber encontra um corpo em uma das atrações do parque, a mídia fica em polvorosa, e Kirsty, enviada para cobrir os assassinatos, acaba cruzando o caminho de sua velha conhecida. Não demora muito para as duas se darem conta de quanto sabem uma sobre a outra. Com medo de que seu passado seja descoberto e exposto pelo frenesi da imprensa, Kirsty e Amber lutam para manter o segredo a salvo.
Olha, não foi dos piores suspenses que eu li ultimamente, mas é fraquinho e o final é previsível. O problema desse livro é que ele segue uma fórmula e quando já lemos vários, conseguimos identificar.
Por exemplo, há uma alternância de linhas temporais nos capítulos, além de alternância de narradores. Tudo bem que não é em primeira pessoa, mas cada divisão é de uma personagem e são tantos discursos indiretos livres que é praticamente como se fosse.
Além disso, como tem dado certo, explora-se a infância das personagens, como forma de estabelecer motivos e construções das personalidades.
Mais uma vez, não é ruim, mas confesso que vou esquecer desse livro em breve.
Tem coisa melhor pra ler por aí, com certeza.
FDL
0 comentários:
Postar um comentário